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Gilberto Gil no Coliseu de Lisboa: uma lição, um prazer e um abraço para mais tarde recordar

Gilberto Gil no Coliseu dos Recreios, Lisboa
Gilberto Gil no Coliseu dos Recreios, Lisboa
Rita Carmo

Na segunda de duas noites esgotadas no Coliseu de Lisboa, Gilberto Gil foi imenso: no carisma, na entrega e na humildade com que partilhou com a plateia (com grande representação brasileira) os tesouros de uma tradição musical inesgotável. Na quinta-feira, toca no Coliseu do Porto

Gilberto Gil no Coliseu de Lisboa: uma lição, um prazer e um abraço para mais tarde recordar

Lia Pereira

Jornalista

Gilberto Gil no Coliseu de Lisboa: uma lição, um prazer e um abraço para mais tarde recordar

Rita Carmo

Fotojornalista

Há uma teoria, atribuída ora a Woody Allen ou ao humorista norte-americano George Carlin, de que a vida deveria ser vivida ao contrário. Ao invés de acabarmos os nossos dias num lar ou hospital, mirrando até ao suspiro final, diríamos adeus a este mundo com um grandioso orgasmo. Ocorreu-nos esta ideia durante o concerto de Gilberto Gil no Coliseu de Lisboa, esta terça-feira. Na segunda de duas noites esgotadas na sala nobre da capital, o músico baiano começou devagar, como um poema sentado - e rodeado pela sua banda-família, composta pelos filhos Bem e José e pelos netos João e Flor. Mal assomou em palco, foi comovente o contraste entre a simplicidade do seu passo ligeiro e o calor da ovação que de imediato se fez ouvir. E, nas primeiras canções - 'Expresso 222'2', ‘Viramundo’, ‘Chiclete com Banana’ - a sua voz crepitava, ocasionalmente, sendo amparada sem reservas por um público com grande representação verde & amarela. Na segunda parte do espetáculo, porém, e sobretudo a partir da chegada de ‘Não Chore Mais’, a sua versão para ‘No Woman No Cry’, de Bob Marley, a festa foi total e a despedida impressionou pela vivacidade de todas as cores: rock, reggae, samba, bossa nova e tropicalismo pintaram esta noite onde só foi outono lá fora.

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