Mary e Max – Uma Amizade Diferente

Publicada em 19/04/2010 às 14:57

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O que diferencia a animação Mary e Max – Uma Amizade Diferente (Mary and Max – 2009) das demais é exatamente aquilo que afoba e parece ter se tornado motivo de perseguição na maioria dos desenhos atuais: a necessidade de a cada instante ter que fazer uma referência a filmes já consagrados, principalmente para entreter os adultos. O longa do diretor Adam Elliot é baseado numa história real e nota-se claramente que não é destinado a crianças.

A história começa quando a australiana Mary Daisy Dinkle (vozes de Bethany Whitmore e Toni Colette) é uma inocente criança de 8 anos, tem uma marca de nascença estranha na testa e se sente cansada de sua mãe repressora. Ela resolve folhar uma lista telefônica e acaba vendo o nome de Max Jerry Horovitz (voz Philip Seymour Hoffman), um judeu de 44 anos de Nova Iorque. Num impulso, Mary escreve para Max, que retribui a correspondência com outra, começando assim uma amizade intercontinental que duram muitos anos.

A paisagem predominante incolor dá o tom bucólico e triste em que ambos vivem. Vários temas como obesidade, alcoolismo e sociedade são tratados em suas conversas, muitas vezes em tom irônico. Feito totalmente em técnica stop motion, o longa agrada por ser original e segura o espectador exatamente devido ao conteúdo maduro e não pela quantidade de cores ou personagens que soltam piadas toscas esquecíveis.

Saiba mais sobre o filme Mary e Max – Uma Amizade Diferente.


Por Jean Garnier.

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