Exclusivo

Sociedade

A renda já não dá o pão, mas os bilros ainda cantam

A Escola de Rendas de Bilros de Vila do Conde tem alunas desde os cinco até aos 80 anos de idade
A Escola de Rendas de Bilros de Vila do Conde tem alunas desde os cinco até aos 80 anos de idade
RUI DUARTE SILVA

“Os bilros já não cantam como antigamente”, mas as rendas de Vila do Conde ainda seduzem novas mãos que não deixam cair uma tradição com, pelo menos, quatro séculos de história. “A renda já foi o nosso pão. Muita gente viveu disto”, lembra a dona Salete, rendilheira de 81 anos e colega da Maria João, uma jovem com Síndrome de Down a quem este ofício “faz muito bem”. Agora “o que interessa é a juventude não deixar morrer isto”. O Expresso foi à Escola de Rendas de Bilros

As mãos ainda pequenitas têm já uma grande mestria para manusear os bilros, as linhas de algodão, as agulhas e os alfinetes pregados no pique pousado sobre a almofada de palha. Inês tem dez anos e gosta de fazer aranhas, mas agora está ocupada a fazer caveirinhas, um dos pontos característicos desta arte. “É fácil de aprender. Acho que sou uma boa rendilheira”, acredita a aluna, uma das mais novas da Escola de Rendas de Bilros de Vila do Conde, fundada originalmente em 1919, onde uma tradição com, pelo menos, quatro séculos de história vai sendo passada às novas gerações.

Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para continuar a ler

Tem dúvidas, sugestões ou críticas? Envie-me um e-mail: amcorreia@expresso.impresa.pt

Comentários
Já é Subscritor?
Comprou o Expresso?Insira o código presente na Revista E para se juntar ao debate
+ Vistas