Doença de Dupuytren

O que é a Doença de Dupuytren?

A doença de Dupuytren é uma doença progressiva, crônica, de caráter hereditário, que resulta em aumento de fibrose e espessamentos na fáscia que recobre a palma da mão, evoluindo para contraturas, que pode gerar limitação da extensão dos dedos.

Quais os sintomas da Doença de Dupuytren?

Normalmente acometem 2 ou mais dedos, geralmente o dedo anelar e o dedo mínimo. Se inicia com espessamentos e deformações nas pregas da pele com aumento do tensionamento, geralmente na região da articulação metacarpo falangeana. Pode ocorrer presença de ondulações e nódulos no ínicio do quadro.

Conforme ocorre progressão da doença, estes cordões evoluem para contraturas que limitam a extensão dos dedos.

Pode acometer também a fascia da planta do pé e do pênis.

Figura: Nodulações e espessamentos na palma da mão, característica da Doença de Dupuytren em fases iniciais. Fonte: “Greens Operative Hand Surgery 7th edition”.
Contratura dos dedos, característica da fase intermediária ou avançada da Doença de Dupuytren. Fonte: Acervo pessoal.

Quais as causas desta patologia?

A doença ocorre devido a um aumento de colágeno tipo III pelos miofibroblastos. Tem maior incidência em homens com descendência caucasiana, maiores de 40 anos e tem relação hereditária.

Alguns fatores envolvidos na causa da doença são:

  • Colesterol alto
  • Diabetes
  • Tabagismo
  • Epilepsia
  • Etilismo
  • Entre outros.

Fatores relacionados a maiores taxas de recorrência da doença são: acometimento bilateral, antecedente familiar positivo, início precoce da doença, acometimento do polegar ou de mais de 2 dedos, por exemplo.

Quais os tratamentos para a Doença de Dupuytren?

Existem diversos tipos de tratamentos para a Doença de Dupuytren, que variam conforme a gravidade da contratura e também de acordo com as comorbidades do paciente.

Casos leves, sem contraturas, somente com nodulações ou espessamentos podem ser tratados de maneira expectante. Para os casos que já apresentam graus de contratura maior, com limitação de movimentos, está indicada cirurgia.

A cirurgia pode ser feita pela liberação das contraturas de maneira minimamente invasiva pelo método percutâneo com uso de agulha. Porém possuem índice de recidiva maior, sendo reservada para casos selecionados.

Geralmente a cirurgia é realizada por técnica aberta, com ressecção dos cordões e do tecido fascial acometidos. Esta modalidade de cirurgia possui um índice de recidiva menor.

Liberação dos cordões com melhora da contratura. Fonte: “Pardini- Lesões não traumáticas da mão- Segunda edição.

Em alguns casos o uso de enxerto de pele pode ser necessário para fechamento da ferida operatória. Algumas complicações que podem ocorrer incluem: lesão do feixe neurovascular, problemas na cicatrização e formação de hematoma; por exemplo.

Lembrando que, após a cirurgia e após determinado tempo, as contraturas podem recidivar e uma nova cirurgia pode ser necessária. Por este motivo, a Doença de Dupuytren deve ser sempre acompanhada e orientada pelo médico especialista em Cirurgia da Mão.

Você pode, inclusive, falar comigo através do Whatsapp, para tirar suas dúvidas ou marcar uma consulta e, assim, acabar com qualquer incômodo nesta parte que é uma das mais importantes do nosso corpo: as mãos.

Revisão médica: Dr. Erick Yoshio Wataya​

CRM SP 156728 | TEOT 15213
Médico ortopedista especialista em cirurgia de mão e microcirurgia

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