Polistécnica nº1 | fevereiro 2001

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nota de abertura "POLISTÉCNICA" é o novo órgão de comunicação do Instituto Superior Politécnico de Viseu. Na sua génese, a necessidade sentida de uma publicação capaz de tornar mais fácil a circulação das ideias e dos factos numa instituição cada vez mais distribuída no espaço, mais ramificada e enriquecida na sua actividade. Sempre mais povoada de alunos, funcionários. De docentes. Através de uma informação objectiva e plural, pretende ser simultaneamente barómetro e termómetro do pulsar institucional, dos seus momentos altos e das suas dificuldades. Tanto passados como presentes. Dos Serviços Centrais, das Unidades Orgânicas integradas no Instituto Superior Politécnico de Viseu, das distintas Associações de Estudantes. O que equivale a dizer que nele todas dispõem de um espaço que torne mais visível a sua actividade, as suas realizações e as suas propostas de futuro, tanto através de textos de conteúdo, de tese, como de simples informação noticiosa. Com uma periodicidade que se prevê possa ser trimestral (Fevereiro, Maio, Setembro, Dezembro), "POLISTÉCNICA" chegará aos seus leitores em duas modalidades: suporte papel e on-line. Com distribuição gratuita, a maior fatia da sua tiragem será, naturalmente, reservada para quem aqui trabalha. Via postal, cada número editado será remetido a instituições associações públicas da região de Viseu e também de outros

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pontos do país. A pessoas individualizadas que o solicitem.

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congéneres do Instituto Superior Politécnico de Viseu, a

Continua-se, deste modo, uma prática que tem sido marca do Instituto Superior Politécnico de Viseu. João Pedro de Barros


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A memória das instituições constroi-se em cada fracção do tempo. De forma imperceptível.Mas imperecível. Nos volumes e nas silhuetas de arquitecturas nascidas de energias germinadas no pensamento. Nas palavras e nas ideias de quem nelas trabalha e nas daqueles que as privilegiam com a sua presença solidária.

Jorge Sampaio, Presidente da República Portuguesa, esteve no ISPV em Novembro de 1998, presidindo às comemorações do Dia do Instituto. Da sua intervenção (publicada na íntegra em Millenium, nº 13, Janeiro 1999, pp. 31 – 39), e porque vivemos agora num tempo em que ganha momentum o debate profundo a nível internacional sobre o futuro do ensino superior na Europa, POLISTÉCNICA destaca alguns passos significativos:

“... Já coloquei em destaque a relevância social da expansão do ensino superior, que abriu as Universidades e os Politécnicos a novos públicos, em particular a estudantes oriundos de famílias menos favorecidas. Uma presença muito significativa das mulheres e a diminuição dos desequilíbrios regionais constituem elementos positivos desta mudança.”

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“... Não consigo conceber a vida estudantil sem uma referência constante aos valores da humanização e sem uma participação regular em actividades associativas, artísticas e culturais. O tempo de estudante é essencial para o nosso futuro como pessoas e como cidadãos. O ensino superior é um espaço de cultura, no sentido mais amplo do termo: cultura científica e tecnológica, cultura humanista, cultura artística e literária. As instituições estão hoje colocadas perante uma questão de fundo: como conceber uma função de elevado nível científico e profissional que tenha em conta os interesses, capacidades e a diversidade cultural de um número cada vez maior de estudantes? A questão exige naturalmente de todos o maior empenhamento e o maior rigor na preparação e na execução das respostas.”

www.ipv.pt


“... No momento da sua criação, há cerca de vinte anos, o politécnico afirmava objectivos claramente distintos do universitário. A sua vocação dirigia-se para formações profissionalizantes e para uma maior ligação às regiões e ao seu desenvolvimento. No entanto, é preciso reconhecer que estas diferenças se atenuaram consideravelmente nos últimos anos. Os objectivos iniciais do ensino superior tendem a ser hoje assumidos pelo ensino superior em geral.”

“... Nesta ocasião, quero referir-me à necessidade de reforçar os dispositivos de avaliação dos professores, em ligação com uma melhoria da sua formação pedagógica e científica e com uma revisão do seu estatuto que possibilite uma maior dedicação ao ensino e à pesquisa. A avaliação dos cursos é também uma exigência inadiável, no sentido de compreender a sua pertinência, os métodos pedagógicos adoptados e as formas de acompanhamento dos alunos, pondo cobro a situações sistemáticas de repetição e de abandono. É importante que as instituições assumem os resultados dos processos de avaliação e os integrem em dinâmicas de mudança.”

“... Finalmente, não podemos deixar de encontrar formas de regulação do ensino superior no seu conjunto, que contribuam para um desenvolvimento mais equilibrado das redes do universitário e do politécnico.”

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tp.vpi.www


Informação: José Pedro Sousa - Departamento Técnico

Edifício dos Serviços da Presidência do Instituto Superior Politécnico de Viseu

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Localização O Edifício dos Serviços da Presidência implanta-se, de acordo com o Plano elaborado e aprovado para o conjunto das edificações já construídas e a construir no Campus Politécnico, na zona norte do Campus. Esta construção e as quatro Residências, duas já construídas, ficam enquadras a norte com uma nova avenida, em construção pela Câmara Municipal, a qual privilegiará a relação destes edifícios de serviços com a Cidade.

O Edifício O Edifício é, fundamentalmente, constituído por dois volumes perpendiculares entre si, cada um com três pisos, desfasados cerca de meio piso um do outro. O maior, paralelo à avenida que limita os terrenos do ISPV pelo lado nordeste, contribuindo para a definição espacial da referida avenida, alberga a quase totalidade dos serviços. O outro volume integra o Auditório e os Serviços de Audiovisuais. Este último volume separa dois espaços exteriores distintos: do lado poente, um pátio de serviço onde se localizam as garagens, a zona de descarga para os armazéns e bar e o acesso às zonas técnicas; do lado nascente, a entrada principal do edifício. Na intersecção dos dois corpos e a uma cota média, situa-se a Entrada Principal que, devido à sua posição central, permite o fácil acesso aos vários serviços que coexistem no edifício, sendo o ponto de ligação dos dois corpos que o compõem através de comunicações verticais em escadas e de um ascensor. No piso da entrada o acesso ao Auditório faz-se através de um átrio que poderá funcionar como sala de exposições; existe ainda um Bar e a Recepção. Subindo meio piso, localizam-se os serviços de atendimento aos alunos, docentes e funcionários, tanto dos Serviços Centrais como dos Serviços Sociais, com uma área aproximada de 800 m2. Este piso possui um acesso secundário directo do exterior, a partir da avenida que limita os terrenos do Campus Politécnico a norte. Sobre este último localiza-se a Presidência do IPV e os seus respectivos serviços de apoio, e por baixo dos serviços de atendimento ao público encontram-se os Serviços Técnicos, o Sector Informático, o Aprovisionamento, a Reprografia e o Offset, as Oficinas, diversos Armazéns, as Garagens, etc.

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Perpendicularmente a este volume destaca-se o Grande Auditório, e por baixo deste os Serviços de Audiovisuais, constituídos por dois Estúdios de Som e Imagem, diversos Gabinetes de Apoio e por uma Sala de Visionamento em anfiteatro

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Edifício dos Serviços da Presidência do Instituto Superior Politécnico de Viseu

para 62 pessoas. Os Serviços de Audiovisuais possuem ainda um acesso directo por escada à zona de apoio ao palco do auditório, que servirá também os camarins que estão previstos de futuro instalar sob o palco.

Edifício Inovador O Edifício da Presidência do ISPV é uma construção polivalente pensada e estruturada de raiz, logo com óptimas condições de apoio ao Campus, o qual contribui como uma mais valia para a região de Viseu. O Grande Auditório para 401 lugares e com um palco com razoáveis dimensões, será a infraestrutura mais visível ao exterior pois está preparado para receber colóquios, sessões teatrais, projecções de cinema, espectáculos musicais, etc. Uma outra grande aposta do ISPV é na instalação dos Serviços de Audiovisuais, numa área aproximada de 600 m2, onde existe uma Sala de Visionamento desnivelada com lotação máxima sentada de 62 pessoas e dois Estúdios de Som e Imagem donde se poderão efectuar transmissões em directo via rádio e/ou via TV. No último piso também será de destacar os dois grandes espaços ocupados pelo Salão Nobre, para as sessões públicas do ISPV, tais como provas de doutoramentos, de mestrados, etc e pela Sala de Reuniões do Conselho Geral, com as áreas aproximadas de, respectivamente, 80 m2 e 85 m2.

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1.

A defesa dos valores culturais da região de Viseu, editando-se obras de índole vária de autores originários do distrito, ou que nele viveram grande parte das suas vidas;

2.

A defesa da língua portuguesa, afinal a matriz mais unificadora do povo que somos. Previsto para 2001, o lançamento de três obras que POLISTÉCNICA irá acompanhar de perto.

No âmbito das publicações periódicas, MILLENIUM, agora no seu sexto ano consecutivo de existência, continuará a ser editada com a mesma regularidade, mas com a introdução de algumas alterações, uma delas decorrente do aparecimento deste novo órgão de comunicação. “Vida Académica”, a primeira das suas secções, passará a ser uma área exclusiva de POLISTÉCNICA, pelo carácter genericamente informativo que assume. Também a componente de informação de “Educação Sem Fronteiras” passará para este novo órgão. Com a excepção da rubrica de divulgação de congressos, conferências, seminários..., que permanecerá em MILLENIUM, deslocada, embora, para as páginas finais da revista. Para além dos dois títulos periódicos do ISPV, a instituição continuará o apoio, desde sempre assegurado, a FORUM MEDIA, órgão da responsabilidade do Curso de Comunicação Social da ESEV, e a TERRA FÉRTIL, uma publicação da Escola Superior Agrária, bem como a órgãos das distintas Associações de Estudantes e aos títulos que eventualmente venham a ser criados no seio das Unidades Orgânicas do Instituto.

Os rostos mais recentes das publicações periódicas do ISPV

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Nos últimos cinco anos, e em termos de publicações não periódicas, nelas se englobando obras literárias, científicas, pedagógicas e de divulgação institucional, o ISPV editou quinze títulos. Caracterizada pela diversificação temática, pelo domínio da presença de docentes da instituição e pela parceria com entidades extrainstitucionais, esta linha editorial vai manter-se, porventura aprofundar-se. O facto de se estar no viver no ISPV um ciclo rico de post-graduações, sobretudo de doutoramentos, faz acreditar na existência de um campo fértil e fecundo de publicações, dando aos investigadores da instituição a oportunidade de divulgação das suas dissertações para o público mais amplo da comunidade científica local, regional e nacional. No seu número 20 (Outubro 2000), p. 6, MILLENIUM divulgou o lançamento de uma nova fase editorial, ainda no âmbito das publicações não periódicas, fase esta que irá ser construída com suporte em dois princípios fundamentais:


Os Destaques deste Número

Obra: ESCRITOS DE MENINOS DE VISEU* Organizadora do Texto: Maria Elisa Pinheiro** ISBN: 972-97372-4-X Depósito Legal: 137639/99 Ano de Publicação: 1999

Na introdução à obra que organizou, escreve Maria Elisa Pinheiro: “Só em 1984, quando do meio de muitos borrões e não menos rasuras emergiu o desejo do Nélson de que ‘a guerra apodrecesse e a paz e o amor explodissem pelo mundo inteiro’, me apercebi de como uma criança é capaz de usar bem a força das palavras, e de como seria pena não mostrar às gentes de Viseu o que a candura, o sofrimento, a originalidade, a fantasia e a imaginação dos seus filhos podem conceber”. Um dos muitos e variados textos que corporizam a ideia expressa pode apresentar-se aqui como exemplo:

Ditadores Se eu fosse uma ditadora fazia com que o nosso país ficasse renovado. Não ficava na ditadura durante 48 anos, como ficou o Professor Oliveira Salazar; ficaria apenas durante 5 anos. Não tenho lá muito jeito para ser ditadora porque não gosto de mandar nas pessoas, mas cá me havia de arranjar nessa profissão. Acho que nunca chegarei a ser ditadora; não tenho qualidades suficientes. Quem sabe se algum dos meus antepassados foi rei ou ditador? Mas eu estou a investigar e logo vou descobrir pois já sei quem foi a minha tetravó. Filipa, 9 anos * O produto da venda desta obra foi oferecido à Casa do Gaiato (Paço de Sousa – Penafiel). ** Professora aposentada do 1º Ciclo do Ensino Básico.

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Obra: JESUS DE NAZARÉ Autor: José Maria Casciaro Tradução: Geraldo Morujão* ISBN: 972-97372-7-4 Depósito Legal: 141445/99 Ano de Publicação: 1999

A figura de Cristo abordada, como refere Geraldo Morujão, o tradutor da obra de Casciaro para a língua portuguesa, “não de uma maneira fria e descomprometida, mas com aquele terno afecto e espírito contemplativo de quem ama apaixonadamente o Amor de toda a sua vida”. Na apresentação desta obra, o orador convidado pelo ISPV, Luís Fonseca, catedrático de História da Universidade do Porto, nome muito conhecido pelas suas publicações e por ter integrado a Comissão Nacional dos Descobrimentos, sublinhou “a actualidade da publicação de uma obra destas pelo Departamento Cultural do ISPV quando se celebram os 2000 anos do nascimento de Jesus Cristo”, uma obra “que permitirá a um vasto e variado público estudar e, sobretudo, encontrarse com a figura sempre actual e sempre fascinante de Jesus Cristo”. ○ ○ ○ (Citações de MILLENIUM, nº 19, Junho 2000, pp. 13 e 15). * Professor aposentado da ESEV; doutorado em Teologia pela Universidade de Pamplona (Espanha).

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Luís Miguel Cardoso

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Revista do Curso de Comunicação Social

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Para ser grande, sê inteiro: nada Teu exagera ou exclui. Sê todo em cada coisa. Põe quanto és No mínimo que fazes. Assim em cada lago a lua toda Brilha, porque alta vive. Ricardo Reis

Quando no curso dos eventos humanos a vontade e o engenho superam os escolhos acerados da labiríntica existência mortal, podemos aquilatar da verdadeira diferença entre o sonho e a realidade. Neste horizonte novo que desbravámos, a ALMA só poderia ter a dimensão titânica do desafio, respirando a memória de gestos arquetipais pessoanos ou não fosse sua a dimensão do sonho que perpassa este nosso pensamento. A revista FORUM MEDIA é a consubstanciação de um projecto nosso, um voo que parecia icário, já tão antigo quanto o Curso de Comunicação Social. Sempre pensámos que a ideia só frutifica se for aplicada, pelo que o conhecimento que enforma o Curso de Comunicação Social só poderá ser efectivo e pertinente se o labor diligente e válido perpetuar em obras concretas. O espaço de conhecimento que iniciámos, será ad aeternum a configuração de uma premissa da Antiguidade Clássica, eterno berço da civilização ocidental. O forum é, por excelência, entre os Latinos, um areópago, um local de conclave de ideários e desígnios, uma praça aberta para o pensamento. Acreditamos que este forum, redivivo e retemperado, eivado de modernidade, fremente como o universo da comunicação, relembrará o provecto e clássico exemplo, resplandecendo para o futuro como luz irradiada por um novo sol da Humanidade: os Media. A revista foi criada para ser um instrumento de divulgação do Instituto Superior Politécnico de Viseu, da ○ ○ ○ ○ Escola Superior de Educação e do Curso de Comunicação Social, proporcionando a publicação de informações e trabalhos de docentes e discentes desta e de outras instituições. Assim, nasceu a revista FORUM MEDIA, norteada pelos seguintes princípios:

1. Contribuir para a promoção e divulgação do Curso de Comunicação Social; 2. Instituir um espaço de debate e reflexão concernente ao universo heteróclito da Comunicação Social; 3. Discutir o fenómeno da comunicação, alicerçado nas dimensões linguística e icónica, enquanto pilar de construção de cultura e de sociedade; 4. Promover a análise do fenómeno comunicativo numa perspectiva multímoda e interdisciplinar; 5. Divulgar trabalhos de investigação de docentes e discentes do Curso na área da Comunicação Social; 6. Possibilitar aos discentes do Curso a interacção entre saberes, articulando formação teórica e desempenho prático; 7. Propiciar o intercâmbio de experiências e saberes entre o Curso de Comunicação Social, instituições de ensino e a comunidade em geral. Acreditamos que este forum saberá recolher do passado o exemplo perene do diálogo e da troca de conhecimentos. Este projecto saberá alimentar-se da vontade, do desiderato e do apoio de todos aqueles que queiram ver neste espaço um horizonte auspicioso do saber. Uma última palavra deve ser erguida neste texto: gratidão. Este valor que nós prezamos com toda a sinceridade, só poderia ser respeitado se não olvidássemos um conjunto de pessoas que permitiu esta odisseia. Assim, em primeiro lugar, agradecemos ao Senhor Professor Doutor João Pedro de Barros, fautor inequívoco e abnegado da auréola de prestígio científico e pedagógico que envolve o Instituto Superior Politécnico de Viseu, impulsionador por excelência do Curso de Comunicação Social e que, desde a primeira hora, nos apoiou neste projecto de criação de uma revista do Curso. Agradecemos também ao Senhor Doutor Soares de Sousa, pelo apoio que recebemos, ao senhor Doutor Vasco Cunha, pelo incondicional incentivo com que sempre nos brindou , e ao Senhor Professor Doutor Alberto Vara Branco, Presidente do Conselho Directivo e Director do Curso de Comunicação Social, e que nos honra com o seu apoio e interesse. Finalmente, uma palavra de grande apreço ao Dr. Paulo Medeiros e a Maria da Conceição Pereira, bem como a João Rodrigues, responsável pela edição na Internet. A todos os docentes e discentes da ESEV que


colaboram connosco nesta peregrinação, e principalmente aos professores da Universidade de Coimbra, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, da Universidade Federal de Santa Catarina, da Universidade do Amazonas, da Universidade de São Paulo, da Universidade de Juíz de Fora, e da PUC-Rio, agradecemos e ousamos convidar a participar de novo em próximos números. Foi ainda um privilégio supremo contarmos, nestes três números já publicados, com a colaboração de reputados especialistas como o cineasta Lauro António, o historiador Prof. Doutor José Hermano Saraiva e os jornalistas Fernando Pessa e Carlos Daniel. Começámos a construir um sonho de papel e tinta que vogará nos mares procelosos do tempo e do nimbo do esquecimento que marcam todos os eventos humanos. Todavia, estamos firmemente convictos da verdade inexorável que perpassa o poema de Fernando Pessoa, que escolhemos como epígrafe para esta nótula: a vida só pode ser profícua se a existência for inteira, mesmo nas pequenas coisas que fazemos. É este o espírito que sempre nos animará. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Jorge Oliveira

A revista Terra Fértil iniciou a sua actividade em Outubro de 1995, com o lançamento do número zero, coincidindo com o início das actividades lectivas da Escola Superior Agrária de Viseu (ESAV). A realização deste número partiu da vontade da então Comissão de Estudantes, de que faziam parte alunos do Curso de Engenharia das Indústrias Agro-Alimentares, que já funcionava na Escola Superior de Tecnologia do Instituto Superior Politécnico de Viseu. Esta revista técnico-científica, inicialmente propriedade da Comissão de Estudantes da ESAV, lançou 7 números que se pautaram pela filosofia inicial de divulgação de conhecimentos e que ao mesmo tempo, serviram em alguns casos como actas de eventos ocorridos na Escola, destacando o 1º Simpósio Nacional de Pedagogia no Ensino Politécnico Agrário, realizado em 28 e 29 de Maio de 1998 e o Colóquio: Montemuro: a Última Rota da Transumância, realizado em 18 de Junho de 1999. Desde então a periodicidade semestral tentou manter-se, com algumas falhas pontuais. Apresentamos no quadro seguinte os números publicados desde a sua fundação: Ano/N.º 1/0 1/1

Data Outubro 1995 Maio 1996

1/2 1/3 3/4 3/5 5/6

Dezembro 1996 Junho 1997 Fevereiro 1999 Julho 1998 Junho 2000

Título/Observações Vários artigos, nomeadamente sobre as Indústrias Agro-Alimentares Entre outros artigos, as comunicações apresentadas no colóquio “Produtos Agrícolas: Produção e Transformação” Parte das comunicações apresentadas no Colóquio “Queijo Serra da Estrela” De âmbito geral Alguns artigos sobre Avicultura Actas do “1.º Simpósio Nacional de Pedagogia no Ensino Politécnico Agrário” Actas do Colóquio “Montemuro: a Última Rota da Transumância”

Actualmente, a revista encontra-se em fase de reestruturação, tentando ajustar-se aos níveis cada vez mais exigentes dos conhecimentos técnicos-científicos e do público alvo. De uma forma semelhante, esta alteração reflecte a mudança geral que se vive na ESAV. Pretende-se ser mais exigente e fornecer publicações com maior rigor científico, suportado pela comissão científica reforçada e renovada e por uma filosofia editorial mais agressiva.

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Assim, pretendemos apresentar já este ano de 2001, o “primeiro número” de uma nova fase na vida da Revista Terra Fértil, ○ seus ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ tentando mostrar a nova face da ESAV, divulgando-a em outras instituições e pretendendo que estas, através do contributo dos docentes, a possam enriquecer com o seu saber através do envio de artigos para publicação. Brevemente serão divulgadas as novas regras da Revista, a sua filosofia editorial, bem como as condições para publicação de artigos, que serão sujeitos à Comissão Científica da Revista. Desde já, contamos com todos.




FIL OXENIA FILO Polistécnica Polistécnica

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A cooperação internacional no ISPV

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Vasco Oliveira e Cunha

A XI Conferência Anual da EURASHE terá lugar este ano em Portugal. Em Maio. No ISPV. A precedê-la, e numa organização conjunta EURASHE – COHEHRE – ISPV, uma workshop – “Caring in a Multicultural Society”. Momento significativo da vida da instituição, que surge como consequência de uma relativamente longa imersão no mundo complexo da cooperação internacional, no cumprimento de princípios estatutários de “intercâmbio cultural, científico e técnico com instituições nacionais, estrangeiras e internacionais”, ele não constituirá um ponto de chegada de uma política, um patamar onde se relaxa e se descansa, mas, tão somente, um degrau mais num trajecto difícil de solidariedade e de partilha, por forma a poder oferecer a todos quantos trabalham na instituição uma perspectiva da dimensão europeia e internacional dos curricula, dos cursos, programas e graus e, de uma forma ainda mais ampla, o sentir da realidade de uma cidadania humanista mais alargada. Não foi este um percurso simples. Houve que definir uma política; arquitectar estratégias pragmáticas adequadas; estabelecer prioridades; buscar contactos privilegiados que permitissem uma capilarização mais ampla e mais eficiente das bases programáticas em que se desejava assentar a cooperação; profissionalizar o sector das Relações Internacionais e promover a sua formação em seminários internacionais; criar um órgão de comunicação e de informação capaz de veicular a nossa imagem para o exterior e de reflectir as realidades educativas europeias. E não só! Uma política que privilegiou o diálogo permanente com as Unidades Orgânicas, o conhecimento prévio de instituições parceiras e dos seus responsáveis, o acompanhamento contínuo da mobilidade. Uma política, enfim, que sopesou investimentos, que buscou (e conseguiu) apoios financeiros. Sobretudo da UE.

O Ensino Superior europeu vive actualmente um tempo de possíveis decisões fundamentais de alteração do paradigma tradicional, no sentido de uma convergência ○ total ○ ○ do ○ sistema. Na Declaração de Bolonha (1999) foi esboçado um conjunto de objectivos de que se salientam: design de um quadro comum de referência de graus; “articulação de estudos em dois níveis – formação inicial e post-graduação; generalização de sistemas de creditação; amplitude europeia da garantia de qualidade;

mobilidade alargada de docentes, estudantes e graduados”. Sem fronteiras limitadoras e inibidoras. Em termos de implicações principais da Declaração para o sector colleges/politécnicos, transcreve-se aqui um passo do Editorial de Millenium, nº 21, Janeiro 2001: “as instituições europeias necessitam atingir uma ‘dimensão crítica’ e oferecer ‘uma amplitude mínima de cursos e de serviços’, de modo a conseguirem ‘uma voz forte no debate sobre a estrutura do espaço de ensino superior’. De entre essa oferta, ‘curricula compatíveis com o emergente quadro europeu de qualificações’, por forma a dilatar ‘as possibilidades de emprego no mercado de trabalho europeu. Características, todas elas, que constituem uma parte dos ‘esforços no sentido da garantia de qualidade e de certificação’, isto é, da acreditação”. Na Convenção das Instituições de Ensino Superior, a realizar em Salamanca (29-30 de Março, 2001), a tónica do debate centrar-se-á na moldagem do futuro do espaço europeu de ensino superior, na procura de extrair vantagens das similaridades entre os seus distintos sectores e contribuir, deste modo, para o processo de convergência desenhado em Bolonha, através de uma estratégia que assente na capacidade intrínseca das instituições de operarem a sua própria mudança, sem imposições do exterior; na oferta de formação e de graus que possam ser efectivamente utilizados em toda a Europa; na ultrapassagem das dificuldades ainda existentes a uma mobilidade em mais larga escala; na construção de um quadro comum flexível de qualificações; na definição e implementação de padrões de garantia de qualidade; na preparação para uma competição difícil a nível continental. Seis linhas de força que irão merecer toda a atenção dos Ministros da Educação que se reunirão em Praga (18-19 de Maio, 2001), e a partir das quais se definirão as etapas próximas do processo de convergência.

A XI Conferência Anual da EURASHE vai ter lugar logo após a reunião de Praga e poderá elaborar, por esta razão, uma síntese extremamente actual dos desenvolvimentos previsíveis do Ensino Superior europeu. Uma linha de orientação para o futuro próximo a que o ISPV dará uma preferência de abordagem, de modo a que, do diálogo com as suas Unidades Orgânicas e, a nível nacional, das discussões que, inevitavelmente, irão ocupar muitas agendas das estruturas institucionais de Ensino Superior, de modo a que, dizíamos, possa emergir um novo documento fundamental no âmbito das Relações Internacionais da instituição.


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O ISPV E A EURASHE

Os primeiros contactos do ISPV com a EURASHE datam de Maio de 1995. Da 6ª Conferência Anual da Associação. Tema aglutinador da reunião, a “Inovação no Ensino Superior Europeu”. Fundada em Patra (Grécia) em 1990, a EURASHE, ainda muito jovem, era já muito apreciada pela Comissão Europeia pelo trabalho desenvolvido no âmbito da investigação sobre a participação do sector extrauniversitário nos programas europeus, tendo sido por ela contratada para orientar uma campanha de informação ERASMUS em dez países e desenvolver projectos no âmbito da mobilidade de pessoal, do trabalho em rede, da preparação de gestores académicos para o estabelecimento de ligações entre o ensino superior e o mundo sócio-económico. Na Conferência de Nicosia iniciou-se o relacionamento do ISPV com individualidades de prestígio na cena da cooperação internacional: Edward Dhondt, presidente da EURASHE, Kees van Gageldonk, Secretáriogeral da organização, László Dinya, então presidente da Conferência Húngara de Directores de Colleges de Ensino Superior. Entre outras. No ano seguinte, o relacionamento aprofundou-se. A EURASHE ofereceu ao ISPV uma bolsa para a frequência de uma Conferência Europeia em Bruxelas sobre os novos Programas SÓCRATES e LEONARDO, uma oportunidade que o ISPV não perdeu e que lhe possibilitou alargar o leque das suas relações europeias: com Socrates Kaplanis, professor do Instituto Tecnológico de Patra, membro fundador da EURASHE; com dirigentes da DG XXII; com representantes de dois Institutos gregos (Messolonghi e Kalamata), com os quais o ISPV viria a firmar, a curto prazo, acordos bilaterais tendo em vista a mobilidade docente e estudantil no âmbito da escola Superior Agrária. Acordos que subsistem. Ainda em 1996, novos contactos com a presidência da EURASHE na 8ª Conferência da EAIE. Pela primeira vez na história desta organização, o ensino superior extrauniversitário dispunha de um espaço para fazer ouvir a sua voz no seio da maior associação europeia de professores do ensino superior. Não mais se perdeu a relação com a EURASHE, antes se estreitou. E em Chania (Grécia), em Maio de 2000, no décimo aniversário da associação, o ISPV apresentou a sua candidatura à organização da XI Conferência Anual. Em Viseu.

CARING IN A MULTICULTURAL SOCIETY (ISPV – 28 – 30 MAIO 2000) O projecto “Caring in a multicultural society” (CISM) tem por objectivo reforçar a sensibilização para a educação multicultural na formação superior dos futuros profissionais na área de cuidados de saúde. Da responsabilidade da COHEHRE (Consortium of Higher Education Institutes in Health Care and Rehabilitation), e em conjunto com a EURASHE, e com o apoio do Programa SOCRATES/ERASMUS, nos Seminários e Workshops organizados está sempre presente a preocupação de uma participação heterogénea de profissionais vindos de diferentes países de modo a que o grupo de trabalho assim constituído possa reflectir, tanto quanto possível, a realidade da sociedade europeia. Em cada fase dos encontros é dedicada uma grande atenção ao quadro de referência cultural de cada um dos participantes, essencial para possibilitar aquilo que a COHEHRE designa por “cruzamento de fertilização”. Aos participantes cabem, posteriormente, tarefas de disseminação do processo, das abordagens e dos conceitos no seu local de trabalho.

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XI ENCONTRO DA AULP Polistécnica Polistécnica

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(ASSOCIAÇÃO DE UNIVERSIDADES DE LÍNGUA PORTUGUESA)

INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE VISEU

26 e 27 de Abril 2001 Vai a Associação das Universidades de Língua Portuguesa levar a efeito, de 26 a 27 de Abril próximo, com a colaboração do Instituto Superior Politécnico de Viseu, o seu XI Encontro, que tem como tema geral “ As Novas Políticas para o Ensino Superior”. Esta iniciativa contará com a participação de inúmeros oradores de reconhecido mérito, provenientes de todos os países de expressão oficial portuguesa. O programa detalhado aguarda confirmação definitiva e será oportunamente divulgado pelo ISPV.

O QUE É A AULP ? (Associação das Universidades de Língua Portuguesa) Data de criação: 27 de Novembro de 1986 Objectivos: -

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fomentar a cooperação entre universidades e instituições de ensino e investigação de nível superior; concorrer para a salvaguarda do património comum que é a língua portuguesa; incrementar o intercâmbio de docentes, investigadores e alunos; promover a circulação de informação científica e tecnológica; estimular o estabelecimento de acordos bilaterais e multilaterais; fomentar a reflexão sobre o papel do ensino superior; e apoiar a criação de estruturas de ensino e investigação.

Instrumentos de actuação: - atribuição de bolsas de estudo; acções de formação; acções de intercâmbio; encontros; elaboração de actas; Prémio Cooperação; Cadernos AULP; Revista; Carta Informativa; Página na Internet. Para uma informação mais detalhada: http://www.aulp.org


XI CONFERÊNCIA ANUAL DA EURASHE (ASSOCIAÇÃO EUROPEIA DE INSTITUIÇÕES DE ENSINO SUPERIOR) INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE VISEU Terá lugar, nos próximos dias 31 de Maio e 1 de Junho, no Instituto Superior Politécnico de Viseu, a XI Conferência Anual da Eurashe, subordinada ao tema: “ Depois de Bolonha-Praga: Desenvolvimentos Recentes no Ensino Superior Europeu”. O conjunto das intervenções previstas incidirá sobre três sub-temas fundamentais: a Declaração de Bolonha, aprendizagem ao longo da vida e o programa Grundtvig, e a acreditação. Entre outros oradores, esta iniciativa contará com a presença de Angeliki Verli (responsável pelo programa Grundtvig na Comissão Europeia), Guy Haug (Conselheiro Senior da Associação Europeia de Universidades), e Pedro Lourtie (docente do Instituto Superior Técnico de Lisboa).

O QUE É A EURASHE ? (Associação Europeia de Instituições de Ensino Superior) Data de criação: 1990 Objectivos: -

reflectir os interesses das instituições de ensino superior junto de organizações internacionais, particularmente da Comissão Europeia; promover a cooperação internacional entre os seus membros e outras instituições; fornecer serviços aos seus membros; promover o intercâmbio de experiências entre os seus membros; desenvolver estudos sobre a actual situação do ensino superior e seu futuro.

Actividades: -

criação de um Directório de instituições de ensino superior na União Europeia; estudos tendo em vista a análise da participação do sector não universitário nos programas comunitários de mobilidade; realização de campanhas de informação; projectos para o desenvolvimento de um novo sector de ensino superior em países da Europa Central; projectos encomendados pela Comissão Europeia: mobilidade de docentes, formação de redes, formação de gestores académicos, ligação ensino superior/mundo laboral; organização de conferências sobre programas comunitários; ○ organização de uma conferência anual sobre problemáticas ligadas ao ensino superior .

Para uma informação mais detalhada: http://www.eurashe.be

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“Entre-vistas”, entre pareceres e opiniões, num confortável diálogo informal, aqui estaremos, nesta nossa “sala de estar”, para partilhar com os leitores preocupações e interesses científicos, educativos e institucionais.

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Polistécnica

Entrevista conduzida por: Sónia Silva, Gabinete de Relações Internacionais do ISPV

O convidado de hoje é o Professor Doutor João Pedro Barros, Presidente do Instituto Superior Politécnico de Viseu. Com ele falaremos sobre internacionalização da educação.

-

Como perspectiva as actuais tendências de internacionalização da educação?

Penso que se tratam de forças inevitáveis e, se bem geridas, um factor de desenvolvimento fundamental para todas as instituições de ensino. Numa época de crescentes interdependências a todos os níveis - económico, político, social e cultural – a educação tem que abrir-se e acompanhar as realidades. Por outro lado, a procura do saber é, por essência, universal e o conhecimento é universalmente aplicável. Penso que já não se pode pôr em causa a evolução das instituições de ensino nesse sentido. O que se poderá discutir é a forma como o fazem. Refiro-me às estratégias de internacionalização adoptadas e à forma como elas podem ou não assegurar um desenvolvimento coerente e equilibrado.

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-

○ ○ ○ ○ ○ ○

Do ponto de vista institucional, pensa que a cooperação internacional no domínio da ○ ○ educação constitui um aspecto relevante no desenvolvimento estratégico das instituições de ensino superior?

A produção cultural e científica não tem, nem pode ter, limitações. Institucionalmente, interessamo-nos e lutamos

pelo desenvolvimento cultural da nossa região e país, pelo que a nossa abertura à colaboração internacional tem que ser total. Só desta forma poderemos criar as condições necessárias para o mútuo enriquecimento cultural e científico suscitado pelos diversos intercâmbios. A nossa actividade cultural e científica deve ser desenvolvida num quadro mais amplo e resultar, sempre que possível, de um trabalho conjunto desenvolvido no âmbito das relações internacionais, não só no contexto europeu como também com outras regiões do mundo. A cooperação internacional no domínio educativo tem, igualmente, como efeito reforçar o espírito de solidariedade que deve presidir às relações entre instituições e povos. Na medida em que constitui um factor de desenvolvimento pessoal, institucional, com todos os benefícios que daí advêm, penso que é indispensável que todas as instituições de ensino superior, e não só, neste contexto de crescente globalização ao qual não podemos escapar, devem perspectivar as estratégias de internacionalização como uma dimensão essencial do seu desenvolvimento.

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Para além das potencialidades que indicou, pensa que estes processos poderão, igualmente, conter alguns perigos?

O principal perigo reside no facto de existirem, a nível mundial, diferentes quadros de desenvolvimento nacionais. A cooperação coloca em interacção diferentes padrões culturais, económicos, institucionais e nem sempre a adaptação à diferença, sobretudo quando estão em causa forças mais e menos poderosas, é um processo fácil. No entanto, acredito que se tratam de riscos que merecem e devem ser assumidos. Inúmeros sociólogos chamam a atenção para os perigos da globalização e de eventuais neocolonizações que podem ameaçar a sobrevivência de certas culturas mais localizadas. No entanto, não creio que o cerne da nossa cultura possa vir a perder-se nos processos de cooperação. Não receio a nossa participação mais activa nesse espaço europeu e mesmo mundial. Pelo contrário, acredito que esta possa ser uma forma de assegurar a diversidade cultural, já que a cooperação promove o conhecimento das especificidades, a sua compreensão e, consequentemente, incrementa a capacidade


para gerir as diferenças em interrelação. No caso concreto da cooperação promovida pela União Europeia, o lema traduz-se mesmo pela “Unidade na diversidade”.

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Qual tem sido a orientação política do Instituto Superior Politécnico de Viseu no que se refere à cooperação internacional?

Desde sempre, o ISPV acreditou que não seria possível ficarmos “orgulhosamente sós”, esperando que o desenvolvimento cultural e científico viesse até nós. Nesse sentido, lutou pela criação de um espaço de cultura e desenvolvimento interactivo, nacional e internacional, que nos permitisse tirar o máximo partido das diferenças que existem entre os diversos padrões culturais, económicos e sociais. Com esse objectivo, e assim que se reuniram as condições necessárias, foi criada uma estrutura interna que nos possibilitasse uma aproximação a outros povos, culturas e desenvolvimentos. Falamos do gabinete de relações internacionais, uma unidade integrada no Departamento Cultural do ISPV. Ainda que tenhamos enfrentado algumas dificuldades, próprias da fase inicial dos processos que visam a implementação de novas actividades, hoje podemos clamar vitória nesta matéria, sendo que a cooperação está a aprofundar-se interna e externamente. É hoje uma realidade viva, em termos culturais, científicos e sociais, incondicionalmente apoiada por esta instituição.

-

Quais as actividades concretas desenvolvidas pelo Instituto Superior Politécnico de Viseu neste âmbito?

O ISPV deu início à cooperação internacional em 1993, sendo que, então, as actividades se limitavam apenas a mobilidade de estudantes, desenvolvida em conjunto com três países da Europa Ocidental, e envolvendo números bastante reduzidos. Hoje o pacote de projectos encontra-se substancialmente alargado e diversificado, incluindo actividades tais como a mobilidade de estudantes e de docentes, projectos de desenvolvimento curricular, programas intensivos, formação profissional (estágios internacionais), cooperação em rede (divulgação de informação, organização conjunta de cursos de curta duração, elaboração de publicações,etc). Estas iniciativas são desenvolvidas com o apoio de programas comunitários (Sócrates, Leonardo Da Vinci, Alfa, etc) mas contam, sobretudo, com o amplo apoio institucional desta casa. De referir que, e a título de exemplo, para o próximo ano lectivo, está previsto um significativo aumento da mobilidade de estudantes (mais de 50 candidatos), de docentes (aproximadamente 50), que envolverá um número crescente de instituições parceiras ( 26 ). Depois da Europa Ocidental e Central, a aproximação faz-se agora à Europa de Leste. Também a América Latina começa a ser contemplada nos nossos planos de cooperação, no âmbito de um projecto Alfa no domínio da inovação e desenvolvimento regional.

-

Está prevista, a curto prazo, alguma actividade que mereça especial destaque?

O Departamento Cultural do ISPV tem participado em diversos fóruns, reuniões e conferências destinados ao tratamento e discussão de questões essenciais da educação internacional. No âmbito destas iniciativas, tem sido possível aceder a informação relevante neste domínio e também estabelecer inúmeros contactos que se têm revelado extremamente importantes para processos de cooperação subsequentes. Foi desta forma que nasceram duas iniciativas que marcarão a agenda do ISPV nos próximos meses. Tratam-se de duas realizações que, pela sua importância e impacto, contribuirão amplamente para a projecção do ISPV, aos níveis nacional e internacional, potenciando a nossa capacidade de intervenção na realização de cultura e desenvolvimento científico. A 26 e 27 de Abril, o ISPV receberá a XI Conferência Anual da Associação de Universidades de Língua Portuguesa (AULP), subordinada ao tema “Novas Políticas para o Ensino Superior”. Esta iniciativa contará com a presença de inúmeros oradores, académicos e responsáveis por instituições ligadas à educação, de crédito reconhecido, provenientes de todos os países de expressão oficial portuguesa. Por outro lado, o ISPV organizará, ainda, a XI Conferência Anual da Eurashe (Associação Europeia de Instituições de Ensino Superior), cujo tema central será “Depois de Bolonha e Praga: Desenvolvimentos Recentes no Ensino Superior Europeu”. De natureza verdadeiramente transnacional, esta conferência trará a discussão inúmeras questões ligadas à Declaração de Bolonha, à acreditação e à aprendizagem ao longo da vida, com especial referência ao programa Grundtvig. Entre nós estarão nomes como Angeliki Verli (Coordenadora do programa Grundtvig na Comissão Europeia), Guy Haug (Conselheiro Senior da Associação Europeia de Universidades), Pedro Lourtie (Docente do Instituto Superior Técnico), entre outros. A iniciativa terá lugar a 31 de Maio e 1 de Junho e reunirá académicos e profissionais provenientes de diversos países europeus.

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Gostaria de deixar alguma mensagem final, relativa à cooperação internacional, aos docentes e estudantes do ISPV?

Gostaria de exortar todos os estudantes e docentes para uma colaboração reforçada com o Instituto e, obviamente, com todos os departamentos que, nesta matéria, visam criar as condições para a inserção da nossa instituição no âmbito ○ ○ ○ ○ do que melhor se produz em termos científicos e culturais, ao nível europeu e mesmo mundial. Trata-se de um objectivo comum, pelo que se impõe a colaboração de todos nesta estratégia. Trata-se, enfim, de promover o desenvolvimento científico, cultural, económico e também social.

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Polistécnica Polistécnica

Polistécnica

A Escola Superior de Educação de Viseu, ao longo dos seus dezoito anos de funcionamento, tem procurado equacionar e pôr em prática uma política de formação e valorização, quer do seu corpo docente quer do seu corpo discente. Apostando fortemente na valorização científica, pedagógica e cultural e procurando dar sempre resposta às necessidades da região em que se insere, a ESEV alargou o seu leque de Formação, levando a cabo Protocolos com Universidades Privadas e Públicas, no sentido de implementar Cursos de Mestrados e/ ou Doutoramentos. Em funcionamento, encontram-se já os de:

Alberto Manuel Vara Branco Presidente do Conselho Directivo da ESEV

• Didáctica das Ciências em Educação de Infância e 1º Ciclo do Ensino Básico, em parceria com a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa; • Ciências Sociais (vertente de especialização em História, Património e Sociologia das Organizações, em parceria com o ISCTE (Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa); • Estudos de Anglística, em parceria com a Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Na fase de pré-projecto protocolar, Tecnologia da Educação, (c/ Universidade de Aveiro); História IberoAmericana (c/ Universidade Portucalense); Biblioteconomia (c/ Universidade de Salamanca). A oferta de cursos de post-graduação tem estado sujeita a regulamentações restritivas nacionais. O Ensino Politécnico tem sido penalizado no nosso país. Mas o cenário é igualmente visível em muitos outros pontos da Europa. Segundo Guy Haug, existem “sinais claros de que os governos estão agora a descobrir os efeitos indesejados das restrições nacionais deste tipo”, parecendo previsível que “os colleges e os politécnicos poderão brevemente estar na posição de oferecer graus de Mestre numa maioria de países da Europa” (Millenium, nº 21, Fev.- 2001, p. 97). A iniciativa da ESEV surge, neste contexto, em sintonia com o actual pensamento sobre esta questão tão actual.

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Viseu

Lamego

Formação Inicial

1303

602

Complementos de Formação

261

75

Formação Especializada

66

-

Mestrados

60

-

Profissionalização em Serviço

90

-

Foco

289

-

2 069

677

Escola Superior de Educação

População Estudantil - 2000/2001


ÚLTIMAS PROVAS PÚBLICAS Para Professor-Coordenador 9-10/NOV/2000 – BELMIRO TAVARES DA SILVA REGO Júri: Prof. Doutor João Pedro de Barros (ISPV) Prof. Doutor António Moderno (Catedrático da Universidade de Aveiro) Prof. Doutor Paulo Dias (Associado com Agregação da Universidade do Minho) Prof. Doutor Alberto Vara Branco (ESEV - ISPV) Tema da lição: A problemática da integração das tecnologias da informação e comunicação (TIC) nas práticas lectivas

5-6/FEV/2001 – LUÍS FILIPE FERREIRA DA BANDEIRA CALHEIROS Júri: Prof. Doutor Alberto Vara Branco (ESEV - ISPV) Prof. Doutor António Jacinto Rodrigues (Universidade Moderna de Lisboa) Prof. Doutor Luís Canotilho (ESE –ISP Bragança) Doutora Maria de Jesus Fonseca (ESEV - ISPV) Temas da área teórica do concurso: A Vanguarda Russa e o Movimento Moderno Defesa da dissertação A desconfiança Estética dos Últimos Tempos, Reflexões sobre Estética, Crítica da Arte e História da Arte do Século XX

15-16/NOV) 2000 – ISABEL AIRES DE MATOS Júri: Prof. Doutor João Pedro de Barros (ISPV) Prof. Doutora Maria José Sá-Correia (ESEV - ISPV) Prof. Doutora Ana Maria Oliveira (ESEV - ISPV) Prof. Doutora Urbana Pereira Bendiha (Universidade de Aveiro)

Todos os candidatos foram aprovados por unanimidade. POLISTÉCNICA cumprimenta-os.

Tema da lição: Diglossia - do Português, variedade B ao Português, variedade A 5-6/JAN/2001 – VÉRONIQUE DELPLANCQ Júri: Prof. Doutor João Pedro de Barros (ISPV) Dolors Poch – Olivé (Universidade Autónoma de Barcelona, Espanha) Prof. Doutora Ana Maria Oliveira (ESEV - ISPV) Bernard Harmegnies (Universidade de Mons-Hainaut, Bélgica) Tema da lição: Sons e estruturas vocálicas: imagem pedagógica e realidade humana

No âmbito de um protocolo de colaboração com o Núcleo da ACAPO, o Centro de Documentação da ESE está a implementar uma biblioteca para deficientes visuais. Aguarda, também, equipamento sofisticado para poder dar resposta às necessidades da comunidade abrindo esta extensão do Centro a todos os interessados. Polistécnica dará relevo especial a este protocolo no próximo número.

Para Professor-Adjunto 22-23/NOV/2000 - MARIA TERESA MORAIS DE GOUVEIA OSÓRIO ANTAS DE BARROS Júri: Dr António Soares de Sousa (ISPV) Prof. Doutor Humbert Baquero Moreno (Catedrático Faculdade de Letras da Universidade do Porto) Prof. Doutor Luís Morais Teixeira (Catedrático - Universidade Lusíada) Prof. Doutor Alberto Vara Branco (ESEV) Temas: - Iluminura - Uma arte milenar e Suporte de Informação – Passado, Presente e Futuro. - A Iluminura Portuguesa na Época das Descobertas e as Relações Artísticas entre Portugal e a Flandres

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○ ○ ○ ○ ○ ○

Fernando Lopes Rodrigues Sebastião Presidente do Conselho Directivo da ESTV

Escola Superior de Tecnologia

Polistécnica

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A Escola Superior de Tecnologia de Viseu iniciou as suas actividades lectivas em 1987 e é orientada para domínios científicos que possam dar resposta às actividades dos sectores económico-produtivos. Nessa medida, tem vindo a crescer em número de cursos e número de alunos, de forma fortemente participada, nomeadamente por empresários, representantes de instituições e personalidades representativas da região, que integram o seu conselho consultivo. A formação inicial, ao nível de cursos de bacharelato e licenciatura, tem vindo a desenvolver-se nas áreas relacionadas com as ciências empresariais e com as engenharias. Na mesma linha de acção, a investigação realizada, centra-se no perfil referido, focalizada na realidade empresarial e socio-económica regional. A prestação de serviços à comunidade nas áreas referidas tem-se verificado a ritmo crescente e constituirá um vector de acção da Escola, cada vez mais forte, à medida que se reforça a qualificação dos seus recursos humanos. Para além dos cursos de formação inicial, a Escola, atenta às necessidades efectivas de formação dos quadros das empresas, tem promovido a realização de vários cursos de especialização. Através de protocolos com outras instituições universitárias, tem promovido cursos de pósgraduação, dos quais salientamos o Mestrado em Gestão de Empresas, em colaboração com o INDEG/ISCTE, actualmente na sua 5ª edição, e o Doutoramento em Novas Tendências em Direcção de Empresas, em colaboração com a Universidade de Salamanca. Sofreu, nos últimos anos, apesar da redução global do número de candidatos ao ensino superior, uma forte procura, com um crescimento previsto nos próximos 5 anos, dos actuais 2700 para os 4000 alunos, situação que irá, a curto prazo, obrigar a, praticamente, duplicar os espaços físicos afectos às actividades lectivas. A empregabilidade dos nossos diplomados, muitos dos quais quando completam o bacharelato já se encontram inseridos no mercado de trabalho, é um indicador objectivo da qualidade e adequação da formação ministrada neste estabelecimento de ensino superior. Situada numa zona privilegiada da cidade de Viseu, com instalações modernas e funcionais, num campus com uma área de 20 hectares ○ ○ que inclui um parque desportivo e amplas zonas verdes, a Escola Superior de Tecnologia de Viseu é hoje um parceiro incontornável para o desenvolvimento de Viseu e da sua região.


A Escola Superior Agrária de Viseu (ESAV), criada oficialmente a 19 de Dezembro de 1994 (Artº 6º do Dec. Lei n.º 304/94), encontra-se integrada no Instituto Superior Politécnico de Viseu (ISPV) e assume-se como uma das mais recentes Escolas Agrárias pertencentes à rede nacional do Ensino Superior Politécnico Agrário em Portugal. A Escola iniciou as suas actividades no ano lectivo de 1995/96, verificando-se, desde então, um aumento progressivo do n.º de cursos e alunos. A população estudantil começou com 57 alunos no ano lectivo 93/94 e actualmente o seu número ultrapassa os 500. Desde que foi criada, a ESAV, em termos genéricos, procura através dos vários domínios científicos relacionados com o sector agrícola atingir três objectivos fulcrais:

Pedro Rodrigues Presidente do Conselho Directivo da ESAV

A) Proceder à transmissão de conhecimentos precisos e actuais, com o objectivo de formar bacharéis e licenciados nos domínios das indústrias agro-alimentares, da produção vegetal e animal; B) Realizar acções de investigação e divulgação de conhecimentos nos domínios das ciências agrárias, permitindo o desenvolvimento técnico e tecnológico dos sectores agro-industrial, agrário, pecuário e florestal da região onde se insere; C) Prestar apoio técnico aos empresários do sector agrário da região num sentido estrito e ao país de forma lata, através da prestação de serviços de apoio à comunidade. A ESAV ministra actualmente quatros cursos bietápicos de licenciatura (bacharelato – 3 anos; licenciatura – 5 anos): - Engenharia das Indústrias Agro-alimentares; - Engenharia Agrícola variante Hortofruticultura; - Engenharia Agrícola variante Zootecnia; - Engenharia Agrária ramo Florestal.

Escola Superior Agrária

Para além dos cursos a ESAV tem inúmeras actividades pedagógicas, técnicas e científicas que tem desenvolvido ao longo dos seus anos de existência, nomeadamente as seguintes: - Realização de colóquios, em colaboração com outras entidades; - Publicação de uma revista técnico-científica intitulada “Terra Fértil”; - Campos de demonstração, onde são estudados os efeitos de várias técnicas culturais sobre as plantas e o solo; - Realização de acções de formação; - Publicações de artigos em revistas técnico-científicas e realização de comunicações em vários eventos, tanto nacionais como internacionais; - Participação em programas de intercâmbio/mobilidade de alunos e docentes, nomeadamente através da participação da ESAV no programa SOCRATES/ERASMUS; - Projectos de investigação em parceria com outras Instituições de Ensino Superior, entidades públicas e privadas de âmbito Regional. - Realização de estágios, de trabalhos complementares de curso e de projectos onde intervêm alunos e docentes em parceria com outras instituições públicas e privadas; - Realização de actividades para a promoção da qualidade de ensino. A ESAV adquiriu, no ano lectivo de 1999/2000,a Quinta da Alagoa, espaço modelar e dinâmico onde poderão ser aplicados todos os avanços tecnológicos e científicos nos vários domínios do sector agrário. A Quinta da Alagoa, com cerca de 23 ha, está integrada na Região do Dão, reconhecidamente uma região vinícola de futuro. Os seus pomares estão inseridos na área geográfica da maçã da Beira Alta. Por último, esta quinta encontra-se na área de denominação do queijo “Serra da Estrela”, da “Vitela de Lafões” e do “cabrito da Gralheira”. Por estas razões, podemos afirmar que, quer a aquisição da Quinta da Alagoa, quer a conclusão da ○ ○ ○ construção do edifício pedagógico, são, sem dúvida, marcos importantes na história da ESAV.

23 ○ ○ ○ ○ ○


24 ○ ○ ○ ○

Uma Nova Escola para Lamego

A Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego foi criada pelo Decreto-Lei 264/99 de 14 Julho, tendo sido nomeado o seu Director no dia 13 de Janeiro de 2000 e tomado posse no dia 22 de Fevereiro do mesmo ano. A criação desta escola correspondeu ao desejo há muito manifestado pelos lamecenses, de terem na sua cidade e “região” uma estrutura de Ensino Superior que permitisse diversificar as ofertas existentes, designadamente com a introdução de ramos técnicos e tecnológicos. Foi Álvaro Teixeira Bonito Director da ESTGL nessa linha que se propôs ao Ministério da Educação a criação de uma Escola Politécnica, pretensão que não foi atendida surgindo em sua substituição a ESTGL. grandes mercados de emprego da região), do sector secundário (que terá necessidade de se expandir) e Inserida numa clara política de descentralização mesmo do sector primário (que se terá de modernizar); do ensino superior, esta nova Unidade Orgânica do ISPV - nas ofertas a disponibilizar nas áreas das novas está vocacionada para a formação inicial em domínios tecnologias, o que irá permitir dotar a região de científicos que, mais directamente, possam intervir na tecnologias de ponta colocando-a num novo quadro actividade dos sectores económico-produtivos da sua área de desenvolvimento. de abrangência, constituída pela parte norte do Distrito - Contribuir para o desenvolvimento técnico, científico de Viseu, na denominada sub-região da Beira-Douro ou e cultural da comunidade (local e nacional); Douro-Sul. Esta sub-região abrange uma vasta área que, - Promover a qualificação de quadros médio superiores de alguma forma, coincide na margem Sul do Douro com e superiores; os concelhos que -Focalizar as ofertas de formam a Região de formação em função das Turismo do Douro-Sul necessidades da região; e a Coordenação da -Criar condições para a Área Educativa com a diversificação das ofertas; mesma designação, -Criar dinâmicas formativas de constituída pelos envolvência. concelhos de Armamar, -Atrair e fixar populações; Cinfães, Lamego, -Atrair a fixar empresas; Moimenta da Beira, -Descentralizar o Ensino Penedono, Resende, S. Superior. João da Pesqueira, Sernancelhe, Tabuaço, Embora mais directaTarouca (Distrito de mente vocacionada para a Viseu), Meda e Vila formação inicial, ao nível do Nova de Foz Côa Bacharelato e Licenciatura, é (Distrito da Guarda). objectivo da Instituição, logo que possível, englobar outras ofertas, quer ao nível das Atendendo às potencialidades e às carências que pós-graduações, quer ao nível da realização de cursos de esta área encerra, vai constituir uma prioridade da especialização ou de actualização, dirigidos a candidatos instituição o desenvolvimento de ofertas de formação habilitados com um curso superior, e de cursos livres para capazes de dinamizar essas potencialidades, fins específicos para profissionais de diversas áreas que nomeadamente nas áreas da Gestão e Turismo, deles necessitem, visando contribuir para um melhor Informática, Tecnologias da Informação e Comunicação, desempenho profissional. Está igualmente prevista a ○ ○ ○ ○ dos Recursos Renováveis e das Técnicas de Conservação, criação de um curso em regime nocturno procurando, desse dentro de uma política que tenha em vista: modo, dar resposta às solicitações que nos têm sido - Criar um centro de investigação/formação centrado: dirigidas por um sector da população que, embora no - nas ofertas do turismo, e outras, tendo como referente activo, quer melhorar e/ou actualizar a sua formação. A o Douro – Património Mundial; aposta na inclusão de estágios curriculares e profissionais - nas ofertas qualificadas do sector terciário (um dos nos cursos é uma outra forma de procurar estabelecer uma

Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego

Polistécnica Polistécnica

Polistécnica

ESTGL -


forte ligação ao mercado de trabalho e ao meio empresarial, procurando garantir aos alunos uma formação mais ligada ao mundo real, e às potenciais entidades empregadoras um melhor conhecimento da qualidade da formação ministrada na escola.

Linhas de orientação e bases para um Projecto Se a preocupação dominante até ao momento tem sido a da instalação da escola e a do arranque do ano escolar, foi preocupação estabelecer desde o início as grandes linhas de orientação que norteiem o futuro desta instituição. Assim, e já durante o presente ano lectivo, estão previstas diversas acções com dois objectivos claros: organizar internamente a instituição e promover o seu estatuto de parceiro no contributo para o desenvolvimento da região. Tendo como referência as características demográficas, sócio-económicas, escolares e de formação da “região” e as condicionantes que estas podem trazer para a acção da escola, esta não pode deixar de se orientar pelas seguintes linhas de actuação: - Formação científica e pedagógica do corpo docente; - Organização interna ; - Promoção do sucesso dos alunos ; - Maior ligação quer com o ensino secundário quer com as várias modalidades de ensino e formação profissional; - Fortalecimento das ligações à comunidade; - Promoção e organização de encontros, seminários, simpósios e outras acções; - Acompanhamento do percurso profissional dos futuros diplomados; - Políticas de internacionalização; - Desenvolvimento da Comunidade Escolar/Educativa. Tendo em conta as linhas de orientação definidas e apesar das múltiplas condicionantes, é objectivo da Escola desenvolver

acções e promover actividades que permitam contribuir para a sua afirmação e reconhecimento junto da comunidade. Nesta perspectiva, todo o Projecto Educativo foi elaborado de forma a envolver, através de acções concretas, sectores da comunidade que, nesta fase, consideramos fulcrais para o estabelecimento de relações de futuro. Mas se envolve alguns sectores chave, procura igualmente envolver outros sectores da comunidade que embora menos relevantes, são parte integrante da mesma e, por isso, membros de uma Comunidade Educativa que se quer envolver e desenvolver.

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NO CAMINHO DA INTEGRAÇÃO ...

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A Escola Superior de Enfermagem de Viseu, a funcionar desde 1974, é uma instituição vocacionada para promover e desenvolver o ensino e formação em enfermagem a nível de licenciatura. Está também vocacionada para a organização de cursos pós licenciatura, nomeadamente especializações em várias áreas da enfermagem. Até Outubro de 1999 a sua formação inicial era José Barroco Correia de nível de bacharelato. Com a Resolução do Conselho de Presidente do Conselho Directivo da ESEnf Ministros n.º 140/98 de 4 de Dezembro e com a publicação do Dec. Lei n.º 353/99 de 3 de Setembro, o curso de formação inicial em enfermagem ficou com nível de Saúde, Enfermagem, Aluno e Educação. licenciatura, passando de 3 anos lectivos para 4 anos Os programas dos cursos, selecção e organização lectivos. À medida que os estudantes terminam o dos conteúdos têm acompanhado a evolução das bacharelato podem inscrever-se, no ano lectivo imediato, necessidades da sociedade, pelo que têm sido reestruturados num Ano Complementar de Formação (ACF) conducente periodicamente em função dos novos desafios da ao grau de licenciado. comunidade e da profissão. O mesmo Decreto Lei aprovou também como O modelo de ensino que tem desenvolvido assenta medida de transição a criação de Cursos de Complemento em duas vertentes que destacamos: de Formação (CCF) para que os enfermeiros bacharéis já no exercício profissional pudessem ter acesso ao grau de a) – Tecnológica licenciado. Com este modelo, privilegia a realidade objectiva Neste ano lectivo de 2000/01 tem inscritos 340 e a utilização do saber. Neste modelo os objectivos de estudantes dos quais 217 são da formação inicial, 53 a aprendizagem incidem sobre aptidões directamente frequentarem o Ano Complementar de Formação e 70 relacionadas com a actividade profissional concreta frequentam o Curso de Complemento de Formação. (enfermagem). As aprendizagens são em grande medida Para esta população estudantil, possui em tempo adquiridas em situações de prática profissional ou em integral 22 docentes distribuídos pelas várias categorias situações simuladas muito próximas da realidade da carreira docente do ensino superior politécnico. Dos profissional. O professor é um técnico com experiência seus docentes, 17 deles têm o mestrado e 6 frequentam o profissional relevante que acompanha de perto as doutoramento. Com frequência, a escola recorre a outros aprendizagens do estudante. profissionais para darem o seu contributo em áreas específicas da saúde, sociais e humanas. b) – Humanista A ligação que a escola estabelece com as Com este modelo, privilegia a realidade subjectiva diferentes instituições e serviços na área da saúde, criando e as fontes do saber (conhecimentos teóricos). Os objectivos parcerias e gerando um intercâmbio de mais valias, tem centram-se na formação integral da personalidade dos sido fundamental no seu projecto educativo. jovens e não apenas em conhecimentos científicos e técnicos. Incidem sobre a formação de atitudes e valores, aquisição integrada de conhecimentos e competências que 2 – FILOSOFIA EDUCACIONAL permitem aos formandos desenvolverem-se como pessoas. Embora integrado no ensino superior em geral, o O professor procura incentivar a iniciativa aos seus alunos, ensino de enfermagem tem características próprias, com funcionando como orientador e coordenador criando conteúdos e metodologias adequadas à aquisição de um oportunidades de aprendizagem para o estudante aprender. perfil de competências, não só científicas, mas também relacionais e culturais. Para isso concorrem os objectivos 3 – PLANOS FUTUROS traçados no plano de estudos, os quais concordam com o disposto na carreira de enfermagem (Dec. Lei n.º 437/91 A escola é uma instituição dinâmica atenta às ○de○ 8/11), ○ ○ no Regulamento do Exercício Profissional dos necessidades mais sentidas quer a nível nacional quer enfermeiros (Dec. Lei n.º 161/96 de 4/09) e ao estabelecido regional no que respeita à formação de profissionais de pela Ordem dos enfermeiros (Lei n.º 104/98 de 21/04). enfermagem. Assim, pretende realizar a curto prazo cursos A escola possui um quadro de referência onde de formação pós licenciatura em áreas a definir em explicita a filosofia de formação em enfermagem que está articulação com a Ordem dos enfermeiros e com as subjacente ao currículo, nomeadamente na forma como instituições de saúde da região. Conta para isso com a perspectiva os conceitos de Homem, Saúde e Cuidados de experiência anteriormente adquirida na realização de Cursos

Escola Superior de Enfermagem

Polistécnica Polistécnica

Polistécnica

1 – A ESCOLA E OS CURSOS


de Estudos Superiores Especializados (CESE). Prevê no próximo ano iniciar um curso de Enfermagem de Saúde Materna e Obstétrica e nos anos seguintes nas áreas de Reabilitação, Médico Cirúrgica, Saúde Comunitária, Pediatria e Saúde Mental. É seu projecto também, com a articulação do Instituto Superior Politécnico de Viseu e o ensino Universitário, tal como prevê o art.º 80 da Lei da Organização e Ordenamento do Ensino Superior (Lei n.º 26/2000 de 23/8), participar em projectos de investigação, ensino e formação profissional ao nível de mestrados na área da saúde/enfermagem. Porque a quantidade e a qualidade não se obtêm sem investimentos, a Escola vai iniciar este ano uma ampliação e remodelação das estruturas já existentes. Assim, em 2006 prevê que estejam a frequentar a escola quase o dobro do número de alunos actuais. Paralelamente a esse esforço, o quadro de pessoal e os investimentos na formação docente e na investigação irão acompanhar esta evolução no sentido de formar profissionais de enfermagem com a qualidade que todos desejamos. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Objectivo É objectivo dos SAS/ ISPV proporcionar aos estudantes de todas as Escolas integradas no Instituto as melhores condições de estudo conducentes a um maior sucesso escolar, favorecendo os estudantes economicamente carenciados e deslocados através de diversos apoios e serviços, nos termos da Lei nº 113/ 97 de 16 de Setembro, nomeadamente: Apoio social directo Bolsas de estudo Auxílios de emergência Apoio social indirecto

Serviços de Acção Social

Alojamento e alimentação Apoio a actividades desportivas e culturais Acesso a outros apoios educativos

Apoio social directo Bolsas de estudo - Prazos de candidatura: . alunos do 1.º ano - Setembro/ Outubro . alunos dos outros anos - Maio/ Junho O cumprimento dos prazos de candidatura é essencial, porque, nos termos do artigo 7º, ponto nº 5, alíneas a) e b) do Regulamento, são liminarmente indeferidos os requerimentos que sejam entregues fora do prazo fixado pelos Serviços. Para esclarecimento de dúvidas, telefonicamente,

Rosa Maria Rodrigues Administradora dos SAS

e de acordo com a Escola que frequentam, poderão ligar: - Escola Superior de Educação 232 480 697 (Dr. Miguel Sousa) - Escola Superior de Tecnologia 232 480 696 (Dª Teresa Nantes) - Escola Superior Agrária 232 480 697 (Dr. Miguel Sousa) - Escola Superior de Educação - Pólo de Lamego

232 480 698 (Sr. João Domingos) - Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego 232 480 698 (Sr. João Domingos) - Evolução do número de bolseiros Os SAS/ISPV atribuem bolsas de estudo aos seus ○ ○ ○ ○ alunos desde 1988/ 89. Nesse ano lectivo usufruíram deste benefício 19% dos alunos da Instituição, percentagem que tem vindo a aumentar, oscilantemente, registando-se, nos últimos três anos, o rácio bolseiro/ aluno mais elevado: cerca de 30% do total da população discente do ISPV é bolseira:

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Polistécnica

Assim, para uma população discente de 5.843 alunos, candidataram-se a bolsa de estudo 2.237, tendo usufruído deste benefício 1730. A ESTV tem 39% do total de bolseiros, a ESEV 34% e a ESA 15%, sendo os restantes 12% distribuídos pelo Pólo da ESEV de Lamego e pela ESTGL. Como curiosidade, dos 1.730 alunos bolseiros, cerca de 70% pertencem ao sexo feminino:

- Encargos com bolsas de estudo O valor das bolsas de estudo tem evoluído de forma acentuada nos últimos 3 anos lectivos, mantendo-se quase constante a bolsa mínima e verificando-se um aumento acentuado no respeitante à bolsa máxima. Os encargos totais com bolsa de estudo (10 meses por ano lectivo) registaram um aumento inusitado em 1997/ 98, 50% (introdução do novo Regulamento), verificandose uma escala ascendente até 2000/ 2001, valores 33% superiores em relação a 1999/ 2000:

do Estado para apoiar os alunos carenciados.

Auxílios de emergência Nos termos da lei, os SAS/ ISPV atribuem ainda auxílios de emergência, apoios excepcionais para acorrer a situações não previstas e de emergência que se enquadrem nos objectivos da acção social.

Apoio social indirecto Alojamento e alimentação Alojamento O Serviço de Alojamento disponibiliza duas Residências de Estudantes, localizadas no Campus Politécnico. Cada uma oferece 100 camas, em 40 quartos duplos e 20 individuais. As Residências são mistas, divididas em alas, sendo 50 camas masculinas e 50 femininas. Oferecem ainda: serviço de lavandaria, cozinhas p/ pequenos almoços equipadas com microondas, sala de convívio com televisão, computadores e jogos, sala de estudo informatizada, telefone nos quartos, vigilância 24 horas por dia, horário livre para entrada nas Residências. A prioridade absoluta para alojamento, nos termos da lei, é dada aos alunos bolseiros e a candidatura para este serviço é feita nos mesmos prazos da candidatura a bolsa de estudo.

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Mensalmente, com pagamento de bolsas de estudo e complementos previstos no artigo 17º do Regulamento, os SAS/ ISPV têm uma responsabilidade de cerca de 42.000 contos, o que diz bastante do esforço

Em 2000/ 2001, dos 560 candidatos a alojamento, 65% são do sexo feminino. Dos 333 candidatos às Residências, 54% são do sexo feminino e 46% do masculino: Dos 176 alunos alojados, 48% são da ESTV, 34% da ESEV e 18% da ESAV: Para dar resposta à procura de alojamento que se tem

Serviços de Acção Social

Polistécnica Polistécnica

Em 2000/ 2001 os alunos das Unidades Orgânicas do ISPV registaram um aumento muito significativo, cerca de 34%, e esta situação reflectiu-se no número de candidatos a bolsa de estudo, que registaram um aumento substancial: 28% relativamente a 1999/ 2000.


verificado, ainda este ano terá início a construção de Residência III e, imediatamente a seguir, a Residência IV. Alimentação Os Serviços de Alimentação fornecem refeições completas, combinados e serviço de bar, em três unidades de restauração e em quatro bares, todos com preços subsidiados. O preço da refeição é de 300$00 e as senhas deverão ser compradas, até às 16:00h do dia anterior, nos locais de venda (caixas dos bares e recepção das Residências, para os residentes).

em contactar-nos pois encontrarão sempre uma porta aberta para vos orientar no caminho. Daí que:

...Porque existimos para te apoiar, Não hesites em nos contactar!

Localização: Refeitório 1 - Escola Superior de Educação (ESE) R. Maximiano Aragão Refeitório 2 - Escola Superior de Tecnologia (EST) Campus Politécnico Refeitório 3 - Protocolo com a Câmara Municipal de Lamego Lamego 4 bares/ snack - 1 na ESE 2 na EST 1 em Lamego Em Março entrarão em funcionamento mais 2 bares: um na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego e outro na Quinta da Alagoa da Escola Superior Agrária. Os bares funcionam 6 dias por semana, e estão abertos das 8:30 h até às 21:30 h. No ano civil de 2000 foram servidas nas nossas unidades de alimentação 175.586 refeições, tendo o Refeitório da ESE servido 23% e o da EST 71% deste total: Em parceria com a Associação de Estudantes do Instituto Superior Politécnico de Viseu está a estudar-se a possibilidade de servir refeições ao fim-de-semana, estando a fazer-se, neste momento, o levantamento dos potenciais interessados. Este serviço entrará em funcionamento ainda neste ano lectivo.

Apoios diversos Nos apoios diversos podemos referir apoios a actividades desportivas e culturais, organização de beberetes/ convívios para alunos dos diversos cursos e atribuição de subsídios para actividades desportivas e culturais. Todas estas acções deverão ser devidamente programadas e aprovadas superiormente. Ainda em 2000/ 2001 entrarão em funcionamento os Serviços de Saúde, com a presença de um médico na Instituição 3 vezes por semana, bem como cuidados de enfermagem, igualmente 3 vezes por semana. Como nota final não posso deixar de dizer que trabalhamos para que se sintam melhor nesta vossa “casa”, tendo como objectivo principal o vosso sucesso escolar e uma melhor inserção na vida académica e social. Dentro das nossas competências não hesitem

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SERVIÇOS DE CAPELANIA Polistécnica Polistécnica

Polistécnica

Serviços de Capelania do ISPV - Geraldo Morujão

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Em boa hora, na linha do que também estão a fazer diversas Universidades e Politécnicos do Estado, a Direcção do ISPV houve por bem criar para a sua Instituição os Serviços de Capelania. De facto, as Escolas do Estado, embora sejam laicas, não podem viver alheadas dos problemas reais da sua população. Mas não se trata simplesmente de facultar um espaço de celebração religiosa de datas, festas e outros acontecimentos significativos para os professores, alunos e pessoal administrativo que o pretendam. Estes Serviços têm um alcance bem mais vasto e abrangente. Com efeito, num meio em que a nossa atenção se polariza na técnica, na matéria e nos resultados imediatos, os Serviços de Capelania pretendem oferecer espaços de reflexão sobre o sentido da vida e do trabalho, bem como sobre os grandes problemas com que a sociedade e em especial os jovens se debatem, e que beneficiarão ao serem iluminados com o apelo a valores transcendentes. Por outro lado, num mundo cada vez mais fechado sobre si mesmo, em que tudo convida a pensar apenas em si próprio e nas suas coisas, pretende-se que, nesta era da globalização, não venha também a globalizar-se o egoísmo e o individualismo. É por isso que os Serviços de Capelania pretendem promover espaços de acção e solidariedade social que favoreçam o pensar nos outros e ajudem a detectar carências de tantos que sofrem privações, dores, solidão e a tentar contribuir para virem a ser remediadas. Também, numa sociedade massificada e sem rosto, estes Serviços facilitam, a quem o deseje, um espaço de atendimento personalizado, inclusive de apoio emocional em situações difíceis, acessível a todos indistintamente, no dia a dia das nossas Escolas Integradas. Entre as actividades desenvolvidas no ano passado, as que tiveram mais impacto foram sem dúvida a participação de um significativo número de alunos de vários cursos de todas as Escolas Integradas na Jornada Mundial da Juventude e Jubileu dos Jovens em Roma com João Paulo II, a visita a pessoas isoladas nas montanhas de S. Macário, a preparação e celebração na Catedral de Baptismo, Primeira Comunhão e Crisma de um bom número de alunos, uma Missa semanal, preparação para a Bênção das Pastas. Para o presente ano, correspondendo aos ○ ○ interesses manifestados nos inquéritos feitos, estão a ser implementadas as seguintes actividades para o segundo semestre do ano em curso: preparação do Crisma (e eventualmente Baptismo e 1ª Comunhão); festa do Crisma na Sé de Viseu, no dia 3 de Junho; organização de um grupo coral e de animação da Missa

dos Domingos do tempo lectivo; uma Eucaristia semanal;

preparação para a Bênção das Pastas dos finalistas; um curso de preparação para o Matrimónio. Na área da solidariedade e acção social estão a ser organizadas visitas a doentes, idosos, deficientes, reclusos e carenciados; alguma visita para contacto com populações isoladas, em especial nas montanhas. Também estão em estudo programas especiais para férias: nomeadamente de voluntariado no Centro de deficientes profundos em Fátima (segunda quinzena de Agosto) e possivelmente em África. No que respeita a espaços de reflexão, está previsto um ou dois retiros em data a anunciar. Também está a ser preparado, após a inauguração dos novos Serviços Centrais do ISPV um chat room na Internet, com programa a anunciar atempadamente. O Capelão é o Padre Prof. Doutor Geraldo Morujão, Professor do Instituto Superior de Teologia, em Viseu e Lamego, ex-Professor do ISPV, Assistente Regional dos Escuteiros e iniciador dos Convívios Fraternos em Viseu, sendo membro do Conselho Pastoral da Diocese de Viseu. Pode ser contactado pelos telefones: 96 689 11 98, ou 232 42 33 25 (Paróquia de S. José) e por E-mail: gmorujao@yahoo.com. Também pode ser encontrado no horário de atendimento abaixo indicado. Horários para o 2º semestre - Preparação do Crisma: todas as terças-feiras lectivas, com início a 13 de Março às 21.00 horas, no Salão da Capela de Sta. Eulália (ao lado do Quartel, em frente da ESTV). - Eucaristia dominical: celebrada pelo Capelão, na Igreja de S. José, às 19.15, nos Domingos do tempo lectivo. - Eucaristia semanal: na Capela de Santa Eulália, nas terçasfeiras lectivas, a partir de 6 de Março, às 20.30 horas. - Atendimento do Capelão: às terças-feiras, no Salão da Capela de Santa Eulália, das 20.30 às 22.00; às quintas-feiras, das 14.00 às 15.00 (com horário de confessionário na Capela de Santa Eulália) e das 18.00 às 19.00, na zona do bar junto ao auditório da EST (planificação e preparação das actividades); aos sábados, das 10.30 às 12.00, na igreja paroquial de S. José, à Feira de S. Mateus (horário habitual de confessionário). Após a inauguração das novas instalações dos Serviços Centrais do ISPV, será anunciado o horário definitivo de atendimento na sede dos Serviços de Capelania.


FUNDO ISPV PARA A INVESTIGAÇÃO O ISPV criou um Fundo de apoio a todos quantos na instituição desenvolvem investigação no âmbito de Post-graduações. Um Fundo alargado, também, a trabalhos de investigação pura.

REFEIÇÕES AOS FINS DE SEMANA Os alunos das Residências de Estudantes vão ter serviço de refeições ao fim de semana. Uma vantagem extensiva a outros estudantes que demonstrem necessidade deste serviço.

ESAV CONSTITUI EQUIPA DE TRABALHO PARA A COOPERAÇÃO INTERNACIONAL Foi recentemente constituída na Escola Superior Agrária de Viseu (ESAV) uma equipa de trabalho que assegurará, doravante, a gestão científica e pedagógica da cooperação internacional nesta unidade orgânica do Instituto Superior Politécnico de Viseu (ISPV). A referida equipa será constituída pelos seguintes docentes: Fátima Pinho (que até agora estava a exercer as funções de coordenadora científica do programa Sócrates na ESAV); Fernando Figueiredo e Vitor Martinho. A médio prazo, prevê-se que estes elementos possam vir a fazer parte de um gabinete de cooperação formalmente instituído, que assegure a ligação desta Escola aos Serviços de Relações Internacionais centrais do ISPV. Trata-se de mais uma iniciativa que tem por objectivo a adaptação gradual das estruturas do ISPV à sua crescente actividade internacional.

AAEE do ISPV A DIRECÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DE ESTUDANTES DO ISPV pretende “contribuir para uma maior dinamização e representatividade da Academia, não só ao nível das Escolas Superiores, mas, também, ao nível da Cidade de Viseu e, consequentemente da Região”, como nos afirmou João Domingos, o seu Presidente. No âmbito cultural e no desportivo, a AE prepara a formação de um Grupo Coral e a constituição de duas equipas – Andebol e Basquetebol – para competirem nos Campeonatos Nacionais. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Com um programa vastíssimo de conferências/ debates sobre Literatura, Televisão, Teatro e Cinema, a SEMANA CULTURAL DA AEESTV (12-15 de Março) oferecerá, igualmente, teatro, karaoke, um concerto.

À ESPERA DA SAÚDE O obra Viseu também é Portugal! Para quando a Escola Superior de Saúde?, lançado no dia 19 de Fevereiro no auditório da Escola Superior de Tecnologia de Viseu, é um repositório do documento original, Projecto de Criação da Escola Superior de Saúde (Abril de 1999), elaborado por um conjunto de personalidades do Instituto Superior Politécnico de Viseu e da comunidade científica local e nacional. O aludido projecto surgiu no seguimento da Resolução do Conselho de Ministros n.º 140/98 de 19 de Novembro, que refere no seu ponto 4, alíneas d) e e), respectivamente, a “criação de escolas de ensino politécnico da área da saúde nas sedes dos distritos onde ainda não existam” e a “introdução da figura de Escola de Saúde no âmbito do Ensino Politécnico”. Alicerçado em estudos minuciosos e em pareceres de autarquias e instituições de saúde do distrito de Viseu e da região, o projecto revela igualmente disponibilidades, parcerias e estruturas para a concretização de um desígnio mais vasto cujo objectivo final visa a melhoria da qualidade de vida do cidadão. O documento agora editado vem relembrar à comunidade e ao poder político a premência da criação da Escola para região onde Viseu se insere, consubstanciada nos dados actualizados que revelam que o Governo e o Ministério da Educação elegeram as áreas da saúde e das artes como prioritárias no ensino superior para os anos vindouros. Analisadas as Grandes Opções do Plano para 2001, o Programa Operacional Saúde e o Programa Operacional Educação, conclui-se que diagnosticado que foi o défice de recursos humanos na saúde, nomeadamente em técnicos de diagnóstico e terapêutica, a prescrição indica claramente que o projecto do ISPV vai “ao encontro das grandes prioridades do Governo e das recomendações da Organização Mundial de Saúde”, como referiu o Presidente do Instituto Superior Politécnico de Viseu, Prof. Doutor João Pedro de Barros, na apresentação da obra, salientando, igualmente, que “mais uma vez o Instituto luta pela criação de estruturas que venham ao encontro de um programa ○ ○ de ○ ○ desenvolvimento de educação/formação dos nossos jovens permitindo-lhes uma importante mobilidade social ascendente”. Como nota final, o Presidente do ISPV exortou os responsáveis políticos a não se eximirem às suas responsabilidades na construção do presente como investimento portador de futuro para os jovens da região.

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Polistécnica

A presente secção pretende ser uma recolha meramente indicativa de legislação com interesse para o pessoal docente e não docente e para os alunos do Ensino Superior Politécnico, referente aos últimos 6 meses.

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Departamento Jurídico do ISPV

DATA

DIPLOMA

DESCRIÇÃO

23/08

Lei nº 26/2000

Aprova a organização e ordenamento do ensino superior (ver, a este propósito, o Parecer nº 1/ 2000 do Conselho Nacional de Avaliação do Ensino Superior publicado no D.R. nº 110, II Série, de 12 de Maio de 2000).

23/09

Decreto-Lei nº 230/2000

Regulamentação da Lei nº 4/84 de 5 de Abril sobre protecção da maternidade e paternidade.

26/09

Portaria nº 867/2000

Aprova o plano de estudos e regulamenta o curso bietápico de licenciatura em Engenharia das Madeiras da Escola Superior de Tecnologia de Viseu.

26/09

Portaria 869/2000

Aprova o plano de estudos e regulamenta o curso bietápico de licenciatura em Engenharia do Ambiente da Escola Superior de Tecnologia de Viseu.

26/09

Portaria 872/2000

Aprova o plano de estudos e regulamenta o curso bietápico de licenciatura em Engenharia de Sistemas e Informática da Escola Superior de Tecnologia de Viseu.

26/09

Portaria nº 901/2000

Aprova o plano de estudos e regulamenta o curso bietápico de licenciatura em Engenharia Electrotécnica da Escola Superior de Tecnologia de Viseu.

07/11

Portaria nº 1073/2000

Aprova o plano de estudos e regulamenta o curso bietápico de licenciatura em Engenharia Agrícola, variante de Zootecnia, da Escola Superior Agrária de Viseu.

07/11

Portaria nº 1074/2000

Aprova o plano de estudos e regulamenta o curso bietápico de licenciatura em Engenharia Agrícola, variante de Hortofruticultura, da Escola Superior Agrária de Viseu.

07/11

Portaria nº 1075/2000

Aprova o plano de estudos e regulamenta o curso bietápico de licenciatura em Turismo, da Escola Superior de Tecnologia de Viseu.

07/11

Portaria nº 1076/2000

Aprova o plano de estudos e regulamenta o curso bietápico de licenciatura em Engenharia Mecânica e Gestão Industrial, da Escola Superior de Tecnologia de Viseu.

16/11

Portaria nº 1095/2000

Aprova o plano de estudos e regulamenta o curso bietápico de licenciatura em Gestão Comercial e da Produção, da Escola Superior de Tecnologia de Viseu.

29/11

Portaria nº 1139/2000

Aprova o plano de estudos e regulamenta o curso bietápico de licenciatura em Comunicação Social, da Escola Superior de Educação de Viseu.

29/11

Portaria nº 1134/2000

Aprova o plano de estudos e regulamenta o curso bietápico de licenciatura em Engenharia das Indústrias Agro-Alimentares da Escola Superior Agrária de Viseu.

12/12

Despacho nº25 255/2000

Aprova o calendário do exame extraordinário de avaliação de capacidade para acesso ao ensino superior do ano 2001.

11/01

Deliberação nº 64/2001 da Comissão Nacional de Acesso ao Ensino Superior (2ª Série)

Fixa o número máximo de elencos alternativos de provas de ingresso para candidatura a cada um dos cursos do ensino superior.

12/01

Despacho nº 533/2001 (2ª Série)

Actualização anual da lista dos cursos considerados para efeito do disposto no art. 55º do Estatuto da Carreira dos Educadores de Infância e dos Professores do Ensino Básico e Secundário.

17/01

Portaria nº 38/2001

Fixa os prazos em que, no ano de 2001, devem ser praticados os actos previstos no DecretoLei nº 296-A/98 de 25 de Setembro, (ensino superior: acesso e ingresso).

18/01

Decreto-Lei nº 6/2001

Aprova a reorganização curricular do ensino básico.

18/01

Decreto-Lei nº 7/2001

Aprova a revisão curricular do ensino secundário.

29/01

Portaria nº 562/2001

Aprova o plano de estudos e regulamenta o curso bietápico de licenciatura em Contabilidade

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

e Administração da Escola Superior de Tecnologia de Viseu.


ISPV - XI ENCONTRO DA AULP . As novas Políticas para o Ensino Superior ABRIL - Millenium – 22 Herança Cultural da Região de Viseu 28 -30 MAIO - Caring in a Multicultural Society. Workshop com organização COHEHRE – EURASHE - ISPV 30 MAIO - 1 JUNHO - After Bologna – Prague: Recent Developments in European Higher Education Oradores: João Pedro Barros, Gay Corr, Angeliki Verli, Guy Haug, Tilman Kuchler, Pedro Lourtie. Entre outros.

26 - 27 ABRIL

ESEV - Encontro Internacional de Contadores de Histórias - Mundo Anglo-Saxónico - Mundo Francófono - Mundo Lusófono

MARÇO 14-15-16 21-22-23 28-29-30

Organização: Departamento de Línguas OUTUBRO 18-20

- IX Encontro Nacional de Educação em Ciência Organização: Área Científica de Ciências da Natureza

TEATRO VIRIATO (Centro Regional das Artes do Espectáculo das Beiras) 17 MARÇO 27-30 MARÇO

- Absolutamente... Trabalho em Progresso (Romulus Neager) - Sexo, Drogas e Rock N’Roll (Diogo Infante)

ESCOLA SECUNDÁRIA ALVES MARTINS 15-16 MARÇO 21 MARÇO

- 2º Congresso Regional de Educação Artística: Que Educação Artística Visual para o Século XXI? - Educação Ambiental (TERTÚLIA) Animador: Prof. Doutor Jorge Paiva

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ipv.

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pt

.


Polistécnica Polistécnica

Polistécnica

Para milhões de portugueses, os funcionários administrativos e os técnicos do serviço público são simples peças de engrenagens ineficientes, enferrujadas. Caríssimas, diz-se, apesar de apenas debicarem no orçamento. Estereótipos, caracterizações superficiais redutoras da realidade e da vida, não devem merecer o nosso crédito. Polistécnica prefere perspectivá-los como pessoas que são. Como cidadãos de corpo e de espírito inteiros. Com uma identidade própria que só poderá conhecer-se no diálogo e na amizade. “Quem somos...” pretende ser apenas isso. Tarefa muito difícil, porém.

Departamento Cultural Secretariado

Gabinete de Relações Internacionais

Maria da Conceição Pereira Sónia Silva

Serviços de Reprografia

Rita Cunha

Gabinete de Relações Públicas e Informação

Ester Araújo

José Alberto Marques

Elisiário Figueiredo

Gabinete de Criação e Inovação

Octávio

34 Paulo Medeiros

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

Joel Soares Marques

João Rodrigues

Departamento Cultural


Do lado de dentro ficam dois terços da vida. Que é preciso agarrar e fruir. Por vezes, sem fronteiras. Criando libertações. Paulo Alexandre Rodrigues Medeiros- 20-08-1965 Na tela, Paulo Medeiros elabora a vida dos rostos e da natureza. Abstracções. Experimenta o atrito entre a substância e a forma no compromisso de terrenos estéticos. “Está-lhe na massa do sangue”, como diz o povo. Sempre sob o olhar crítico da Ana e do Gonçalo. E que interpretações germinarão nos olhos vivíssimos de quatro anitos? Depois, as tintas e os pincéis vão às galerias alongar a vida das gentes, alimentar filosofias, despertar anseios de posse, sacudir cansaços, adiar tédios. Dar algum sentido a vidas que o não têm!

INDIVIDUAL - “Pintura e Desenho”- Galeria FAOJ, Viseu,1988 COLECTIVAS -“Só as Cores São Verdadeiras” - Forum Viseu,1988/ “Tons Laranja NUar” - ESAM, Viseu,1989/“Atitudes” - Galeria do Auditório Mirita Casimiro, Viseu,1989/“Festa da Primavera” - Salão de Exposições da Feira, Viseu,1990/“Copiar Criar” - Expobeiras, Viseu,1993/“Pintura e Desenho” - Galeria da Região de Turismo Dão Lafões, Viseu,1994/“Pintura e Desenho” - Galeria do Auditório Mirita Casimiro, Viseu,1994/ “Arte Postal” - Biblioteca Municipal do Barreiro, Barreiro/1994/1995/1996/ “Seulement pour les Fous” - Paris - 1995 - Com a publicação de um dos seus trabalhos num poster editado por esta Associação com fins de beneficiência/“Mostra de Artes Plásticas” - IPJ-Viseu,1999/ “I EQUUS ARTES” - Termas do Carvalhal,1999/ IPJ - Viseu,1999/Hospital S. Teotónio - Viseu,1999/“II EQUUS ARTES” - Termas do Carvalhal,2000/Hotel Régua Douro-Régua,2000/1º Classificado no concurso para a criação de um Logotipo para o “MARÉ JOVEM / 96 ” promovido pela Câmara Municipal de Cascais.1996 (CO-AUTORIA)/1º Classificado no concurso para criação do cartaz da Feira de S. Mateus 1996 (CO-AUTORIA).

Cor favorita - VERDE. Programa de TV preferido - PUBLICIDADE. Jogo - JOGO DA GLÓRIA. BASQUETEBOL, PRATICANTE FEDERADO ENTRE 78 E 98. Clube - SPORTING. Revista - PÃO COM MANTEIGA, HÀ ALGUNS ANOS. HOJE, MARKETING E PUBLICIDADE. Cheiros preferidos - UM DIA DE VERÃO, A TERRA SECA E A CHUVA A CAIR. CARIL. Recordação de infância - MOÇAMBIQUE, O CALOR, A CHUVA, A TERRA MOLHADA. Pior sentimento do mundo - INVEJA. Melhor sentimento do mundo - LEALDADE - SOLIDARIEDADE Música - 1 MÚSICA = A 1 SITUAÇÃO - THE ARTIST QUASE SEMPRE. O que pensa quando acorda? QUE DORMI MUITO DEPRESSA. Montanha russa: assustadora ou excitante? PÂNICO. Caneta ou lápis? LÁPIS, PELO SEU TRAÇO MAIS SENSUAL. Quantos toques antes de atender o telefone? ANTES DAS 10, MUITOS, DEPOIS DAS 10, UM. Comida favorita - LEITÃO ASSADO. Chocolate ou baunilha? CARAMELO. Gosta de conduzir? POR VEZES É MELHOR SER CONDUZIDO. Tempestades: excitantes ou assustadoras? UM DOS BONS EXEMPLOS DO BELO HORRIVEL. Livro - PARA ACABAR DE VEZ COM A CULTURA, DE WOODY ALLEN. Filme - SEVEN- SETE PECADOS MORTAIS, DE DAVID FINCHER. Destro, canhoto ou ambidestro? O COMBINADO FOI NÃO ME TRATAREM MAL. Nº favorito - SETE. Carro de sonho - CARRINHO DE BÉBÉ. O que guarda debaixo da cama? A RECORDAÇÃO DAS CAIXAS DE SAPATOS COM BICHOS DA SEDA. De um amigo espera...? SINCERIDADE. Se fosse um objecto, seria..? UM ESPELHO COM 10x15 Cm. O que gosta de pendurar? QUADROS, TALVEZ. Colecções - OS CROMOS EM 70, LATAS EM 80. ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ Gostava de ir - GRÉCIA. Se pudesse ter escolhido, em que época teria vivido? PRÉ -HISTÓRIA, SIMPLESMENTE PELAS SEMELHANÇAS COM OS NOSSOS DIAS. Mar ou montanha? 60% DE MAR E 40 DE MONTANHA. Um dia perfeito - COM 40 HORAS EM QUE SÓ FIZESSE AQUILO QUE ME PASSASSE PELA CABEÇA. Um traço... MIRÓ. Uma palavra... - DUAS, SAUDADE E CUIDADO.

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