1. |
ASSOBIA PRO AR
03:31
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Só dá primeira que apanha a fronteira
Fraqueja atravessa tropeça na esteira
Então recomeça com pressa do que essa se espera
Já só desespera que essa é derradeira
Rende-se à feira gagueja na selva
Não é trepadeira é galhos na relva
É estolhos compridos no canto carpindo
Caminha sozinho todo carcomido
Torto para o cimo corcunda com o vinho
Coruja na toca pronta pra convívio
Convida o amigo é paliativo
Atalha o seu trilho fecunda o martírio
Agora mandinga segunda é castigo
Cachorro passivo ardor cansativo
Ele vive pro vivo e vive-o com frio
Acena pro vírus puta que o pariu
Agora assobia assobia pro ar
Só bia pro ar ele tá quase a afundar
Agora assobia assobia pro ar
Só bia pro ar, ele tá quase a afundar
Eu tou quase a afundar
Essa é a minha história não há que ter medo
Mais medo tenho eu do pretenso desprezo
Aspereza é tanta já só há sossego
Saudades tenho eu disto ser um segredo
Enredo mal escrito na trama eu sou querido
Caralho pro visto avista-me o cristo
A crista tá fraca tá tudo em risco
Arrisca-se a paca com um namorisco
A crica ta fraca a cara tá franca
Andámos a milhas pra lá de vila franca
Ela dá palminhas e o coração espanca
No damas só dava com o rabo na dança
Dama tu só davas com o rabo na dança
No damas só balançavas tipo que és balança
Dama roça-te na dança mostra-me essa pança
Damn dança
Carapaça disfarça todo o sedimento
Diferente é só farsa só passa do tempo
Que é hora de acerto que memento mori
Se a memória não falha b eu quase morri
Eu quase me ri quase te entendi
Mas depois de te ter tido só tendinite
E nisto o patusco graceja no escuro
O ofusco sobeja já nada mais custa
Já nada mais tolhe já nada mais falha
Que a falha é estaca espetada
No dedo da faca estacada no espeto
Atraca no dorso tão placidamente
Assente o esforço não é mais carente
Verdadeiro fosso está na sua mente
Agride o defeito é homem-preceito
Da ceita do bem e do ar rarefeito
Aceita o critério já se pôs a jeito
Tem jeito pros versos tá todo desfeito
Afecto só vem depois do deus dinheiro
Dinheiro só vem depois do adeus sincero
A sério que sabe ser tar chill como o nero
Mas dama ateou e levou-lhe o cinzeiro
Damas damas damas
No damas tantos dramas
No damas tantas tramas
Tramei-me bem contigo
Agora tou fodido
Tou passado contigo
Cevada é meu abrigo
Nicotina no frio
Agora eu assobio
Assobia pro ar
Só bia pro ar
Eu tou
Quase
A afundar
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2. |
BARCELONA
03:51
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Meus putos tão na cela
Mas eu é que tô na lona
Dou na jarda dou na veia
O meu sangue é metadona
Todo eu sou Maradona
Já só sinto cortisona
Zona dread tou na drena
Eia puto barcelona
Sente Barcelona tipo xavi
Nota 10 me chamam prof xavi
Eu mando dica em modo fácil
Acabei de rimar Xavi com Xavi
A minha vida é dura mas eu cá tou
No game sou como o messi no camp Nou
A minha vida é dura mas eu cá tou
No game sou como o messi no camp nou
Eu repito sempre as coisas que eu digo
Eu repito sempre as coisas que eu digo
Pra perceberem bem tudo o que eu digo
Pra perceberem bem tudo o que eu digo
Eu tenho beef pra ti, chavalo
Vou mostrar queque esta dica vale
Eu tenho beef pra ti, chavalo
Vou mostrar queque esta dick vale
Sentiste esta sorrateira
Da dica com o dick?
Eu tenho dica e tenho dick
Eu tenho ambas, tenho dito
Sente Barcelona tipo xavi
Nota 10 me chamam prof xavi
Eu mando dica em modo fácil,
Acabei de rimar Xavi com Xavi
Mano, dás graça de tão artol
Já eu sou tipo o tropa Puyol
Tirando o cabelo, a cara, os olhos, o nariz,
O peitoral e a compleição física de uma forma geral, ya
Fuck you, sou tipo Puyol
Tu és urinol
Dica fodida
Roubei de uma canção que nem é trap
Só para sentires como eu sou eclético
Te estigo
Regozijo contigo
Insulto contíguo
Sou um mano fodido
Te estigo
Regozijo contigo
Insulto contíguo
Sou um mano
Sou um mano fodido!
Mas não vou estar para aqui
com atitude beligerante
Na street eu sou Iniesta
Um poeta errante
Vê-me a passar bola
tipo brilhante diamante
Eu quero é tar com a puta
Da minha fuça na estante
Mas não posso ficar calado
tenho de mostrar tudo o que eu sei
Então eu já pensei
E vou mandar esta dica agora:
O silêncio, puto
"Um homem é mais um homem pelas coisas que cala que pelas coisas que diz"
Albert Camus
Agora pensa
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3. |
CADAFALSO
03:53
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Deixei-me ao vento abril vil desalento
Atento acento sem tento assim falhei
Na história pura do refugo herdei
Mil pensamentos aviltamentos
Avista-me isto avillez das dicas sem
Cêntimos de hoje maus augúrios de sempre
Sentimos a menos sentimos só cêntimos e
Já não ouvimos são só préstimos mentimos
Lavam-se as costas andanças turvas
Tonifica-se o peito cada qual as suas curvas
Avestruzes sinuosas nariz perdido nas alturas
Eu não sou cartas e rosas sou
Cadafalso em cada prosa profilático em cada mossa
Sou artefacto das loucuras eu sou de facto as agruras
Se fito o longe é pelo brio
Rebento feito sem cruz nem glória
A cada agoiro cada história
Deleite meu quando eu vingo a minha memória
Agora assumo e mortifico a cada passo
Pacifico a cada traço
Trabalho escasso eu não tô no aço
Assunto é gozo gorada cada fuga para a vitória
Vistas as coisas fugi sempre à instância decisória
E só rompendo cada laço desvelei cada via
Todavia toda a vida vi o horror e a escória
Shawty chora
Shawty chora
Shawty chora com o meu peso
Quando me vires num bom benz
Shawty chora
Shawty chora
Shawty chora com o meu peso
Quando me vires num bom benz
Benzo-te o ass todo
Me a sentir muito eu sou a lei
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4. |
ESCRAVO E BANDIDO
03:37
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ok solitário então solitariamente
sem colchão tou no chão sou corpo dormente
vê se não arraso tou a prazo tou no chaço
ou fracasso ou me desfaço de tudo o que tenho em mente
o gorila tá no tecto sei o que ele sente
wugori completo mais phat completamente
completa-te o ego com uma rima bem demente
altivez lá nos pícaros é pros tímpanos dos patetas
dos tropas que nem escrevem letras
mas fuck esta conversa eu não vou ficar careta
farto de palestra nem motiva nem atesta
eu subo esta vou-me atirar tu presta
atenção a este salto essa bridge tá bem alto
vi já cada sobressalto finge que não que eu não me ralo
sem mala tou no jogo canto de galo cada golo
vou pro topo tá aqui expresso
se demoro é porque eu presto
ou se calhar
não presto
Bailarino do desplante
Bombista sem bomba
Suicida pedante
Diamante na sombra
vou pó topo tá aqui expresso
se demoro é porque eu presto
ou se calhar
ou se calhar não presto
alicerce controverso paradoxo neste verso
amortiza-me esta sorte livrai-me do mal
livrai-me da morte dá-me só mais sal
amo a tal tal e qual faço igual é toda a conversa que já cheira mal
que já cliva a dança deixa ferver a herança que eu
só danço confinado ao balanço e com o futuro pelo ralo
o balanço menos escuro é que pelo menos eu não sou vassalo
bailarino do desplante
bombista sem bomba
suicida pedante
diamante na sombra
bandolero com cólera
sem pólvora
lá fora só rolas se a tola tiver ca mente fria
a franquia da zona franqueia a vazia
esvazias a crítica a ausência norteia
teia tá tecida tu tás na alcateia
tira a cara feia e leva na peida
bailarino do desplante
bombista sem bomba
suicida pedante
damante na sombra.
bailarino
sem bomba
suicida
na sombra
rimar não interessa tu erra com pressa
deserda-me a peça tu já não sais dessa
tropeça é tropeço tropeção gigante
com o peso da dor de seres um amante
abraço o furtivo
sensação efémera
sou escravo comigo
sou escravo e bandido
bandido sem pólvora
bandido à solta
bandido sai fora
escravo não chora
bailarino do desplante
bombista sem bomba
suicida pedante
diamante na sombra
bombista na sombra
diamante pedante
suicida sem bomba
bailarino bamboleante
bandido sem pólvora
bandido à solta
bandido sai fora
escravo não chora
Escravo a full-time
Bandido é pro flex
verso na deadline
Im so fucking grateful for my ex
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5. |
SOPAS E DESCANSO
03:16
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fiz sempre aquilo que ela queria
dava-lhe carinho na cona
partia-lhe a bacia
e ela em coma
o que é que eu lhe fazia
ela sabe ela sabe
sempre quis o bem dela
sempre a fodi de todas as formas
jogava todas as cordas
aperto bem o pescoço concordas
"aperta mais mais
tu vê lá se acordas
xavier
eu quero que me fodas”
eu esforçava-me ao limite
dava cabo da coluna
sempre com tendinite
de escavacar a gatuna
e é assim que ela retribui fds
todo o empenho de um gajo
e agora acabou
pa mim tanto me faz
eu vou mudar não vou
ser mais mais bom rapaz
vou virar vanilla
e fazer amor em paz
não vou mais ser objeto sexual
de uma ninfeta das más
ya eu quero é paz
sopas e descanso
sexo 1x por mês tá bom
chega p'afogar o ganso
ya eu quero é paz
sopas e descanso
sexo 1x por mês tá bom
chega p'afogar o ganso
eu já não descanso faz
tempo demais preciso de sais
tou desidratado tu não me lambas mais
vou mandar po lado cuidado a ver se cais
eu sou bom cunhado
porque eu não te quero mais
agora vais ter de voltar
pra casa dos teus pais
e agora acabou
pa mim tanto me faz
eu vou mudar não vou
ser mais mais bom rapaz
vou virar vanilla
e fazer amor em paz
não vou mais ser objeto sexual
de uma ninfeta das más
ya eu quero é paz
sopas e descanso
sexo 1x por mês tá bom
chega p'afogar o ganso
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6. |
E SE FOSSE CONSIGO
03:25
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fiz tudo aquilo que queriam de mim
dei tudo o que podia até ao fim
amei todos por igual menos a mim
e agora me manco que já não estão cá
e eu cá para lembrar que eles se foram já
e se forem lá verão que eu estou ausente
e ausente uma vez é ausente pra sempre
e agora só quero lembrar meu tormento
tortura da carne não me traz alento
trucido-me todo com esse lamento
às vezes eu tento mas raro consigo
viver da memória é o meu abrigo
queria mais histórias viver mais contigo
eu queria colher os frutos que nem persigo
fixar-te os traços não esquecer nada
mas esqueço de tudo e se fosse consigo
e se fosse consigo
e se fosse consigo
eu amo-vos mais do que todos juntos
universo complexo afastou-me de tudo
eu junto as peças mas eu sou casmurro
às vezes tropeço e solto gritos mudos
se no recomeço eu venho com tudo
no entre(tanto) eu dou para miúdo
mas eu sou errante sou eu sobre(tudo)
eu pratica(mente) rimei sobre tudo
vim desse lado mas já me mudei
nesta margem há quem me faça lei
mas é tudo espuma então já caguei
um rio nos separa e não há cacilheiro
eu só queria saber
como me agarrar a vocês
novamente
sem ter de usar clorofórmio
sofro a cada verso que o estigma me imputa
não filho da puta sou a puta da punch
Sou puto à toa ca broa na proa do protagonismo
professo confesso meq andava antes
arisco arrisco e panico ca dica do egocentrismo
só ego e mais ego mais que ego isto é heliocentrismo
tudo à minha volta voltou ao início
eu quero é putas e protagonismo
eu quero é grutas pa mandar o isco
sem dicas rabisco pro lado saco de improviso
já tá tudo escrito faço pelo gozo
engrosso o veio venoso
tou todo perigoso eu já nem deslizo
produzo em escala é cabala no todo
em cada vala um engodo aproveita-o pro riso
eu amo-vos mais do que todos juntos
universo complexo afastou-me de tudo
eu junto as peças mas eu sou casmurro
às vezes tropeço e solto gritos mudos
se no recomeço eu venho com tudo
no entre(tanto) eu dou para miúdo
mas eu sou errante sou eu sobre(tudo)
eu pratica(mente) rimei sobre tudo
vim desse lado mas já me mudei
nesta margem há quem me faça lei
mas é tudo espuma então já caguei
um rio nos separa e não há cacilheiro
não há cacilheiro
agora tenho de ir a nado
mas como é que
eu transporto o clorofórmio a nado
como é que eu transporto o clorofórmio a nado
ninguém pensou nessa merda
não acabem com os cacilheiros
|
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7. |
CONTRABANDISTA
04:07
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Eu já não quero ser humorista
Eu quero ser contrabandista
Já tou farto da vida de artista
Vou-me dedicar ao teatro de revista
Vou fazer musicais com o la feria
Pra tirar umas férias à séria
Camarão e lagosta
Sandes mista pra trás
Eu só quero o que é caro
Não o que me apraz
Quero é gambuzinos
Nas minhas costas
E algumas putas
A preparar-me as ostras
Quero estar no estrangeiro
O tempo inteiro
Quero cagar em hotéis
E cagar dinheiro
Eu não quero saber de ética
Eu não quero saber de moral
Conto as notas com a fita métrica
Please take me out
Bitch please
Eu não sou o que esperavas
Queriam o menino bonito bem comportado
Com o pito aos saltos vão pregar pra outro lado
Eu já me desfiz de facto mas já me desfiz do fado
Eu tou-me a sentir com sorte eu já encontrei o norte
killo as dicas de tar fraco que agora um gajo tá forte
Pra bombar com o mm afinco agora eu já não me fico mm
Nada me embaraça tou na casa tou em brasa
Cá na praça já toda a gente me trata por GOAT supremo
Porque eu suprimo os empecilhos e oprimo os subalternos
E dou tudo até tar tudo com outro piso a pisar o paraíso
E a pisar na descontra quem quiser ser do contra
A gente monta e se é pa afronta a gente ri-se disso
Quem quiser madremía
Tenha colhões pra me afrontar
Tás na fronta bom pati puta
Eu tou a caminho da casa com piscina escuta
Juro essa casa vai ser minha nu bai
Eu quero ser tipo o Ljubo
Ter a casa com piscina quero ser o ljubomir
Falo nisto ficas triste estou-me a vir
Quero ser o ljubomir ter a casa com piscina
E papar meia lisboa eu vou ser o ljubomir
Eu vou ser o ljubomir
Eu vou ser o ljubomir
Eu vou ser o ljubomir
Eu vou ser o ljubomir
Eu não quero saber de ética
Eu não quero saber de moral
Conto as notas com a fita métrica
Please take me out
Bitch please
Eu não sou o que esperavas
Queriam o menino bonito bem comportado
Com o pito aos saltos vão pregar pra outro lado
Eu já me desfiz do fado
Eu não quero saber de ética
Eu não quero saber de moral
Conto as notas com a fita métrica
Please take me out
Camarão e lagosta
Sandes mista pra trás
Eu só quero o que é caro
Não o que me apraz
Quero é gambuzinos
Nas minhas costas
E algumas putas
A preparar-me as ostras
Quero estar no estrangeiro
O tempo inteiro
Quero cagar em hotéis
E cagar money
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8. |
CORNO
03:32
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O inverno chegou e vai ser bem longo
Bem tarde cessou a minha dor de corno
Acordei do sono já nem sei se durmo
Eu tava bem drunk trancado no meu turno
Tavas por aí em lojas sem desconto
Cotos postos bem dispostos todos no meu posto
Hoje tou a gosto fico todo exposto nem é 1 de abril
Abriu-se essa porta do desgosto então já faz frio
Então já faz frio
Já não é agosto
Agora sem ter que vestir tou a ficar febril
Agora aposto que me fodes se te conto
Até conto o desfecho cada vez que te vinhas
Se eras minha eras minhas na cozinha
Cada vez que te vinhas aproxima rebobina
Cada vez mais te empinas mas agora mais sozinha
Agora adivinha
Quem é que vem de lá
Já não é só mais um é o único que há por cá por cá
Por cá por cá porque há
Coisas na vida que mudam mas eu nem discuto
Eu já nem me junto eu juro
Que não faço nada disto pa mudar
Vai assim po ar
Eu arejo e é tudo purificação
Isto é pura redenção puro decalque do desejo
Por mais que eu calque na celebração
Por todo o cred do mundo eu escrevo tudo
Não sou impoluto no entrudo eu rebento
Sou rebento de uma escola nova
Pelo aumento do reconhecimento
Libertei das amarras isto é maturidade
Já só tenho o meu crivo neste inverno bem vertido
Tenho o coração partido a olhar pra idade
Tá fodido eu partilho que safoda o estrilho
safoda a privacidade
Agora adivinha
Quem é que vem de lá
Já não é só mais um é o único que há por cá
Por cá por cá por cá porque há
Coisas na vida que mudam mas eu nem discuto
Eu já nem me junto eu juro
Que não faço nada disto pa mudar
Vai assim po ar
Mas nunca
Me esqueci de ti
Não nunca me esqueci de ti
Eu nunca me esqueci de ti
Não nunca me esqueci de ti
É o riso é a lágrima
A expressão incontrolada
Não podia ser de outra maneira
É a sorte é a sina
Uma mão cheia de nada
E o mundo à cabeceira
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9. |
TUA MÃE
04:39
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Quem anda à chuva molha-se
Olha só para o que eu te digo
Hoje é dia de temporal
Vou fazer chuva ao vivo
Ouvi dizer que estás bem mal
Mas tens aqui um ombro amigo
Deve ser fodido ver a própria mãe
Partida pelo amigo do ombro amigo
Lotação esgotada tá ao barrote
Tudo pra ver a tua mãe no palco
A fazer de padeira de Aljubarrota
Mas eu com o pau a dar-lhe no pacote
Tanto pó tantas porcarias
Parece que andou com o rabo na horta
Ao menos trouxesse especiarias
Mas nem temperada se comporta
É porca todos os dias
Mas já ninguém se importa
Parece que tá numa sessão de hipnose
Pra andar como uma puta torta
Os sapatos dela são de salto alto
Mas não disfarça a falta de estatura
Não lhe falta cu não lhe faltam mamas
Falta só uma beca de cultura
É burra como uma porta dura
Mas fode com toda a chama
Acaba sempre no hospital acamada
Lá já lhe chamam boa na cama
Boa sorte amigo pra recuperação
A tua mãe é fera supera tudo
Já lhe dei chuva dourada no olho esquerdo
Até ficou a ver Braga por um canudo
Cada vez que penso nisso
Lembro-me do que ela me disse
"Mete like na minha foto
Sou eu e o teu chouriço"
Inapropriado nunca antes visto
Talvez mas já nem ralho
O show acabou como previsto
Ela apaixonada plo meu mangalho
Ela apaixonada pelo meu mangalho
E tu só vês trabalho
E eu só te atrapalho tudo
Tu apanhas palha eu espalho e ponho
Filhos na cara dela nem te digo nem te conto
Parece uma aguarela ela é tela eu pinto o sonho
Só não larga teu pai porque eu kakakakaka cá é que me oponho
Ou ponho os pratos limpos ou é trigo limpo
Ou paninhos quentes ou desfaço o ninho
Ou tu queres que eu deixe de ser teu vizinho
E mais que padrasto passe a ser padrinho
Corleone no teu rasto sem rasto e de fininho
Erraste tu és desastre arrasto-te sozinho
Teus manos estão de rastos e escorrem-lhe pelo rosto
Os que não vão pra baixo ela bebe-os por gosto
Do rosto bradem amém ó mãe tá tudo roxo
Amem são mais de cem se assou foi fogo posto
Oposto ao teu azar pra mim sabe a magusto
Me gusta tu pesar agora em póstumo
Agora importo-me
Agora corto-me
Agora conto-te
Agora fronto-te
Agora tanto tão
Agora como-ta
Agora já sou pão
Molhei a sopa
Uma vez outra
Descansa e pronto
Outra vez outra
De novo poupo-ta
De novo pro portão
Pulei pu-la no chão
Podei à volta
Deixei-a à solta
Pu-la na horta
Tua mãe é porca
A porca é puta
Tua mãe é puta
|
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10. |
LENGALENGAS
04:50
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|||
Saca a pass Desta festa
Dá de surra Mesmo nesta
Pede um copo Copa D
Demo festa Demodé
Dê-me o troco Por favor
Sem demoras Sôr doutor
Sem pulseira Cor de rosa
Topa o trato Dropa e posa
P'ròs amigos Mentes loucas
Sobe à pista Viste as outras
Dança o funk Em modo punk
Moda foca Moda funk
Fankaria Partilhada
Andarilho Na balada
Anda baila Pr'acolá
Hard work Arde pá
Paneleiros Com fartura
Nada contra Sem fatura
A dar tudo No trombone
Ou na trompa Ou megafone
Phone à pata Empata-fodas
Fodas sacras Fodes todas
Todos dias Dinamite
Mino o mito É esferovite
Vinte anos? Somos dois
Guarda a tusa Pra depois
Depois disto Posto aquilo
Mede em quilos Este estilo
Tipo Ronas Em LA
Anda cá Checar o rei
Hei-de pôr-me Ao dispor
Despe agora Meu amor
Puxa a corda Acorda agora
Que é hora Ora vê
Vê lá Lá está
Está bem Não está
Puxa o gatilho Manda fora
Não aflora Fora de horas
Não descora Outra vez
Hora do coro Já são três
Três e meia Três e tal
Tal e qual No quintal
Quinta-feira Eira do mal
Mal passada Muito sal
Frita o guito Guina à esquerda
Rua certa Grande perda
Herda o luxo Lixa o lucro
Licra leve Perde lustro
Bota like Like a boss
Osso fraco Fode um soce
Sociedade Só se fosse
Na redoma Coma doce
Docemente Lá cimenta
Mente impura Sem sebenta
Quem não colhe Não semeia
Sem papel Suja a meia
Meia-leca Ela é Chelas
Se elas cedem Cede a sê-las
Se elas fogem Dá de volta
Volta ao mesmo Franga à solta
Solta o uivo Uiva e senta
Cacho de uvas Água benta
Pantomina Tanto tenta
Topa a bolha E arrebenta
Tão cansado Lá se anda
Anda ver Canal Panda
Pandemónio Mono mim
Minha vida Dela enfim
Fim do canto Finda aqui
Vida louca Quiriri
Ri agora Não depois
Que os últimos São uns bois
Os vinte anos lá atrás hás-de cá vir meu rapaz
Apanágio dos demais ais de cisma e coisas más
Traves mestras um dó li tá todas quebram tanto faz
Sobre quedas pedras postas qual desgosto gostas mais
Se te esforças força atrás traz virtudes cava as pás
Cova escura curva a cura portas turvas estorvam paz
Se arde cura arte fura ar de guna onde estás
Tácido és na acidez assim vês onde vais
Só com pais só com sorte ordem nova e passaporte
Prontifica o ponto norte se abrem portas é pra morte
Se abrem brechas fresta à vista fita a festa faz-te à pista
Sobe a crista faz-te fixe mescla mista bom despiste
Bom descuido cuido e digo sem pleonasmos só contigo
Conto cortes faço pontes provo osmose pós-umbigos
Só zumbidos zombos esquivos escrevo feridas das antigas
Meta-crípticas crio as crises e cristalizo-as
Às dos outros nada aponto o meu ponto não aponta
Só me ponho em confronto frente a frente com a minha fronte
Caminho é torto ninho é longo nisto assumo a ascensão
Depois disso vem o estrondo fim do trilho fuck o trono
Cronometro o meu sucesso é só isso qualquer sucesso
Lance efémero hemeroteca vença ou perca pro inferno
Ergo o membro largo o sonho só me esmero se houver medo
Se ainda é cedo não me oponho só desperto pro bruxedo
Cruzes credo madremía má dormida mata o dia
Morde a língua morde a Bia mar do norte é porcaria
Morte santa quanta vida finda o pranto e desopila
Diz ao sócio que ela é esquiva ela a putativa diva
Mais que puta mais que dura mais que bera mais que tudo
Toda ela é pedra rija fera linda fera a vista
Na berlinda só se arrisca ela divide pra conquista
Que isto é tipo Santamaria na falésia do amor
|
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11. |
ALUCINANTE SOL
04:29
|
|||
Com tanto aquecimento, agora é só degelo
Ele já vem atrasado, apogeu após gelo
Apos quedas fui de lado e lavado
Algo invade o meu espaço sem o elo
Ele levou-me o meu fardo e levou-me o cabelo
Aposto eu, após ter-me entalado, após
laços latejados, desenlaces lá cerrados
só cerrotes e barrotes, barriquei-me, fui escalopes
Obstado escalei poços, noutros estrados virei poças
Noutros lados fui pisado, virei marco de ombros fortes
Com este porte calejado, peso às costas colado
Laivos de ontem, batimentos
Ando e penso, penso e mino
giro o peso e rumino
lançamentos almejados
Alvos certos, dardos errados
Alvos perto, antes falhados
Olhar para trás, olhar pro lado
Olhar pra frente, olhó passado
Olha a corrente, olhó tornado
Olha praquilo em que eu me tornei
Mãe, nem sei bem
Se nem eu sei, quem
É que
Sabe
por mim
É voltar ao início e
começar pelo fim
As cervejas do começo
A gente se deu bem
As cervejas do avesso
Confundem-me todo
Oh, embriagado eu penso
Que me esqueço de tudo
do mundo do lodo
do poço sem fundo
do escuro quebranto
do pranto sem dono
do quanto eu penso ai se eu me fodo
fodo-me todo
se eu me fodo, fodo-me todo
todo todo, ponto.
Tonto, tou tonto
Tonto, tou tonto
Tou zonzo e tou tonto
E tou pronto e tou (bebabdo)
Tonto, tou tonto
Tonto, tou tonto
Tou zonzo e tou tonto
E tou pronto e vou
Degelar, que tá quente
Eu tou quente, tou on fire
Mais que hot
eu supa hot fire
cuspo forte, tu sente
bates forte cá dentro
a cada perdigoto, eu
estrago dreads pa sempre
sempre é muito tempo
e tempo temos todos
mas não há tempo que sobre
o tempo passa, é tudo
se não entendes o tempo
meq me entendes a mim
faz um favor a ti mesmo
e nem tentes, g
Alvos certos, dardos errados
Alvos perto, antes falhados
Olhar para trás, olhar pro lado
Olha a corrente, olhó tornado
Olha praquilo em que eu me tornei
Mãe, eu sei
Eu sei
Guinei, fui na senda plo louvor de rei
Derramei todo o gelo, mas eu não me fartei dele
Volto ao frio pra buscar o que ganhou pó
na demanda qui ti ta manda, boboca bus mãe
parti quideira di bó
onde um brother bota fogo, finda o gelo, poiso novo
piso novo, pausa nova, tudo novo
só a cama é que é a mesma
sempre a espera, sempre minha
eu por cima e rebobina
de manhã só na caminha
Come on
Let's fell the wind
And don't give up
The cliff of love
Come on everybody let's clap your hands
Falésia do amor
Vertigem magia em mim
Falésia do amor
Vertigem magia em mim
(Come on)
Fui como o vento e entrei
Num sol distante a arder em cor
Numa falésia encontrei
O alucinante sol do amor
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