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Mata Nacional do Bussaco regista mais de 284 mil visitantes em 2017


Categorias: Região quarta, 29 agosto 2018

A Fundação Mata do Bussaco (FMB), gestora dos 105 hectares que compõem a Mata Nacional, apurou que em 2017 a floresta pública teve um aumento de 34 mil entradas face a 2016. Somaram-se visitantes provenientes de 56 países, entre os quais se destacam Singapura, Paraguai, Uruguai, Chile, Colômbia, Senegal e Macau, por serem países “completamente inesperados”, tal como declara a FMB.

De registar é também o número de entradas através de veículo automóvel. Entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2017, 284.830 pessoas entraram no perímetro murado da serra com automóvel. No total, foram 37.014 veículos ligeiros que entraram na Mata em 2017, quer isto dizer que mais 4.071 do que no ano anterior.

Ponderados os números, a Fundação Mata do Bussaco, faz saber que Portugal se mantem como o país que mais visitantes chama ao Bussaco, seguido de França, Espanha, Israel, Alemanha e Brasil.

António Gravato, presidente da FMB, afirma que “o ano de 2017 foi absolutamente excecional, com muitos indicadores positivos. Temos vindo a registar nos últimos três anos, de resto, um constante crescendo de procura por parte do público nacional e sobretudo internacional. Tem também havido um aumento significativo de visibilidade e notoriedade. Estamos no bom caminho. Sentimos que conseguimos fazer justiça ao Bussaco, colocando-o no “mapa”.

Na ótica de Rui Marqueiro, presidente da Câmara Municipal da Mealhada, “é de elementar justiça que se olhe para este património histórico, cultural, religioso e militar com outros olhos e se empreste outra atenção a uma floresta que tem uma fauna e flora riquíssimas e guarda mais de uma centena de edifícios relevantes (a única via-sacra no Mundo à escala de Jerusalém, por exemplo)”. O autarca declara ainda que “após muito trabalho de casa, muita persistência e resiliência, conseguimos elevar o Bussaco à categoria de Monumento Nacional, graças ao apoio deste Governo, do presidente da República, da Direção Regional de Cultura e de uma série de outras instituições e personalidades que nunca nos abandonaram. Agora, estamos a investir cerca de um milhão de euros na recuperação do Convento de Santa Cruz e das capelas da via-sacra. Mas temos muitos mais projetos e obras em preparação. Estamos a trabalhar, a dar passos que julgamos serem certos para obter o reconhecimento da UNESCO”.

Recordamos que o “Deserto dos Carmelitas Descalços e o Conjunto Edificado do Palace Bussaco” fazem parte da lista indicativa de locais com pretensões ao reconhecimento de Património Mundial da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). A FMB e a Câmara Municipal da Mealhada estão a preparar a candidatura à UNESCO e, na última edição da Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), foi publicamente apresentado o projeto do Bussaco, que é coordenado por uma empresa especializada, paga com fundos europeus, através do consórcio regional da Estratégia de Eficiência Coletiva Provere iNature - Turismo Sustentável em Áreas Classificadas.