O 5 de outubro é o dia em que a República chegou a Portugal. Se antes o país regia-se por Reis e Rainhas e o regime que vigorava era a Monarquia, desde 1910 que o representante máximo tornou-se o Presidente da República.
Antes de 1910, Portugal vivia num regime monárquico, e o descontentamento do povo com Rei D. Carlos levou à origem de uma revolução levada a cabo pelos republicanos, um grupo de pessoas que se regia pelos valores da república, ou seja, um conjunto de órgãos sociais comandados pelo Presidente da República.
O país atravessava uma situação de insatisfação e falta de esperança com o regime que vigorava, mas o surgimento de um novo partido iria mudar o rumo do país. O Partido Republicano devolveu a confiança aos portugueses no país e criou um clima de prosperidade. A 3 de outubro de 1910 começou a revolução. Um grupo de cerca de 200 pessoas reuniu-se na capital, em Lisboa, na zona que, atualmente, é conhecida por Praça do Marquês de Pombal, e deu início à revolta que se estendeu durante dois dias.
Fruto de uma incapacidade de resposta por parte do Governo, às 09h00 do dia 5 de outubro de 1910, na varanda dos Paços do Concelho de Lisboa, na atual câmara municipal, foi proclamada a República. Após a implantação, Téofilo Braga criou um governo provisório que acabou por ser substituído pelo primeiro Presidente da República, Manuel de Arriaga, no dia 24 de agosto de 1911.
Gradualmente, foram substituídos também os símbolos nacionais, tais como o hino nacional, a moeda e a bandeira que passou de azul e branca para verde e vermelha.
Embora a mudança que Portugal sofreu, recorde-se que esta não foi uma revolução pacífica. A revolta iniciou dois anos antes da revolução com o assassinato do rei D. Carlos e do Príncipe Herdeiro D. Luís Filipe a 1 de fevereiro de 1908.
