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Bordar a identidade de uma cidade: um caminho pela vanguarda artística de Castelo Branco

Em Castelo Branco, cinco mulheres mantêm viva uma tradição com quatro séculos de história. O bordado desta cidade da Beira Interior desdobrou-se naquilo que a contemporaneidade lhe pede. Mas faltam mãos para preservar este tipo de artesanato regional. Para onde irá a nossa identidade coletiva com estas profissões a desaparecer?

Texto de Redação

©Diana Neves

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Em 2016, a Câmara Municipal de Castelo Branco apresentou o pedido de integração da produção tradicional "Bordado de Castelo Branco" no Registo Nacional de Produções Artesanais Tradicionais Certificadas. A Comissão Consultiva deu parecer positivo, e em 2017, o órgão do executivo avançou com a inauguração do Centro de Interpretação do Bordado de Castelo Branco.

O bordado é típico desta cidade, e começou a ser desenvolvido primeiramente nas aldeias do concelho, “nomeadamente nos Escalos de Cima, nos Escalos de Baixo e na Lousa”, enumera Leopoldo Rodrigues, presidente da Câmara Municipal de Castelo Branco.

De uma perspetiva institucional, manter viva a tradição do bordado é essencial para dinamizar a economia da região, através da venda de produtos, sobretudo das colchas (enquanto elemento marcante do bordado), e para o desenvolvimento sociocultural da cidade, através da conservação desta simbologia inscrita na cédula do povo e da cidade.

Centro de Interpretação do Bordado de Castelo Branco | Fonte: Site oficial da Câmara Municipal de Castelo Branco

Esta região contou sempre com um património significativo na indústria têxtil, que se afirmou como fonte de empreendedorismo. Desde 2016, é o artesanato têxtil que se assume como projeto da autarquia para certificar e preservar o bordado, enquanto um dos ex-libris da cidade. Mas embora seja reconhecido pelos albicastrenses e por especialistas, o bordado enfrenta uma fase de fraca comercialização e rentabilidade.

Com a contribuição da Câmara Municipal, o Centro de Interpretação do Bordado de Castelo Branco permite explorar a história da cidade, mas são as mãos, já quase afeiçoadas ao fio de seda e à agulha, que eternizam esta forma artesanal única.

Uma arte com quatro séculos

O bordado enquadra-se no mosaico nacional da produção têxtil tradicional com uma origem artística e uma vertente económica. Faz parte do enquadramento territorial da região: começou a desenvolver-se numa zona onde a cultura do linho e da amoreira eram tradicionais, e permitiu a criação do bicho da seda em grande escala.

Acredita-se ter sido o século XVIII o mais frutífero na manufatura deste bordado, a nível nacional, e foi a partir do século XX que ressurgiu, maioritariamente em Castelo Branco após, diz-se, Maria Piedade Mendes, albicastrense, falecida em 1984, ter encontrado um conjunto de colchas de linho bordadas, herdadas da sua família e que dariam origem ao trabalho da sua vida.

O bordado de Castelo Branco reúne uma temática ornamental com significados expressivos. A representação naturalista é dominante. Por exemplo, o cravo refere-se ao amor do homem, o galo ao chefe de família, e a romã à fertilidade, diz Lurdes Batista, bordadora da oficina-escolado Centro de Interpretação do Bordado. Algumas pessoas encomendam colchas com motivos(desenhos) definidos. Outras têm a ajuda das bordadoras para o seu esboço, como se de um processo artístico se tratasse.

Exemplares das colchas de Castelo Branco, com motivos elaborados e coloridos | Fonte: Site oficial do Centro de Interpretação do Bordado

“Há quem veja no bordado uma obra de arte, e uma forma de arte. Aliás, nós queremos levá-lo para as grandes exposições de arte contemporânea, nomeadamente para Madrid e Lisboa. E além dos clientes tradicionais, é fazer do bordado um produto de afirmação cultural, de contemporaneidade e de vanguarda”, declara o presidente da Câmara ao Gerador.

Do bicho da seda a uma colcha valorizada em milhares de euros

O bordado de Castelo Branco reparte-se por três equipamentos na cidade. O Museu FranciscoProença Tavares Júnior contém uma exposição de colchas do bordado desde o final do séculoXVII até à atualidade. O Centro de Interpretação do Bordado tem peças à venda e alberga uma oficina-escola para o ensino e aprendizagem deste artesanato. E o Museu da Seda explica a rota da seda, a alimentação do bicho da seda, o processo de passagem do casulo para os fios usados no bordado.

O Museu da Seda está ligado a uma iniciativa de ação social. “A Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental [APPACDM] começou por ter um centro de sericultura como fazendo parte da terapia ocupacional das crianças, dos jovens, dos adultos que estão institucionalizados”, refere Teresa Antunes, chefe da Divisão de Educação, Cultura, Desporto eAção Social da Câmara Municipal de Castelo Branco. “Entretanto, criou um pomar de amoreiras já com alguma dimensão, 12 hectares, e mais recentemente criou o Museu da Seda”.As pessoas institucionalizadas continuam a fazer desta atividade um programa terapêutico e a associação tem uma parceria com a Universidade de Pádua, em Itália, para estudar a utilização da seda para fins médicos.

“O Centro de Interpretação do Bordado aglutina estas valências e é ponto de partida e ponto de encontro destes equipamentos”, conclui. O espaço funciona como local de divulgação e como museu, onde reúne exemplares de colchas e designs de artistas que integram o bordado nas suas peças. Mas há uma secção que ilustra o processo produtivo do bordado.

As grandes colchas são feitas de linho e seda naturais. O linho era produzido de forma tradicional, com técnicas antigas. A seda era usada já no próprio bordado.

O linho era produzido tradicionalmente. As plantas eram arrancadas à mão e o linho era composto em teares rústicos | Fonte: Site Oficial da Câmara Municipal de Castelo Branco

Aqui, a imagem da sericultura está longe de ser a memória querida dos bichos da seda em caixas de sapatos nos tempos de escola. A eclosão da borboleta nunca chega a acontecer. “Se a borboleta eclodir fura o casulo e destrói a continuidade do fio. Portanto, quando as borboletas ainda estão no casulo são postas dentro de grandes caldeirões de água a ferver, porque só assim é que se pode apanhar a ponta do fio do casulo e transformá-lo, o que pode dar até mil metros de fio”, explica Teresa Antunes, entre risos nervosos.

Fios coloridos de seda. A seda e o linho são materiais caros. Vêm de Itália para serem usados no bordado de Castelo Branco | ©Diana Neves

Já não há quem produza linho de forma caseira. Vem de fora, assim como a seda, de Itália. São materiais caros. A APPACDM de Castelo Branco produz alguma seda do seu pomar, relevando os recursos endógenos na própria afirmação do território e do produto que daqui resulta. Num futuro próximo, o ideal, dizem, será investir na produção local destes materiais.

Hoje, a manufatura do bordado concentra-se em panos, lençóis, colchas de linho, e pequenas peças personalizadas. Embora a origem dos materiais tenha mudado, as técnicas usadas pelas bordadoras são as mesmas. Aliás, não poderia ser de outra forma. O bordado de CasteloBranco é certificado desde 2017, porque “é feito integralmente pelas bordadoras e em modo manual”, realça o presidente do município, “e isso requer muito tempo”. Uma colcha, se for bordada só por uma pessoa, demora cerca de um ano para ser concluída.

Lurdes Batista e Maria Rosa bem o sabem…

Cinco mulheres na vanguarda do bordado

Nos últimos anos, o projeto ex-libris juntou várias entidades para desenvolver iniciativas que promovam a autenticidade e a continuação do bordado de Castelo Branco, nomeadamente no ensino e na aprendizagem. Uma delas constitui precisamente a oficina-escola, outrora localizada no Museu Francisco Proença Tavares Junior, e hoje, no Centro de Interpretação doBordado. É nas mãos que concebem estas peças que se traça um caminho memorial sob a história do bordado, e que a sua herança, na verdade, perdura.

Lurdes Batista tem 55 anos, trabalha há 35. Quando saía da escola primária ficava no Museu Francisco Proença Tavares Junior, onde a tia tomava conta dela. Foi aí, nessas tardes, que começou a ganhar o gosto pelo bordado. E dele fez profissão. Hoje, faz os motivos que irão ser bordados nas colchas. Os clientes gostam de as personalizar e é Lurdes que faz esse desenho.

Maria Rosa já não teve outra opção. O enquadramento territorial assim a obrigou. É bordadora não por escolha, mas porque a vida, madrasta, noutros tempos, a obrigou a ser. Após "concluir a quarta classe”, bordar era a única atividade que as “meninas” podiam fazer na região, além dos trabalhos na agricultura. “Aprendi a bordar aos meus 11 aninhos. Já lá vão 55 anos abordar”. Tem 63. Algumas famílias na sua localidade, Escalos de Cima, já bordavam. A mãe encaminhou-a para aprender, e foi assim toda a vida.

Lurdes Batista, à esquerda; Maria Rosa, à direita | ©Diana Neves

Neste trabalho minucioso, o que custa mais a Lurdes é contar as redes de fios usados para fazer os pontos, exigem muita concentração de tantos que são os pormenores e os detalhes inscritos nas colchas. As “populares” são mais baratas e as “eruditas” são mais caras. Cada colcha pode custar entre 10 a 50 mil euros. Demora cerca de seis meses a ser feita por seis pessoas.

No gesto das mãos de Maria Rosa cabem-lhe as linhas que a rigidez da vida a obrigou a bordar | ©Diana Neves

“Estamos a ultrapassar alguma dificuldade no sentido de captar novas pessoas para o bordado”, assume Leopoldo Rodrigues. A Câmara pretende investir na formação para atrair novos trabalhadores. “Para além disso, há um conjunto de pessoas individualmente, seja na cidade, seja nas aldeias, que também fazem bordado. Nós não descuramos a possibilidade de vir a criar um centro de produção, além da escola-oficina, nomeadamente na localidade de Escalos”, propõe.

Maria Rosa borda a seda em quadros de linho. O bastidor horizontal estica o tecido para bordar os motivos previamente feitos numa tela | ©Diana Neves

“É preciso contratar mais pessoas”, afirma Lurdes. A maioria das bordadoras, numa equipa unicamente de cinco mulheres, está quase na idade da reforma, e sem jovens que tomem a linha e a agulha deste trabalho, a tradição do bordado corre riscos de desaparecer.

O presidente não esconde preocupação em relação à manutenção da atividade. “Se nós tornarmos a profissão de bordadora ou de bordador aliciante, acreditamos que os mais jovens também terão alguma apetência para vir a ser trabalhadores nesta área”, confessa ao referir que o vencimento das trabalhadoras deve ser adequado ao tempo despendido e à qualidade que esta atividade exige.

Este trabalho, no fundo, é aquele que permite prolongar a arte de bordar Castelo Branco, de geração em geração. É pela mão destas pessoas que o bordado, um dos símbolos da identidade coletiva dos albicastrenses, se preserva.

Mas além de arte de prestígio cultural e social da cidade, o bordado é inerentemente promotor de emprego e rendimento locais. “Para além de preservar o bordado na sua múltipla dimensão, sobretudo na sua dimensão cultural e simbólica, nós pretendemos que ele se afirme como um produto económico e que possa envolver mais pessoas a trabalhar e, portanto, mais pessoas a ganhar dinheiro com o bordado”, expressa o presidente do executivo.

Tradição e inovação

O bordado de Castelo Branco foi adquirindo outras aplicações. É usado na calçada portuguesa da cidade ou nas fachadas da arquitetura, o que reforça a sua simbologia identitária. Existem até exemplares de uma moeda cunhada com representações do bordado, peças de mobiliário e designs de moda. E chegou ao estrangeiro com a presença de várias peças do bordado na Catedral de Manchester.

O projeto ex-libris abrange também iniciativas e concursos com licenciados e designers de moda que transportam o bordado, numa versão mais contemporânea, para lá das fronteiras da cidade. “Existe um concurso nacional que é aberto a todos os alunos da área da moda do ensino superior em Portugal”, conta Teresa Antunes. Os trabalhos são selecionados por um júri e depois produzidos na oficina-escola, bordados pelas bordadoras.

Peças de designers em exibição no Centro de Interpretação do Bordado | Fonte: Site oficial da Câmara Municipal de Castelo Branco

“Estamos a trabalhar no sentido de procurar um conjunto de parcerias que possam vir a aumentar as vendas do bordado”, avança o presidente da Câmara. É dessa forma que esperam aumentar as pessoas a trabalhar e a ter formação (que é longa).

Num futuro próximo, acreditam, será possível associar cada vez mais artistas, e novas leituras e interpretações ao bordado de Castelo Branco, naquele que é um processo natural de ajuste aos tempos atuais.

O “saber-fazer” da nossa identidade coletiva

Teresa Antunes salienta que não há uma readaptação do bordado à contemporaneidade, mas sim um desdobramento do bordado àquilo que a contemporaneidade pede dele.

“Para um produto ser certificado tem de respeitar as normas com que sempre foi feito. Tem deusar o linho e a seda, tem de usar o risco, o motivo, o desenho original, tem de usar uma determinada paleta cromática, tem de usar aqueles pontos, que no seu conjunto são 38”, assegura. O bordado tem até o ponto de frouxo ou ponto de Castelo Branco. A área da inovação abre o bordado a novas aplicações, mas não descura o facto de ter de ser feito com a mesma técnica com que é feito nas colchas tradicionais.

A chefe da Divisão da Cultura alarga o conceito do bordado e relembra os ofícios que estão a serperdidos, com o tempo, e que garantem a nossa identidade coletiva. “Isto não é um trabalho daCâmara Municipal, acho que é um trabalho de índole mais global que tem que ver com avalorização das profissões em extinção, e que já foram entendidas como profissões menores oupouco nobres, pouco dignificadas, e que são todo o inverso disso”, salienta.

“De repente, nós queremos pessoas para restaurar talha dourada, restaurar murais frescos, fazer calçada e não temos. Porque em determinada altura do percurso académico não há nenhum tipo de orientação ou de valorização [para estas profissões] ou não é suficientemente promovido junto das pessoas mais jovens de que há profissões que são igualmente dignas eque podem ter um retorno económico muitíssimo interessante”, defende. “Não precisam todos de estar num trabalho de gabinete ou ligado à digitalização."

Na educação em Portugal, há razões históricas que explicam a crescente valorização das profissões que decorrem de ter um curso do ensino superior. “Ser bordador, ser pescador, sercalceteiro, ser ferreiro, ser eletricista, ser latoeiro são profissões de que as pessoas quase que passaram a ter vergonha”, lamenta.

Estes ofícios carregam uma arte e um valor intrínseco marcada na história e na identidade portuguesas, como “é o bordado de Castelo Branco, é a renda de Bilros, é o bordado de Vianado Castelo, são os tapetes de Arraiolos, é a calçada portuguesa, é o trabalho de latoaria ou deferreiro, com os quais fazemos coisas inacreditáveis e estamos a deixar de fazer porquê?”, questiona. “Provavelmente isto são processos naturais e nós temos de passar por aqui para concluirmos que é preciso dar dois passos atrás.”

Teresa Antunes enumera a Itália, a França ou o Reino Unido, onde estas profissões são maisvalorizadas a nível social e na respectiva remuneração. “Num mundo globalizado, o que nos distingue é a nossa identidade própria. No dia em que deixarmos de ter calceteiros para fazer a calçada portuguesa, as nossas calçadas vão ser iguais às de todos os países do mundo”, alerta.

Para Teresa Antunes, cabe à Câmara Municipal e aos órgãos possíveis de o fazer, nomeadamente, no sistema de ensino, de alicerçar as gerações mais jovens a este tipo de trabalho. “Eu acho que os jovens estão tão atentos ao bordado de Castelo Branco como se interessar-se-ão por todo este mundo de artes e ofícios que está praticamente extinto”, comenta. “Mas isso é uma coisa que ultrapassa a realidade de Castelo Branco, ultrapassa uma autarquia ou uma região em especial, e tem mais que ver com o sistema global sobre o qual, eventualmente, alguém terá de refletir”, sob pena de o saber-fazer da nossa identidade coletiva desaparecer.

Texto de Diana Neves

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