Cultura

“Imigrants” ganha o Grande Prémio do World Press Cartoon

10 junho 2017 23:00

1 / 10
Nice Attack, de Michael Kountouris
1 / 10

Nice Attack, de Michael Kountouris

2 / 10
Compulsive Gambling, Xavier Bonilla
2 / 10

Compulsive Gambling, Xavier Bonilla

3 / 10
The Speaker, Toshow Borkovic
3 / 10

The Speaker, Toshow Borkovic

4 / 10
Rio, Silvan Wegmann
4 / 10

Rio, Silvan Wegmann

5 / 10
Bob Dylan, Eduardo Baptistão
5 / 10

Bob Dylan, Eduardo Baptistão

6 / 10
Fidel Castro, Luiz Carlos Fernandes
6 / 10

Fidel Castro, Luiz Carlos Fernandes

7 / 10
Welcome, Constantin Sunnerberg
7 / 10

Welcome, Constantin Sunnerberg

8 / 10
Trump Punk, Mariagrazia Quaranta
8 / 10

Trump Punk, Mariagrazia Quaranta

kevork djansezian

9 / 10
Brexit, António Jorge Gonçalves
9 / 10

Brexit, António Jorge Gonçalves

10 / 10
"Immigrants", Alireza Pakdel
10 / 10

"Immigrants", Alireza Pakdel

O terrorismo, o Brexit e os refugiados. Três temas deste mundo surpreendente a que o World Press Cartoon não escapa. O Grande Prémio, no valor de dez mil euros, foi para o iraniano Alireza Pakdel. António Jorge Gonçalves, com o seu olhar sobre o Brexit, foi o único português premiado numa edição onde estiveram a concurso 600 obras

10 junho 2017 23:00

O que é que faz um bom cartoon? António, cartoonista responsável pelo World Press Cartoon, a decorrer hoje nas Caldas da Rainha responde: “um bom desenho, uma boa crónica, e uma boa história de humor”. Os cartoonistas, tal como os jornalistas, olham para a realidade, mas devolvem-nos uma análise muito própria, que quando é boa nos desafia e até pode incomodar.

O World Press Cartoon, realizado pela primeira vez em Sintra, em 2005, e com passagem a partir de 2015 para Cascais, tem este ano lugar nas Caldas da Rainha. E é lá que se elegem os melhores olhares sobre temas que marcaram o surpreendente ano que passou, como a eleição de Donald Trump, o Brexit, o Nobel atribuído a Bob Dylan, o terrorismo e a crise de imigrantes. E se este último tema, visto, desenhado e analisado pelo iraniano Alireza Pakdel foi a vencedor do Grande Prémio, na categoria de caricaturas os escolhidos foram três grandes figuras internacionais: Fidel Castro, visto por Luiz Carlos Fernandes, Bob Dylan, por Eduardo Baptistão, e Trump, por Mariagrazia Quarentena, numa ordem que vai do primeiro para o terceiro lugar.

Na segunda categoria, chamada “gag cartoon”, ganhou “The Speaker” de Toshow Borkovic, seguido de “Rio” de Silvan Wegmann, e de “Compulsive Gambling”, de Xavier Bonilla, segundo a mesma ordem. No cartoon editorial, onde se inclui o grande vencedor “Immigrants”, está ainda “Nice Attack” de Michael Kountoris e “Welcome” de Constantin Sunnerberg.

António Jorge Gonçalves foi o único português com direito a distinção, com o seu “Brexit”, feito para o jornal “Público”. Obteve uma menção honrosa na categoria de “Editorial Cartoon”.

Este ano estiveram 600 cartoons a concurso, mas para o ano esperam-se mais. “Começámos tarde e pedíamos prova de publicação”, explica António. A ideia é abrir o concurso também aos cartoons que são publicados online, para os quais terá de se criar um sistema de verificação.

A exposição pode ser vista a partir de hoje no Centro Cultural e de Congressos das Caldas da Rainha, e ficará patente ao público, com entrada livre, até 10 de agosto.