Princípios Fundamentais da Estratigrafia

Para perceber a área de Estratigrafia deve-se primeiro dominar os seus princípios fundamentais.

Estes são um conjunto de regras que se aplicam quando se observa um conjunto de estratos de modo a determinar a idade relativa deles. E estes princípios são:

  • O Princípio do Unifomitarismo (Actualismo) pode ser resumido numa frase extremamente curta mas que necessita de alguma explicação: “O presente é a chave do passado”. Esta frase significa que os fenómenos que presenciamos na Terra hoje em dia como o vulcanismo, tempestades, ondas, vento, etc já estavam presentes há milhões de anos e, como tal todas as regras que aplicamos no estudo dos estratos de hoje em dia são também aplicáveis aos estratos mais antigos. Esta regra também nos ajuda a perceber como a Terra funciona, estando ela sempre em constante mudança mas sempre com o mesmo tipo de variáveis.
  • Princípio da Sobreposição que diz que em cenários de deposição normal o estrato sobreposto a outro é mais recente que este. Mas este princípio não se consegue aplicar a filões, algumas dobras, terraços ou deformações tectónicas sendo necessário o uso de outros critérios para determinar a polaridade da deposição como a observação de marcas de raízes.
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Exemplo de aplicação do Princípio da Sobreposição

  • Princípio da Continuidade Lateral que diz que uma camada depositada tem a mesma idade em todos os pontos do plano de deposição. Este princípio permite-nos então relacionar um tipo de litologia de uma zona com um semelhante mas noutro local sem qualquer relação aparente entre eles. Isto pode se dever a uma erosão de grande parte dessa camada.
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Exemplo da aplicação do Princípio da continuidade lateral.

  • Princípio da Identidade Paleontológica que diz que estratos com o mesmo conteúdo fossilífero têm a mesma idade. Esta regra também é associada a outro conceito que é o do “bom fóssil de idade” que pertence a uma espécie de animal com pouca longevidade no tempo geológico, uma grande distribuição global, ocorrência frequente e facilmente identificável. Embora tenha algumas dificuldades na aplicação pois só é possível a sua utilização na presença de fósseis e, por vezes isso é difícil devido a factores externos que possam condicionar a presença desses seres vivos na zona como por exemplo a temperatura.
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Exemplo da aplicação do Princípio Identidade Paleontológica

  • O Princípio da Intersecção que diz que qualquer estrutura geológica que atravesse um conjunto de estratos é mais recente que eles. Isto é aplicável a intrusões magmáticas, falhas ou superfícies de erosão.
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Exemplo de uma intersecção

  •  Princípio de Inclusão que diz que se os fragmentos de uma rocha estiverem incorporados noutra rocha, a rocha a que esses fragmentos pertencem é mais antiga do que a outra.
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Exemplo da aplicação do Princípio da Inclusão

Bibliografia:

http://geo-lo-gia.blogspot.pt/2010/12/principios-litostratigraficos.html

http://estpaljoaoferreira.blogspot.pt/2010/10/principio-do-uniformitarismo-das-causas.html

http://geocalhaus.blogspot.pt/2011/11/relogios-sedimentologicos.html

http://estratigrapedro-paleontojorge.blogspot.pt/2012_09_01_archive.html

http://geologia-opassadoachavedopresente.blogspot.pt/2010/11/principio-da-inclusao.html

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