PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO PARA O TURISMO DO ALGARVE 2015-2018

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PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO PARA O TURISMO DO ALGARVE

2015-2018

VERSÃO FINAL/2014


Nota introdutória

3

Abordagem metodológica

4

DIAGNÓSTICO DA ATIVIDADE TURÍSTICA DA REGIÃO Turismo no mundo

8

Índice geral Turismo acessível/ sénior

282

Cruzeiros

285

Autocaravanismo

291

Presença virtual

294

Caracterização do Algarve

10

Caracterização do Algarve

11

Organização institucional do turismo Planeamento estratégico e ordenamento do território

15 20

Presença virtual

295

Concorrentes

300

Planeamento estratégico

21

Ordenamento do território

27

Tendências do turismo

320

Dados económicos

36

Tendências do turismo

321

Dados económicos

37

Concorrentes

47

Concorrentes

48

Ciclo de vida do Algarve

341

Oferta turística

75

Análise SWOT do destino Algarve

345

Oferta turística

76

Fatores críticos de sucesso

348

Procura turística

96

Procura turística

97

Elementos diferenciadores e qualificadores

351

Posicionamento do destino turístico Algarve

352

DEFINIÇÃO DE OBJETIVOS E LINHAS ESTRATÉGICAS DE ATUAÇÃO

Perfil

137

Animação turística

145

Visão estratégica para o turismo do Algarve: 2015-2018

353

Animação turística

146

Orientações estratégicas - Produtos

354

Produtos estratégicos

160

Orientações estratégicas - Mercados

398

Produtos estratégicos

161

Sol e mar

166

Orientações estratégicas - Objetivos

442

Golfe

171

Turismo de negócios

179

Planos de ação

448

Turismo residencial

189

Ficha técnica

490

Gastronomia e vinhos

199

Entrevistas

491

Touring

207

Turismo de saúde

228

Turismo de natureza

240

Turismo náutico

263

Turismo desporto

278

IDENTIFICAÇÃO DOS PLANOS DE AÇÃO

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Nota introdutória A recente publicação da Lei n.º 33/2013, de 16 de maio, veio introduzir profundas alterações à composição, estrutura e competências das entidades regionais de turismo, que passam a contar, no seu modelo organizacional, com um Conselho de Marketing. A este órgão consultivo, compete designadamente: •

Aprovar o plano de marketing, sob proposta da comissão executiva, avaliar a respetiva execução e formular propostas para o seu ajustamento;

Emitir parecer sobre a criação e extinção de postos de turismo, sob proposta da comissão executiva;

Emitir os pareceres que, sobre a estratégia de marketing, lhe sejam solicitados pela comissão executiva.

Esta alteração pressupõe que a Região de Turismo do Algarve (RTA), assuma definitivamente um papel na orientação e fundamentação da atividade turística regional, não obstante a sua execução e/ou operacionalização poder vir a ser de terceiros (por exemplo através da Agência Regional de Promoção Turística, para a vertente da promoção externa). Não despiciendo para a contextualização do âmbito deste trabalho, será a relevância das novas orientações estratégicas nacionais vertidas na revisão do PENT que, de alguma forma, condicionam a implementação das medidas de desenvolvimento turístico das regiões, seja ao nível da identificação dos produtos turísticos prioritários, dos mercados externos a abordar, ou mesmo da estruturação da oferta.

Intimamente ligada a esta questão está a definição do novo quadro comunitário de apoio (em fase de clarificação), algo a considerar, uma vez que se trata de um importante instrumento de alavancagem financeira, seja ao nível dos projetos de índole pública, quer privada. Face a este cenário, foi lançado o repto à estrutura técnica da RTA, no sentido de poder vir a produzir, com o apoio da Universidade do Algarve, um documento orientador da estratégia do turismo para a região, que apoie a definição e fundamentação dos orçamentos e planos de atividades dos diversos intervenientes, para o período 2015–2018. O contexto da atividade turística regional, intimamente ligado à conjuntura político-económica global, tem sofrido profundas alterações nos últimos dez anos, o que pressupõe uma reorientação das estratégias e modelos de desenvolvimento para o setor do turismo. Ciente desta necessidade, o executivo da RTA pretende colmatar estas lacunas através da apresentação do presente plano, que se pretende reflita a visão regional e identifique as lacunas que, uma vez supridas, possibilitarão afirmar definitivamente o Algarve como destino turístico de excelência.

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Abordagem metodológica O Plano de Marketing Estratégico que se apresenta visa ser um documento orientador com vista à definição estratégica da atividade dos diversos intervenientes do setor do turismo, para o período de 2015-2018.

Este plano está dividido em três fases que se complementam entre si, sendo a primeira o “Diagnóstico da atividade turística da região”, a segunda a “Definição de objetivos e linhas estratégicas de orientação” e a última a “Identificação dos planos de ação”.

1ª FASE Diagnóstico da atividade turística da região

2ª FASE Definição de objetivos e linhas estratégicas de orientação

3ª FASE Identificação dos planos de ação

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Abordagem metodológica

1.ª fase - Diagnóstico da atividade turística da região

Objetivos 1. Analisar o panorama turístico nacional e internacional, através do estudo dos perfis de consumo nos principais mercados emissores, com um enfoque particular na evolução dos principais indicadores nacionais.

2. Avaliar o desempenho turístico da região do Algarve, definindo o ponto de partida para esta nova fase, através da caracterização da oferta turística e infraestruturas de suporte existentes na região, bem como do comportamento da procura face ao destino. Será igualmente apreciado o desempenho da concorrência.

3. Identificar os referenciais de planeamento turístico e de ordenamento do território, apontando oportunidades e constrangimentos ao seu desenvolvimento.

4. Identificar as principais tendências influenciadoras do consumo turístico.

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Abordagem metodológica

3.ª fase Identificação de planos de ação

2.ª fase - Definição de objetivos e linhas estratégicas de orientação

Objetivos 1. Efetuar diagnóstico da atividade turística da região, identificando forças e fraquezas, oportunidades e ameaças (análise SWOT), reconhecendo os fatores críticos de sucesso e os elementos diferenciadores e qualificadores do Algarve. 2. Definir o posicionamento da região enquanto destino turístico.

3. Definir a visão estratégica para o Turismo do Algarve. 4. Apresentar linhas de orientação estratégica, ao nível da segmentação e desenvolvimento de produtos e mercados. 5. Propor objetivos estratégicos para o período 2015-2018.

1. Definir planos de ação.

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2015-2018 Diagnóstico da atividade turística da região


Turismo no mundo

Dados sobre o turismo no mundo Fonte: UNWTO

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8


Turismo no mundo Grandes tendências do turismo a nível mundial  Chegadas internacionais em 2013:  Cerca de 1,8 bilião de turistas;  Cerca de 5 milhões de pessoas a atravessar diariamente as fronteiras internacionais;

 Crescimento do turismo de cruzeiros com o aumento da procura do mercado australiano, escandinavo, alemão e brasileiro;

 Região da Ásia/Pacífico será a maior área de crescimento de outbound até 2030;

 Aumento dos jovens a viajar, contribuindo para cerca de 20% dos fluxos internacionais, gerando cerca de 160 milhões de visitantes por ano;

 Avanços tecnológicos tais como o acesso à internet e a expansão do uso dos smartphones vão continuar a ter impactos no turismo;

 O turismo gastronómico vai constituir uma motivação para a viagem com os turistas a procurarem experiências locais e autênticas dos locais visitados;

 Aumento da afluência da classe média da Ásia vai criar um crescimento do turismo;

 Cerca de 30% dos gastos de turismo estão associadas a comidas e bebidas, contribuindo fortemente para o desenvolvimento dos serviços turísticos;

 O uso das redes sociais e a criação de conteúdos vai influenciar as decisões de viagem criando oportunidades e riscos;  Aumento da procura do turismo cultural;

 Maior sensibilidade dos turistas relativamente às mudanças climatéricas e à sustentabilidade, com a procura de práticas responsáveis e serviços amigos do ambiente.

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CARACTERIZAÇÃO DO ALGARVE

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Caracterização do Algarve O Algarve localiza-se na área mais a sul de Portugal, o que lhe permite um contacto privilegiado com o Oceano Atlântico e usufruir de um clima ameno e convidativo para os muitos visitantes que acolhe anualmente.

De acordo com os Censos de 2011, o Algarve tem cerca de 451.006 habitantes, valor que registou um aumento de 14,1% face a 2001. A região algarvia foi a que apresentou neste período a maior taxa de crescimento a nível nacional.

19.156

26.167

37.126

55.614

70.622

10.662

5.258

10.000

6.045

20.000

6.747

2.917

30.000

5.884

40.000

45.396

50.000

22.975

60.000

Os concelhos do Algarve que apresentam um maior número de habitantes são o de Loulé (70.622 habitantes), Faro (64.560 habitantes) e Portimão (55.614 habitantes).

31.049

64.560

70.000

40.828

80.000

Número de habitantes por Concelho do Algarve Fonte: INE

VR St António

Vila do Bispo

Tavira

Silves

S. Brás de Alportel

Concelhos do Algarve

Portimão

Olhão

Monchique

Loulé

Lagos

Lagoa

Faro

Castro Marim

Aljezur

Alcoutim

-

Albufeira

Número de habitantes

Com 16 concelhos e 67 freguesias, a região combina litoral, barrocal e serra num toque de diversidade assente numa tradição enraizada nas suas gentes e nos seus costumes.

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Caracterização do Algarve Os serviços, com principal destaque para o turismo, são as atividades estruturantes da economia algarvia, a qual se encontra em crescimento e tem vindo a ganhar importância no contexto nacional. A população ativa (15 anos ou mais) desta região é de cerca de 57,5% da população total.

As atividades dos serviços concentram 80,6% da população empregada, a indústria 6,3%, a construção civil 9,8% e a agricultura 3,3%. No Algarve, em abril de 2014 estavam inscritos nos serviços de emprego do Algarve 28.377 indivíduos, número que representa um decréscimo de 16,6% em comparação com igual período homólogo.

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Caracterização do Algarve A região do Algarve, enquanto principal região turística Portugal, registou em 2013 cerca de 14,8 milhões dormidas na hotelaria classificada e 3,15 milhões hóspedes, que correspondem a 35,5% das dormidas hotelaria nacional e 21,9% do total nacional de hóspedes.

de de de na

O ano de 2013 registou uma estada média de 4,7 noites, registo influenciado pela característica de destino de sol e mar e uma taxa de ocupação anual de 44,6%, ligeiramente superior aos 43,7% registados em Portugal.

Os turistas que chegam anualmente ao Algarve são provenientes de vários mercados internacionais, nomeadamente aqueles localizados na Europa, destacando-se o Reino Unido, a Alemanha, a Irlanda, a Holanda, a Espanha e a França, que em conjunto representaram em 2013 mais de 90% do total dos passageiros processados no Aeroporto de Faro e mais de 85% do total das dormidas de estrangeiros na região. Importa referir que o mercado nacional tem grande importância para a região, representando cerca de 23,1% do total das dormidas em 2013.

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Caracterização do Algarve Em termos de oferta e de acordo com o INE, o Algarve assegurava em 2013 cerca de 21,2% dos estabelecimentos hoteleiros classificados do país, 31,5% da capacidade de alojamento (quartos) e 35,8% em camas. A região ocupa o primeiro lugar, no ano de 2013, em termos de proveitos, com 31,8% do total de proveitos por aposento e 31,1% do total dos proveitos globais. O Algarve apresenta nos seus estabelecimentos de alojamento classificado um Índice de Amplitude Sazonal de 4,6 (hóspedes) e 5,9 (dormidas), o que significa que por cada dormida nos três meses de menor procura são registados 4,6 hóspedes e 5,9 dormidas nos 3 meses de maior procura, demonstrativo da sazonalidade turística global da atividade no destino.

Quando avaliado este mesmo indicador em termos dos passageiros processados no Aeroporto de Faro verificamos que o Índice de Amplitude Sazonal foi em 2013 de 4,8, valor muito semelhante ao dos hóspedes. Relativamente à taxa de sazonalidade verifica-se que, no ano de 2013, esta foi de 46,7% nas dormidas em estabelecimentos de alojamento classificado, de 43,0% ao nível dos hóspedes e de 41,6% nos passageiros processados no Aeroporto de Faro. Através desta taxa relacionamos os três indicadores em análise nos meses de maior procura com os correspondentes totais para todo o ano. A taxa de sazonalidade permite assim obter uma medida da intensidade da sazonalidade por referência ao fluxo de procura anual.

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Caracterização do Algarve |

Organização institucional do turismo Setor institucional do turismo na região O setor institucional regional do turismo conta com duas entidades que, embora com uma natureza diferente, acabam por ser os elementos agregadores da visão, expectativas e vontades dos intervenientes regionais do setor. Na esfera pública encontramos a Região de Turismo do Algarve que, atua em quatro eixos principais: •

Promoção/Animação Turística – tendo tradicionalmente a incumbência de promover a região em Portugal, viu esta atribuição ser alargada ao mercado espanhol, com a publicação da Lei n.º 33/2013;

Informação Turística – tendo a seu cargo uma rede de 22 postos de turismo, é o interlocutor natural de quem visita a região (ou pensa visitar) no processo de recolha de informação sobre o Algarve;

Estruturação do produto/planeamento estratégico – área sobre a qual esta entidade regional se começou a debruçar recentemente. Tem desenvolvido algum trabalho no sentido de melhorar os produtos já consolidados e estruturar novos produtos com potencial na região;

Gestão da marca Algarve – tem como responsabilidade a produção de conteúdos e suportes comunicacionais/ promocionais, desenvolvendo campanhas integradas de comunicação, com uma aposta nas novas tendências e tecnologias de informação, com o objetivo de aumentar a notoriedade do destino.

Na vertente público-privada, a Associação Turismo do Algarve tem a seu cargo, desde 2004, a promoção e divulgação turística do Algarve e dos seus produtos regionais, em todas as suas vertentes, através do estudo, preparação e desenvolvimento de ações específicas nos mercados externos (exceto Espanha), bem como a concertação entre entidades públicas e privadas regionais, com vista à definição de políticas, objetivos e estratégias de promoção turística do Algarve.

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Caracterização do Algarve |

Organização institucional do turismo Região de Turismo do Algarve - Estatutos

ESTATUTOS DA ENTIDADE REGIONAL DE TURISMO DO ALGARVE CAPÍTULO I Princípios Gerais Artigo 1° Denominação, natureza jurídica e âmbito territorial 1. A Entidade Regional de Turismo do Algarve adota a denominação de Região de Turismo do Algarve e abreviatura de RTA. 2. A Região de Turismo do Algarve é uma pessoa coletiva pública, de natureza associativa, com autonomia administrativa e financeira e com património próprio. 3. O âmbito territorial de atuação da Região de Turismo do Algarve corresponde à NUT II Algarve, (…). ARTIGO 2° Sede (…)

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Caracterização do Algarve |

Organização institucional do turismo Região de Turismo do Algarve - Estatutos ESTATUTOS DA ENTIDADE REGIONAL DE TURISMO DO ALGARVE ARTIGO 3° Missão e atribuições 1. A Região de Turismo do Algarve tem por missão a valorização e o desenvolvimento das potencialidades turísticas da respetiva área regional de turismo, bem como a gestão integrada dos destinos no quadro do desenvolvimento turístico regional, de acordo com as orientações e diretrizes da política de turismo definida pelo Governo e os planos plurianuais da administração central e dos municípios que a integram. 2. São atribuições da Região de Turismo do Algarve: a)Colaborar com os órgãos da administração central e local com vista à prossecução dos objetivos da política nacional que for definida para o turismo, designadamente no contexto do desenvolvimento de marcas e produtos turísticos de âmbito regional e sub-regional e da sua promoção no mercado interno alargado, compreendido pelo território nacional e transfronteiriço com Espanha; b) Definir o plano regional de turismo, em sintonia com a estratégia nacional de desenvolvimento turístico, e promover a sua implementação.

c) Assegurar o levantamento da oferta turística regional e sub-regional e a sua permanente atualização, no quadro do registo nacional de turismo, e realizar estudos de avaliação do potencial turístico da respetiva área territorial; d) Organizar e difundir informação turística, mantendo e/ou gerindo uma rede de postos de turismo e de portais de informação turística; e) Dinamizar e potenciar os valores e recursos turísticos regionais e sub-regionais; f) Monitorizar a atividade turística regional e subregional, contribuindo para um melhor conhecimento integrado do setor; g) Assegurar a realização da promoção da região, enquanto destino turístico e dos seus produtos estratégicos, no mercado interno alargado compreendido, pelo território nacional e transfronteiriço com Espanha; 3. O plano regional de turismo a definir pela Região de Turismo do Algarve deve assegurar a avaliação dos destinos sub-regionais de turismo existentes e assegurar o desenvolvimento daqueles cujos sinais distintivos já se encontrem consolidados.

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Caracterização do Algarve |

Organização institucional do turismo Associação Turismo do Algarve - Estatutos

CAPÍTULO I DENOMINAÇÃO, NATUREZA, SEDE, OBJECTO E ATRIBUIÇÕES Artigo 1º. Denominação A Associação adopta a denominação de "Associação Turismo do Algarve". Artigo 2º. Natureza A Associação Turismo do Algarve é uma pessoa colectiva de direito privado assumindo a forma de associação, sem fins lucrativos, cuja natureza consiste na promoção e divulgação turística do Algarve, com base no estabelecimento de parcerias Públicas e Privadas para a prossecução dos seus objectivos. Artigo 3º. Sede (…)

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Caracterização do Algarve |

Organização institucional do turismo Associação Turismo do Algarve - Estatutos Artigo 4º. Objecto 1. A Associação Turismo do Algarve tem por objecto: a) A promoção e divulgação turística do Algarve e dos seus produtos regionais, em todas as suas vertentes, através, designadamente, do estudo, preparação e desenvolvimento de acções específicas nos mercados externos; b) A concertação entre entidades públicas e privadas regionais, com vista à definição de políticas, objectivos e estratégias de promoção turística do Algarve no estrangeiro. 2. O objecto enunciado tem como primado contemplar e proteger a promoção da marca "Turismo do Algarve", a qual adopta, assim como o respectivo logo, imagem e lettering em toda a sua comunicação e acções. 3. O disposto no nº anterior apenas poderá ser objecto de alteração ainda que substancial, através de determinações das entidades competentes e com vista à uniformização da imagem geral do pais.

Artigo 5º. Atribuições A Associação Turismo do Algarve tem como atribuições: 1. A promoção e divulgação turística do Algarve, em todas as suas vertentes. 2. O estudo, a preparação e o desenvolvimento da promoção, divulgação e animação turística do Algarve. 3. O contributo para a melhoria qualitativa do produto turístico.

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PLANEAMENTO ESTRATÉGICO E ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO

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Planeamento Estratégico Plano Estratégico Nacional do Turismo O Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) é tido como referência no que concerne à orientação estratégica para o desenvolvimento do sector, pelo que nos parece incontornável que qualquer abordagem feita à escala regional, tenha subjacente uma apreciação do documento que se assume como guião para a atividade. Com publicação em 2006, foi recentemente alvo de revisão (Resolução do Conselho de Ministros 24/2013 de 16 de abril), invocando-se a necessidade de adaptar este plano ao período de instabilidade nos mercados financeiros e crescimento económico moderado da economia europeia, principal emissora de turistas para Portugal. A evolução dos canais de informação e distribuição, a proliferação de novos destinos ou a alteração do paradigma de operação das companhias aéreas, também alteraram os hábitos de consumo e o comportamento do consumidor/turista na seleção, preparação e realização da sua viagem, pelo que se julgou pertinente retificar as premissas subjacentes ao plano inicial.

As grandes alterações que ocorreram documento traduzem-se sobretudo em:

neste

novo

1. Alterações económicas A instabilidade económica e financeira da Europa – geradora de mais de 85% das dormidas internacionais em Portugal – e a evolução do PIB, emprego e rendimento disponível, aconselha maior prudência na projeção dos fluxos turísticos. No curto prazo são destacadas: a) Na Europa, maiores níveis de crescimento dos países escandinavos, como a Noruega e a Suécia e do leste (realce para a Rússia, Polónia, Hungria e República Checa); b) No continente americano, maiores níveis de crescimento para os EUA e Canadá; e c) Na Ásia, manutenção da China com elevado crescimento.

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Planeamento Estratégico 2. Perfil do consumidor/turista

3. Modelos de negócio e tecnologias de informação

Decorrente das modificações estruturais da procura, mas também influenciada pela conjuntura recente, são identificadas alterações no perfil do consumidor com as seguintes características:

Assiste-se a uma mudança profunda ao nível do relacionamento entre os atores do negócio causada, sobretudo, por fenómenos como as redes sociais ou a proliferação de aplicações móveis. A capacidade de escrutínio e poder negocial do turista obrigam ao domínio das tecnologias de informação, sob risco da perda de visibilidade e relacionamento com o mercado.

a) Prioridade para o consumo de proximidade e com algum grau de familiaridade, privilegiando o eixo casa, família, estabilidade e ambiente; b) Racionalização do consumo, com maior contenção de gastos; e pressão dos preços pela procura sobre a oferta, mais diversificada e em maior quantidade;

c) Maior escrutínio e prudência no momento da compra ao nível do value for money percebido; d) Aumento da preferência por marcas brancas e maior dificuldade de fidelização; e) Resistência de países, empresas particulares, ao endividamento.

e,

principalmente,

É assim de primordial importância, dispor das ferramentas e conhecimento que permitam atuar neste cenário, desenvolvendo estratégias de comunicação e distribuição que respondam a estes novos desafios.

A capacidade de diferenciação da oferta, evitando a dependência de um número reduzido de canais de distribuição, centrados em estratégias de preço, é apontada como vital para as empresas e destinos turísticos. Torna-se assim de primordial importância desenvolver um trabalho em rede, à escala do destino, obtendo massa crítica e sinergias que concretizem a proposta de valor e capitalizem o Destino Portugal. A concorrência entre destinos e empresas cresceu assim à medida das oportunidades de visibilidade e alcance das suas ofertas na web e da sua capacidade para aplicação de tecnologia de informação aos processos de negócio.

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Planeamento Estratégico 4. Concorrência: destinos tradicionais e emergentes A emergência, proliferação e consolidação de novos concorrentes, paralelamente a um novo posicionamento promocional e comercial mais aguerrido da parte de alguns dos tradicionais, é um facto que importa ter subjacente à estratégia de desenvolvimento de Portugal. A este nível, importa destacar-se que: a) As motivações lazer – com preponderância do sol e mar – predominam para os turistas que procuram o Mediterrâneo, e perdem estruturalmente quota de mercado ao nível global, observando-se forte dependência do mercado britânico e germânico; e

A outro nível, a competitividade do preço de destinos long haul (ex. Caraíbas), o posicionamento “inovador” e suportado por fortes investimentos (ex. Emirados Árabes Unidos), ou a capacidade de criar oferta com custos de produção mais reduzidos (ex. Ásia), contribuem para a premência em acelerar o processo de reengenharia de produto dos destinos tradicionais, no sentido da inovação e qualidade de serviço e oferta de experiências singulares, dando resposta a uma concorrência que é hoje, efetivamente, global.

b) No período 2006 – 2011, a Turquia, seguida de Marrocos e Croácia, obtiveram a melhor performance ao nível de entradas de turistas na bacia do Mediterrâneo, situação que penaliza a competitividade e sustentabilidade das empresas em destinos tradicionais como Portugal, Espanha ou França.

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Planeamento Estratégico Estratégia de desenvolvimento por região Partindo da umbrella de das regiões, de mercado,

análise macro do destino Portugal, enquanto desenvolvimento, foi definida para cada uma de acordo com o ponto de partida e envolvente a seguinte estratégia de desenvolvimento.

ALGARVE No período 2006 a 2011, registou-se um aumento de 500.000 dormidas nacionais e o decréscimo de 600.000 internacionais (com um decréscimo global de dormidas de 1,4 % e aumento dos proveitos dos empreendimentos turísticos de 8%), que compara com um aumento de 5% do lado da oferta (4.800 camas). As taxas de ocupação quarto situaram-se nos 54%, com um RevPar de 37€. Os mercados externos perderam representatividade, destacando-se o Reino Unido (- 800.000 dormidas) e o aumento da procura de Espanha e França. Os meses de julho, agosto e setembro concentram 42% da procura internacional e 58% da nacional, numa tendência de aumento da sazonalidade.

A estratégia passa pela aposta nos mercados em crescimento, com destaque para a França, Polónia e Rússia, e na revitalização dos consolidados, com a fidelização de Portugal e Reino Unido/ Irlanda e novo impulso aos setores mais dinâmicos da Holanda e Alemanha. Para além dos tradicionais sol e mar e golfe, o Algarve deve apostar em mais sete produtos para atenuar a sazonalidade e completar a oferta:       

Turismo residencial; Turismo de saúde e bem-estar; Turismo de natureza; Turismo náutico; Turismo de negócios; Touring; Gastronomia e vinhos;

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Planeamento Estratégico Produtos estratégicos – Algarve – Linhas de atuação i) Sol e mar: • necessidade de desenvolver as acessibilidades no inverno e para novos mercados no verão; • enriquecer a experiência; • requalificar as zonas urbanas; • repensar a distribuição. ii) Golfe: • necessidade de requalificar zonas envolventes; • desenvolver conteúdos e sua disponibilização em canais; • colocar o produto no mercado. iii) Turismo residencial: • necessidade de disponibilizar na web informação sistematizada e orientada para o cliente; • colocar o produto no mercado. iv) Turismo de saúde e bem-estar: • necessidade de fazer um diagnóstico global do turismo médico; • análise da situação competitiva nacional; • definição do modelo de negócio; • necessidade de desenvolver conteúdos e sua disponibilização em canais; • desenvolver diversidade de experiências de spa e talassoterapia. v) Turismo de natureza: • necessidade de desenvolver conteúdos e sua disponibilização em canais; • criar diversidade de experiências de passeios a pé, de bicicleta ou a cavalo; • criar conteúdos e sua disponibilização em canais; • especializar o serviço/experiência; • desenvolver boas práticas de sustentabilidade em toda a cadeia de valor do produto “observação de aves”.

vi) Turismo náutico: • necessidade de sensibilizar os serviços de estrangeiros e fronteiras e capitanias para a normalização e agilização dos procedimentos; • promover a oferta das marinas e portos de recreio em função dos postos de amarração disponíveis; • sensibilizar os municípios para a qualidade e boas condições de acesso às praias; • divulgar os eventos internacionais; • promover a oferta de surf. vii) Turismo de negócios: • desenvolver infraestruturas até 3 mil pessoas, assim como equipamentos complementares; • desenvolver serviços especializados; • prospetar e colocar o produto no mercado. viii) Touring: • colocar recursos georreferenciados em valor; • desenvolver conteúdos e informação; • incentivar e diversificar as experiências. ix) Gastronomia e vinhos: • necessidade de densificar atividades; • desenvolver conteúdos e experiências; • integrar a oferta em plataformas de promoção e comercialização.

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Planeamento Estratégico Promoção de Portugal Subjacente à promoção de Portugal está a assunção de que o consumidor é, por um lado, destinatário de um número crescente de propostas do mercado mas é, por outro, mais conhecedor dos seus mecanismos, facto que aumenta a sua proximidade e “capacidade de negociação e diálogo” com o destino e suas empresas. É assim central melhorar a eficácia da comunicação e informação ao mercado, pelo contato direto e eficaz com o maior número de potenciais consumidores.

A promoção de Portugal assenta, assim em três pilares fundamentais: a) Desenvolvimento da promoção e distribuição online, reforçando a funcionalidade dos sites, nomeadamente da sua vertente transacional, potenciando as redes sociais e as plataformas móveis. Desta constatação decorre a necessidade de existência de seletividade no investimento em meios tradicionais; b) Redistribuição do investimento em promoção por mercado e produto, adequando recursos: (1) ao potencial de crescimento identificado; (2) ao retorno do investimento promocional; c) Adequação do mix de instrumentos de promoção à capacidade de conhecimento dos drivers de decisão do consumidor, assim como ao conhecimento sistematizado das diversas tipologias de segmentação (por mercado, motivação, produto ou subproduto).

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Ordenamento do Território Nova Lei de Bases do Ordenamento e do Território Lei n.º 31/2014, de 30 de maio A Lei n.º 31/2014, de 30 de maio, estabelece as bases gerais da política pública de solos, de ordenamento do território e de urbanismo.

Tratando-se de uma Lei de Bases, representa o primeiro passo para a reforma em curso dos vários diplomas que regulam o planeamento e o ordenamento do território, o urbanismo e edificação, o cadastro e a cartografia. Justificada pela necessidade de atualização das normas legais então em vigor sobre o território; pelo diagnosticar de um sistema de gestão territorial complexo e pouco flexível; pela vontade de criar políticas estáveis que propiciem o investimento e; pelos objetivos de reforçar a integração de políticas no território e a ideia de valorização e/ou reabilitação/regeneração do existente.

A Lei de Bases veio conferir aos municípios - que veem fortalecida a ideia de cooperação intermunicipal instrumentos para a gestão do território, como sejam, a venda e o arrendamento forçados de prédios urbanos cujos proprietários não cumpram os deveres a que estão obrigados por plano territorial (mecanismos já antes previstos no contexto da reabilitação urbana). Foram igualmente consagradas vastas hipóteses que justificam a possibilidade de transferência de edificabilidade, a prever em planos territoriais de âmbito intermunicipal ou municipal.

Partindo da enunciação da garantia constitucional do direito de propriedade privada e do direito ao ordenamento do território, optou-se por classificar o solo apenas como rústico ou urbano, atendendo-se, para o efeito, à sua natureza/destino básico. Quer-se agora, já não a expansão urbana (tendo sido eliminado o conceito de solo urbanizável), mas sim a salvaguarda do existente, alterando-se a reabilitação e regeneração urbanas nos modos privilegiados de desenvolvimento da cidade.

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Ordenamento do Território Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve No âmbito das orientações gerais definidas no Programa Nacional da Política de Ordenamento do Território (PNPOT), o Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve (PROT Algarve) constitui-se como um pilar na gestão territorial da região. As opções estratégicas, o modelo territorial e as normas orientadoras definidas nos PROT são também um referencial fundamental para as diversas intervenções políticas setoriais com incidência no ordenamento do território regional. De salientar que o valor jurídico deste Plano produz efeitos vinculativos para as entidades públicas e indicativo para os particulares.

Um dos objetivos estratégicos definidos no PROT Algarve é o de enquadrar a atividade turística como fator central de desenvolvimento associado à necessária revitalização de outros setores com menor dinâmica de crescimento, bem como articular o desenvolvimento urbano, habitacional e turístico, com a necessária proteção dos sistemas ecológicos regionais. O PROT define para o Algarve quatro grandes unidades territoriais, com diferentes especificidades: i. Costa Vicentina ii. Serra iv. Baixo Guadiana v. Litoral Sul e Barrocal

Por outro lado, é de referir que as opções estratégicas definidas no PROT Algarve servem de orientação para os planos de ordem hierárquica inferior como os Planos Diretores Municipais (PDM), os Planos de Urbanização (PU) e os Planos de Pormenor (PP). De acordo com o PROT Algarve, a estratégia prevista para o desenvolvimento do turismo no Algarve deve assentar em quatro premissas fundamentais: Excelência, Diversidade, Competitividade e Sustentabilidade. Unidades territoriais do Algarve segundo o PROT Fonte: CCDR-Algarve

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Ordenamento do Território Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve O PROT considera que o Algarve deve ser uma região dinâmica, competitiva e solidária no contexto da sociedade do conhecimento. São assumidas sete opções estratégicas que correspondem a grandes linhas de intervenção estruturantes da organização, ordenamento e desenvolvimento territorial: 1. Sustentabilidade Ambiental; 2. Reequilíbrio Territorial; 3. Estruturação Urbana; 4. Qualificação e Diversificação do Turismo; 5. Salvaguarda e Valorização do Património Cultural Histórico-Arqueológico; 6. Estruturação das Redes de Equipamentos Coletivos; 7. Estruturação das Redes de Transportes e Logística.

Apesar de todas as opções estratégicas terem, direta ou indiretamente, reflexos na atividade turística, no que se refere à opção estratégica 4, é de salientar que “a qualificação e diversificação do turismo com o objetivo fundamental de melhorar a competitividade e a sustentabilidade do cluster turismo/lazer, evoluindo para uma oferta de maior qualidade e para uma diversidade de produtos turísticos”. Tal opção encontra-se em perfeita sintonia com o Plano Estratégico Nacional de Turismo (PENT). São ainda contempladas no PROT outras formas de desenvolvimento e ocupação turística, nomeadamente:      

Núcleos de Desenvolvimento Turístico (NDT); Espaços de Ocupação Turística (EOT); Estabelecimentos Turísticos Isolados; Imobiliária de Turismo e Lazer; Turismo no Espaço Rural (TER); Perímetros Urbanos

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Ordenamento do Território Núcleos de Desenvolvimento Turístico (NDT) As NDT referem-se a novos empreendimentos turísticos com investimentos estruturantes a implantar fora dos perímetros urbanos e fora dos Espaços de Ocupação Turística. A localização dos NDT não é previamente determinada pelos instrumentos de planeamento territorial. Esta figura concretiza-se mediante concurso público promovido pelas câmaras municipais. O PROT previu uma dotação regional de 24 000 camas para os NDT (admitindo-se uma variação de 10%), podendo ser revista após 5 anos da entrada em vigor do PROT, distribuindo-se da seguinte forma:  Litoral Sul e Barrocal – 8400 camas  Costa Vicentina – 4000 camas  Serra – 4945 camas  Baixo Guadiana – 6655 camas Os NDT podem ser implantados em áreas da Rede Natura 2000 e em áreas protegidas, desde que tenham características compatíveis com a conservação dos valores que os respetivos regimes protegem.

Segundo o PROT, uma das fórmulas de desenvolvimento turístico que melhor se enquadra no modelo das NDT é o conjunto turístico (resort) integrado, designação que caracteriza empreendimentos turísticos de baixa densidade de ocupação do solo, sujeito a uma gestão integrada, podendo conjugar diversas modalidades de alojamento, serviços e equipamentos desportivos, culturais e de lazer. No Algarve, o conceito de conjunto turístico (resort) integrado deverá ser encarado numa perspetiva aberta, que permita ao utilizador fruir também das múltiplas valências externas que o Algarve pode oferecer (culturais, patrimoniais e arquitetónicas, paisagísticas, ambientais e gastronómicas, entre outras). O perfil do conjunto turístico (resort) integrado pode ser diferenciado, reforçando as suas valências em função das características do território em que se insere. Segundo o PROT as tipologias turísticas a que deve ser dada preferência são os hotéis e aldeamentos turísticos, nas categorias de 4 e 5 estrelas, assim como pousadas, sem que se prescinda de um esforço geral de upgrade da oferta em todos os segmentos.

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Ordenamento do Território Espaços de Ocupação Turística (EOT) De acordo com o PROT os Espaços de Ocupação Turística (EOT) devem ser delimitados fora dos perímetros urbanos, contemplando as áreas urbanas e turísticas efetivamente ocupadas e as áreas livres intersticiais respetivas que assumam funções de complementaridade ou de continuidade funcional. Com esta delimitação visa-se promover a qualificação/requalificação urbanística. Na requalificação destas áreas deve ser incentivada a substituição de unidades de alojamento obsoletas e degradadas por novas unidades de maior qualidade, que respeitem os objetivos e as opções estratégicas do PROT Algarve, nomeadamente no que respeita à melhoria da competitividade do setor do turismo. O PROT refere que a concretização de operações urbanísticas nas áreas livres intersticiais (a prever em Plano de Urbanização ou de Pormenor) só pode ser prevista se contribuir para a qualificação e consolidação da área urbana existente.

Para isso devem ser respeitados vários critérios: a) Área máxima urbanizável: 20% do total das áreas livres intersticiais; b) Densidade máxima de ocupação: 60 habitantes por hectare aplicados à área urbanizável, podendo ser de 100 camas por hectare nas áreas a ocupar exclusivamente com hotéis e pousadas; c) Tipologias turísticas: Faixa costeira entre os 500 e 2000 metros admitem-se exclusivamente hotéis e aldeamentos turísticos, de 4 e 5 estrelas, afetos ao turismo, e pousadas; No restante território fora da faixa costeira admitem-se hotéis, aldeamentos turísticos, hotéis-apartamentos de 4 e 5 estrelas e pousadas; d) Na faixa costeira correspondente à Zona Terrestre de Proteção (faixa entre a margem e os 500 metros) admite-se a relocalização de unidades de alojamento degradadas existentes, sem aumento de áreas edificadas e sem aproximação relativamente ao mar, desde que acompanhada de reconversão para unidades turísticas com os requisitos definidos na alínea anterior para a Faixa Costeira entre os 500 e os 2000 metros.

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Ordenamento do Território Estabelecimentos Turísticos Isolados Estes estabelecimentos poderão ser implantados em territórios que apresentem menor desenvolvimento turístico, havendo cotas específicas para cada concelho. No total prevêem-se 5580 camas.

Imobiliária de Turismo e Lazer Trata-se de imobiliária de 2ª habitação que pode integrar os NDT e os EOT, de forma a não colocar em causa a sustentabilidade ambiental. TER O PROT Algarve não define limite máximo de camas para esta tipologia de alojamento. Em Perímetros Urbanos Nos perímetros urbanos não existe limite máximo de camas.

Campos de golfe Relativamente aos campos de golfe, o PROT Algarve não apresenta limite para aumento de número de campos a instalar na região, mas define os critérios a respeitar na sua instalação. Turismo náutico A nível do turismo náutico, o PROT Algarve remete para os Planos de Ordenamento da Orla Costeira (POOC), apesar de considerar o desenvolvimento de equipamentos desportivos e atividades de apoio à náutica no âmbito da aplicação do conceito de Investimentos Estruturantes e nas estratégias municipais de ordenamento.

Turismo de Natureza Segundo o PROT e dada a existência de várias áreas na região integradas na Rede Nacional de Áreas Protegidas, deve haver uma aposta na promoção do turismo de natureza, que passe pela sensibilização dos agentes económicos, divulgação dos valores paisagísticos e de conservação da natureza e ainda por uma atitude proativa da parte da administração pública por via de parcerias, criação de infraestruturas e serviços de apoio.

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Ordenamento do Território Investimentos estruturantes Investimentos que visam provocar transformações globalmente positivas no território, com impactes a longo prazo (mais de 20/25 anos), de forma a produzir uma maior estabilidade da estrutura produtiva, reduzindo impactes desfavoráveis, na economia regional, em resultado de conjunturas nacionais e internacionais desfavoráveis. Este tipo de investimentos não assume uma localização previamente determinada em sede de PDM, apesar destes terem que prever as regras necessárias à sua implementação. Para além dos NDT, o PROT Algarve prevê outro tipo de Investimentos Estruturantes denominados de Núcleos de Desenvolvimento Económico (NDE). OS NDE são empreendimentos de interesse regional e natureza, privada ou mista, constituídos, designadamente, por infraestruturas, equipamentos e outros bens ou serviços necessários e adequados ao desenvolvimento de atividades económicas e cuja localização não se encontra determinada em PDM. A criação de Pólos de Competitividade Regional integram-se nesta figura de NDE, tal como a implantação de Parques Temáticos e de Complexos Desportivos, desde que em contextos bem integrados e compatíveis com o “Modelo Territorial do PROT”.

Os NDE não devem integrar componente de alojamento, nem devem ser utilizados para a implantação de unidades que tenham acolhimento na rede de áreas logísticas e de localização empresarial regionais ou municipais.

Os NDE podem ser de três tipos: Tipo I – A área de intervenção obrigatória na Unidade Territorial Sul e Barrocal é de, no mínimo 25 hectares e no máximo 50. Nas restantes Unidades Territoriais o mínimo é 10 hectares e o máximo 50. Esta tipologia de NDE não pode incluir componente de alojamento. Tipo II - A área de intervenção obrigatória é de, no mínimo 50 hectares e no máximo 250. Esta tipologia de NDE não pode incluir componente de alojamento. Tipo III - A área de intervenção obrigatória na Unidade Territorial Sul e Barrocal é superior a 250 hectares. Nas restantes Unidades Territoriais é superior a 100 hectares. Esta tipologia de NDE pode incluir componente de alojamento, desde que seja apresentada uma justificação fundamentada. A sua realização depende do Reconhecimento de Interesse Público (RIP) por parte do Governo. Para além disso, caso o NDE assuma uma área superior a 250 hectares, é exigida Avaliação de Impacte Ambiental.

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Ordenamento do Território Seis grandes eixos estratégicos - PROT EIXO 1: CRIAR CONDIÇÕES DE QUALIFICAÇÃO E DIVERSIFICAÇÃO DO TURISMO Prevê-se que o produto sol e mar continue a ser o mais importante para a região, devendo os conteúdos e os perfis da oferta evoluir a partir deste produto. Na prática, prevê-se uma maior valorização paisagística, urbanística e do património cultural, valorizando os setores de maior valor acrescentado e geradores de emprego qualificado. EIXO 2: QUALIFICAR O ESPAÇO PÚBLICO E A PAISAGEM E CRIAR NÍVEIS ELEVADOS DE PROTEÇÃO AMBIENTAL O PROT Algarve estabelece orientações concretas de requalificação em articulação com a preservação dos valores naturais e paisagísticos e com a qualificação dos espaços edificados e do património. EIXO 3: ESTRUTURAR O SISTEMA URBANO REGIONAL NA PERSPETIVA DO EQUILÍBRIO TERRITORIAL E DA COMPETITIVIDADE O PROT Algarve propõe um modelo territorial baseado no emergir de aglomerações policêntricas e define regras para a implantação de infraestruturas e equipamentos capazes de potenciar as aglomerações da região.

EIXO 4: PROMOVER A DIVERSIFICAÇÃO DA BASE ECONÓMICA E A EMERGÊNCIA DA SOCIEDADE DO CONHECIMENTO Prevê-se uma diversificação da economia orientada para serviços avançados e atividades intensivas de conhecimento. Para o efeito considera-se que o “...papel motor do turismo será tanto maior quanto maior for a densificação do tecido produtivo regional e a interação da procura turística com outros setores da atividade.” EIXO 5: GANHAR MAIOR PROJEÇÃO INTERNACIONAL E NOVOS PAPÉIS NO CONTEXTO NACIONAL E EUROPEU O PROT propõe um modelo territorial integrado a nível das redes transeuropeias, visando uma otimização da cooperação transnacional. EIXO 6: REFORÇAR A COESÃO TERRITORIAL E A VALORIZAÇÃO INTEGRADA DAS POTENCIALIDADES DOS DIVERSOS TERRITÓRIOS O PROT propõe mecanismos de reforço da solidariedade territorial através de ações específicas que visam a integração dos espaços menos desenvolvidos. Dessa forma pretendem-se colmatar assimetrias territoriais como as que existem entre a Serra e o Litoral, as quais boicotam o próprio processo de desenvolvimento.

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Ordenamento do Território Desafios para o Algarve - PROT O PROT identifica alguns desafios que servirão de base a um “novo futuro” para a região do Algarve, com vista à definição de prioridades de atuação e de políticas a implementar.

Estes desafios colocam-se em diferentes horizontes temporais e implicam a adoção de políticas diferenciadas e com distintos tempos de implementação.

Desafio 1

Assegurar o papel motor do turismo e reforçar o seu potencial de dinamização e de mudança de perfil da economia regional

Desafio 2

Reforçar as atividades económicas autónomas da procura turística, contrariando o estreitamento da perceção das oportunidades da Região e valorizando as atuações que diversifiquem e robusteçam as iniciativas empresariais

Desafio 3

Melhorar significativamente o desempenho do setor terciário e desenvolver serviços avançados, intensivos em conhecimento e inovação, para os mercados extra-regionais

Desafio 4

Gerar novos atores de desenvolvimento mais comprometidos com a qualificação do tecido económico e as estruturas regionais

Desafio 5

Combater a insustentabilidade da produção imobiliária dos anos mais recentes, considerando todavia o papel da construção civil na economia regional

Desafio 6

Ganhar dimensão urbana e estruturar um modelo territorial equilibrado e competitivo no espaço nacional e europeu

Desafio 7

Salvaguardar os valores ambientais, paisagísticos e culturais, e preservar os fatores naturais, patrimoniais, culturais e territoriais de competitividade turística

Desafio 8

Criar oportunidades para o interior, no sentido de viabilizar a sua ocupação equilibrada e sustentável, contribuindo deste modo para assegurar a coesão territorial da Região

Fonte: PROT

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DADOS ECONÓMICOS

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Dados económicos A importância da atividade turística na economia nacional As receitas do turismo, que representam uma parcela do Consumo Turístico Interior, têm vindo a aumentar ao longo da última década, passando de 5,7 milhões de euros em 2000, para 8,6 milhões de euros em 2012.

No ano de 2012 as receitas de turismo tiveram uma maior representação no PIB, com um peso de cerca de 5,2%.

Peso das receitas do turismo no PIB (2000-2012) Fonte: GEPARI / Ministério da Economia

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Dados económicos O peso do turismo na exportação de bens e serviços O peso das receitas do turismo na exportação de bens e serviços apresentou uma tendência decrescente entre 2001 e 2008, situação que se ficou a dever a um aumento do valor das exportações de bens e serviços e não a uma redução das receitas do turismo.

No ano de 2012 as exportações atingiram o valor mais alto da última década, cerca de 60 mil milhões de euros, tendo o turismo representado cerca de 14,3% do seu total.

Peso do turismo na exportação de bens e serviços (2000-2012) Fonte: GEPARI / Ministério da Economia

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Dados económicos Contribuições do turismo para o VAB da economia De acordo com os dados da Conta Satélite de Turismo do INE, a contribuição do setor do turismo para o VAB da economia aumentou progressivamente entre 2003 e 2007, apesar de ter sofrido um decréscimo em 2008 e 2009.

No ano de 2010 voltou a aumentar, tendo terminado o ano nos 4,1%.

Contribuições do turismo para o VAB da economia (2000-2010) Fonte: GEPARI / Ministério da Economia

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Dados económicos Competitividade do turismo português Numa análise dos principais concorrentes de Portugal na bacia mediterrânica (Espanha, Turquia, Grécia, Croácia, Egipto, Marrocos e Tunísia) é possível verificar que aqueles que apresentam valores superiores em termos do peso das receitas do turismo no PIB são a Croácia (15%) e Marrocos (9%).

Os países que registaram uma maior quebra em 2011 foram a Tunísia de 8% para 5% e o Egipto de 6% para 4%. Relativamente a Portugal verifica-se um aumento, tendo passado de 5,6% em 2009 para 6,27% em 2011.

Peso das receitas do turismo no PIB, por mercados concorrentes Fonte: GEPARI / Ministério da Economia

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Dados económicos Economia regional do Algarve O turismo tem uma importância acrescida no Algarve, onde os serviços apresentam uma grande representatividade do tecido empresarial e do emprego gerado. A nível nacional o Algarve representa cerca de 4% dos empregos gerados (197.191 pessoas). Quando avaliada a densidade empresarial por município algarvio podemos verificar que são os concelhos de Faro, Olhão, Albufeira, Lagoa, Portimão, Lagos e Vila Real de Santo António que apresentam valores superiores.

Dados do INE apontam para que, em 2010, o Algarve tenha contribuído com cerca de 7,3 mil milhões de euros para o PIB nacional, um valor que ronda os 4,2% do total nacional. Relativamente ao VAB, o Algarve contribuiu com cerca de 6,4 mil milhões de euros, ou seja, perto de 4% do total nacional.

Densidade das empresas por município (2010) Fonte: Instituto Nacional de Estatística

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Dados económicos Emprego no Algarve Os dados dos Censos de 2011 permitem verificar que o ramo de atividade que emprega mais população na região do Algarve é o “Comércio, alojamento, transportes e comunicações” com 39,6%, seguindo-se as “outras atividades de serviços” com 28,2% e as ”Atividades financeiras, imobiliárias e serviços às empresas” com 12,7%. A “Agricultura e pescas” constitui o ramo de especialização económica de 7 dos 16 municípios da região do Algarve, com maior incidência nos municípios com território no interior algarvio. O “Comércio, alojamento, transportes e comunicação” é o ramo de especialização em Portimão, Lagoa, Albufeira, Loulé e Vila Real de Santo António, municípios onde a oferta turística está mais concentrada.

A taxa de emprego da população em idade ativa é, em 2011, na região do Algarve, de 48,5%, valor idêntico ao verificado para o total do país. Em 2011, Albufeira era o município da região que apresenta a taxa de emprego mais elevada (54,5%), seguido de Faro com 51,8% e Loulé com 49,6%. Com os valores mais baixos surgem os municípios de Aljezur (38,6%), Monchique (38,2%) e Alcoutim (32,2%).

A “Construção” aparece como o ramo de especialização nos municípios de Lagos, São Brás de Alportel e Castro Marim. Faro distingue-se na região do Algarve pela especialização nas “Atividades financeiras imobiliárias e serviços às empresas”.

Ramo de atividade económica de especialização regional, 2011 Fonte: Instituto Nacional de Estatística

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Dados económicos Desemprego no Algarve Dados relativos a 2013 apontam que apesar da evolução positiva verificada nos últimos meses do ano, o desemprego registado no setor do alojamento, restauração e similares no Algarve, em termos médios, foi mais elevado face ao ano anterior, atingindo cerca de 25% do total da região.

Se analisados os dados médios relativos a 2013, por sector de atividade, verifica-se que o setor dos serviços é aquele que regista um valor mais elevado (31%), seguindo-se o do alojamento, restauração e bebidas (25%) e o da construção (21%).

Distribuição do desemprego em 2013 por setor de atividade – Média mensal Evolução dos dados sobre o desemprego Fonte: IEFP/AHETA

Fonte: IEFP/AHETA PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Dados económicos Desemprego no Algarve Ainda com dados de 2013, é possível observar a preponderância do setor do turismo na oferta de emprego anual.

De facto, a curva do desemprego na região tem um comportamento inverso à da procura turística, o que vem comprovar que o turismo é um dos maiores geradores de emprego da região, embora com um elevado grau de sazonalidade.

Evolução mensal dos dados sobre o desemprego, 2013 Fonte: IEFP

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Dados económicos Desemprego no Algarve No final de abril de 2014 estavam inscritos nos serviços de emprego do Algarve, 28.377 indivíduos, número que representa um decréscimo de 16,6% em comparação com igual período homólogo. O perfil dos desempregados, que se encontravam registados nos ficheiros dos Serviços de Emprego no fim de abril de 2014, corresponde a um grupo de pessoas muito semelhante em género (50,8% são do sexo masculino e 49,2% são do sexo feminino), pertencentes maioritariamente ao segmento etário 35-54 anos (47,8%), com escolaridade inferior ao 3.º ciclo do ensino básico (42,8%), à procura de novo emprego (92,8%) e cujo tempo de inscrição não ultrapassou 1 ano (62,2%).

Ao longo do mês abril de 2014, inscreveram-se nos Serviços de Emprego do Algarve 2 461 desempregados. Este valor representa um decréscimo de 21,1% (menos 657 inscrições) em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Ao longo de abril de 2014, os Serviços de Emprego do Algarve colocaram no mercado de trabalho 1.101 candidatos a emprego, o que corresponde a um aumento de 21,5% no número de colocados, relativamente ao mês homólogo (+195 candidatos colocados). As de de foi

ofertas de emprego comunicadas à rede de Serviços Emprego do Algarve, no mês de abril de 2014, foram 1.632. Em comparação com abril de 2013 o aumento de 16,9% (mais 236 ofertas recebidas).

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Dados económicos Desequilíbrios socioeconómicos gerados pela atividade turística

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CONCORRENTES

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Concorrentes Concorrentes do Algarve O estudo da concorrência do Algarve teve por base a análise das dormidas nas principais regiões turísticas nacionais, que permitem aferir da importância que o Algarve assume nos mercados britânico, alemão, holandês, irlandês, francês e espanhol. Foram igualmente avaliados os dados relativos às dormidas nas principais regiões turísticas ibéricas e a estrutura de tráfego dos aeroportos que servem essas mesmas regiões. A nível macro, avaliou-se o posicionamento do Algarve face a alguns destinos turísticos internacionais, nomeadamente a Espanha, Grécia, Malta, Croácia, Chipre, Bulgária e Tunísia.

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Concorrentes Concorrentes do Algarve – regiões turísticas nacionais Da análise do quadro abaixo, verifica-se que o Algarve é a primeira escolha para os mercados do Reino Unido, Alemanha, Irlanda e Holanda, relativamente ao indicador dormidas

Regiões turísticas nacionais

Mercados emissores Reino Unido

Alemanha

Holanda

Irlanda

França

Espanha

Algarve

70,7%

37,1%

67,0%

80,5%

17,2%

23,7%

Norte

2,2%

4,2%

3,7%

1,7%

14,2%

16,8%

Centro

1,0%

2,8%

1,8%

2,5%

8,7%

13,7%

Lisboa

7,2%

16,1%

13,3%

10,8%

30,6%

34,7%

Alentejo

0,6%

0,8%

0,9%

0,6%

1,7%

2,6%

Açores

0,4%

3,2%

2,7%

0,1%

0,9%

2,0%

Madeira

17,9%

35,8%

10,6%

3,8%

26,7%

6,5%

Análise das dormidas nas regiões turísticas nacionais (2012) Fonte: Águas (2014)

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Concorrentes Concorrentes do Algarve A primeira fase da análise da concorrência tem como objetivo avaliar a performance do Algarve face a algumas das regiões turísticas da Península Ibérica, previamente identificadas, através de uma consulta aos membros do Conselho de Marketing da Região de Turismo do Algarve.

Foram considerados como principais concorrentes do Algarve na Península Ibérica, a Costa da Luz de Huelva e de Cadiz, a Costa Tropical (Granada), a Costa del Sol (Málaga), Costa de Almeria, Costa Blanca (Alicante), Costa Calida (Murcia), Baleares e Canárias.

Concorrentes do Algarve – Península Ibérica considerados para o estudo

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Concorrentes FICHA DE CONCORRENTE | COSTA DA LUZ DE HUELVA - ESPANHA

- Habitantes: 520.668 pessoas - Taxa de desemprego: 28,1% (2º trimestre de 2014) - Número de passageiros processados no aeroporto mais próximo: 3.687.714 (Aeroporto de Sevilha) - Número de turistas: 971.449 (2013): - Nacionais: 798.075 - Estrangeiros: 173.374 - Número de unidades de alojamento classificado: 143 - Número de quartos: 20.899 - Taxa de ocupação por quarto (média): 47,67% - Dormidas: 3.439,490 dormidas (2013): - Nacionais: 2.573.429 dormidas

- Estrangeiros: 866.061 dormidas - Estada média: 3,54 noites (2013) - Total de colaboradores na hotelaria: 2.220 - Número de campos de golfe: 13 - 18 buracos: 12 - 9 buracos: 1 - Orçamento total para o turismo: 1,6 milhões de euros (2014)

Fonte: AENA; INE España; MiPuntuacion.com; Huelva La Luz Turismo

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Concorrentes FICHA DE CONCORRENTE | COSTA DA LUZ DE CÁDIZ - ESPANHA

- Habitantes: 1.238.492 pessoas (2013) - Taxa de desemprego: 42,4% (2º trimestre de 2014) - Número de passageiros processados no aeroporto mais próximo: 811.457 (Aeroporto de Jerez de la Frontera) - Número de turistas: 2.179.586 turistas (2013): - Nacionais: 1.444.667 - Estrangeiros: 734.919 - Número de unidades de alojamento classificado: 402 - Número de quartos: 39.238 - Taxa de ocupação por quarto (média): 49,23% - Dormidas: 6.360754 dormidas (2013): - Nacionais: 3.640.920 dormidas

- Estrangeiros: 2.719.834 dormidas - Estada média: 2,92 noites (2013) - Total de colaboradores na hotelaria: 4.722 - Número de campos de golfe: 30 - 18 buracos: 28 - 9 buracos: 2 - Orçamento total para o turismo: 2,4 milhões de euros (2014)

Fonte: AENA; INE España; MiPuntuacion.com; Cadiz Tourism

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Concorrentes FICHA DE CONCORRENTE | COSTA TROPICAL - GRANADA - ESPANHA

- Habitantes: 919.319 pessoas (2013) - Taxa de desemprego: 36,6% (2º trimestre de 2014) - Número de passageiros processados no aeroporto mais próximo: 638.288 (Aeroporto de Granada-Jaen) - Número de turistas: 2.388.831 turistas (2013): - Nacionais: 1.412.681 - Estrangeiros: 976.150 - Número de unidades de alojamento classificado: 401 - Número de quartos: 29.600 - Taxa de ocupação por quarto (média): 48,58% - Dormidas: 4.969.203 dormidas (2013): - Nacionais: 3.005.822 dormidas

- Estrangeiros: 1.963.381 dormidas - Estada média: 2,08 noites (2013) - Total de colaboradores na hotelaria: 3.027 - Número de campos de golfe: 4 - 18 buracos: 4 - Orçamento total para o turismo: : 2,5 milhões de euros (2014)

Fonte: AENA; INE España; MiPuntuacion.com; Turismo de Granada

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Concorrentes FICHA DE CONCORRENTE | COSTA DEL SOL – MALAGA - ESPANHA

- Habitantes: 1.652.999 pessoas (2013) - Taxa de desemprego: 32,7% (2º trimestre de 2014) - Número de passageiros processados no aeroporto mais próximo: 12.925.186 (Aeroporto de Málaga) - Número de turistas: 4.575.701 turistas (2013): - Nacionais: 1.981.632 - Estrangeiros: 2.594.069 - Número de unidades de alojamento classificado: 546 - Número de quartos: 79.737 - Taxa de ocupação por quarto (média): 62,92% - Dormidas: 17.172.499 dormidas (2013): - Nacionais: 5.651.859 dormidas

- Estrangeiros: 11.520.640 dormidas - Estada média: 3,75 noites (2013) - Total de colaboradores na hotelaria: 10.741 - Número de campos de golfe: 61 - 18 buracos: 45 - 9 buracos: 16 - Orçamento total para o turismo: 5,7 milhões de euros (2014)

Fonte: AENA; INE España; MiPuntuacion.com; Turismo de Malaga

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Concorrentes FICHA DE CONCORRENTE | COSTA DE ALMERIA - ESPANHA

- Habitantes: 699.329 pessoas - Taxa de desemprego: 35,8% (2º trimestre de 2014) - Número de passageiros processados no aeroporto mais próximo: 705.514 (Aeroporto de Almeria) - Número de turistas: 1.057.693 turistas (2013): - Nacionais: 847.077 - Estrangeiros: 210.616 - Número de unidades de alojamento classificado: 172 - Número de quartos: 28.311 - Taxa de ocupação por quarto (média): 50,83% - Dormidas: 4.413.892 dormidas (2013): - Nacionais: 3.232.897 dormidas

- Estrangeiros: 1.180.995 dormidas - Estada média: 4,17 noites (2013) - Total de colaboradores na hotelaria: 2.446 - Número de campos de golfe: 13 - 18 buracos: 11 - 9 buracos: 2 - Orçamento total para o turismo: 2,2 milhões de euros (2014)

Fonte: AENA; INE España; MiPuntuacion.com; Turismo de Almeria

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Concorrentes FICHA DE CONCORRENTE | COSTA BLANCA - ALICANTE - ESPANHA

- Habitantes: 1.945.642 pessoas (2013) - Taxa de desemprego: 26,8% (2º trimestre de 2014) - Número de passageiros processados no aeroporto mais próximo: 9.638.835 (Aeroporto de Alicante-Elche) - Número de turistas: 3.618.189 turistas (2013): - Nacionais: 2.159.496 - Estrangeiros: 1.458.693 - Número de unidades de alojamento classificado: 446 - Número de quartos: 67.413 - Taxa de ocupação por quarto (média): 63,04% - Dormidas: 15.649.162 dormidas (2013): - Nacionais: 8.270.795 dormidas

- Estrangeiros: 7.378.367 dormidas - Estada média: 4,33 noites (2013) - Total de colaboradores na hotelaria: 7.927 - Número de campos de golfe: 25 - 18 buracos: 20 - 9 buracos: 5 - Orçamento total para o turismo: 4,3 milhões de euros (2014)

Fonte: AENA; INE España; MiPuntuacion.com; Alicante Turismo

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Concorrentes FICHA DE CONCORRENTE | COSTA CALIDA – MURCIA - ESPANHA

- Habitantes: 1.472.049 pessoas (2013) - Taxa de desemprego: 25,1% (2º trimestre de 2014) - Número de passageiros processados no aeroporto mais próximo: 1.140.813 (Aeroporto de Murcia) - Número de turistas: 1.057.394 turistas (2013): - Nacionais: 863.110 - Estrangeiros: 194.284 - Número de unidades de alojamento classificado: 177 - Número de quartos: 17.384 - Taxa de ocupação por quarto (média): 43,65% - Dormidas: 2.652.769 dormidas (2013): - Nacionais: 2.118.347 dormidas

- Estrangeiros: 534.422 dormidas - Estada média: 2,51 noites (2013) - Total de colaboradores na hotelaria: 2.107 - Número de campos de golfe: 22 - 18 buracos: 19 - 9 buracos: 3 - Orçamento total para o turismo: 5,2 milhões de euros (2014)

Fonte: AENA; INE España; MiPuntuacion.com; Turismo Murcia

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Concorrentes FICHA DE CONCORRENTE | BALEARES - ESPANHA - Habitantes: 1.111.674 pessoas (2013) - Taxa de desemprego: 19,0% (2º trimestre de 2014) - Número de passageiros processados no aeroporto mais próximo: 31.060.073 - Aeroporto de Palma de Maiorca: 22.768.032 - Aeroporto de Menorca: 2.565.432 - Aeroporto de Ibiza: 5.726.579 - Número de turistas: 8.563.404 turistas (2013): - Nacionais: 1.128.001 - Estrangeiros: 7.435.403 - Número de unidades de alojamento classificado: 739 - Número de quartos: 188.544 - Taxa de ocupação por quarto (média): 77,78% - Dormidas: 54.405.535 dormidas (2013): - Nacionais: 4.516.188 dormidas

- Estrangeiros: 49.889.347 dormidas - Estada média: 6,35 noites (2013) - Total de colaboradores na hotelaria: 25.438 - Número de campos de golfe: 26 - 18 buracos: 21 - 9 buracos: 5 - Orçamento total para o turismo: 18,7 milhões de euros (2014)

Fonte: AENA; INE España; MiPuntuacion.com; Illes Baleares Turismo

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FICHA DE CONCORRENTE | CANÁRIAS - ESPANHA

Concorrentes

- Habitantes: 2.118.679 pessoas (2013) - Taxa de desemprego: 32,7% (2º trimestre de 2014) - Número de passageiros processados no aeroporto mais próximo: 28.140.357

- Aeroporto de Gran Canaria: 9.770.039 - Aeroporto de Tenerife: 8.701.728 - Aeroporto de Tenerife Norte: 3.524.470 - Aeroporto de Lanzarote: 5.334.599 - Aeroporto de La Palma: 809.521 - Número de turistas: 7.934.071 turistas (2013): - Nacionais: 1.890.386 - Estrangeiros: 6.043.685 - Número de unidades de alojamento classificado: 512 - Número de quartos: 225.409 - Taxa de ocupação por quarto (média): 77,06% - Dormidas: 59.319.967 dormidas (2013): - Nacionais: 8.388.830 dormidas - Estrangeiros: 50.931.137 dormidas - Estada média: 7,48 noites (2013) - Total de colaboradores na hotelaria: 37.779

- Número de campos de golfe: 24 - 18 buracos: 22 - 9 buracos: 2 - Orçamento total para o turismo: 10 milhões de euros (2014) Fonte: AENA; INE España; MiPuntuacion.com; Islas Canarias Turismo

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Concorrentes Concorrentes do Algarve Da análise das dormidas nas regiões turísticas ibéricas verifica-se que o Algarve, apesar de não ser a principal região para nenhum dos mercados em análise, apresenta um valor elevado em termos de dormidas para o mercado irlandês (24,9%) e para o mercado holandês (18,4%).

Destes dados, destaca-se a importância que as Baleares assumem para o mercado alemão (47,2%), britânico (37,2%) e francês (33,7%). Do mesmo modo, as Canárias apresentam um valor elevado de dormidas em todos os mercados em análise, com principal destaque para o mercado holandês com 49,1%. Mercados emissores

Regiões turísticas ibéricas

Reino Unido

Alemanha

Holanda

Irlanda

França

Algarve

8,1%

2,5%

18,4%

24,9%

6,3%

Costa de la Luz de Huelva

0,3%

4,0%

0,3%

0,2%

1,7%

Costa de la Luz de Cádiz

0,3%

2,6%

0,9%

0,4%

1,3%

Costa Tropical (Granada)

0,1%

0,1%

0,2%

0,1%

0,4%

Costa del Sol (Málaga)

6,7%

2,3%

8,4%

11,9%

13,2%

Costa de Almeria

0,3%

0,3%

0,0%

0,2%

0,7%

Costa Blanca (Alicante)

7,3%

0,3%

4,8%

3,7%

4,1%

Costa Cálida (Murcia)

0,2%

0,0%

0,1%

0,0%

0,4%

Baleares

37,2%

47,2%

17,3%

14,6%

33,7%

Canárias

39,5%

44,3%

49,1%

43,7%

38,2%

Análise das dormidas nas regiões turísticas ibéricas (2012) Fonte: Águas (2014) PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Concorrentes Concorrentes do Algarve Foram igualmente analisados os dados relativos ao número de passageiros nos aeroportos mais próximos das áreas em análise, por tipologia de voo (companhia regular tradicional, companhia de baixo custo e companhia charter).

Regiões turísticas

Aeroportos

Algarve

Em todos os aeroportos analisados verifica-se uma elevada operação das companhias aéreas de baixo custo, sendo que os valores mais significativos surgem nos aeroportos de Múrcia (96,5%) e de Sevilha (92,9%).

Tipologia de voo Regular tradicional

Low Cost

Charter

Faro

14,0%

75,4%

10,7%

Baleares

Palma de Maiorca

4,5%

75,7%

19,8%

Costa del Sol

Málaga

15,5%

77,7%

6,7%

Costa Blanca

Alicante

3,4%

89,9%

6,7%

Canárias

Gran Canária

0,0%

52,9%

47,1%

Costa de la Luz de Huelva

Sevilha

3,5%

92,9%

3,5%

Costa Calida

Múrcia

3,1%

96,5%

0,4%

Costa de la Luz de Cádiz

Jerez de la Frontera

27,4%

65,2%

7,4%

Costa de Almeria

Almeria

4,4%

65,7%

29,9%

Costa Tropical

Granada

0,0%

84,6%

15,4%

Análise da estrutura de tráfego dos aeroportos das áreas concorrentes do Algarve (Península Ibérica) Fonte: ANA; AENA PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Concorrentes Concorrentes do Algarve Para além das regiões de Espanha anteriormente referidas, foram considerados outros concorrentes internacionais, nomeadamente a Grécia, Malta, Croácia, Chipre, Bulgária e Tunísia.

Concorrentes do Algarve – Outros destinos europeus considerados para o estudo PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Concorrentes FICHA DE CONCORRENTE | BULGÁRIA

- Habitantes: 7.245.677 pessoas (2013) - Taxa de desemprego: 13,0% da população (2014) - Número de passageiros processados nos aeroportos: 7.302.624 (2013) - Número de turistas: 9.191.782 (2013) - Número de unidades de alojamento classificado: 2.953 (2013) - Número de camas: 302.433 (2013) - Orçamento total para o turismo: dados não disponíveis

Fonte: National Statistical Institut - Bulgaria; Trading Economics

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Concorrentes FICHA DE CONCORRENTE | CROÁCIA

- Habitantes: 4.260.000 pessoas (2010) - Taxa de desemprego: 18,3% da população (2014) - Número de passageiros processados nos aeroportos: 11.835.000 (2012) - Número de turistas: 10.604.000 (2010) - Receitas provenientes do turismo: 6.829.000€ (2013) - Número de unidades de alojamento classificado: 1.113 (2012) - Número de camas em alojamento classificado: 127.469 camas (2013) - Hotel 5 estrelas: 10.461 - Hotel 4 estrelas: 43.688 - Hotel 3 estrelas: 55.076 - Hotel 2 estrelas: 18.244

- Número de unidades de alojamento não classificado: 1.213 (2012) - Estada média: 5,3 noites (2013) - Orçamento total para o turismo: 32,7 milhões de euros (2013)

Fonte: Croatian National Tourism Board; Trading Economics

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Concorrentes FICHA DE CONCORRENTE | CHIPRE

- Habitantes: 840.407 pessoas (2011) - Taxa de desemprego: 11,0% da população (2011) - Número de passageiros processados nos aeroportos: 2.405.390 (2013) - Receitas provenientes do turismo: 2.082.400€ (2013) - Número de unidades de alojamento classificado: 809 (2012) - Número de camas: 86.744 (2012) - Estada média: 8,9 noites (2011) - Orçamento total para o turismo: dados não disponíveis

Fonte: Republic of Cyprus – Statistical Service; Trading Economics

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Concorrentes FICHA DE CONCORRENTE | GRÉCIA

- Habitantes: 10.815.197 pessoas (2011) - Taxa de desemprego: 27,3% da população (2014) - Número de passageiros processados nos aeroportos: 36.658.000 (2012) - Receitas provenientes do turismo: 12.152.220€ (2013) - Número de unidades de alojamento classificado: 9.670 (2012) - Hotel 5 estrelas: 352 unidades/ 55.985 quartos/ 113.679 camas - Hotel 4 estrelas: 1.252 unidades/ 100.159 quartos/ 193.629 camas - Hotel 3 estrelas: 2.328 unidades/ 95.451 quartos/ 183.328 camas - Hotel 2 estrelas: 4.234 unidades/ 119.985 quartos/ 225.508 camas - Hotel 1 estrela: 1.504 unidades/ 28.853 quartos/ 55.127 camas - Orçamento total para o turismo: 7,5 milhões de euros para promoção (2014)

Fonte: Association of Greek Tourism Enterprises; Trading Economics

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Concorrentes FICHA DE CONCORRENTE | MALTA

- Habitantes: 421.364 pessoas (2012) - Taxa de desemprego: 6,4% da população (2014) - Número de passageiros processados no aeroporto: 1.582.153 (2013) - Número de unidades de alojamento classificado: 196 (2013) - Número de camas em alojamento classificado: 37.814 camas (2013) - Hotel 5 estrelas: 7.210 - Hotel 4 estrelas: 4.848 - Hotel 3 estrelas: 10.825 - Hotel 2 estrelas: 1.474 - Villas: 600 - Hostels: 2.857

- Número de camas em alojamento não classificado: 7.986 (2013) - Taxa de ocupação por quarto (média): 59% (2013) - Estada média: 8,1 noites (2013) - Orçamento total para o turismo: 38,5 milhões de euros (2014)

Fonte: Malta Tourism Authority; Trading Economics

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Concorrentes FICHA DE CONCORRENTE | TUNÍSIA

- Habitantes: 10.886.500 pessoas (2013) - Taxa de desemprego: 15,2% da população (2014) - Emprego direto no turismo: 96.600 (2012) - Número de passageiros processados nos aeroportos: 8.229.100 (2011) - Número de unidades de alojamento classificado: 846 - Número de camas: 212.900 camas (2012) - Hotel 5 estrelas: 27.900 - Hotel 4 estrelas: 75.300 - Hotel 3 estrelas: 70.700 - Hotel 2 estrelas: 3.200 - Hotel 1 estrela: 6.900

- Taxa de ocupação por quarto (média): 45,9% (2012) - Estada média: 4 noites (2012) - Orçamento total para o turismo: 23,3 milhões de euros para promoção (2014)

Fonte: National Institut of Statistics – Tunisia; Trading Economics

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Concorrentes FICHA DE CONCORRENTE | TURQUIA

- Habitantes: 76.667.864 pessoas (2013) - Taxa de desemprego: 9,0% da população (2014) - Emprego direto no turismo: 96.600 (2012) - Número de passageiros processados nos aeroportos: 32.615.894 (2012) - Número de turistas: 34.910.098 (2013) - Receitas provenientes do turismo: 32.308.991 US$ (2013) - Número de unidades de alojamento classificado: 2.870 (2012) - Número de quartos: 336.447 (2012) - Número de camas: 706.019 (2012) - Taxa de ocupação por quarto (média): 52,6% (2013) - Estada média: 3,2 noites (2013)

- Orçamento total para o turismo: dados não disponíveis

Fonte: Republic of Turkey – Ministry of Culture and Tourism; Trading Economics

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Concorrentes Concorrentes do Algarve

Verifica-se que a Espanha se apresenta como o principal concorrente em todos os mercados em análise, seguido da Turquia que assume um papel importante para mercados como a Holanda (30%), a Alemanha (27,3%) e a Espanha (25,8%).

A análise dos concorrentes teve ainda por base dados relativos às dormidas nas regiões turísticas internacionais de Espanha, Grécia, Malta, Croácia, Chipre, Bulgária, Tunísia e Turquia.

A Grécia apresenta, igualmente, valores elevados para o mercado francês (16,8%) e holandês (14,2%).

O Algarve, comparativamente às outras regiões, apresenta uma boa performance ao nível das dormidas no mercado espanhol (29,6%) e irlandês (19,9%), apesar deste último apresentar uma maior representatividade em Espanha (60,2%).

Mercados emissores

Regiões turísticas internacionais

Reino Unido

Alemanha

Holanda

Irlanda

França

Espanha

Algarve

5,6%

1,3%

9,0%

19,9%

1,9%

29,6%

Bulgária

1,1%

2,4%

1,1%

1,1%

1,2%

2,0%

Chipre

6,0%

1,0%

1,4%

1,2%

1,1%

1,0%

Croácia

1,2%

3,5%

2,8%

2,0%

4,5%

9,2%

Espanha

63,1%

51,7%

40,2%

60,2%

28,7%

0,0%

Grécia

9,5%

7,4%

14,2%

3,7%

16,8%

12,0%

Malta

2,9%

0,8%

1,3%

3,6%

2,7%

10,1%

Tunísia

1,5%

4,6%

0,0%

0,0%

29,8%

10,4%

Turquia

9,1%

27,3%

30,0%

8,3%

13,1%

25,8%

Análise das dormidas nas regiões turísticas internacionais (2012) Fonte: Águas (2014); Republic of Turkey Ministry of Culture and Tourism

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Concorrentes Concorrentes do Algarve desenvolvimento turístico

Principais

linhas

de

Espanha • • • • • • • • • • • •

Aposta no mercado interno; Requalificação de áreas turísticas maduras; Combate à sazonalidade; Promoção da cooperação turística; Desenvolvimento de uma base diversificada de produtos turísticos, complementares ao sol e mar; Potenciação da qualidade percebida; Valorização das experiências dos turistas, assentes na identidade e singularidade dos destinos; Aumento da notoriedade do destino, privilegiando os meios online; Melhoria do serviço prestado; Desenvolvimento de ferramentas de CRM (Customer Relationship Management); Diversificação de mercados emissores; Aumento do poder da marca turística Espanha.

Turquia • Aumento da promoção do destino; • Enfoque na qualidade do serviço, diversidade paisagística e preço; • Combate à sazonalidade; • Desenvolvimento de infraestruturas turísticas e melhoria de acessos; • Diversificação da oferta turística, com aposta no turismo religioso, na monumentalidade, golfe, turismo de saúde e ativo, diminuindo a dependência do sol e mar.

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Concorrentes Concorrentes do Algarve desenvolvimento turístico

Principais

linhas

de

Grécia • Criação de um portfólio forte e diversificado de produtos turísticos; • Enfoque na qualidade do serviço; • Melhoria das infraestruturas; • Reconhecimento como destino com forte consciência ambiental; • Qualificação do turismo náutico; • Forte aposta nos meios online; • Intervenções ao nível do sistema de transportes; • Criação de subprodutos que valorizem a atratividade do destino, impulsionados por um aumento da capacidade hoteleira em categorias mais elevadas; • Revisão dos mecanismos e sistemas de certificação; • Criação de “temas” que criem conteúdos para Unique Selling Propositions (USP).

Croácia • • • • • • •

Melhoria das infraestruturas de transporte; Aumento da promoção; Aposta na formação dos recursos humanos; Valorização dos recursos naturais e herança histórica; Captação de cadeiras hoteleiras internacionais reconhecidas; Qualificação da oferta de alojamento; Aposta nos meios online.

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Concorrentes Concorrentes do Algarve desenvolvimento turístico

Principais

linhas

de

Malta • Combate à sazonalidade; • Enfoque em nichos de mercado emergentes; • Melhoria da acessibilidade aérea; • Aposta no turismo de cruzeiros; • Desenvolvimento do turismo cultural, através da herança histórica e alargamento dos horários de abertura dos edifícios públicos e monumentos; • Aposta na formação profissional; • Enfoque na preservação da qualidade ambiental; • Atração de novos mercados emissores.

Tunísia • Diversificação das tipologia de alojamento turístico; • Fortalecimento do portfólio de produtos turísticos, com ênfase no golfe, cultura, natureza e negócios; • Reabilitação das áreas turísticas; • Abordagem de comunicação diferenciada por mercado; • Aposta num calendário anual de eventos; • Estabelecimento de parcerias com companhias aéreas; • Alargamento das fontes de financiamento para o desenvolvimento turístico; • Aposta nos meios online; • Reforço da marca Tunísia.

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Concorrentes Concorrentes do Algarve desenvolvimento turístico

Principais

linhas

de

Bulgária • Aposta na formação turística; • Desenvolvimento de novos tipos de turismo/ produtos; • Formatação de novos pacotes turísticos; • Criação de infraestruturas ao nível dos produtos sol e mar, ski, golfe e turismo de negócios, bem como de parques aquáticos; • Desenvolvimento do turismo arqueológico, ecoturismo e turismo de saúde; • Valorização das tradições, dos sinais identitários e paisagísticos do país.

Chipre • • • • • •

Otimização na utilização dos recursos ambientais; Valorização da autenticidade sociocultural; Combate à sazonalidade; Melhoria da experiência dos turistas no país; Aumento da satisfação dos visitantes; Enriquecimento, melhoria e modernização da oferta turística e serviços associados.

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OFERTA TURÍSTICA

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Oferta turística Oferta turística Entende-se por oferta turística o conjunto de recursos e características inerentes a um destino turístico, que inclui, nomeadamente, os recursos primários, as facilidades turísticas, as estruturas económico-sociais e políticas, a geografia e o ambiente, assim como as infraestruturas e as acessibilidades internas. Nas várias componentes da oferta turística de um destino encontramos as suas atrações (naturais, culturais, históricopatrimoniais e económicas, educativas e institucionais), os transportes, a informação, a promoção e os serviços. As atrações de um destino turístico constituem a principal componente da oferta, que através do seu grau de atração estimulam a procura e suscitam o desenvolvimento de infraestruturas de apoio que permitam todo o suporte à atividade turística. O Algarve possui uma oferta turística diversificada e assente em diferentes infraestruturas de alojamento, transporte, animação, entre outras.

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Oferta turística Unidades de alojamento

Das diferentes tipologias de unidades de alojamento, aquelas que apresentam um maior número em 2013 são os apartamentos turísticos (138), os hotéis (120) e os aparthotéis (71). Relativamente ao ano 2000, as unidades de alojamento que apresentaram uma maior taxa de crescimento foram os hotéis, com um aumento de 62% da oferta.

O Algarve registava no final de 2013 cerca de 425 unidades de alojamento, mais 33 (+8,4%) do que no ano de 2000. Este valor tem sofrido oscilações nos últimos 14 anos, em muito devido às alterações recentes da legislação relacionada com os empreendimentos turísticos, assim como à abertura de novas unidades nos últimos 4 anos.

Nº de unidades de alojamento

500 450 400

350 300 250 200 150 100 50 -

2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Anos Total

Hotéis

Aparthotéis

Apartam. Turísticos

Aldeam. Turísticos

Pousadas

Outros

Evolução do número de unidades de alojamento no Algarve por tipologia (2000/2013) Fonte: Turismo de Portugal PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Oferta turística Capacidade de alojamento Em dezembro de 2013, a região tinha 107.339 camas, distribuídos por 425 estabelecimentos classificados.

Os concelhos do Algarve que apresentam a maior capacidade de oferta de alojamento são Albufeira, Loulé e Portimão. É igualmente nestes concelhos que se concentra a maior oferta de hotéis de 4 e 5 estrelas, assim como de aparthotéis e apartamentos turísticos.

Capacidade de alojamento (camas) em estabelecimentos hoteleiros, aldeamentos, apartamentos turísticos e outros (não inclui TH, TER e Campismo) - 2013 Fonte: Turismo de Portugal

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Oferta turística Capacidade de alojamento (camas)

O aumento da oferta de novos hotéis originou um aumento no número de camas, que em 2013 registou uma quota de 28,2% do total da oferta na região, enquanto que os apartamentos turísticos registaram 32,5% da oferta.

Apesar de no ano de 2004 o número de camas ser superior nos apartamentos turísticos (36,8% do total), verifica-se que no ano de 2012 e 2013 esta situação foi alterada.

Percentagem

40,0% 35,0% 30,0% 25,0%

20,0% 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% 2000 Hotéis

Hotéis-Apartamentos

2004 Aldeam. Turísticos

2008

Anos Apartam. Turísticos

2012

2013

Outros (pousadas, pensões, motéis, estalagens)

Capacidade de alojamento (camas) em estabelecimentos hoteleiros, aldeamentos, apartamentos turísticos e outros (não inclui TH, TER e Campismo) – 2000, 2004, 2008, 2012 e 2013 Fonte: Turismo de Portugal PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Oferta turística Distribuição da capacidade de alojamento (camas) A oferta de camas em alojamento classificado é distinta nas várias regiões do Algarve, verificando grandes concentrações na área de Albufeira (42,3%), Loulé (12,7%) e Portimão e Monchique (11,9%).

Segundo dados da AHETA, as áreas que apresentam um menor número de camas são as de Faro, Olhão e São Brás de Alportel (2,8%) e Tavira (4,6%).

Distribuição da oferta do número da camas no Algarve (2012) em alojamentos classificados Fonte: AHETA PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Oferta turística Distribuição do número de unidades de alojamento por tipologia e por concelhos do Algarve

O concelho de São Brás de Alportel não apresenta nenhuma unidade de alojamento.

Aprofundando a análise ao nível concelhio, verifica-se que Albufeira concentra o maior número de estabelecimentos (144), com claro predomínio dos apartamentos turísticos (54).

N.º de estabelecimentos, por município e tipologia Concelho

Total Hotéis 5*

4*

3*

2*

1*

HotéisPousadas apartamentos

Aldeamentos Apartamentos turísticos turísticos

Outros

Albufeira

144

33

5

16

8

4

0

31

0

9

54

17

Alcoutim

1

1

0

0

1

0

0

0

0

0

0

0

Aljezur

3

1

0

0

0

1

0

1

0

0

0

1

Castro Marim

4

1

0

0

0

1

0

2

0

0

1

0

Faro

19

11

1

2

2

6

0

0

1

0

2

5

Lagoa

40

8

1

6

0

1

0

5

0

10

16

1

Lagos

38

10

1

4

2

3

0

3

0

2

19

4

Loulé

68

19

7

3

9

0

0

11

0

7

21

10

Monchique

6

2

0

1

1

0

0

1

0

0

0

3

Olhão

3

2

1

1

0

0

0

0

0

0

0

1

45

14

3

5

3

3

0

7

0

2

15

7

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

0

Silves

8

3

0

2

1

0

0

2

0

1

2

0

Tavira

13

3

0

3

0

0

0

1

1

2

2

4

Vila do Bispo

14

4

0

1

3

0

0

2

1

1

4

2

Vila Real de Santo António

19

8

0

3

4

1

0

5

0

0

2

4

425

120

19

47

34

20

0

71

3

34

138

59

Portimão São Brás de Alportel

Total

Distribuição do número de unidades de alojamento, por tipologia e por concelho (2013) Fonte: INE PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Oferta turística Distribuição do número de unidades de alojamento por tipologia e categoria – 2000 – 2013

Relativamente à categoria de 4 estrelas, passou-se de 28 para 47 hotéis e de 22 para 45 hotéis-apartamentos.

Verificando-se, no período em análise, um assinalável acréscimo no número de estabelecimentos de alojamento turístico presentes na região, será igualmente significativo registar o substancial aumento nas categorias superiores.

De registar o decréscimo substancial da tipologia “Outros”, de 118 para 59 unidades de alojamento, ao qual não será alheia a entrada em vigor do novo regime jurídico dos empreendimentos turísticos, que terá desviado muitas das tipologias para alojamento local.

Assim, o Algarve cresceu, em termos de 5 estrelas, de 9 para 19 hotéis e de 0 para 3 hotéis-apartamentos.

Número de estabelecimentos hoteleiros no Algarve, por tipologia e categoria Ano

Hotéis5* apartamentos

Hotéis

5*

4*

3*

2*

1*

2000

74

9

28

24

13

0

51

2013

120

19

47

34

20

0

71

2* Pousadas

Aldeamentos Apartamentos turísticos turísticos

4*

3*

0

22

24

5

3

30

3

45

20

3

3

34

Outros

Total

116

118

392

138

59

425

Distribuição do número de unidades de alojamento, por tipologia e categoria (2000, 2013) Fonte: INE

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Oferta turística Distribuição da capacidade de alojamento (camas) por regiões turísticas nacionais Relativamente à distribuição do número de camas da hotelaria global do país, verifica-se que o Algarve é, claramente, a região com maior oferta, representando cerca de 36% do total do país.

Açores 3%

Madeira 10%

Alentejo 4%

Algarve 36%

Lisboa 19%

Centro 14%

Norte 14%

Distribuição da capacidade de alojamento (camas) por regiões turísticas - 2013 Fonte: Turismo de Portugal PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Oferta turística Campos de golfe no Algarve

Campos de golfe por região turística de Portugal

Nos últimos anos o Algarve registou um acréscimo do número de campos de golfe. No final de 2013 existiam 40 campos de golfe na região, mais 74% do que no ano de 2000. Este aumento permitiu à região passar de 405 para 675 buracos disponíveis para jogar.

Relativamente à distribuição do número de campos de golfe por região turística, é de salientar a clara preponderância do Algarve no todo da oferta nacional, com 51% dos campos de golfe em Portugal. 3%

4%

10%

45

7%

Nº de campos de golfe

40 35 30

Porto e Norte Centro

25

Lisboa

20 15

19%

10 5

Alentejo

Algarve

0

Madeira

51% Anos

Evolução do número de campos de golfe no Algarve (2000/2013) Fonte: Região de Turismo do Algarve

6%

Açores

Distribuição dos campos de golfe por região turística de Portugal (2013) Fonte: Conselho Nacional da Indústria do Golfe

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Oferta turística Prémios de golfe

Para além destes prémios, foram vários os campos de golfe que já foram reconhecidos internacionalmente, tendo recebido nos últimos anos diversos galardões.

Nos últimos anos o Algarve tem recebido diversos prémios, relacionados com o golfe, nomeadamente o de Destino de Golfe do Ano em 2006 e o de Melhor Destino de Golfe Europeu (2014), ambos atribuídos pela IAGTO. Recebeu ainda os prémios de “Melhor destino europeu de golfe” pela revista Golf Magazine (2008, 2009, 2010 e 2011) e de “Melhor destino europeu de golfe” da revista Today’s Golfer (2011 e 2012).

Todos estes reconhecimentos têm sido importantes para a consolidação do golfe na região.

Nº de voltas nos campos de golfe

1.200.000

1.000.000

800.000

Destino de Golfe do Ano (IAGTO)

Melhor destino europeu de golfe (Golf Magazine)

600.000

Melhor destino europeu de golfe (Today’s Golfer)

400.000

200.000

0 2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Anos

Prémios que o Algarve já recebeu relacionados com o golfe e evolução do número de voltas nos campos de golfe no Algarve (2000/2013) Fonte: Região de Turismo do Algarve

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Oferta turística Animação turística A animação turística é uma componente importante da atividade turística desenvolvida no Algarve. Segundo o Registo Nacional de Agentes de Animação Turística (RNAAT), estavam registados em março de 2014, no Algarve, 422 Agentes de animação turística (226 empresas de Animação Turística e 196 Operadores Marítimo-Turísticos).

Os concelhos que apresentam mais empresas de animação turística são Lagos, Loulé e Albufeira. Os Operadores Marítimo-Turístico estão localizados maioritariamente nos concelhos de Lagos, Portimão e Lagoa.

Nº de Agentes de animação turística

70 60 50

40 30 20

10 0

Concelhos Emp. Animação Turística

Operador marítimo-turístico

Número de agentes de animação turística a operar no Algarve por concelho Fonte: Registo Nacional de Agentes de Animação Turística, Turismo de Portugal

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Oferta turística Parques temáticos  Krazy World - Algarve Zoo (Algoz);  Parque Mineiro Cova dos Mouros (Alcoutim);  Roma Golf Park (Quarteira);  Zoolagos - Parque Zoológico de Lagos;  Zoomarine (Guia) ;  Parque Aventura (Santa Eulália, Albufeira).

Parques aquáticos  Aqualand Algarve (Alcantarilha);  Aquashow Fun Family Park (Quarteira);  Slide & Splash (Lagoa). Kartódromos  Kartódromo AIA (Autódromo Internacional do Algarve);  Algarve Indoor Kart Center (Olhão);  Karting de Almancil;  Hot Wheels (Albufeira)

Kartódromo

Localização dos parques temáticos, parques aquáticos e kartódromos no Algarve

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Oferta turística Áreas naturais O Algarve possui diversas áreas naturais de interesse, nomeadamente o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e da Costa Vicentina, o Parque Natural da Ria Formosa e o a Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António. Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina

Destacam-se ainda a Fonte Benémola, a Rocha da Pena, a Fonte Férrea, o Parque Ambiental de Vilamoura, o Bioparque em Monchique, as Fontes de Estômbar e a Mata Nacional do Barão de São João.

Bioparque Rocha da Pena

Fonte Benémola

Fonte Férrea

Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e VRSA

Parque Ambiental de Vilamoura

Mata Nacional do Barão de São João

Parque Natural da Ria Formosa

Sítio das Fontes de Estômbar

Estrutura regional de proteção e valorização ambiental Fonte: CCDR-Algarve

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Oferta turística Algarve Pass O Algarve Pass, pretende ser um instrumento na fidelização dos turistas e que oferece descontos especiais em experiências, serviços e produtos da região. O Algarve Pass, é o cartão turístico oficial do Algarve, que permite usufruir de ofertas diretas nos locais mais importantes da região. Através deste cartão de fidelização, é possível aceder a parques de diversão aquáticos, restaurantes, hotelaria, transportes, museus, entre muitas outras ofertas de parceiros aderentes a esta iniciativa, evitando-se deste modo filas e usufruindo de descontos. Esta oferta inclui preços convidativos, possibilitando ao mesmo tempo o acesso a serviços de saúde ou segurança e a um call center disponível 24 horas por dia, para apoio a situações de emergência.

Presentemente, esta oferta encontra-se disponível em três vertentes: fun; cultural; transportes.  As vertentes fun e cultural, com oferta de experiências, que podem ser utilizadas de imediato, exceto em experiências que requeiram marcação prévia ou que se realizem numa data previamente definida.  A vertente transportes, inclui o Passe Turístico da Eva Transportes que permite o carregamento de títulos para viagens. São disponibilizados títulos de transporte válidos para 3 ou 7 dias que poderão ser utilizados nas carreiras interurbanas da Eva e Frota Azul no Algarve. A aposta desta iniciativa, passa também pela disponibilização de uma rede de wi-fi em todas as praias do Algarve e em todos os postos de turismo e de informação na região, bem como em determinados locais, para ser usufruído não só por turistas, mas também pelos próprios residentes.

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Oferta turística Infraestruturas e acessibilidades Ao longo dos últimos anos a região tem vindo a apostar na valorização e preservação do território, de forma a manter o seu equilíbrio. Para além dos esforços para melhorar a qualidade de vida dos principais centros populacionais e dos seus residente, tem-se procurado revitalizar o tecido empresarial e valorizar os recursos locais, nomeadamente ao nível de pequenos aglomerados da serra e do barrocal. Relativamente às acessibilidades, o Algarve está dotado de infraestruturas aéreas, rodoviárias, ferroviárias e marítimas e que, combinadas, abrem a região à Europa e ao Mundo. Recentemente foi lançado o PETI 3+, o Plano Estratégico dos Transportes e Infraestruturas 2014-2020, uma atualização do PET 2011-2015, que projeta um conjunto de reformas estruturais a empreender na área dos transportes e infraestruturas nacionais. O Algarve vem referenciado no mesmo documento, sendo salientada a necessidade de se desenvolver o “Corredor Horizontal do Algarve”, um projeto estratégico para a região e para o setor turístico nacional. O objetivo é a união de toda a região ao Aeroporto de Faro, portos e plataforma logística da região.

Para o projeto do “Corredor Horizontal do Algarve” está previsto um investimento de cerca de 131 milhões de euros, nas seguintes áreas: SECTOR FERROVIÁRIO  Linha do Algarve (Lagos - Tunes + Faro - Vila Real de Santo António + ligação ao Aeroporto de Faro);  Investimento público de 55 milhões de euros. SECTOR MARÍTIMO-PORTUÁRIO  Portos do Algarve - Melhoria das condições de acesso marítimo e das instalações de passageiros e carga (Portimão e Faro);  Investimento público de 10 milhões de euros. SECTOR AÉREO E AEROPORTUÁRIO  Plano Estratégico da ANA - Desenvolvimento do Aeroporto de Faro;  Investimento privado de 66 milhões de euros.

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Oferta turística Infraestrutura rodoviária

Infraestruturas aéreas

Na rede rodoviária justifica-se a referência às seguintes vias:  IP1/A2 (auto-estrada) que assegura a ligação do Algarve ao resto do país;  Fronteira com Espanha, em Ayamonte, que articula com o extremo nascente da A22 (Via do Infante), através da ponte sobre o rio Guadiana;  IC1 que constitui a alternativa à A2 nas ligações com o Norte do país;  EN120 que permite a ligação de Aljezur a Lagos e à A22;  EN 122 que se desenvolve desde Vila Real de Santo António até Beja.

Em termos da via aérea, as duas principais infraestruturas aeroportuárias são o Aeroporto de Faro (AFR), um dos principais pilares de suporte à economia da região, e o Aeródromo de Portimão.

Deve-se ainda destacar a EN125, que liga Vila do Bispo a Vila Real de Santo António, em alternativa à A22, assegurando a conexão entre diversos concelhos vizinhos ou próximos. Até ao final de 2015, a EN125 será alvo de obras de requalificação que possibilitarão à região uma melhoria significativa das suas acessibilidades rodoviárias, tão importantes para residentes e turistas.

Considerado como a principal porta de entrada de visitantes na região, o AFR registou cerca de 5,9 milhões de passageiros e 41.665 movimentos de aeronaves em 2013. A estrutura de tráfego no Aeroporto de Faro sofreu grandes alterações na última década, motivada pelo início da operação das companhias aéreas de baixo custo que originaram um decréscimo da operação charter associada aos grandes operadores turísticos europeus. Entre o ano de 2015 e final de 2017, o Aeroporto de Faro será alvo de obras na aerogare, num investimento de cerca de 66 milhões de euros, que permitirá o aumento da capacidade em 20%.

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Oferta turística Programa initiative.pt 2.0 Em janeiro de 2007 surgiu a Iniciativa de Desenvolvimento de Rotas Aéreas de Interesse Turístico (IDRAIT) com o propósito de apoiar o desenvolvimento de novas rotas aéreas internacionais para todos os aeroportos portugueses através de ações de marketing, cujos parceiros eram a ANAM, o Turismo de Portugal e a Associação de Turismo da Madeira. Posteriormente e após algumas alterações surge o Programa Initiative.pt que decorreu até final de março de 2012, contemplando novos parceiros como a ANA, Aeroportos de Portugal e os vários órgãos regionais de turismo. Entre 2007 e 2012 foram investidos cerca de 13,3 milhões de euros no apoio a 43 rotas nos vários aeroportos nacionais (23 no Aeroporto de Faro), num total de 1,64 milhões de passageiros. Em abril de 2012 o programa de captação de rotas iniciative.pt foi renovado dando lugar ao Programa Initiative.pt 2.0., em vigor até 31 outubro de 2015. O investimento previsto é de 15 milhões de euros, sendo os parceiros o Turismo de Portugal (30%), os órgãos regionais de turismo (20%), a ANA Aeroportos de Portugal e a ANAM Aeroportos e Navegação Aérea da Madeira, S.A. (50%)

O principal objetivo do Initiative.pt 2.0 é apoio a projetos destinados a atrair ou rotas aéreas de interesse turístico promover fluxos de passageiros e gerar turismo nacional e para os destinos.

a concessão de desenvolver as para Portugal, negócio para o

Pretende-se assim aumentar o número de passageiros na época baixa, aumentar o número de frequências semanais e o número de rotas, abrangendo não só as companhias regulares e as de baixo custo, mas também as charter. Prevê-se que no total sejam abrangidas cerca de 50 rotas, metade das quais novas e as restantes uma continuação das já existentes (aumento de frequências), num total de cerca de 1,5 milhões de passageiros.

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Oferta turística Infraestruturas ferroviárias A rede ferroviária da região algarvia é constituída pela Linha do Sul (entre Lisboa e Tunes) e pela Linha do Algarve (entre Lagos e Vila Real de Santo António), esta última com cerca de 139,4km de extensão, 18 estações e 13 apeadeiros (REFER, 2014). A modernização das vias ferroviárias na linha do Algarve permite a deslocação no combóio rápido Alfa-Pendular desde Faro a Lisboa, Porto e Braga duas vezes por dia e no comboio Intercidades desde Faro até Lisboa (com ligação para a linha do Norte) três vezes por dia. Para os próximos 2 anos estão previstos investimentos de cerca de 55 milhões de euros, que contemplam a eletrificação de toda a linha e a intervenção nos sistemas de tráfego. Recentemente o Governo anunciou, também, que os investimentos na ferrovia no Algarve irão contemplar a ligação ferroviária até ao Aeroporto de Faro.

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Oferta turística Infraestruturas marítimas No que concerne às vias marítimas, o Algarve dispõe de 2 portos comerciais, o de Faro e o de Portimão, que servem de apoio ao transporte de diversos tipos de carga de e para a região. O porto de Portimão é igualmente escala de cruzeiros turísticos, tendo recebido, no ano de 2013, 42 escalas, num total de 20.141 passageiros, um crescimento de 8,8% no número total de passageiros relativamente a 2012.

A região possui ainda de cerca de 3.963 postos de amarração, distribuídos por 10 equipamentos, nomeadamente quatro marinas, três portos de recreio, duas docas de recreio e um cais. Recentemente foi anunciado um plano de investimentos para o Algarve que contempla obras de requalificação do Porto de Portimão e de Faro, na ordem dos 10 milhões de euros.

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Oferta turística Infraestruturas de apoio ao MI O Algarve apresenta atualmente uma oferta diversificada de espaços de apoio a conferências, congressos e outros eventos, que permitem a receção de grupos de diferentes dimensões. Os espaços existentes concentram-se essencialmente em unidades de alojamento classificado, principalmente nos concelhos de Loulé, Albufeira e Portimão.

Os espaços em oferta são diversificados e variam de salas em plateia de 10 lugares a 5.079 lugares, assim como auditórios ou anfiteatros de 86 a 950 lugares sentados. Importa referir que grande parte das salas em oferta se podem converter em espaços de diferentes categorias e configurações.

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PROCURA TURÍSTICA

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Procura turística Aeroporto de Faro

Em 2013 registou cerca de 5,9 milhões de passageiros, um aumento de 5,4% face a 2012. Relativamente aos movimentos, verificou-se em 2013 um ligeiro decréscimo de -0,2% face a período homólogo.

O Aeroporto de Faro é a principal porta de entrada de fluxos internacionais para o Algarve. Inaugurado em 11 de julho de 1965, este aeroporto tem vindo a aumentar ano após ano o número de passageiros processados e movimentos de aeronaves.

45.000 40.000

Nº de movimentos

5.000.000 4.000.000 3.000.000 2.000.000 1.000.000

35.000

30.000 25.000 20.000 15.000 10.000 5.000

Evolução do número de passageiros processados no Aeroporto de Faro (2000/2013) Fonte: ANA, Aeroportos de Portugal

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

Anos

2000

0

0

2000

Nº de passageiros

6.000.000

Anos

Evolução do número de movimentos no Aeroporto de Faro (2000/2013)

Fonte: ANA, Aeroportos de Portugal

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Procura turística Aeroporto de Faro Nos últimos anos o Aeroporto de Faro conheceu alterações na sua estrutura de tráfego, em muito devido ao aumento da operação de companhias aéreas de baixo custo, após a entrada em vigor do processo de desregulamentação do transporte aéreo na Europa, no final dos anos 90.

Estas alterações tiveram impacto no perfil da procura, nomeadamente no que respeita ao tempo de duração da estada no Algarve. Dados de 2013 apontam para que a estada média ronde as 4,7 noites. Paralelamente verificam-se alterações em termos da oferta turística, com o aumento de serviços direcionados para este novo perfil da procura.

Passageiros processados (%)

100,0% 90,0% 80,0%

80,6%

73,5%

70,0% 60,0% 50,0% 40,0% 30,0% 20,0%

19,4%

10,0%

16,3% 6,3% 10,1%

0,0%

Anos REGULAR

BAIXO CUSTO

CHARTER

Estrutura de tráfego Aeroporto Faro (1990/2013) Fonte: ANA, Aeroportos de Portugal PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Procura turística Principais companhias aéreas no Aeroporto de Faro Desde 2010 que o Aeroporto de Faro é uma das bases operacionais da Ryanair, situação que em muito contribuiu para o aumento da operação desta companhia aérea neste aeroporto.

Atualmente a Ryanair ocupa o primeiro lugar em termos de passageiros processados (30,4%), seguido da Easyjet (17,2%), da Monarch com 9,9% e da Transavia com 7,2%. Estas quatro companhias aéreas representam cerca de 65% do total dos passageiros processados em 2013.

Passageiros processados (%)

35,0% 30,0% 25,0%

20,0% 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% 2008

2009

2010

2011

2012

2013

Anos

Ryanair

Easyjet

Monarch

Transavia

Jet2.com

Aer Lingus

Air Berlin

TAP

Percentagem de passageiros por companhia aérea no Aeroporto Faro (2008/2013) Fonte: ANA, Aeroportos de Portugal PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Procura turística Sazonalidade no Aeroporto de Faro O Algarve apresenta uma procura sazonal, que nos últimos anos se veio a acentuar, principalmente nos meses associados ao Verão IATA (abril a outubro), onde se concentram mais de 80% dos passageiros processados no Aeroporto de Faro.

Esta situação tem originado um decréscimo de passageiros nos meses associados ao Inverno IATA (novembro a março) com valores inferiores a 18%.

1.000.000

Nº de passageiros processados

900.000 800.000

700.000 600.000

2000

500.000

2004

400.000

2008 2012

300.000

2013

200.000 100.000 0 Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Meses do ano Número de passageiros processados no Aeroporto de Faro por mês (2000, 2004, 2008, 2012 e 2013) Fonte: ANA, Aeroportos de Portugal

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100


Procura turística Sazonalidade no Aeroporto de Faro A forte concentração da procura nos meses de verão fica igualmente expressa no gráfico abaixo, com variação nos valores registados.

2013/2014

83,48%

2012/2013

83,04%

Anos

2008/2009

80,46%

2004/2005

80,66%

2000/2001

82,70%

1996/1997 0,00%

81,24% 20,00%

40,00%

60,00%

80,00%

100,00%

Passageiros processados (%)

Inverno IATA (Novembro/Março)

Verão IATA (Abril/Outubro)

Percentagem de passageiros processados no Aeroporto de Faro por Verão e Inverno IATA Fonte: Elaboração própria a partir de dados da ANA, Aeroportos de Portugal

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

101


Procura turística Aeroporto de Faro - Mercados

Destes cinco mercados verifica-se que o mercado alemão perdeu quota de mercado na ordem dos 10% quando comparados os dados do ano 2000 com os de 2013. Por oposição o mercado irlandês veio aumentando a sua quota nos últimos anos, tendo passado de 4,5% em 2000 para 8,9% em 2013.

Relativamente aos mercados, verifica-se uma elevada procura do mercado do Reino Unido, que em 2013 representou cerca de 54,7% do total dos passageiros processados, valor que apesar de tudo é inferior ao de 2008 (59,5%). Importa salientar que apenas 5 mercados internacionais representam mais de 85% do total dos passageiros processados (Reino Unido, Alemanha, Holanda, Irlanda e Espanha).

Passageiros processados (%)

70,0% 2000

60,0%

2004

2008

2012

2013 54,7%

50,0%

46,8%

40,0% 30,0% 21,6% 20,0% 11,6% 10,0%

5,8%

9,5%

9,3%

5,6% 1,1%

8,9% 4,5%

1,7%

0,9%

2,4%

0,0%

PORTUGAL

ALEMANHA

ESPANHA

HOLANDA

IRLANDA

REINO UNIDO

FRANÇA

Mercados

Evolução do número de passageiros processados no Aeroporto de Faro por mercado Fonte: Elaboração própria a partir de dados da ANA, Aeroportos de Portugal

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

102


Procura turística Aeroporto de Faro – Verão 2014 De acordo com dados do Aeroporto de Faro, relativamente à operação do Verão de 2014, verifica-se que está prevista a oferta de 68 rotas regulares e de 28 charter, num total de cerca de 2,6 milhões de lugares, 14.900 movimentos de voos regulares e de cerca de 240.000 lugares e 1290 movimentos de voos charter.

Mercado Alemanha Bélgica Canadá Dinamarca França Irlanda Luxemburgo Holanda Noruega Portugal Rússia Espanha Suécia Suiça Reino Unido TOTAL

Movimentos 1.779 396 5 95 394 1.500 58 821 110 987 19 147 64 160 8.388 14.923

Lugares 323.343 66.236 625 17.739 72.225 286.785 10.788 144.517 20.458 148.940 3.002 27.900 11.958 27.216 1.504.975 2.666.707

Aeroporto de Faro - Previsão de Nº de Movimentos e lugares oferecidos em voos regulares (Verão 2014) Fonte: ANA, Aeroportos de Portugal

Para o verão de 2014 foram identificadas novas rotas em relação ao Verão de 2013, em concreto para o Reino Unido com a rota de London Heathrow (59 movimentos e 11.280 lugares) e Belfast George Best (208 movimentos/36.540 lugares). No mercado alemão, a nova rota de Berlin Schoenefeld (21 movimentos/3.276 lugares) e no mercado francês, as rotas de Lille Lesquin (25 movimentos/4.500 lugares) e de Paris Charles de Gaulle (26 movimentos/3.744 lugares). Mercado República Checa Dinamarca Finlândia França Islândia Irlanda Letónia Holanda Polónia Eslováquia Suécia Reino Unido TOTAL

Movimentos 16 29 16 5 4 21 6 499 132 8 35 519 1.290

Lugares 2.368 5.481 2.208 900 732 3.969 1.080 94.077 24.129 1.512 5.532 97.962 239.950

Aeroporto de Faro - Previsão de Nº de Movimentos e lugares oferecidos em voos charter (Verão 2014) Fonte: ANA, Aeroportos de Portugal

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

103


Procura turística Operação regular – Verão 2014 MERCADO

AEROPORTO

Alemanha

Berlin Schoenefeld; Berlin Tegel; Bremen; Cologne Bonn; Dortmund; Dusseldorf; Dusseldorf Weeze; Frankfurt; Frankfurt Hahn; Hamburg; Hannover; Memmimgen; Munich Franz Joseph Stauss; Stuttgart

Irlanda

Cork; Dublin; Kerry; Knock; Shannon

Reino Unido

Belfast; Belfast George Best; Birmingham; Blackpool; Bournemouth; Bristol; Edinburgh; Exeter; Glasgow; Glasgow Prestwick; Leeds; Liverpool; London City Airport; Gatwick; Heathrow; Luton; Stansted; Londonderry; Manchester; Newcastle; Nottingham East Midlands; Southampton; Southend

Benelux

Brussels; Brussels Charleroi; Amesterdam Schiphol; Eindhoven; Maastricht; Rotterdam; Luxembourg

França

Lille Lesquin; Paris Beauvais; Paris Charles de Gaulle; Paris Orly

Portugal

Lisboa; Porto; Ponta Delgada

Escandinávia

Billund; Copenhagen; Stockholm Arlanda; Stockholm Skavsta; Oslo Gardermoen; Rygge

Espanha

Palma de Mallorca

Rússia

Moscow Vnukowo

Suiça

Basel; Geneva; Zurich

Canadá

Toronto Pearson

(Bélgica, Holanda e Luxemburgo)

(Dinamarca, Suécia, Noruega)

Fonte: ANA, Aeroportos de Portugal PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

104


Procura turística Operação charter – Verão 2014 MERCADO

AEROPORTO

Irlanda

Dublin

Reino Unido

Birmigham; Cardiff; Doncaster; Edinburgh; Exeter; Glasgow; Gatwick; Luton; Stansted; Manchester; Newcastle; Nottingham East Midlands

Holanda

Amesterdam Schiphol; Eindhoven; Groningen; Rotterdam

França

Paris Charles de Gaulle

Polónia

Katowice, Poznan; Warsaw

Escandinávia

Billund; Helsinki Vantaa; Stockholm Arlanda;

República Checa

Prague

Islândia

Reykjavik Keflavik

Letónia

Riga

Eslováquia

Bratislava

(Dinamarca, Suécia, Noruega)

Fonte: ANA, Aeroportos de Portugal

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

105


Procura turística Aeroporto de Faro – Verão 2014 Quando analisada a operação do verão de 2014, verifica-se que as companhias aéreas regulares que apresentam uma maior percentagem de movimentos e lugares são a Ryanair, a Easyjet, a Monarch Airlines, a Jet2.com, a Aer Lingus e a Transavia. Estas seis companhias aéras totalizam cerca de 77,5% do total dos movimentos e 79,9% dos lugares em oferta. Companhia aérea Nº Rotas Movimentos Lugares

Relativamente às companhias charter as que têm uma maior operação são a Thomsonfly, a Transavia Airlines, a Enter Air, a Corendon Airlines, a Travel Service e a TUI Airlines, que conjuntamente representam 88,3% do total dos movimentos e 90,1% do total dos lugares em oferta.

Companhia aérea

Ryanair

21

30,5%

32,5%

Thomsonfly

Easyjet

10

18,8%

17,6%

Monarch Airlines

6

9,1%

10,8%

Jet2.com

8

8,6%

Aer Lingus

4

Transavia Airlines

Outras

Nº Rotas Movimentos Lugares 12

37,5%

39,2%

Transavia Airlines

4

28,7%

29,2%

Enter Air

3

8,7%

8,5%

8,3%

Corendon Airlines

1

6,9%

7,0%

6,3%

6,6%

Travel Service Airlines

3

3,4%

3,2%

4

4,2%

4,0%

TUI Airlines

1

3,1%

3,0%

39

22,5%

20,1%

10

11,7%

9,9%

Outras

Aeroporto de Faro - Previsão de nº de movimentos e lugares oferecidos em voos regulares (Verão 2014) por companhia aérea

Aeroporto de Faro - Previsão de nº de movimentos e lugares oferecidos em voos charter (Verão 2014) por companhia aérea

Fonte: ANA, Aeroportos de Portugal

Fonte: ANA, Aeroportos de Portugal

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

106


Procura turística Dormidas

No final de 2013 foram registadas cerca de 14,8 milhões de dormidas, um aumento de 3,5% face a 2012.

As dormidas nos estabelecimentos hoteleiros do Algarve têm vindo a aumentar de forma sustentada ao longo dos últimos quatro anos, depois de uma quebra acentuada no ano de 2009, reflexo da crise económica que abalou o Mundo no ano transato. 15.000.000

14.822.600 14.491.852

14.500.000

Nº de dormidas

14.000.000

14.037.579

14.326.774

14.265.164

14.163.652

13.979.866

13.814.274

13.500.000

13.252.873

13.247.450 12.927.603

13.000.000 12.500.000 12.000.000 11.500.000 2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Anos

Dormidas em estabelecimentos hoteleiros do Algarve - 2000/2013 Fonte: Águas (2014)

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

107


Procura turística Dormidas

Entre os 5 e os 10% do total das dormidas encontramos os concelhos de Lagoa (7,2%), Vila Real de Santo António (6,4%) e Lagos (5,4%).

Quando analisado o indicador das dormidas por concelho, verificamos que Albufeira se destaca com mais de 40% do total das dormidas na região, sendo seguida de Loulé e Portimão que em 2012 registaram cerca de 13,5% e 12,5%, respetivamente.

CONCELHO

2002

2003

Albufeira Alcoutim Aljezur Castro Marim

41,00% 0,00% 0,00% 0,50%

41,40% 0,00% 0,00% 0,50%

Faro Lagoa Lagos Loulé Monchique Olhão Portimão São Brás Alportel Silves Tavira Vila do Bispo

1,50% 8,30% 4,40% 15,00% 0,00% 0,00% 18,20% 0,00% 0,00% 3,50% 1,00%

1,50% 7,90% 3,80% 14,00% 0,00% 0,00% 18,60% 0,00% 1,50% 4,30% 0,80%

V.R. Sto. António

4,60%

5,40%

2004

2007

2008

40,50% 42,60% 43,20% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,40% 0,50% 0,60%

43,60% 0,00% 0,00% 0,60%

44,00% 0,00% 0,00% 0,00%

45,20% 45,50% 0,00% 0,00% 0,10% 0,10% 0,00% 0,60%

46,70% 44,80% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,60% 0,70%

1,50% 1,50% 1,40% 7,80% 7,30% 7,40% 4,10% 4,20% 4,20% 13,80% 13,70% 13,70% 0,00% 0,10% 0,20% 0,00% 0,10% 0,10% 18,50% 15,80% 14,80% 0,00% 0,00% 0,00% 2,60% 2,10% 2,00% 4,50% 4,60% 4,60% 0,80% 0,80% 0,80%

1,40% 7,00% 5,10% 13,70% 0,10% 0,0% 14,20% 0,00% 2,00% 4,90% 0,60%

1,60% 7,40% 4,80% 14,10% 0,10% 0,00% 13,00% 0,00% 1,70% 4,80% 0,80%

1,90% 2,10% 6,80% 6,70% 4,50% 4,70% 13,00% 12,80% 0,10% 0,20% 0,10% 0,10% 13,00% 12,90% 0,00% 0,00% 1,60% 1,50% 4,70% 4,60% 0,90% 0,90%

2,00% 1,90% 6,60% 7,20% 4,60% 5,40% 12,80% 13,50% 0,40% 0,20% 0,60% 0,60% 11,80% 12,50% 0,00% 0,00% 1,30% 1,20% 4,40% 4,10% 1,30% 1,50%

6,50%

7,00%

6,00%

2005

6,70%

2006

6,80%

2009

7,40%

2010

7,50%

2011

7,00%

2012

6,40%

Dormidas em estabelecimentos hoteleiros do Algarve por concelho (2002-2012) Fonte: INE (2014)

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

108


Procura turística Dormidas residentes e não residentes em Portugal Apreciando as dormidas por residentes e não residentes em Portugal, é possível avaliar o peso que estas últimas têm no Algarve e que atingiu em 2013 cerca de 77%.

Relativamente aos residentes, verifica-se, em 2013, uma quebra de 1,5% face a período homólogo, situação que já se repete desde 2011.

90 80

78,4

76,4

77,1

76,5

77,2

75,2

71,8

71,1

75,4

73

76,9

Dormidas (%)

70 60 50 40 30 21,6

23,6

22,9

23,5

22,8

24,8

28,2

28,9

27

24,6

23,1

20 10 0 2003

2004

2005

2006

2007

2008 Anos

2009

2010 Não residentes

2011

2012

2013

Residentes

Dormidas em estabelecimentos hoteleiros do Algarve de residentes e não residentes (2003/2013) Fonte: Águas (2014) PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

109


Procura turística Dormidas por principais mercados

Relativamente ao mercado holandês verifica-se um decréscimo de 1% relativamente a 2012. O mesmo se regista no mercado espanhol que perdeu 0,7% da sua quota em 2013 face a período homólogo.

Relativamente às dormidas dos principais mercados externos, é possível verificar o peso do Reino Unido ao longo dos últimos anos, com valores a ultrapassarem os 40% do total das dormidas de não residentes em Portugal. No ano de 2013 este mercado registou um aumento de 0,6%, assim como o mercado alemão (+1%) e o Irlandês (+0,6%).

50 45 40

Dormidas (%)

35 30

25 20 15 10 5 0 2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Anos Reino Unido

Holanda

Alemanha

Irlanda

Espanha

França

Outros

Dormidas em estabelecimentos hoteleiros do Algarve por principais mercados externos (2003/2013) Fonte: Águas (2014)

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

110


Procura turística Sazonalidade das dormidas No que concerne ao indicador das dormidas pelos principais mercados, ao longo dos 12 meses do ano de 2013, é possível verificar que o mercado nacional, o mercado espanhol e o francês têm uma forte expressão entre os meses de junho e setembro. O mercado nacional totaliza nestes quatro meses cerca de 73,5% do total das dormidas em 2013, o mercado francês cerca de 83,5% e o mercado espanhol cerca de 69,5%.

Nos outros mercados emissores destacamos a Irlanda que concentra cerca de 86,4% das dormidas na região entre os meses de maio e outubro, assim como o mercado do Reino Unido com 76,1% para o mesmo período (maio a outubro). Os mercados alemão e holandês apresentam um comportamento distinto, uma vez que as dormidas, apesar de também aumentarem entre maio e outubro, se mantêm equilibradas ao longo de todo o ano quando comparadas aos restantes mercados emissores.

30,0%

Dormidas (%)

25,0% 20,0% 15,0% 10,0% 5,0% 0,0% Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Meses do ano

Reino Unido

Holanda

Alemanha

Irlanda

Espanha

França

Portugal

Outros

Sazonalidade das dormidas em estabelecimentos hoteleiros do Algarve, por mercado (2013) Fonte: Águas (2014)

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

111


Procura turística Dormidas por principais mercados externos – Quota no Algarve

Nos restantes mercados (Espanha e França) verifica-se que a região de Lisboa é o principal destino. O Algarve ocupa o segundo lugar nas escolhas dos espanhóis e o terceiro nas escolhas dos franceses.

Quando analisada a quota de mercado das dormidas dos principais mercados externos nas principais regiões turísticas nacionais é possível verificar que o Algarve tem a maior quota de mercado para o Reino Unido, Alemanha, Holanda e Irlanda. 100 90

Dormidas (%)

80 70 60 50 40 30 20 10

0 2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Anos Reino Unido

Holanda

Alemanha

Irlanda

Espanha

França

Quota de mercado do Algarve relativamente às regiões turísticas de Portugal dormidas dos principais mercados externos (2003/2013) Fonte: Águas (2014) PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

112


Procura turística Distribuição das nacionais – 2013

dormidas

por

regiões

turísticas

O Algarve é claramente o principal destino turístico a nível nacional, tendo garantido em 2013 a primeira posição no ranking das dormidas nos empreendimentos turísticos, contribuindo com 35% para o total nacional.

Madeira 14% Açores 3%

Algarve 35%

Alentejo 3%

Lisboa 24%

Centro 9%

Norte 12%

Distribuição das dormidas por regiões turísticas de Portugal (2013) Fonte: Turismo de Portugal

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

113


Procura turística Hóspedes A análise do indicador relativo aos hóspedes permite verificar que o mesmo tem tido um crescimento sustentado desde o ano de 2010, depois da quebra de cerca de 6,4% ocorrida no ano de 2009, relativamente a período homólogo.

No ano de 2013, o Algarve registou cerca de 3,1 milhões de hóspedes, um aumento de 3,64% comparativamente a período homólogo.

3.200.000

3.154.952

3.100.000

3.043.920

Nº de hóspedes

3.008.494 3.000.000 2.928.036

2.927.819 2.874.136

2.900.000 2.800.000

2.739.440

2.700.000 2.600.000 2.500.000 2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Anos

Evolução do número dos hóspedes em empreendimentos turísticos Fonte: Turismo de Portugal

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

114


Procura turística Hóspedes

Quando comparado este indicador ao longo dos anos de 2009 a 2013, podemos verificar que os valores relativos aos meses de verão têm vindo a aumentar, tendo atingido em agosto de 2013 um valor superior a todos os outros anos (523.419 passageiros).

Avaliando o indicador desagregado mensalmente, verifica-se que o período de junho a setembro regista um maior volume, situação que acompanha a tendência de outros indicadores, como as dormidas ou passageiros processados no Aeroporto de Faro.

600.000

Nº de hóspedes

500.000

400.000

300.000

200.000

100.000

0 Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Meses 2009

2010

2011

2012

2013

Distribuição anual do número dos hóspedes em empreendimentos turísticos Fonte: Turismo de Portugal PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

115


Procura turística Hóspedes Verifica-se uma maior concentração do número de hóspedes no mês de agosto, destacando-se a tipologia Apartamentos turísticos com 19% do total anual.

Relativamente aos hotéis de 3, 4 e 5 estrelas, verifica-se uma distribuição dos hóspedes ao longo dos 12 meses, apesar de concentrarem mais de 75% do total anual entre os meses de abril a outubro.

20,0%

18,0% 16,0%

Hóspedes (%)

14,0%

12,0% 10,0% 8,0% 6,0% 4,0% 2,0% 0,0% Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Meses Aldeam. Turísticos

Apartam. Turísticos

Hotéis Apartamentos

Hotéis 5*

Hotéis 4*

Hotéis 3*

Sazonalidade no número de hóspedes por tipologia de alojamento (2013) Fonte: Turismo de Portugal

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

116


Procura turística Hóspedes por categorias de alojamento classificado Quando analisado o indicador dos hóspedes por categoria de alojamento classificado e por mercado, é possível verificar que os britânicos foram os mais importantes nos hotéis e hotéis apartamento de 5 e 4 estrelas e nos aldeamentos e apartamentos turísticos de 5 e 4 estrelas.

Tipologia

Os portugueses lideraram nos hotéis e hotéis apartamento de 3 e 2 estrelas e nos aldeamentos e apartamentos turísticos de 3 estrelas.

Reino Unido Alemanha Irlanda Holanda Espanha Portugal

Hotéis e Hotéis Apartamento 5 estrelas

40,9%

10,2%

5,0%

3,1%

4,6%

17,5%

Hotéis e Hotéis Apartamento 4 estrelas

28,6%

10,5%

6,5%

5,1%

6,5%

28,1%

Hotéis e Hotéis Apartamento 3 estrelas

21,4%

4,2%

3,1%

8,2%

9,3%

38,6%

Hotéis e Hotéis Apartamento 2 estrelas

19,4%

3,3%

0,8%

24,6%

8,9%

26,2%

Aldeamentos e Apart. Turísticos 5 e 4 estrelas

37,0%

6,5%

5,6%

7,6%

5,8%

20,2%

Aldeamentos e Apart. Turísticos 3 estrelas

29,0%

6,6%

4,0%

12,8%

7,7%

30,8%

Distribuição dos hóspedes por categoria de alojamento classificado e mercados (2013) Fonte: AHETA

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

117


Procura turística Hóspedes por áreas geográficas do Algarve Relativamente à distribuição dos hóspedes por mercado/área geográfica do Algarve, é possível verificar que os britânicos foram mais representativos em Loulé, Albufeira e Lagoa/Silves. Os holandeses foram o segundo mercado mais importante em número de hóspedes, em Vila Real de St. António/Castro Marim e os espanhóis em Tavira.

Área geográfica do Algarve Vila Real de St. António/Castro Marim

Relativamente ao mercado nacional, verifica-se uma maior quota nas áreas de Vila Real de St. António/Castro Marim, Tavira, Portimão/Monchique e Loulé.

Reino Unido Alemanha Irlanda Holanda Espanha Portugal 8,2%

14,5%

0,9%

18,2%

9,0%

42,9%

Tavira

12,3%

8,5%

1,5%

10,7%

14,5%

39,1%

Faro/Olhão

13,5%

7,9%

2,0%

3,9%

8,2%

26,9%

Loulé

38,4%

3,6%

8,0%

2,2%

4,3%

30,7%

Albufeira

34,6%

6,9%

5,8%

9,0%

6,4%

22,4%

Lagoa/Silves

29,2%

14,2%

2,1%

6,3%

6,0%

24,4%

Portimão/Monchique

29,4%

10,5%

6,6%

3,6%

6,7%

36,0%

Lagos/Sagres

18,3%

17,5%

3,3%

2,4%

10,4%

25,4%

Distribuição dos hóspedes por áreas geográficas do Algarve e mercados (2013) Fonte: AHETA

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

118


Procura turística Distribuição dos hóspedes por regiões turísticas nacionais – 2013 Neste indicador, o Algarve ocupa a 2.ª posição a nível nacional, com cerca de 22% do total, o que conjugando a análise com o indicador dormidas, revela estadas médias elevadas nesta região, fruto das características do destino.

Açores: 2%

Madeira: 8%

Algarve: 22%

Alentejo: 4%

Lisboa: 30%

Norte: 19%

Centro 15% Distribuição dos hóspedes por regiões turísticas nacionais (2013) Fonte: Turismo de Portugal

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119


Procura turística Estada média

Este decréscimo de 6,15 noites em 1999 para 4,7 noites em 2013 pode ser explicado pela diminuição da reserva de pacotes de férias de 7 ou 14 noites, que vieram a ser substituídas por viagens de curta duração assentes em reservas diretas de avião, alojamento e outros serviços.

As alterações que ocorreram na estrutura de tráfego do Aeroporto de Faro tiveram consequências diretas em alguns dos indicadores da região, como é o caso da estada média nos estabelecimentos hoteleiros do Algarve, que tem vindo a decrescer desde o início deste século.

5,09

4,91

4,87

4,72

4,61

4,65

4,71

4,70

2013

5,25

2012

5,43

2011

5,66

5,00 4,00 3,00 2,00 1,00

2006

2005

2004

2003

2002

2001

2000

-

1999

Noites

5,79

2010

5,97

2009

5,99

6,00

2008

6,15

2007

7,00

Anos

Evolução da estada média nos estabelecimentos hoteleiros no Algarve (1999/2013) Fonte: Turismo de Portugal

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

120


Procura turística Estada média no Algarve por nacionalidade Importa no entanto avaliar este indicador por nacionalidade, uma vez que se verificam comportamentos distintos, principalmente nos mercados holandês e canadiano.

Evolução da estada média por nacionalidade Fonte: AHETA PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

121


Procura turística Estada média por nacionalidade ao longo do ano É pertinente verificar o comportamento do mercado alemão e sobretudo do mercado holandês, que apresentam estadas médias superiores à generalidade dos outros mercados, com a nota de relevo para este último, que tendencialmente permanece por períodos mais longos em época baixa.

Evolução da estada média por nacionalidade/ mês - 2013 Fonte: AHETA PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

122


Procura turística Estada média por regiões turísticas nacionais – 2013 Embora registe estadas médias elevadas quando comparada com a maioria das restantes regiões turística nacionais, verifica-se um ligeiro decréscimo nos valores respeitantes a este indicador no Algarve. 6,00

5,00

Noites

4,00

3,00

2,00

1,00

0,00 2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

Açores

Madeira

2012

2013

Anos Algarve

Norte

Centro

Lisboa

Alentejo

Estada média por regiões turísticas nacionais (2013) Fonte: Turismo de Portugal

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

123


Procura turística Canais de distribuição Os canais online ditaram grandes alterações na distribuição turística nos últimos anos, com impactos diretos na forma como os turistas efetuam as suas reservas nas unidades de alojamento classificado.

Dados cedidos pela AHETA demonstram a importância que a reserva online assume atualmente, comparativamente à reserva efetuada por via do Operador Turístico off-line (tradicional).

2012

2013

Caracterização da procura por canal de distribuição nas unidades de alojamento classificado Fonte: AHETA PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

124


Procura turística Canais de distribuição Comparativamente a 2012 e 2013, a reserva online atingiu no mês de junho de 2014 valores significativos, principalmente para o mercado nacional, onde as reservas atingiram os 8,7% e nos operadores turísticos off-line (tradicionais) apenas 5,9%.

Nos mercados externos importa realçar o decréscimo do peso da reserva via operador turístico off-line (tradicional) que, em junho de 2014, registou um valor de 30%, enquanto que a reserva em operador online atingiu os 23,7%.

JUNHO 2014

Caracterização da procura por canal de distribuição nas unidades de alojamento classificado Fonte: AHETA

ÚLTIMOS 12 MESES

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

125


Procura turística Taxa de ocupação

Comparativamente à taxa de ocupação em Portugal verifica-se que este índice é superior no Algarve, em parte devido ao facto de ser a principal região turística do país.

Apreciada a taxa de ocupação anual é percetível que, desde o ano 2000 até 2013, houve várias oscilações, sendo que o pico ocorreu em 2001 com 69,8% e o oposto em 2010 com 50,9%.

Tal como no Algarve também em Portugal a taxa de ocupação conheceu oscilações nos últimos anos.

Em 2013, a região apresentou uma taxa de ocupação anual de 58,1%, valor que apesar de ser superior ao do ano de 2012 ainda reflete uma quebra da procura face a 2001.

Taxa de ocupação (%)

70 60 50 40 30 20 10 0 2000

2001

2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Anos Algarve

Portugal

Taxa de ocupação anual em estabelecimentos hoteleiros, aldeamentos, apartamentos turísticos e outros (não inclui TH, TER e Campismo) – Quarto (%) 2000/2013 – Algarve e Portugal Fonte: Turismo de Portugal PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

126


Procura turística Taxa de ocupação

É notório um aumento da procura nos meses de verão e uma quebra significativa nos meses de inverno, situação que tem consequências ao nível da sazonalidade da região, agora mais acentuada.

Da análise da taxa de ocupação mensal, verifica-se que no ano de 2013 esta oscilou, entre os 23,1% (dezembro) e os 91,3% (agosto). 100

Taxa de ocupação (%)

90

80 70 60 50 40 30 20

2008

10

2009

2010

2011

2012

2013

0 Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Meses Meses

jan

fev

mar

abr

mai

jun

jul

ago

2008

33,8

51,3

60,8

52,7

65,6

70,6

81,1

2009

29,7

39,9

44,1

54,2

52

65,5

72,7

2010

21,9

36,5

43,2

46,7

52,9

63,8

2011

22,5

35,8

45,1

52,9

51,7

2012

27,2 25

37,4 41,9

47,4 48,4

52 47,2

57 59,6

2013

set

out

nov

dez

89,3

81

58,9

42,1

31,1

87,2

68,9

47,3

34,2

26,6

71,2

85,7

74,6

54,1

29,2

20,5

65

77

88,9

76,1

55,3

29,7

18,2

69,5 73,8

79,3 81,5

89,4 91,3

79 82,2

56,8 58,9

30,6 32,2

23,7 23,1

Taxa de ocupação em estabelecimentos hoteleiros, aldeamentos, apartamentos turísticos e outros (não inclui TH, TER e Campismo) Fonte: Turismo de Portugal

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

127


Procura turística Preço médio Ao longo dos últimos 3 anos o preço médio por aposento tem vindo a ser alterado, registando-se um decréscimo em 2013, principalmente nos apartamentos T1 e T2, onde o decréscimo relativamente a 2012 foi de 19,8% e 20,4% respetivamente.

Verifica-se que o regime de alojamento e pequeno almoço (BB) registou o maior decréscimo (-21,5%), face a período homólogo, enquanto que a meia pensão (MP) registou -14,8% e a pensão completa (PC) cerca de 12,3%.

250

Euros

200 150 100 50 0

Aposento BB

Aposento MP

Aposento PC 203,64

Apartamento T1 98,33

Apartamento T2 146,06

2011

135,13

147,57

2012

133,69

183,43

2013

104,94

156,22

227,88

98,34

149,08

199,93

78,91

118,69

Tipologia de aposento

Preços médios praticados ao balcão em estabelecimentos hoteleiros, aldeamentos, apartamentos turísticos e outros (não inclui TH, TER e Campismo) – 2011/2012/2013 Fonte: Turismo de Portugal

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128


Procura turística Preço médio online

Este valor triplica no mês de agosto, tal como na grande maioria de todas as outras tipologias de alojamento analisadas.

Numa análise comparativa dos preços online do alojamento, relativamente aos meses de fevereiro, março, julho e agosto, para uma reserva em regime de alojamento e pequeno almoço (BB), verifica-se que os preços mais baixos são praticados nos apartamentos turísticos (36,29 euros), no mês de fevereiro

36,29

Apartamentos

107,77

Aldeamentos

Tipologia de alojamento

Fev

56,02

Mar

Jul

Ago

140,38 40,76

Aparthotéis

119,87 62,67

Hotéis rurais

113,8 95,17

Pousadas

285,69 48,05

Hotéis 3 estrelas

124,35 49,86

Hotéis 4 estrelas

177,74 61,54

Hotéis 5 estrelas

195,89 0

50

100

150 Euros

200

250

300

Preços médios praticados online em unidades de alojamento classificado em regime BB para os meses de fevereiro, março, julho e agosto 2014 Fonte: Turismo de Portugal PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

129


Procura turística Proveitos A análise dos proveitos nas unidades de alojamento permite-nos avaliar este indicador relativamente aos aposentos, mas também no que se refere a outros proveitos existentes, em concreto os relativos à restauração e outros proveitos decorrentes da própria atividade.

O ano de 2013 registou um valor de proveitos global de cerca de 609 milhões de euros, valor superior ao ano de 2012 (+4,0%). Quando analisado de forma mais detalhada podemos verificar que os proveitos relativos aos aposentos em 2013 foram de 436 milhões de euros (71,6%) e os proveitos relativos a outros serviços de cerca de 172,8 milhões de euros (28,4%).

700.000.000 Aposento

600.000.000

581.532.386 521.847.970

Euros

Outros

541.142.584

Global 569.204.185

585.730.992

609.053.755

500.000.000 400.000.000 300.000.000 200.000.000 100.000.000 0 2008

2009

2010

2011

2012

2013

Anos

Proveitos globais em empreendimentos turísticos (aposento + outros proveitos) – 2008/2013 Fonte: Turismo de Portugal PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

130


Procura turística RevPar

Quando analisada a performance deste indicador nos últimos anos, verifica-se que no ano de 2007 o RevPar atingiu os 27,8 euros, tendo vindo a decrescer nos anos seguintes até 2012 (não obstante o aumento da oferta disponível), ano em que atingiu os 24,8. O mesmo se verifica ao nível do RevPar nacional, que apesar de ser superior também conheceu o mesmo comportamento nestes últimos anos.

O indicador RevPar (Receita por quarto disponível) registou um valor médio total de 26,4 euros no ano de 2013, um aumento de 6,5% face a período homólogo.

35 30

Euros

25

32 28,7

26,9

27,6

24,3 22,3

27,2 23,6

29,1

31,8 28,5

27,8

26,2

24,8

27,7

26,8

24,2

23,8

23,6

2009

2010

2011

26,8 24,8

28,3 26,4

20,9

20

15 10 5 0 2002

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2012

2013

Anos Algarve

Portugal

RevPar nas unidades de alojamento – Algarve e Portugal (euros) Fonte: Impactur PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

131


Procura turística RevPar por regiões turísticas nacionais Embora o Algarve seja a principal região turística em termos de dormidas, tal não encontra correspondência com o RevPar, em que se vê claramente ultrapassado neste indicador pelas regiões de Lisboa e Madeira. 60,0 50,0

Euros

40,0 30,0 20,0 10,0

0,0 Algarve

Norte

Centro

Lisboa

Alentejo

Açores

Madeira

Regiões turísticas 2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

RevPar por regiões turísticas nacionais (euros) Fonte: Turismo de Portugal PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

132


Procura turística Índice de amplitude sazonal – evolução

Quando analisado este índice ao nível das dormidas, hóspedes e passageiros processados no Aeroporto de Faro podemos verificar que o valor do mesmo tem vindo a aumentar desde o ano de 2007.

O índice de amplitude sazonal permite avaliar as variações dos fluxos entre a época alta e a época baixa. Quanto maior for o grau de amplitude sazonal pior será a distribuição anual do turismo, com inconvenientes não só para a exploração dos estabelecimentos turísticos, como também em relação ao emprego e à concentração dos movimentos turísticos com evidentes consequências no congestionamento do tráfego, sobrecarga de infraestruturas, entre outras. 7,0 6,0

5,9 4,8

Unidade

5,0

4,6

4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Anos Dormidas

Hóspedes

Pax processados AFR

Evolução do Índice de amplitude sazonal nas dormidas, hóspedes e passageiros processados no Aeroporto de Faro (2007-2013) Fonte: Elaboração própria a partir dos dados recolhidos no Turismo de Portugal e ANA PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

133


Procura turística Taxa de sazonalidade – evolução A taxa de sazonalidade reflete a relação entre o número de turistas ou de dormidas ocorridos nos meses de maior fluxo e o total de entradas ou dormidas verificadas durante todo o ano num determinado país ou região.

No caso do Algarve foi analisada a taxa de sazonalidade para as dormidas, hóspedes e passageiros processados no Aeroporto de Faro, para os meses de julho, agosto e setembro. Esta análise permite concluir que a taxa de sazonalidade é superior a 40% em todos os indicadores.

48,0 46,9

46,7

46,0

Percentagem

44,0 42,6

43,0

42,0

41,6

40,0 38,0 36,0 34,0 2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

Anos Dormidas

Hóspedes

Pax processados AFR

Evolução da taxa de sazonalidade nas dormidas, hóspedes e passageiros processados no Aeroporto de Faro (2007-2013) Fonte: Elaboração própria a partir dos dados recolhidos no Turismo de Portugal e ANA PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

134


Procura turística Número de voltas nos campos de golfe do Algarve Relativamente ao número de voltas em campos de golfe, registaram-se em 2013 cerca de 1 milhão de voltas, valor que representa um aumento aproximado de 17% face ao ano de 2000.

Distribuição de voltas nos campos de golfe das regiões turísticas de Portugal A já verificada importância da região ao nível da oferta a nível nacional, existe correspondência em termos de procura, com o Algarve a registar mais de 66% do total de voltas nos campos de golfe de Portugal.

1.200.000

2,5% 4,6% 1,8%

Nº de voltas

1.000.000

5,1% 17,4%

800.000 600.000 400.000

Porto e Norte Centro Lisboa

200.000

2,1%

0

Ano

Evolução do número de voltas nos campos de golfe no Algarve (2000/2013) Fonte: Região de Turismo do Algarve

66,6%

Alentejo Algarve Madeira Açores

Distribuição do número de voltas nos campos de golfe por regiões turísticas de Portugal (2013) Fonte: Conselho Nacional da Indústria do Golfe

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135


Procura turística Movimento dos postos de turismo do Algarve

O movimento nos postos de turismo tem sofrido oscilações ao longo dos últimos anos, sendo que o ano que apresentou o maior número de atendimentos foi o de 2007 com 681.248. A partir de 2008, o número de atendimentos foi diminuindo, situação também explicada por uma alteração na metodologia de registo, tendo mesmo atingido os valores mais baixos no ano de 2010 (433.377). Nos últimos três anos este valor voltou a aumentar.

A Região de Turismo do Algarve possui 22 postos de turismo localizados nos vários concelhos da região. Em 2013 estes postos de turismo registaram o atendimento a 511.813 pessoas.

681.248

700.000 600.000

511.813

500.000 400.000 300.000 200.000 100.000

2013

2012

2011

2010

2009

2008

2007

2006

2005

2004

2003

2002

2001

-

2000

Número de atendimentos (unidades)

Em 2013, os postos de turismo com maior movimento foram os de Faro (76.581), Tavira (52.514), Albufeira (48.048 e Lagos (46.237). Os meses de maior movimento foram os de agosto, julho e setembro.

Anos

Evolução dos movimentos nos postos de turismo do Algarve (2000-2013) Fonte: Região de Turismo do Algarve

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136


Procura turística| Perfil da procura - Nacional

FICHA DA PROCURA | NACIONAL

Num estudo realizado em 2009 foram inventariados dados que nos permitem avaliar o perfil da procura nacional que visita o Algarve.

- Idade média: 40,34 anos

No total foram realizados 2770 questionários durante vários meses do ano de 2008 (fevereiro a abril; julho a setembro e dezembro), de modo a poder avaliar o perfil do turista nacional em diferentes momentos do ano (Páscoa, Verão e Fim de ano).

Perfil

- Género: Feminino (53,4%) - Estado civil: Casado/União de facto (65,1%) - Nível de escolaridade: - Superior (47,7%) - Secundário (29,4%) - Rendimento do agregado familiar: - Até 1000 euros: 17,5% - Entre 1001 e 2000 euros: 34,5% - Entre 2001 e 3000 euros: 22,9% - Escalão etário:

- Menos de 30 anos: 28,2% - Entre 31 e 50 anos: 51,3% - Emprego: - Trabalhador por conta de outro: 58,4% - Trabalhador por conta própria: 12,3% - Composição do agregado familiar: 2 adultos e 1 criança - Zona de residência: - Grande Lisboa: 41,0% - Centro de Portugal: 17,3% - Norte de Portugal: 14,7% Fonte: Região de Turismo do Algarve

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137


Procura turística|

Perfil

FICHA DA PROCURA | NACIONAL - Motivo da visita: - Miniférias/Fim de semana: 47,3% - Férias: 37,1% - Estadia média: 9,68 dias - Frequência com que visita a região: - Uma vez por ano: 34,7% - Três ou mais vezes por ano: 32,2% - Acompanhantes da viagem: - Família: 52,9%

- Cônjuge/Companheiro: 23,4% - Meio de transporte na deslocação para o Algarve: Carro próprio (90,1%) - Antecedência da reserva da viagem: 45,21 dias - Meio de reserva da viagem: - Telefone: 40,8% - Internet: 26,0% - Alojamento escolhido no Algarve: - Casa própria: 25,1% - Casa de amigos e familiares: 22,1% - Apartamento ou aldeamento turístico: 19,8% - Hotel de 4 ou 5 estrelas: 17,4%

Fonte: Região de Turismo do Algarve

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138


Procura turística|

Perfil

FICHA DA PROCURA | NACIONAL - FATORES DE ATRAÇÃO DO DESTINO: (escala de 1 a 5) - Sol praia:

- Económico-sociais: - Segurança: 4,28

- Clima: 4,59

- Preço: 4,07

- Qualidade das praias: 4,38

- Alojamento: 4,07

- Higiene: 4,24

- Acessibilidades: 3,88

- Hospitalidade; 4,05

- Custo de vida: 3,87

- Ambiente físico: 3,94

- Hospitais: 3,82

- Infraestruturas: 3,89 - Recreação e natureza: - Paisagem: 4,07

- Animação: - Entretenimento: 3,80 - Animação noturna: 3,43

- Atrações culturais: 3,66 - Atmosfera familiar: 3,66 - Atividades ao ar livre: 3,63 - Parques naturais: 3,51 - Comércio: 3,48 - Postos de informação: 3,35

Fonte: Região de Turismo do Algarve

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139


Procura turística|

Perfil

FICHA DA PROCURA | NACIONAL O que o turista nacional gostaria de encontrar no Algarve  Mais e melhores infraestruturas:  Mais apoios na praia – chuveiros, casas de banho, posto de saúde, mais limpeza;  Parques temáticos e de diversão.  Animação e recreação:  Mais equipamentos desportivos;  Atividades ao ar livre;

 Animação noturna;  Atividades na praia.  Mais oferta de espaços culturais;  Melhores preços;  Mais e melhor rede de transportes;  Melhores condições de saúde e hospitais;  Menos pressão turística;  Mais acessibilidades, nomeadamente mais parques de estacionamento e parques para autocaravanas;  Mais lojas de comércio;  Melhor ordenamento urbanístico e mais espaços verdes. PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

140


Procura turística|

Perfil

Evolução do perfil da procura internacional

1983

1992

2012

8,8% 44,0% 17,0% 13,5% 15,6% 1,2%

5,6% 20,5% 21,2% 26,9% 19,3% 6,5%

13,1% 21,5% 27,5% 23,9% 14,1%

Nacionalidade  Reino Unido  Alemanha  França  Espanha  Outros países Europa  Outros países do Mundo

66,0% 11,0% 0,2% 0,0% 20% 2,8%

54,8% 18,1% 1,9% 0,3% 22,5% 2,6%

38,3% 9,9% 14,0% 12,1%

Irlanda Alemanha

Motivo da viagem  Negócios  Turismo  Outro

1,2% 97,7% 1,1%

4,3% 92,4% 3,2%

5,2% 59,4% 34,8%

Visita a amigos e familiares

Idade      

Menos de 20 anos 20 a 29 anos 30 a 39 anos 40 a 49 anos 50 a 64 anos Mais de 64 anos

Fonte: ANA, Aeroportos de Portugal; Região de Turismo do Algarve

Menos de 25 anos 25 a 35 anos 35 a 45 anos 45 a 55 anos Mais de 55 anos

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141


Procura turística|

Perfil

Evolução do perfil da procura internacional

1983

1992

Profissão  Funcionário público  Profissional liberal  Quadro técnico  Chefe de empresa  Comerciante  Outros profissionais  Sem profissão/Reformado

8,5% 2,5% 6,5% 2,7% 22,3% 36,7% 19,8%

7,4% 5,3% 7,3% 8,7% 8,5% 43,2% 19,6%

Rendimento familiar  Menos de 3500 euros  Entre 3500 e 7499 euros  Mais de 7500 euros

73,0% 16,0% 11,0%

6,3% 9,5% 38,7%

Número de viagens últimos 12 meses  1 viagem  2 viagens  3 viagens  Mais de 3 viagens

52,5% 26,1% 11,1% 10,3%

25,3% 27,1% 11,8% 22,3%

Fonte: ANA, Aeroportos de Portugal; Turismo do Algarve

2012

3,5%

80,4% 15,5%

Empregado

72,4% 15,7% 5,4% 5,0%

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142


Procura turística|

Perfil

Evolução do perfil da procura internacional

1983

1992

Número de dias de estadia  3 dias ou menos  1 semana  Mais de uma semana

0,3% 21,2% 78,5%

3,8% 34,7% 58,1%

Transporte utilizado durante a estada  Viatura própria  Táxi  Autocarro (transfer)  Carro alugado  Outros

6,7% 25,2% 55,8% 10,0% 2,2%

6,8% 16,0% 45,9% 30,5% 0,8%

Fonte: ANA, Aeroportos de Portugal; Região de Turismo do Algarve

2012

11,3% 23,6% 43,4%

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143


Procura turística|

Perfil

Gastos turísticos dos turistas internacionais - 2013 Tipo de gasto Gasto médio diário

Média geral 81,3 euros

Fronteira aérea

Fronteira rodoviária

Época alta

Época baixa

Época alta

Época baixa

95,3 euros

78,7 euros

63,0 euros

54,0 euros

121,6 euros

96,7 euros

92,4 euros

86,8 euros

Gasto médio diário por tipo de alojamento •

Hotel

Apartamento Turístico

95,1 euros

80,3 euros

70,8 euros

57,6 euros

Aldeamento/Aparthotel

90,5 euros

73,8 euros

42,7 euros

27,9 euros

Imóvel arrendado

93,8 euros

68,8 euros

Alojamento Gratuito/2ª habitação

58,2 euros

57,3 euros

32,0 euros

33,8 euros

Tipo de gasto •

Pacote turístico

27,2%

30,3%

8,3%

Alojamento

20,5%

18,5%

32,7%

Restaurantes/Bares/Cafés

18,4%

17,2%

25,8%

Transportes internacionais

13,8%

15,6%

2,6%

Supermercado

7,2%

6,2%

13,1%

Aluguer automóvel

4,2%

4,9%

---

Outros

8,7%

7,3%

17,5%

Fonte: Instituto Nacional de Estatística

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144


ANIMAÇÃO TURÍSTICA

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145


Animação turística Eventos no Algarve – Duração Da análise realizada ao plano de eventos anual que se realizam no Algarve verifica-se que 60,4% têm a duração de um dia. 70,0%

Destaca-se ainda o facto de existirem cerca de 3,7% dos eventos que têm uma duração superior a um mês, como por exemplo, o Fiesa ou exposições de arte diversas.

60,4%

60,0%

Percentagem

50,0% 40,0% 30,0% 20,0%

8,5% 6,9%

10,0%

7,0% 2,7%

3,4%

5,0% 2,4%

3,8%

0,0% 1 dia

2 dias

3 dias

4-7 dias

8-14 dias

15-21 dias

22-28 dias

1 mês

Mais de 1 mês

Número de dias

Duração dos eventos que se realizaram no Algarve em 2013 Fonte: Região de Turismo do Algarve

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146


Animação turística Eventos no Algarve – Tipologia No ano de 2013 os eventos musicais foram aqueles que tiveram uma maior expressão no Algarve (35,6%), seguidos das exposições (11,8%) e das feiras e mercados (11,7%).

35,6%

40,0% 35,0%

Percentagem

30,0% 25,0% 20,0% 15,0% 10,0%

11,8%

9,3%

11,7%

9,7%

8,1%

8,5%

5,3%

5,0%

0,0% Dança

Desporto

Eventos pontuais

Exposição

Feiras e Mercados

Festas e Festivais

Música

Teatro

Tipologia dos eventos

Tipologia dos eventos que se realizaram no Algarve em 2013 Fonte: Região de Turismo do Algarve

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147


Animação turística Eventos no Algarve – Concelhos

Os concelhos que apresentam um menor número de eventos são Monchique, Castro Marim, Vila do Bispo e Aljezur.

Os concelhos que organizaram mais eventos ao longo do ano de 2013 foram os de Portimão (17,6%), Faro (17,1%) e Lagos (12,8%)

17,6%

17,1%

18,0% 16,0%

Percentagem

14,0%

12,8%

12,0% 10,0%

8,5% 7,2%

8,0% 5,6%

6,0% 4,0% 2,0%

3,4% 1,4%

4,2%

3,8%

3,2%

1,9%

6,9%

2,7%

1,6% 1,8%

0,5%

0,0%

Concelhos do Algarve

Concelhos do Algarve onde se realizaram os eventos de 2013 Fonte: Região de Turismo do Algarve PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

148


Animação turística Eventos no Algarve – Sazonalidade

Os meses que apresentam um menor número de eventos são janeiro (4,9%) e fevereiro (6%).

No Algarve, os eventos concentram-se nos meses de verão, nomeadamente agosto (13,6%) e setembro (10,3%), seguindo-se os meses de maio e dezembro (9,7% cada). 16,0% 14,0%

13,6%

Percentagem

12,0% 10,0%

10,3%

9,7%

9,7%

8,4%

8,0%

8,1%

7,6%

6,0%

7,8%

7,3%

6,7%

6,0% 4,9%

4,0% 2,0% 0,0% Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Meses

Sazonalidade dos eventos que se realizaram no Algarve em 2013 Fonte: Região de Turismo do Algarve PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

149


Animação turística Programa ALLGARVE O programa ALLGARVE, lançado pelo Ministério da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento em 2007, possuía um programa pluridisciplinar de âmbito internacional com o objetivo de reposicionar a imagem do Algarve e destacá-lo enquanto destino turístico de qualidade. A iniciativa, destinada aos turistas mas também às comunidades locais, pretendeu divulgar uma cultura que fosse acessível a todos, servindo de complemento aos produtos sol e mar frequentemente associados à região, e com o intuito de proporcionar aos visitantes uma oferta turística diferenciada, sobretudo na área da animação e cultura, proporcionando assim uma nova oferta da região. A primeira edição (lançada em 2007) deu início a um triénio experimental do programa e em 2010 foi feita a renovação do mesmo, por mais três anos, situação que não se concretizou, com 2011 a marcar a última edição deste programa. O programa ALLGARVE consistiu num conjunto de vários eventos que se realizaram em diferentes pontos da região, no decorrer de alguns meses do ano. A estrutura do programa sofreu alterações progressivas, e na passagem da terceira edição para a quarta verificou-se um maior acréscimo no número de atividades.

O slogan “experiências que marcam”, pretendeu reforçar a ideia de que o Algarve é um destino turístico de excelência, onde aos produtos tradicionais, sol e mar, se associam eventos de qualidade. A gestão do orçamento e dos recursos humanos e materiais foi um trabalho conjunto do Turismo de Portugal, da Região de Turismo do Algarve, das autarquias e de entidades privadas. A campanha interna foi aplicada na imprensa, rádio, internet, em outdoors e sinalética. O programa foi, desde o início, bastante criticado, quer pela designação escolhida, um estrangeirismo que para muitos indiciava uma alteração na designação da região, bem como por estar associado a um certo elitismo, e por não transmitir os valores identitários da região. Outra das criticas bastante apontadas, prendia-se com o facto de mais de 70% dos eventos ocorrerem nos meses de julho e agosto, nada aportando para suprir a necessidade de animação todo o ano. Não obstante todas estas lacunas, parece ser relativamente consensual que a supressão deste programa deixou um vazio na promoção da animação regional

As áreas temáticas abrangidas foram a arte contemporânea; música pop/world; música Jazz; gastronomia; animação e desporto.

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150


Animação turística Eventos no Algarve ao longo do ano O Algarve dispõe de um calendário de eventos muito rico e diversificado, cuja realização se distribui por toda a região. Atualmente, a região oferece um conjunto de eventos de impacto nacional e internacional, como por exemplo a Concentração Internacional de Motos, que ocorre em julho e que reúne, na cidade de Faro, vários milhares de motards provenientes de muitos países do mundo.

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151


Animação turística Eventos no Algarve ao longo do ano Considerado um evento marcante no calendário regional, o o Rally de Portugal, realizou em 2014, a sua última edição no Algarve, tendo já sido anunciado que passará a ter lugar no norte do país. Este evento para além do número de participantes que atrai tem vindo a captar a atenção de muitos aficionados do Rally que se deslocam à região para assistir em diretos às várias etapas, assim como a imprensa nacional e internacional. Em 2013 foi realizado um estudo (Perna, 2013) que permitiu aferir que este evento gerou um impacto global na economia portuguesa de 101,6 milhões de euros provenientes dos gastos dos adeptos não residentes, dos residentes, das 72 equipas que disputaram a prova e ainda da projeção mediática do país nos media nacionais e internacionais. Segundo o mesmo estudo, o evento constitui uma mais valia para o setor da restauração (35,7% da despesa total), alojamento (19,4%) e transportes (13,9%). O adepto do Rally de Portugal residente no Algarve gasta em média 37 euros por dia, enquanto que o não residente gasta cerca de 100 euros em média por dia. Dos resultados obtidos é possível verificar que 3 em cada 10 adeptos não residentes no Algarve, são provenientes de Espanha, sobretudo de Andaluzia (29,4%), Galiza (23,2%) e Extremadura (15,6%).

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Animação turística Eventos desportivos Ao longo do ano, o Algarve acolhe diversos eventos de índole desportiva, principalmente aqueles relacionados com o Atletismo, Ciclismo, Futebol, Automobilismo, Náutica, Golfe e Patinagem, sendo alguns destes de cariz internacional atraindo mercados externos para a região.

No total organizam-se cerca de 17 eventos anuais, principalmente nos meses de fevereiro e julho, sendo que aqueles que têm maior expressão são os de automobilismo e de futebol.

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153


Animação turística GRANDE PRÉMIO DOS REIS Local: Faro Organização: Associação de Atletismo do Algarve Altura de realização: Janeiro

Eventos de Atletismo

CROSS INTERNACIONAL DAS AMENDOEIRAS EM FLOR Local: Diversas localidades Organização: Câmara Municipal de Albufeira e Associação de Atletismo do Algarve Altura de realização: Fevereiro MILHAS DO GUADIANA Local: Vila Real de Santo António e Ayamonte Organização: Câmara Municipal de V.R.St.António, Ayuntamiento de Ayamonte, Grupo desportivo Pic-Nic e Patronato de Deportes de Ayamonte Altura de realização: Novembro

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154


Animação turística

VOLTA AO ALGARVE EM BICICLETA Local: Diversas localidades Organização: Associação de Ciclismo do Algarve Altura de realização: Fevereiro

Eventos de Ciclismo MARATONA DE BTT EM ALTE Local: Loulé Organização: Escola Profissional de Alte Altura de realização: Abril

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155


Animação turística MUNDIALITO DE FUTEBOL FEMININO Local: Diversas localidades Organização: Federação Portuguesa de Futebol com apoio da FIFA Altura de realização: Março Audiência: 70 países – 8 milhões de telespetadores.

MUNDIALITO DE FUTEBOL DE PRAIA Local: Praia da Rocha - Portimão Organização: Câmara Municipal de Portimão Altura de realização: Julho

Eventos de Futebol

MUNDIALITO DE FUTEBOL DE 7 Local: Vila Real de Santo Antonio/Ayamonte Organização: Câmara Municipal de V.R.St.António, Ayuntamiento de Ayamonte Altura de realização: Abril

COPA DO GUADIANA Local: Vila Real Organização: Câmara Municipal de V.R.St.António, Altura de realização: Junho

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Animação turística RALLY DE PORTUGAL Local: Diversas localidades Organização: Automóvel Club de Portugal Altura de realização: Março Impacto económico: 2012 cerca de 53 milhões de euros (direto) E cerca de 45 milhões de retorno indireto. CAMPEONATO DO MUNDO DE CARROS DE TURISMO Local: Portimão Organização: Autódromo Internacional do Algarve Altura de realização: Junho

Eventos de Motorizados

FIA GT1 WORLD CHAMPIONSHIP Local: Portimão Organização: Autódromo Internacional do Algarve Altura de realização: Julho Audiência: Cerca de 150 milhões de telespetadores nos 5 continentes – 1000 horas de transmissão mundial CAMPEONATO DO MUNDO DE SUPERBIKE Local: Portimão Organização: Autódromo Internacional do Algarve Altura de realização: Setembro Audiência: 173 países – mais de 3400 horas de transmissão em 95 canais de televisão – Cerca de 2 biliões de contactos televisivos RALLYE CASINOS DO ALGARVE Local: Portimão Organização: Clube Automóvel do Algarve Altura de realização: Novembro

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Animação turística

Eventos de Patinagem

Eventos Náuticos

TERRAS DO INFANTE/LAGOS DOS DESCOBRIMENTOS Local: Lagos Organização: Roller Lagos Clube de Patinagem Altura de realização: Fevereiro Audiência: Transmissão em canal nacional e transmissão em direto na internet, em 2012 teve mais de 12 mil visualizações em 60 países.

REGATA DOS PORTOS DOS DESCOBRIMENTOS Local: Lagos Organização: Câmara Municipal de Lagos e Clube de Vela de Lagos Altura de realização: Julho Evento em 2014: Celebra a 25ª edição Nº de participantes previtos: 250 velejadores e 50 embarcações

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158


Animação turística

Eventos de Golfe

PORTUGAL MASTERS Local: Vilamoura Organização: The European Tour Altura de realização: Outubro

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159


PRODUTOS ESTRATÉGICOS

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160


Produtos estratégicos O Plano Estratégico Nacional de Turismo (PENT) publicado em 2007 e recentemente alvo de revisão (Resolução do Conselho de Ministros 24/2013 de 16 de abril) refere que o Algarve possui condições para trabalhar com nove produtos estratégicos, que devido às suas características se encontram em etapas de desenvolvimento distintas.

PRODUTOS

SITUAÇÃO

Sol e mar

Produto consolidado

Golfe

Produto consolidado

Turismo residencial

Produto consolidado

Gastronomia e vinhos

Produto complementar

Touring

Produto complementar

Turismo de saúde

Produto complementar

Turismo de negócios

Produto em desenvolvimento

Turismo de natureza

Produto em desenvolvimento

Turismo náutico

Produto em desenvolvimento

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Produtos estratégicos Orçamento ATA – Produtos estratégicos Ao longo dos últimos anos, o valor total do orçamento da ATA tem oscilado, tendo-se verificado que, entre 2008 e 2014 o ano em que apresentou um maior valor foi no ano de 2011 com cerca de 7,2 milhões de euros.

8.000.000

Este valor foi reduzido em cerca de 9% em 2012, valor que se manteve nos anos seguintes (2013 e 2014).

7.200.000

6.811.674

6.566.250

6.300.000

7.000.000

6.546.735

6.546.735

5.685.017

6.000.000

Euros

5.000.000 4.000.000 3.000.000 2.000.000 1.000.000 2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

Anos

Orçamento da ATA entre 2008 e 2014 (milhões de euros) Fonte: Associação Turismo do Algarve

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162


Produtos estratégicos Orçamento ATA – Produtos estratégicos

Saliente-se ainda o facto havido investimento no situação que se alterou produto foi substituído (2011) e Natureza (2012,

Quando analisado o orçamento da ATA por produto, verificamos que, entre 2008 e 2014, o produto Sol e Mar foi aquele que apresentou uma maior aposta, que se destacou ainda mais no ano de 2014.

de que entre 2008 e 2010 ter produto Saúde e bem estar, a partir de 2011 em que o pelo de Natureza e Náutico 2013 e 2014).

90,0%

83,3%

80,0%

Percentagem

70,0%

60,0%

62,0% 50,0%

50,0%

50,0%

50,9%

50,0%

50,0% 40,0% 30,0% 20,0% 10,0% 0,0% 2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

Anos SOL E MAR

GOLFE

MI

SAÚDE E BEM ESTAR

NATUREZA

Orçamento da ATA entre 2008 e 2014 por Produto estratégico (%) Fonte: Associação Turismo do Algarve PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Produtos estratégicos Orçamento ATA - Mercado Ao longo dos últimos anos o valor total do orçamento da ATA para promoção externa tem vindo a decrescer, tendo passado de 6,4 milhões em 2008 para 4,3 milhões em 2014.

7.000.000,00

6.446.595,00

6.000.000,00

5.284.080,00

Euros

4.800.000,00

4.707.251,00

5.000.000,00

4.219.750,81

4.343.490,00

4.364.490,00

4.000.000,00 3.000.000,00 2.000.000,00 1.000.000,00 2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

Anos

Orçamento da ATA entre 2008 e 2014 (milhões de euros) para promoção externa Fonte: Associação Turismo do Algarve

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Produtos estratégicos Orçamento ATA - Mercado Ao nível da promoção externa por mercado, verifica-se que a Alemanha e o Reino Unido são os dois mercados com maior investimento.

Para além destes, a promoção multimercados, ou seja, promoções transversais que envolvem vários mercados também apresenta valores elevados, tendo ultrapassado os 20% em 2013 e 2014.

MERCADOS

No que concerne o esforço promocional da ATA no mercado alemão e tendo por base os indicadores utilizados na avaliação da procura, este investimento parece não estar a surtir os efeitos desejados.

Relativamente ao mercado espanhol, o decréscimo de investimento promocional por parte desta entidade, desde 2013, deve-se à publicação da Lei 33/2013, que veio atribuir as competências de atuação neste mercado à Região de Turismo do Algarve.

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

Reino Unido

23,3%

16,6%

7,4%

23,2%

27,2%

18,1%

18,9%

Alemanha

21,1%

20,2%

9,5%

15,7%

22,5%

23,3%

23,1%

Irlanda

6,5%

7,4%

2,6%

4,0%

4,3%

3,0%

3,1%

Benelux

9,2%

9,6%

5,6%

9,3%

12,3%

11,2%

8,6%

Escandinávia

6,8%

2,7%

5,2%

14,8%

13,3%

9,8%

19,7%

11,9%

14,0%

7,0%

12,5%

10,9%

6,3%

1,9%

2,5%

2,0%

1,9%

3,2%

6,9%

5,6%

3,5%

18,8%

27,4%

60,8%

17,2%

2,6%

22,7%

21,1%

5,3%

4,9%

6,0%

1,9%

7,1%

7,9%

16,4%

Espanha França Multimercados * Outros

* Promoção transversal que engloba vários mercados Orçamento da ATA entre 2008 e 2014 por mercado (%) Fonte: Associação Turismo do Algarve

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Produtos estratégicos|

Sol e mar

Sol e mar Algarve é sinónimo de praia, de mar, de luz e de um sol revigorante que banha toda a região e lhe dá um brilho natural que a distingue das demais regiões concorrentes. A região possui uma costa com cerca de 200km, salpicada de enseadas, falésias, grutas, praias rochosas e de 100 praias de areias douradas e finas banhadas por águas límpidas e tépidas. Destas 82 ostentam a bandeira azul e 106 foram distinguidas com qualidade de ouro pela Quercus. Com um clima ameno ao longo de todo o ano, o Algarve oferece 300 dias de sol por ano e uma temperatura que varia entre os 15º no inverno e os 30º no verão, tornandose assim atrativa para a prática de distintas modalidades desportivas.

200 km de costa 133 praias 82 praias com bandeira azul 2014 106 praias com “qualidade de ouro” 300 dias de sol por ano

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Produtos estratégicos|

Sol e mar

Sol e mar Segundo um estudo da THR, de 2006, o sol e mar representa cerca de 88% das motivações dos turistas estrangeiros que visitam a região algarvia, o que origina picos acentuados de procura nos meses mais quentes do ano. Apesar de oferecer um clima ameno ao longo de todo o ano, o Algarve é mais procurado nos meses de junho, julho e agosto, tanto por turistas estrangeiros como nacionais. Os principais mercados que procuram o sol e mar do Algarve são o Reino Unido, a Alemanha, embora outros mercados também tenham relevância, nomeadamente os países da Escandinávia, Holanda, Áustria, entre outros. Um estudo realizado por Brás (2013), em agosto de 2012 demonstra que os turistas têm a perceção de que o Algarve é um destino seguro (98%). Destes inquiridos cerca de 61% vinha acompanhado pela família, 16% viajava com o seu cônjuge e 10% com amigos. Com uma idade média que rondava os 41 anos, os inquiridos eram em 60% dos casos casados ou a viver em união de facto e 34% solteiros. Cerca de 44,4% tinham frequentado o ensino universitários e 36,6% tinha um nível de ensino secundário.

O estudo do “Perfil do turista nacional que visita o Algarve”, refere que 64,2% dos inquiridos referiram estar a repetir a visita ao Algarve, sendo que 67,1% recomendaria a amigos e familiares. Destaca-se ainda o facto de que o Algarve é valorizado pela beleza da linha costeira, acessos, qualidade das instalações e do alojamento, entre outros. No entanto, verifica-se que o Algarve ainda não suscita uma experiência turística emocional suficientemente única e especial, o que nos leva a crer que existe a necessidade de se criarem experiências turísticas que potenciem uma relação mais afetiva e emocional com o destino. Do mesmo modo, existe a necessidade de se valorizar e melhorar os recursos e equipamentos existentes, nomeadamente aqueles de apoio às praias, assegurando a sua integração com outras ofertas complementares da região.

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Produtos estratégicos|

Sol e mar

Sol e mar – Prémios e distinções

Sol e mar – Melhoramentos

O Algarve tem vindo a ganhar nos últimos anos, vários prémios e distinções devido às magníficas praias que possui.

Em 2014, cerca de 7 praias do Algarve foram alvo de intervenções nas arribas e reposição de areia, com vista a aumentar a segurança dos banhistas, num investimento de cerca de 2 milhões de euros.

De destacar, a atribuição de melhor destino europeu de praia, pelos World Travel Awards, nos anos de 2012 e 2013. A praia da Falésia, em Albufeira, ficou no ranking das 25 melhores praias da Europa do Travellers’ Choice 2014 do TripAdvisor.

A Agência Portuguesa do Ambiente efetuou trabalhos de alimentação artificial das praias de Carvoeiro, Benagil, Nova, Cova Redonda (Lagoa), Castelo, Coelha (Albufeira) e Dona Ana (Lagos).

Relativamente ao TripAdvisor: no Top 10 Portugal, é possível verificar que 8 praias do Algarve estão neste ranking: 1 - Falésia, Albufeira, Algarve 2 - Dona Ana, Lagos, Algarve 3 - Olhos d'Água, Albufeira, Algarve 4 - Meia Praia, Lagos, Algarve 5 - Praia da Rocha, Portimão, Algarve 6 - Guincho, Sintra 7 - Tróia 8 - Marinha, Carvoeiro, Algarve 9 - Galé, Albufeira, Algarve 10 - Odeceixe, Aljezur, Algarve

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Produtos estratégicos| Praias acessíveis Iniciativa da Comissão Nacional de Coordenação para o Ano Europeu das Pessoas com Deficiência (CNCAEPD), o projeto “Praias Acessíveis – Praias para Todos” pretende que as praias portuguesas passem a assegurar condições de acessibilidade que viabilizem a sua utilização e desfrute, com equidade, dignidade, segurança, conforto e a maior autonomia possível, por pessoas de todas as idades, que tenham dificuldades de locomoção, ou outras incapacidades que condicionem a sua mobilidade. O Algarve conta com 44 galardoadas com a bandeira “Praia Acessível”.

Sol e mar

Nestas praias algarvias, as pessoas com mobilidade condicionada têm disponíveis rampas de acesso, passadeiras, corrimãos, instalações sanitárias adaptadas, lugares de estacionamento reservado, balcões rebaixados e mesas de restaurante de tamanho específico e sem obstáculos. Na sua maioria estão também equipadas com cadeiras de rodas e canadianas anfíbias ou outros instrumentos auxiliares que permitam às pessoas com mobilidade condicionada o acesso à água.

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Produtos estratégicos|

Sol e mar

Prémio Praia + acessível O Prémio Praia + Acessível tem por objetivo distinguir as praias nacionais, costeiras ou interiores, que, tendo sido galardoadas com a bandeira Praia Acessível durante a época balnear, evidenciam as melhores condições de acessibilidade, constituindo-se, desse modo, como práticas de referência nacional, pela qualidade do usufruto da sua oferta de serviços e bem-estar que proporcionam às pessoas com mobilidade condicionada. Nos últimos anos, várias praias do Algarve receberam este galardão, nomeadamente: 2009 - 1º prémio: Praia da Manta Rota (concelho de Vila Real de Santo António); 2010 - 1º prémio: Praia da Luz (concelho de Lagos); 2013 - 2.º prémio: Praia da Luz (concelho de Lagos).

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Produtos estratégicos| Golfe O golfe no Algarve surgiu no ano de 1966 com a abertura do Campo da Penina desenhado por Sir Henry Cotton. Seguidamente foram construídos os campos de Vale do Lobo e de Vilamoura e mais tarde o da Quinta do Lago.

Golfe

Atualmente podemos encontrar no Algarve 40 campos de golfe, 32 de 18 buracos e oito de 9 buracos, distribuídos em 11 concelhos da região. O concelho de Loulé é aquele que apresenta um maior número de campos.

Localização dos campos de golfe do Algarve Fonte: Associação Turismo do Algarve PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Produtos estratégicos| Golfe

Golfe

Os dados de 2014 (até final de maio) permitem-nos verificar que os meses de fevereiro a maio tiveram uma maior procura comparativamente a período homólogo, destacando-se o mês de fevereiro e maio com um aumento de mais de 10% no número de voltas.

Em 2013, foram realizadas 1.008.287 voltas nos campos de golfe do Algarve, verificando-se que os meses de outubro, março, abril, setembro e maio são aqueles que apresentam o maior pico de procura.

140.000 2004

2008

2012

2013

2014

Número de voltas

120.000

100.000

80.000

60.000

40.000

20.000

0 Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Meses do ano

Evolução do nº de voltas nos campos de golfe do Algarve Fonte: Associação Algarve Golfe

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Produtos estratégicos| Golfe O Algarve possui 45,9% da oferta de campos de golfe nacional, tornando-o no principal destino de golfe de Portugal.

Golfe

Todos eles estão inerentes ao Algarve, o que o transformam num dos melhores destinos de golfe do mundo.

De acordo com o Turismo de Portugal (2006), um destino de golfe deve reunir um conjunto de requisitos, nomeadamente: -

A existência de campos de golfe inseridos em ambientes distintos e diferenciadores; Possuir boas infraestruturas de apoio à prática da modalidade; Clima ameno; Profissionais qualificados; Reconhecimento internacional; Oferta complementar de atividades; Facilidade no processo de reserva e compra de serviços; Bons acessos para a região e entre os campos de golfe.

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Produtos estratégicos| Golfe O produto golfe no Algarve atrai anualmente cerca de 300 mil jogadores à região, num total de 1 milhão de voltas e de aproximadamente 980 mil dormidas.

Os jogadores que praticam a modalidade no Algarve são na sua maioria britânicos (68%), seguindo-se os escandinavos com 8% da procura. O mercado nacional representa cerca de 7% da procura, que sendo ainda pouco significativo, demonstra uma procura constante e em crescimento.

Portugal 7%

Escandinávia 8%

Golfe

Este é um setor que tem uma receita direta e indireta superior a 350 milhões de euros, sendo que apenas 20% dos gastos dos jogadores de golfe estão relacionados com o jogo. Por cada posto de trabalho direto no golfe são criados cerca de 5 postos de trabalho indiretos, sendo que cada campo de golfe gera aproximadamente 50 postos de trabalho direto (manutenção, restauração, front-office, merchandising, comercial, administrativos, entre outros).

Outros 3%

Holanda 5% Alemanha 3% Irlanda 6%

Reino Unido 68%

Nacionalidade dos golfistas - 2013 Fonte: Associação Algarve Golfe

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Produtos estratégicos| Prémios internacionais Dada a elevada qualidade e reputação dos campos de golfe da região, o Algarve tem recebido nos últimos anos diversos prémios internacionais que permitem à região destacar-se como um dos melhores destinos de golfe da Europa e do Mundo.

Em 2006, o Algarve foi destacado como o Melhor Destino de Golfe do Ano e em 2014 como Melhor Destino de Golfe Europeu, ambos os prémios atribuídos pela International Association of Golf Tour Operators (IAGTO).

Golfe

Para além destes prémios, o Algarve tem sido considerado melhor destino de golfe por diversas revistas da especialidade, assim como alguns campos de golfe que também têm recebido galardões, demonstrando que a imagem do Algarve enquanto destino de golfe se tem vindo a consolidar ao longo dos anos.

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Produtos estratégicos|

Golfe

Eventos de golfe no Algarve O Algarve conta anualmente com um conjunto de eventos internacionais que têm permitido à região receber vários milhares de praticantes provenientes de diferentes países. Dos eventos de golfe já realizados na região, destacam-se o “Open de Portugal”, que nos anos 70, 80 e 90 se realizou nos campos de golfe do Penina, Quinta do Lago, Vale do Lobo e Vila Sol, o “Algarve World Cup in Portugal”, que se realizou em 2005, no Oceânico Victoria Golf Course. Outro evento de grande destaque é o “Portugal Masters”, que se realizará de 9 a 12 de outubro de 2014, torneio que faz parte do circuito europeu de golfe “European Tour” e que tem lugar, desde 2007, no Oceânico Victoria Golf Course. Estes eventos contribuem para o reconhecimento da região enquanto destino de excelência para a prática do golfe, permitindo o aumento da procura em períodos de menor fluxo turístico, com impactos diretos na hotelaria, restauração e demais serviços complementares do Algarve.

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Produtos estratégicos|

Golfe

Perfil do praticante de golfe do Algarve De acordo com um estudo realizado recentemente (Pereira, 2014), o jogador de golfe do Algarve caracteriza-se por ser do género masculino (80,6%), ter uma idade média de 52,6 anos, ser de nacionalidade britânica (51,2%) e residir em 44,5% dos casos no Reino Unido. Possui formação académica (41,4%), mantendo a sua ocupação profissional (56,9%). Cerca de 32,3% está reformado. Em média já visitou o Algarve 7,3 vezes. Fica em média cerca de 8,8 noites no destino, alojado num hotel (50,7%), sendo acompanhado na viagem por amigos (40,3%). A reserva dos serviços é efetuada diretamente numa agência de viagens ou operador turístico (45,2%), escolhendo em 20,9% dos casos Espanha como outro dos destinos de golfe. Durante o período de estada, faz em média 5,2 voltas aos campos de golfe, possuindo um handicap médio de 18,4. Durante o ano realiza em média 69,5 voltas.

+ de 1 milhão de turistas em 2013 350 milhões € de receitas em 2013

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Produtos estratégicos| Percepção do Algarve como um destino de golfe No mesmo estudo foi possível verificar que os inquiridos referiram que as grandes diferenças entre o Algarve enquanto destino de golfe e outros destinos concorrentes se centram essencialmente na qualidade e na quantidade dos campos de golfe (47,3%), no clima (42,9%), população local (18%), proximidade (12,1%) e acessibilidades (11%), classificando o Algarve como um bom e muito bom destino de golfe (44%).

Golfe

Cerca de 27,7% referiu que o Algarve era um excelente destino de golfe, apesar de ser caro (14,3%). Dos inquiridos, 25,6% referiu que iria regressar ao Algarve para jogar golfe e 50,9% referiu que muito provavelmente o faria. Do mesmo modo referiram que muito provavelmente iriam recomendar o destino (52,3%) enquanto 35% referiram que iram fazê-lo.

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Produtos estratégicos|Turismo de negócios Turismo de negócios – Meeting Industry O turismo de negócios é um dos dez produtos turísticos estratégicos definidos no PENT. A estratégia nacional visa desenvolver o turismo de negócios, qualificando infraestruturas e estruturas de suporte, o reforço da captação proativa de eventos e o desenvolvimento criativo de ofertas que contribuam para proporcionar experiências memoráveis aos participantes. Subjacente à estratégia está a segmentação por tipologia de reunião, número de participantes, objetivo ou promotor. Verifica-se um aumento do número total de participantes nas reuniões associativas por via do aumento do número de reuniões e não da sua dimensão média. Os principais mercados emissores de turismo de negócios a nível europeu são o Reino Unido, a Alemanha, a França, a Itália, o Benelux e a Escandinávia, igualmente importantes para o desenvolvimento do produto em Portugal. Fora da Europa, o mercado dos EUA assume importância estratégica para o desenvolvimento do produto, a par do Brasil.

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Produtos estratégicos|Turismo de negócios Turismo de negócios - Meeting Industry Portugal e em concreto o Algarve apresentam características ímpares que os tornam em destinos atrativos para a organização de grandes eventos de diferentes categorias, assim como para acolher grupos de incentivo de empresas nacionais e internacionais. Destas destacam-se:     

Clima ameno e hospitalidade; Segurança; Infraestruturas modernas e serviços de qualidade; Flexibilidade dos profissionais; Capacidade de organização de grandes eventos com reconhecimento muito favorável junto dos participantes e dos média internacionais;

O PENT aponta ainda que se devem desenvolver um conjunto de atividades que permitam tornar o país e o Algarve mais atrativo, nomeadamente:  Melhorar a acessibilidade aérea, sobretudo para os aeroportos do Porto e Faro;  Incentivar a instalação de centros de congressos com capacidade superior à atualmente existente, em particular no Algarve;  Promover a adaptação de infraestruturas e património a espaços para eventos e salas de reuniões;  Garantir a existência de estruturas profissionalizadas e dinâmicas de prospeção e articulação das ofertas com os agentes privados (convention bureaux);  Estimular a criação de uma equipa de captação de congressos, em ligação com os convention bureaux regionais, para dinamizar a prospeção de oportunidades.

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Produtos estratégicos|Turismo de negócios Equipamentos disponíveis no Algarve

A dimensão dos espaços varia entre os 10 lugares e os 5.603 lugares em plateia. Destacam-se como espaços de maiores dimensões o Portimão Arena (5.603 lugares em plateia), o Palácio de Congressos do Algarve (1.650), ou o Hotel Tivoli Marina (1.300 lugares em plateia).

O Meeting Industry foi classificado no PENT como um produto ainda em fase de desenvolvimento no Algarve. Nos últimos anos a região registou um aumento da oferta, o que lhe permite acolher grupos e eventos de maiores dimensões. Inseridas na sua grande maioria em unidades de alojamento classificado, as salas disponíveis variam em dimensão e no número de participantes que podem acolher, verificando-se que as principais salas estão localizadas nos concelhos de Albufeira, Loulé e Portimão. Hotel Alvor Pestana Praia

580

Crowne Plaza

600

Hotel Tivoli Vitoria

700

Sheraton Algarve

700

Grande Real Santa Eulália

780

Epic Sana Algarve

895

Hotel Tivoli Carvoeiro

900

Real Marina Hotel & SPA

920

Centro de Congressos do Arade

950

Hotel Ria Park

1100

Hotel Montechoro

1200

Hotel Tivoli Marina

1300

Palácio de Congressos do Algarve

1650

Portimão Arena

5603 0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

Unidades

Dimensão das salas em plateia com mais de 500 lugares no Algarve Fonte: Região de Turismo do Algarve

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Produtos estratégicos|Turismo de negócios Eventos memoráveis Para além da oferta referida anteriormente existe ainda a possibilidade de organizar eventos em espaços distintos, como é o caso do Centro Cultural de Lagos, o Centro Cultural António Aleixo em Vila Real de Santo António ou o Palácio da Galeria em Tavira. O Algarve dispõe de muitos outros recursos culturais que poderiam constituir também espaços para acolher grupos e determinados eventos tornando-os memoráveis e inesquecíveis, não só pela sua beleza arquitetónica como também pela beleza natural do local onde estão inseridos, como por exemplo a Fortaleza de Sagres, o Castelo de Silves, o Castelo de Castro Marim, o Museu Municipal de Faro, entre outros. Estes espaços aliados a toda a oferta de salas, auditórios e centros de congressos já existente poderia tornar o Algarve num destino de referência internacional para diferentes grupos e empresas. Esta é uma realidade em destinos como Espanha, que utilizam espaços de grande beleza e destaque para a realização de grandes eventos, como por exemplo, palácios, jardins e monumentos.

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Produtos estratégicos|Turismo de negócios Outras infraestruturas no Algarve O Algarve dispõe, ainda, de outros espaços com características distintas que permitem ir ao encontro das necessidades de diferentes grupos, nomeadamente o Autódromo do Algarve, os Casinos de Vilamoura, Montegordo e Portimão, o Estádio do Algarve, o Teatro Lethes em Faro, entre outros venues inseridos em espaços públicos, que pela sua singularidade podem tornar um evento memorável e colocar o Algarve no mapa dos destinos para o setor das reuniões e incentivos.

Importa referir que os grupos associados a incentivos normalmente procuram áreas distintas e de beleza singular, pelo que seria importante serem inventariados espaços que pudessem ser utilizados, nomeadamente praias, espaços públicos no centro de cidades, marinas, entre outros.

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Produtos estratégicos|Turismo de negócios O Meeting Industry no Algarve De acordo com um estudo realizado pela consultora ILM, que visava caracterizar o produto MI no Algarve, o setor de atividade que tem uma maior representatividade na organização de eventos ou incentivos é o setor farmacêutico, seguido da banca e dos seguros. A dimensão dos grupos acolhidos na região é na sua grande maioria entre 26 a 40 pessoas (25,7%), de 11 a 25 pessoas (15,5%) e 41 a 60 pessoas (15,5%).

Exposições -3,8%

O MI é um produto que apresenta uma procura superior em dois períodos do ano, o primeiro período concentra-se entre os meses de fevereiro a junho (53,4%), de onde se destaca o mês de maio com 16,7% do total dos eventos. O segundo período decorre nos meses de setembro e outubro que concentra cerca de 17% dos eventos. Relativamente à tipologia de eventos, verificou-se que cerca de 30% foram reuniões, seguidos pelos Incentivos com 26,6% do total.

Outros - 3,2%

Lançamento de produtos 6,7%

Reuniões - 30,0%

Congressos/Conferência s 7,1%

Eventos desportivos 10,4%

Ações de formação 12,1%

Incentivos -26,6%

Eventos realizados no Algarve em 2009 por tipologia Fonte: ILM

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Produtos estratégicos|Turismo de negócios O Meeting Industry no Algarve De acordo com os dados recolhidos verificou-se que a duração dos eventos tinha sido maioritariamente de 1 dia (28,3%), 3 dias (19,7%) e 2 dias (18,8%). Dos fatores considerados como mais relevantes para a escolha do destino Algarve para a organização de reuniões e incentivos, os inquiridos destacaram o clima, a oferta de atividades de lazer, a qualidade do serviço, a localização e acessibilidades, o local que propicia uma experiência única, a promoção e informação sobre o destino e a resposta rápida e eficiente na apresentação de orçamentos.

CIDADES ESPANHOLAS

SUL DE ESPANHA

SUL DE FRANÇA

Ligações aéreas

Clima

Ligações aéreas

Diversidade da oferta de alojamento

Localização Ligações aéreas

Relação Qualidade Preço

Relação Qualidade Preço

Localização

Clima

GRÉCIA Ligações aéreas Clima

Os inquiridos referiram que os principais concorrentes do Algarve no produto MI, em território nacional são Lisboa, Porto e Madeira. Em termos internacionais consideraram a Espanha, a Turquia, a Grécia e a Itália. Sobre as principais vantagens competitivas dos destinos internacionais concorrentes os inquiridos referiram na sua grande maioria as ligações aéreas, a localização do destino e a diversidade de oferta de alojamento.

CHIPRE

TURQUIA

MARROCOS

TUNÍSIA

Clima

Relação Qualidade Preço

Clima

Clima

Diversidade da oferta de alojamento

Relação Qualidade Preço

Relação Qualidade/Preço

Diversidade da oferta de alojamento

Localização

Ligações aéreas

Diversidade da oferta de alojamento

Relação Qualidade Preço

Ligações aéreas Clima

Ligações aéreas Diversidade da oferta de alojamento

Oferta de atividade de lazer e entretenimento

Ligações aéreas

Vantagem competitiva dos principais concorrentes do Algarve no segmento MI Fonte: ILM PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Produtos estratégicos|Turismo de negócios Perfil do turista de negócios Segundo o estudo “Loves and Hates” (2007) da American Express Business Travel’s, o perfil do turista de negócios está a mudar, uma vez que encara cada vez mais as viagens de negócios como uma boa forma de conciliar e desenvolver os interesses pessoais e profissionais, preocupando-se menos com outras questões, como por exemplo o estatuto social. Este turista dá mais importância ao conforto de uma boa noite de sono e à pontualidade dos voos, do que às últimas novidades em gadgets ou às comodidades e facilidades que pode encontrar no quarto de hotel. Quando prepara a reserva tem em mente três pontos fulcrais: confiança; segurança e credibilidade da companhia aérea. O viajante do século XXI quer cada vez mais controlar toda a deslocação, com o objetivo de reduzir todo e qualquer risco. De acordo com os inquiridos, o turismo de negócios é muito positivo uma vez que torna o trabalho mais interessante (78%), permite conhecer novas pessoas, criar novas amizades (70%) e aceder e experimentar novas culturas (64%).

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Produtos estratégicos|Turismo de negócios Fundo de captação de congressos internacionais para Portugal Com vista à captação de grandes congressos internacionais para Portugal, foi aprovado, em maio de 2010, o Fundo de Captação de Congressos Internacionais para Portugal, mecanismo de apoio gerido pelo Turismo de Portugal e cujas candidaturas são promovidas pelos Convention Bureaux ou, na sua ausência, pelas Agências Regionais de Promoção Turística.

Este fundo visa:  Dotar as regiões de condições competitivas para a captação de grandes congressos internacionais que contribuam para gerar negócio turístico e aumentar os fluxos na baixa e média estação.  Os requisitos para acesso a este fundo estão definidos de forma a enquadrar as realidades das diversas regiões, tendo em conta a sua dimensão, capacidade hoteleira e vocação específica para este produto.  Este fundo de captação permitirá que Portugal tire total partido das suas condições de destino turístico mundial de qualidade para a realização de eventos.

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Produtos estratégicos|Turismo de negócios Fundo de captação de congressos internacionais para Portugal

Os Fundos de Apoio à Captação de Congressos Internacionais para Portugal comparticipam um conjunto de despesas de organização e logística, tais como:  Aluguer de espaços para congressos;  Aluguer de espaços para os programas sociais do evento;  Transferes;  Serviços de alojamento. Este apoio oscila entre os 7.500 euros até um máximo de mil euros por cada evento, dependendo da região e número esperado de congressistas. Este valor comparticipado em cerca de 10% pela ANA, Aeroportos Portugal, sob a forma de serviços de acolhimento assistência aeroportuária.

50 do é de e

No caso do Algarve, este fundo só é elegível para eventos a partir dos 900 participantes, com os seguintes montantes:    

675 a 900 participantes – 10.000 euros 900 a 1350 participantes – 15.000 euros 1350 a 1800 participantes – 20.000 euros 1800 a 2700 participantes – 30.000 euros

Verifica-se que este fundo tem sido obtido essencialmente por eventos realizados em Lisboa, uma vez que são de maiores dimensões que nas restantes regiões do país. Para o Algarve foi apresentada uma única candidatura, para um investimento total de 10.000€ ao qual correspondeu uma comparticipação de 7.500€ - TUI UK & Ireland em parceria com a TUI Portugal (TUI 2011 Retail Conference, com 920 delegados).

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Produtos estratégicos| Turismo residencial O turismo residencial é um produto que se caracteriza essencialmente pelo facto do tipo de alojamento utilizado durante a estada ser uma segunda residência, que pode estar inserida num edifício ou condomínio privados ou então num conjunto turístico (resort). Existe uma tendência nos destinos turísticos, principalmente naqueles associados ao turismo balnear ou de montanha, do investimento em projectos imobiliários, utilizados não só como segunda habitação mas também como fonte de rendimento dos proprietários que arrendam os imóveis aos turistas durante os períodos de maior procura.

Turismo residencial

Muitos destes meios de alojamento estão inseridos em condomínios privados, onde existem um conjunto de serviços de apoio, nomeadamente a manutenção, limpeza e até mesmo serviços de rentabilização (arrendamento do imóvel). Dadas as particularidades associadas a um imóvel de turismo residencial podemos defini-lo como: “Imóvel utilizado de forma sazonal como segunda habitação, inserido num empreendimento turístico em propriedade plural com serviços complementares e equipamentos de animação ou num meio de alojamento local que, quando devidamente registado, pode ser comercializado para fins turísticos.”

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Produtos estratégicos| Turismo residencial A procura deste produto assume actualmente um papel importante para muitos destinos turísticos, pelo facto de:  Originar fluxos de procura ao longo de todo o ano;  Sustentar rotas das companhias aéreas;  Permitir a redução de índices de sazonalidade; Está associado a indivíduos que procuram destinos:  Com um clima ameno;  Que tenham boas acessibilidades (terrestres e aéreas);  Que apresentem uma oferta diversificada de campos de golfe e outros complexos de animação;  Consolidados e seguros;  Entre outros.

Turismo residencial

Os principais factores de motivação na escolha do destino são:  A existência de boas acessibilidades e comunicação com o seu país de origem;  A elevada qualidade de vida com principal enfoque no clima;  Serviços públicos;  Segurança;  Ambiente social agradável;  Existência de atividades de lazer;  Preços adequados aos seus rendimentos. Segundo um estudo de Almeida (2009), onde foi analisado o fenómeno do turismo residencial no Algarve, é possível perceber que os factores que levaram à escolha do Algarve como destino para a compra de uma segunda habitação foram:    

O clima (82,9%); As acessibilidades (48,2%); A existência de campos de golfe (26,4%); A oferta de voos das companhias aéreas de baixo custo de e para o seu país de origem (10%).

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Produtos estratégicos| Envolvimento com os imóveis (2ª habitação) Existem diversas utilizações e envolvimento dos proprietários com o seu imóvel (2ª habitação), ou seja, se para uns o imóvel é um local de família, para férias e lazer, para outros é uma fonte de rendimento adicional, nem sempre registada como tal. UTILIZAÇÃO 1. Primeira casa

Turismo residencial

O número de investidores que adquirem imóveis como forma de rentabilização de capital é desconhecido, não sendo por isso fácil avaliar qual a sua dimensão em regiões como o Algarve.

ENVOLVIMENTO

OBSERVAÇÕES

Elevado

Imóvel utilizado durante longos períodos de tempo ao longo do ano.

Elevado/Médio

Utilização de índole sazonal, sendo este imóvel considerado um local de reunião da família e amigos.

2. Segunda casa 2.1. Casa de férias (família) 2.2. Mistura de casa de férias e casa para arrendar

Médio

2.3. Casa para arrendar

Médio/Reduzido

3. Investimento

Reduzido

Utilização sazonal por parte dos proprietários com arrendamento a terceiros nos restantes períodos. Imóvel arrendado a terceiros. Investimento a curto prazo. Associado à aquisição do imóvel em offplan e posterior venda.

Tipo de utilização e envolvimento dos proprietários com o imóvel Fonte: Almeida (2010) PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Produtos estratégicos| Alojamentos de residência secundária no Algarve Em 2011, foram recenseados no Algarve cerca de 149.141 alojamentos de residência secundária, o que corresponde a 39,5% do total de alojamentos familiares clássicos da região. Esta proporção é muito superior à observada para o total do país (19,3%). Relativamente a 2001, este valor tem uma importância acrescida de 1 ponto percentual.

Turismo residencial

Os registos permitem verificar que os municípios de Castro Marim e Albufeira são aqueles que apresentam uma maior proporção de alojamento secundários, com valores superiores a 50% do total dos alojamentos. Por oposição os concelhos de Olhão e Faro apresentam um peso menor a 20% de residências secundárias.

Percentagem de alojamento de ocupação sazonal/secundária e vagos no total de alojamentos por concelho (2001/2011) Fonte: Correia et al (2014) com base nos dados do INE (2001 e 2011)

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Produtos estratégicos| Turismo residencial no Algarve Numa análise de Correia et al (2014) é possível avaliar a percentagem das dormidas e capacidade de alojamento por concelho em unidades de alojamento associadas ao turismo residencial e a unidade de alojamento classificadas.

Turismo residencial

Relativamente aos alojamentos associados ao turismo residencial podemos verificar que estas se dispersam por todos os concelhos da região, sendo que Loulé, Albufeira, Portimão, Silves, Lagos e Tavira concentram 70,6% das dormidas e 68,4% da capacidade de alojamento.

Os concelhos de Albufeira, Portimão, Loulé e Lagoa concentram 77,9% das dormidas e 75,1% da capacidade do alojamento classificado da região. Concelho Albufeira Alcoutim Aljezur Castro Marim Faro Lagoa Lagos Loulé Monchique Olhão Portimão São Brás de Alportel Silves Tavira Vila do Bispo Vila Real de Santo António

Turismo residencial Dormidas (%) Camas (%) 14,3 11,1 1,1 0,4 1,7 5,2 3,3 2,6 3,9 3,4 6,0 6,4 7,6 11,3 19,2 16,5 0,7 1,0 3,4 2,4 13,0 11,3 1,1 3,9 9,0 10,5 7,5 7,7 1,9 2,5 6,2 4,0

Alojamento classificado Dormidas (%) Camas (%) 44,6 41,2 0,0 0,0 0,0 0,1 0,7 0,7 1,9 2,2 7,3 8,3 5,4 6,5 13,4 13,9 0,3 0,5 0,6 0,6 12,6 11,7 0,0 0,0 1,2 1,5 4,1 4,8 1,5 1,7 6,4 6,2

Percentagem das dormidas e capacidade de alojamento por concelho turismo residencial e alojamento classificado - 2012 Fonte: Correia et al (2014)

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Produtos estratégicos| Tendências globais que podem permitir o desenvolvimento do turismo residencial

Turismo residencial

Tendências da procura que podem permitir o desenvolvimento do turismo residencial

Envelhecimento da população;

Necessidade de substituir e complementar a residência habitual para fugir do stress do dia a dia e da rotina diária;

Antecipação da idade da reforma;

Aumento das pensões dos reformados;

Desenvolvimento de fundos de pensão privados;

Crescimento do mercado dos jovens, com maior poder de compra e motivação para viajar;

Procura de zonas com clima ameno, maior número de horas de sol, praia e actividades para férias e compra de uma segunda habitação;

Procura de novos destinos e novas culturas;

Melhor nível de vida;

Menor número de horas de trabalho;

Status social associado à aquisição de uma segunda habitação;

Mais tempo livre ao longo do ano;

Maior mobilidade;

Crescimento do meio urbano;

Maior nível de confiança nos países da UE;

Maior consciencialização ambiental;

Interesse por culturas diferentes;

Melhoria do sistema de saúde na Europa e coordenação entre os vários subsistemas;

Expansão dos meios de transporte acessibilidade a novos destinos;

Cliente com maior experiência de viagem, mais exigente, esclarecido e com preocupações ambientais;

Maior número de rotas e frequências das companhias aéreas de baixo custo a preços atractivos;

Procura de melhores serviços, inovadores e com qualidade;

Maior rendimento discricionário;

Alteração dos fluxos turísticos;

Estabilidade política, económica e social nos países escolhidos para a compra de uma segunda casa;

Maior facilidade em aceder a empréstimos bancários para a compra de uma segunda habitação.

Oferta diversificada de créditos bancários.

e

maior

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Produtos estratégicos| Turismo residencial: Vantagens para os destinos turísticos

Turismo residencial

Turismo residencial: Desafios para os destinos turísticos

Novos investimentos no destino (empreendimentos e serviços complementares);

Oferta de um maior número de atividades de lazer e desporto ao longo do ano;

Compra de um bem duradouro (habitação);

Oferta de serviços integrados de saúde;

Fidelização ao destino e maior número de viagens ao longo do ano;

Gera divisas e pagamento de impostos;

Desenvolvimento de parcerias entre intervenientes do sector público e privado para delineação de estratégias conjuntas de acção e promoção;

Desenvolvimento económico associado ao aumento do consumo e do número de postos de trabalho;

Maior formação aos recursos humanos;

Diferenciação pela qualidade e inovação;

Procura ao longo do ano e um esbatimento sazonalidade inerente ao turismo de massas;

Melhoria das acessibilidades internas e externas;

Turismo complementar associado familiares dos proprietários;

Maiores preocupações com o ambiente e aumento dos espaços verdes;

Desenvolvimento de novas políticas turísticas associadas a novos modelos de gestão dos destinos, permitindo uma reativação da economia regional e nacional.

Redução da poluição visual e sonora nas zonas residenciais;

Políticas de planeamento e uso do solo adequadas aos destinos com criação de estratégias adequadas de monitorização.

aos

amigos

da e

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Produtos estratégicos| Golden Visa O Visto Gold (Golden Visa) pretende captar investimento e a criação de emprego, assim como facilitar os contactos de Portugal com o exterior, promovendo a cultura, o investimento imobiliário, as relações internacionais e, eventualmente, a integração dos imigrantes investidores, por meio de títulos permanentes ou mesmo de pedidos de nacionalidade. Este tipo de títulos poderá permitir aos seus titulares um acesso privilegiado a territórios com os quais Portugal tem boas relações (como são exemplo os países de língua oficial Portuguesa, sendo a maioria deles economias em crescimento). O Golden Visa é uma “autorização de residência” para entrada e permanência em território português, para fins de investimento, sendo a designação mais correta Autorização de Residência para Investimento (ARI). Esta autorização destina-se a ser atribuída a quem não seja cidadão de território da União Europeia, ou do espaço Schengen, nem esteja sob sua aplicação e que preencha determinados requisitos, essencialmente relacionados com investimento, aquisição de imóveis e/ou criação de emprego.

Turismo residencial

Os titulares do ARI têm direito ao reagrupamento familiar, o acesso à autorização de residência permanente, bem como à nacionalidade portuguesa, em conformidade com o disposto na legislação em vigor. O Governo considerou prioritários na emissão de vistos os cidadãos oriundos da China, Rússia, Índia e Emirados Árabes e Colômbia, não só por serem já dos principais visitantes e investidores de Portugal, mas também por serem economias emergentes. A Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP) estima que o investimento feito em Portugal através do programa ARI foi de aproximadamente 336 milhões, sendo que 300 milhões foram em bens imoveis e 36 milhões em transferência de capitais. Desde o início de 2013 já foram emitidos 654 vistos, 34 por transferência de capital, 618 pela aquisição de imóveis e 2 por via de criação de emprego. No total foram emitidos 854 autorizações de residência. Estes vistos foram emitidos em 75% dos casos a cidadãos da China, seguidos dos russos, brasileiros, angolanos e sul africanos (cerca de 11%).

A obtenção do Golden Visa pode ocorrer por via da aquisição de imóveis de valor mínimo de meio milhão de euros, um investimento de pelo menos 5 anos. PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Produtos estratégicos| Living in Portugal O Living in Portugal é uma iniciativa destinada a cidadãos estrangeiros, cujo objetivo é facilitar o acesso à informação relevante e produzida por organismos oficiais sobre o processo de compra de casa em Portugal, bem como matérias relacionadas com requisitos de entrada e de residência, fiscalidade ou outras informações úteis para quem decide viver em Portugal.

Turismo residencial

É ainda possível obter informações sobre escolas, transportes, cuidados de saúde ou segurança, assim como informações sobre as características que distinguem Portugal e os seus principais elementos diferenciadores.

No sítio internet dedicado a este programa, podem ser encontradas informações atuais e fidedignas, produzidas por organismos oficiais, sobre todas as matérias relevantes que podem auxiliar a decisão, nomeadamente informações sobre como solicitar a autorização de residência ou como beneficiar de um regime fiscal privilegiado.

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Produtos estratégicos| Visibilidade do Algarve como destino turístico para os reformados Recentemente o Jornal “The Telegraph” publicou um ranking dos “World’s Top 20 places to retire”, onde classificou o Algarve em nono lugar. A justificação de tal escolha tem a ver essencialmente com a envolvente da região, a oferta diversificada de campos de golfe, a gastronomia rica e variada, assim como o clima ameno ao longo do ano.

Turismo residencial

Segundo esta publicação o custo de vida no Algarve é mais baixo que no Reino Unido, existindo uma oferta mais robusta de propriedades para venda, sendo esta região considerada mais equilibrada em termos de serviços oferecidos que a nossa concorrente Espanha. Para além disso, é referido que o Algarve está na mesma faixa horária que o Reino Unido, o que é realçado como um ponto forte, uma vez que não existe a necessidade de adaptação a novos horários, como acontece em Espanha.

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Produtos estratégicos|

Gastronomia e vinhos

Turismo gastronómico Num mundo globalizado os turistas procuram cada vez mais experiências assentes na cultura e identidade locais. A gastronomia incorpora valores tradicionais e revela o estilo de vida de um território indo ao encontro das novas tendências em turismo: respeito pela cultura e tradição, estilo de vida saudável, autenticidade, sustentabilidade, experiência. O turismo gastronómico enquadra-se no conceito mais alargado de turismo cultural já que a gastronomia permite aos turistas acederem à cultura e à história do destino de uma forma participativa: provando e adquirindo. Nesta ótica, a comida e a gastronomia inserem-se também no campo das indústrias criativas com a capacidade de estimular a inovação e de envolver o consumidor. Assim, pode considerar-se o turismo gastronómico com turismo criativo uma vez que permite aos turistas desenvolverem a sua criatividade em contacto com a população local do destino, através de cursos de culinária, eventos gastronómicos, narrativas em torno da comida, etc. Por outro lado, as experiências gastronómicas estimulam o desenvolvimento local, podem atenuar a sazonalidade turística e diversificar as economias rurais.

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Produtos estratégicos| Turismo gastronómico Um inquérito realizado pela Organização Mundial do Turismo junto dos seus membros afiliados revela que o turismo gastronómico é considerado por 82,2% dos inquiridos como um elemento estratégico na definição da marca e da imagem do seu destino. Relativamente ao seu impacto económico, apesar de não estar devidamente calculado, é estimado em 30% das receitas turísticas.

Gastronomia e vinhos

Dados do PENT apontam para que a procura primária de viagens associadas à gastronomia e aos vinhos tem vindo a crescer ao ritmo de 5% a 8% ao ano prevendose que atinja 1,8 milhões de viagens em 2020. Mesmo quando a gastronomia não é a principal motivação na escolha de um destino, ela desempenha um papel cada vez maior na mesma, estimando-se a procura secundária do produto gastronomia e vinhos acima de 20 milhões de viagens anuais.

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Produtos estratégicos| Gastronomia e vinhos - Portugal O PENT aponta o produto gastronomia e vinhos como complemento da experiência turística e propõe que seja promovido através da marca/conceito “Prove Portugal” aplicada a produtos, equipamentos e serviços.

Gastronomia e vinhos

Considerando Espanha, França e Itália como os principais destinos concorrentes, o PENT identifica os seguintes fatores de competitividade de Portugal, um destino que já é percecionado como destino de turismo gastronómico na Europa:  Variedade e riqueza da gastronomia nacional, classificada como bem imaterial do património cultural português;  Qualidade e diversidade dos vinhos, alguns exclusivos de Portugal (Porto, Madeira);  Doçaria tradicional e conventual muito apreciada;  Qualidade do peixe e do marisco;  Crescente qualificação dos chefes nacionais;  Existência de marcas relevantes (cataplana, pastel de nata, “o melhor peixe do mundo”, vinhos do Porto e da Madeira; chefes portugueses).

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Produtos estratégicos| Gastronomia e vinhos

Gastronomia e vinhos

O Algarve apresenta uma grande variedade gastronómica, característica da dieta mediterrânica, onde o peixe, o marisco e as carnes se fundem com legumes e frutas típicas da região, atribuindo um sabor e colorido único aos pratos oferecidos, que se aconselha sejam regados por um vinho de uma das DOP (Denominação de origem protegida) regionais. A doçaria regional é igualmente rica e muito apreciada, onde a amêndoa, a alfarroba, o figo e a laranja têm um papel especial que confere um toque único e inesquecível a cada doce que se prova, que quando acompanhado de um medronho, aguardente ou licor típico da região transformam esta degustação numa experiência inesquecível e rica em sabor e tradição. A oferta de restauração é bastante diversificada, abrangendo, desde espaços que privilegiam a tipicidade e simplicidade de confeção, até aos que têm reconhecimento internacional como são os casos dos quatro restaurantes com estrelas Michelin existentes na região. A este propósito, refira-se que o Algarve é a região do país com um maior número de estabelecimentos detentores deste galardão, aqui se encontrando os únicos dois estrelas do país (Ocean e Vila Joya). A Região de Turismo do Algarve dispõe de um “Guia da Cozinha Regional do Algarve” com cerca de 58 receitas de sopas, pratos com peixe, pratos com carne e doces típicos da região. Este guia está disponível no sítio da internet da Região de Turismo do Algarve, sendo um convite à confeção e posterior degustação dos sabores doces e salgados do Algarve.

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Produtos estratégicos| Gastronomia e vinhos - Algarve Segundo o PENT, o produto gastronomia e vinhos é posicionado, para o Algarve, como produto complementar e considera-se “a necessidade de densificar atividades, desenvolver conteúdos e experiências, nomeadamente com a integração de produtos locais na operação de unidades turísticas, e integrar a oferta em plataformas de promoção e comercialização”. Este é um produto que se apresenta com bastante potencial de crescimento considerando não só a reconhecida qualidade dos produtos locais mas também o facto de se constituir como motivação secundária para quase todos os produtos estratégicos da região.

Gastronomia e vinhos

O aproveitamento da gastronomia enquanto produto turístico complementar poderá propiciar um melhor conhecimento da identidade, da tradição e dos valores próprios da região algarvia e poderá representar uma oportunidade de diversificação da oferta com reflexos positivos no desenvolvimento económico local e regional.

Apesar do reconhecimento da relevância da gastronomia na oferta turística do Algarve, verifica-se que a presença de pratos tradicionais nas ementas dos restaurantes ainda é modesta. Num estudo levado a cabo junto dos restaurantes das marinas e portos de recreio do Algarve , verificou-se que os pratos tradicionais apenas representam 6% do total da oferta de pratos nas ementas.

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Produtos estratégicos|

Gastronomia e vinhos

Perfil do turista gastronómico O Algarve, principal região recetora de turistas do país, tem como primeiro mercado emissor estrangeiro o Reino Unido e tem vindo a registar um aumento da procura por parte dos mercados francês e espanhol. Tendo em conta que os principais mercados emissores para o produto “gastronomia e vinhos” são Reino Unido, França, Espanha e Holanda, compreende-se que a dinamização do turismo gastronómico no Algarve possa revelar-se compensadora.

De acordo com o PENT (2006), o perfil do turista gastronómico define-se pelos seguintes aspetos: •São maioritariamente homens entre 35 a 60 anos com elevado poder de compra e elevado nível sócio-cultural; •Obtêm informação em clubes sociais de gastronomia e vinhos, imprensa especializada, recomendações de amigos e familiares e internet; •Compram em portais internet especializados e agências especializadas; •Viajam todo o ano mas mais na primavera e outono, em estadias de 3 a 7 dias, em grupos pequenos (predominantemente casais); •Gastam em média entre 150€ a 450€ por dia; •As suas atividades são degustações, compra de produtos típicos, visitas a museus, exposições e atracões turísticas, relax, saúde e bem-estar, passeios, espetáculos. PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Produtos estratégicos| Dieta mediterrânica O termo dieta deriva do grego díaita, significa estilo de vida. A Dieta Mediterrânica é o conjunto de saberes-fazeres dos povos de cultura mediterrânica resultante de vivências comunitárias milenares, transmitidas de geração em geração, somatório de conhecimentos empíricos e evolução tecnológica nos processos de agricultura e das pescas, produção e confeção de alimentos, simbologias e rituais de celebração coletiva, tradições orais, sociabilidades e convívio na partilha da mesa. Do ponto de vista nutricional, é um regime alimentar de excelência reconhecido pela OMSOrganização Mundial de Saúde. A sua importância na saúde do indivíduo não se limita ao facto de se tratar de uma dieta equilibrada, variada e com nutrientes adequados. Aos benefícios de seu baixo teor de ácidos gordos saturados e alto teor de monoinsaturados, tal como em glícidos complexos e fibra alimentar, junta-se a riqueza em antioxidantes, determinantes para a o bemestar.

Gastronomia e vinhos

Os 10 princípios mediterrânica:

nutricionais

da

dieta

1. Frugalidade e COZINHA SIMPLES que tem na sua base preparados que protegem os nutrientes como as sopas, os cozidos, os ensopados e as caldeiradas. 2. Elevado consumo de PRODUTOS VEGETAIS em detrimento do consumo de produtos alimentares de origem animal, nomeadamente de produtos HORTÍCOLAS, FRUTA, CEREAIS pouco refinados, LEGUMINOSAS SECAS E FRESCAS, FRUTOS SECOS e OLEAGINOSOS. 3. Consumo de PRODUTOS VEGETAIS produzidos localmente ou próximos, FRESCOS e da ÉPOCA; 4. Consumo de AZEITE como principal fonte de gordura; 5. Consumo moderado de lacticínios; 6. Utilização de ERVAS AROMÁTICAS para temperar; 7. Consumo mais frequente de comparativamente com consumo baixo frequente de carnes vermelhas;

PESCADO e menos

8. Consumo baixo a moderado de VINHO e apenas nas refeições principais; 9. ÁGUA como principal bebida ao longo do dia; 10. CONVIVIALIDADE à volta da mesa.

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Produtos estratégicos|

Gastronomia e vinhos

Dieta mediterrânica – Património Cultural Imaterial da Humanidade - UNESCO

Subescreveram esta candidatura transnacional Estados com culturas mediterrânicas milenares:

A Dieta Mediterrânica foi classificada como Património Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) em Baku, no Azerbaijão, no dia 4 de dezembro 2013, uma decisão tomada durante a 8ª Sessão do Comité Intergovernamental para a Salvaguarda do Património Cultural Imaterial da UNESCO.

      

sete

Portugal (Tavira); Chipre (Agros); Croácia (Hvar e Brac); Grécia (Koroni); Espanha (Soria); Itália (Cilento); Marrocos (Chefchaouen)

A candidatura da dieta mediterrânica a património imaterial da Humanidade foi promovida por Portugal, em articulação com Chipre e Croácia. A sua aprovação alarga o reconhecimento da dieta mediterrânica a estes países, depois da Grécia, Espanha, Itália e Marrocos terem visto, em novembro de 2010, as suas dietas mediterrânicas na lista do património imaterial da UNESCO.

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Produtos estratégicos|

Gastronomia e vinhos

Algarve Chefs Week O evento Algarve Chefs Week foi concebido sob o conceito da promoção de uma semana de gastronomia em hotéis de cinco estrelas do Algarve, cabendo a cada Chef desenvolver um menu a um preço especial fixo, onde são evidenciados os seus talentos. Pretende-se sobretudo salientar a importância do papel dos Chefs na gastronomia de alto nível no Algarve, da sua importância no relacionamento pessoal com os clientes e na promoção da região enquanto destino preferencial de alta qualidade ao nível gastronómico. Os Chefs são os anfitriões deste evento ao receberem e acompanharem os clientes ao longo de toda a semana, nos respetivos restaurantes. Com início em 2011, este evento conta já com 4 edições.

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Produtos estratégicos| Projeto Cataplana Algarvia – conteúdos, promover experiências

Gastronomia e vinhos

Desenvolver

Projeto Candidato ao Eixo 1 do ALGARVE 21 - Programa Operacional 2007-2013, no âmbito do Regulamento Específico “Promoção e Capacitação Institucional”.

A conceção e desenvolvimento deste projeto, tem como objetivo primordial criar um programa de conteúdos e experiências que contribua para a valorização e aumento da notoriedade da cataplana algarvia e da gastronomia regional. A cataplana algarvia é provavelmente a receita mais emblemática da nossa região e um dos símbolos do património gastronómico português. Por via do presente projeto, pretende-se o desenvolvimento e o aumento da notoriedade deste produto gastronómico tradicional, cujas raízes de influência árabe durante mais de 500 anos, marcaram os destinos do Algarve.

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Produtos estratégicos| Projeto Cataplana Algarvia – conteúdos, promover experiências

Gastronomia e vinhos

Desenvolver

O objetivo central deste projeto é criar um programa de conteúdos e experiências que contribua para a valorização e aumento da notoriedade da cataplana algarvia e da gastronomia regional, pelo que foram definidos seis objetivos específicos que estruturam as atividades previstas:  Aumentar o nº de conteúdos áudio e vídeo sobre a cataplana algarvia disponíveis na internet;  Contribuir para a disseminação nacional e internacional das receitas de cataplana algarvia;  Conceber dois programas de gastronómicas para turistas (3h e 6h);

experiências

 Promover junto do público em geral, turistas, operadores turísticos e jornalistas nacionais e estrangeiros as experiências gastronómicas;  Divulgar o projeto e os programas de experiência gastronómica;  Assegurar projeto.

a

adequada

gestão

e

coordenação

do

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Produtos estratégicos| Vinhos do Algarve De acordo com o PENT, a região do Algarve, enquanto destino turístico de referência internacional, deverá promover a Gastronomia e os Vinhos como uma importante oferta turística complementar. A Região Demarcada do Algarve foi criada em 1980 e está localizada no extremo sul de Portugal, coincidindo geograficamente com o distrito de Faro. Toda a sua área corresponde à zona produtora de “Vinho Regional Algarve” e Vinho Licoroso de Indicação Geográfica “Algarve”, sendo na zona litoral, entre a costa Atlântica/ Mediterrânea, que se localizam as 4 regiões produtoras de vinhos de “Denominação de Origem Protegida” (DOP), nomeadamente a DOP Lagos, a DOP Lagoa, a DOP Portimão e a DOP Tavira.

Gastronomia e vinhos

A evolução que se verificou nos últimos dez anos no setor, permite que a região algarvia, tenha atualmente condições para se afirmar definitivamente no mercado internacional. Os prémios que os vários vinhos algarvios venceram recentemente em concursos nacionais e internacionais, vêm comprovar que a qualidade dos vinhos algarvios, é unanimemente reconhecida. No ano de 2013, os vinhos do Algarve receberam 24 prémios em concursos nacionais e 25 prémios em concursos internacionais, o que vem demonstrar a sua qualidade e dinamismo no setor.

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Produtos estratégicos|

Gastronomia e vinhos

Existem atualmente 24 produtores de vinho no Algarve e cerca de 142 rótulos distintos de vinhos.

Mapa das sub-regiões DOP e dos produtores de vinho do Algarve Fonte: Comissão Vitivinícola do Algarve

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Produtos estratégicos|

Gastronomia e vinhos

Vinhos do Algarve O Algarve é já considerado como uma das mais promissoras regiões produtoras de vinho do país, não só pela sua localização meridional, mas também pelos bons solos, bom clima e bom meio envolvente. As vinhas encontram-se dispersas pelo litoral algarvio, desde Tavira a Lagos, assentando em os solos litólicos, vermelhos, argilosos, arenosos, calcários e em grés de Silves. O clima tipicamente mediterrânico e o meio ambiente também são bastante favoráveis aos vinhedos. Atualmente produz-se no Algarve, vinhos de grande qualidade aproveitando, a proteção assegurada pela barreira montanhosa de Monchique contra os ventos frios de norte e a exposição em anfiteatro virada ao sul. É ainda de referir, a importância da utilização de castas tradicionais de qualidade para produzir bons rótulos de sabor a fruto e com baixa acidez, aos quais o sol dá, generosamente, uma graduação elevada. Dada a sua importância, a Região de Turismo do Algarve publicou uma nova edição do “Guia de Vinhos do Algarve”, onde são apresentados todos os vinhos da região.

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Produtos estratégicos| Rota dos vinhos do Algarve Este projeto foi desenvolvido numa parceria da Comissão Vitivinícola do Algarve, autarquias, Região de Turismo do Algarve e outras entidades associadas ao ambiente, agricultura, turismo e cultura, envolvendo atualmente sete adegas, quatro roteiros e um passaporte em português e inglês com a informação sobre as adegas, monumentos e museus das zonas abrangidas, restaurantes e hotéis aderentes da Rota, assim como sobre os restantes produtores de vinho que ainda não integram a Rota.

Roteiro Gil Eanes

Gastronomia e vinhos

Os 4 roteiros propostos, o Roteiro do Arade, o Roteiro Gil Eanes, o Roteiro Mourisco e o Roteiro das Falésias visam potenciar o conhecimento da diversidade da oferta do setor vitivinícola do Algarve, com visitas a adegas, monumentos da região e degustação da gastronomia tradicional nos restaurantes da área. Associado a este projeto estão um conjunto de unidades de alojamento da região. O projeto dispõe de um sítio na internet onde os interessados podem encontrar informações adicionais sobre as rotas – www.rotadosvinhosdoalgarve.pt.

Roteiro Mourisco

Roteiro do Arade

Roteiro das Falésias

Quatro Roteiros inseridos no projeto “Rota dos Vinhos do Algarve” Fonte: Comissão Vitivinícola do Algarve PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Produtos estratégicos|

Touring

Circuitos turísticos De acordo com os dados do Eurobarómetro (Eurostat, 2011), a cultura representa a segunda principal motivação para os europeus quando decidem escolher um destino de férias.

Num estudo desenvolvido pela Universidade do Algarve, foram inventariados cerca de 1477 recursos culturais na região, sendo que os concelhos de Loulé, com cerca de 16,1% da oferta e Albufeira com 14,4%, são aqueles que registam um maior número de recursos.

3,8% 7,3%

Vila do Bispo

6,2%

Tavira

5,4%

Silves

Concelhos do Algarve

O Algarve conta com uma grande diversidade de recursos culturais, nomeadamente de património cultural, paisagens culturais, património natural, artes performativas, celebrações e belas artes.

V. R. St. António

5,2%

São Brás de Alportel

7,7%

Portimão Olhão

3,8% 5,7%

Monchique

16,1%

Loulé Lagos Lagoa

1,9% 2,8% 8,4%

Faro Castro Marim Aljezur Alcoutim

2,7% 5,0% 3,5% 14,4%

Albufeira 0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

Percentagem

Distribuição dos recursos culturais pelos concelhos do Algarve Fonte: Henriques et al (2014)

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Produtos estratégicos| Diversidade paisagística Um dos requisitos básicos e imprescindível para uma boa afirmação neste produto, é o de dispor de atrações turísticas (cidades, aldeias, paisagens, monumentos, arquitetura, gastronomia, etc.) em quantidade e qualidade suficientes. No Algarve estes pressupostos parecem estar reunidos, seja pela reconhecida riqueza da sua gastronomia, vestígios históricos patentes no território, tipicidade das suas aldeias ou diversidade da sua paisagem. O Algarve subdivide-se em três faixas principais, todas elas de grande beleza paisagística:

Touring

- O litoral concentra a maior parte da atividade económica regional. A costa algarvia é, em termos paisagísticos, muito diversificada, variando entre costas abruptas, areais extensos, lagunas recortadas, sapais e outras formações dunares. As rochas predominantes são essencialmente do tipo sedimentar (como é o caso dos arenitos e dos conglomerados). Morfologicamente, o litoral tem uma baixa altitude e é, na sua maioria, constituído por relevos aplanados, dispostos por campinas e várzeas; - O barrocal é uma zona de transição entre o litoral e a serra, sendo constituído por rochas calcárias e xistosas. Também conhecida por beira-serra, esta zona é, tradicionalmente, a principal fornecedora de produtos agrícolas do Algarve; - A serra, que ocupa 50% do território, é formada, essencialmente, por rochas xistosas e algumas graníticas (neste último caso em Monchique, onde existe um maciço de sienito nefelínico). Os principais conjuntos montanhosos são a Serra de Espinhaço de Cão, a Serra de Monchique (onde se localiza a Foia que tem a maior altitude do Algarve: 900 metros) e a serra do Caldeirão. A posição geográfica do Algarve confere-lhe umas particularidades bioclimáticas especiais. Apesar de situado junto ao Oceano Atlântico, dispõe de um clima temperado de características mediterrânicas, com mais de 3000 horas de sol por ano e uma fraca precipitação média anual.

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Produtos estratégicos| Monumentos do Algarve (Direção Regional da Cultura do Algarve) Dos monumentos afetos à Direção Regional da Cultura do Algarve cuja entrada é paga (Fortaleza de Sagres, Ermida Guadalupe, Monumento Alcalar e Villa Romana de Milreu) aquele que apresenta um maior número de visitantes é a Fortaleza de Sagres, que recebeu em 2013 cerca de 276 mil visitantes, destes 78% foram visitantes estrangeiros.

Monumentos Alcalar Ermida Guadalupe 6.364

5.152 visit. (2%)

Touring

A Villa Romana Milreu registou cerca de 12.666 visitantes, a Ermida Guadalupe 6.364 e os Monumentos Alcalar 5.152 visitantes.

Villa Romana Milreu

12.666 visit. (4%)

visit. (2%)

Fortaleza de Sagres

276.052 visit. (92%)

Número de visitantes por monumentos afetos à Direção Regional da Cultura do Algarve - 2013 Fonte: Direção Regional da Cultura do Algarve PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Produtos estratégicos| Publicações – Circuitos turísticos A Região de Turismo do Algarve publicou o “Guia do Património Cultural” que visa apresentar o edificado classificado como Monumento Nacional, Imóvel de Interesse Público, Imóvel de Valor Concelhio, entre outros, assim como museus e núcleos museológicos.

Touring

A RTA disponibiliza igualmente uma publicação intitulada de “As Rotas & Caminhos do Algarve”, que inclui doze rotas distribuídas por rotas do barlavento, rotas do centro e rotas do sotavento.

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Produtos estratégicos|

Touring

DiVaM – Dinamização e valorização dos monumentos A Direção Regional da Cultura promove, até ao final de 2014, em parceria com vários agentes culturais e municípios algarvios, o programa DiVaM – Dinamização e valorização dos monumentos, que visa oferecer à população um leque diversificado de eventos que vão desde a música, teatro, intervenção teatral de rua, dança, perfomance e recriações, procurando diversidade na oferta cultural complementar dos monumentos do Algarve. O objetivo principal deste programa é o de criar uma dinâmica cultural que leve as comunidades de proximidade a revisitar o seu património, mas também ter um efeito de surpresa sobre os visitantes que contribua para criar novas memórias desses espaços. Para além de “lugares de memória” deseja-se que os monumentos sejam também lugares de vivências, de emoções, “lugares de bons momentos”. Esta dinâmica acontecerá nos Monumentos que estão afetos à Direção Regional da Cultura do Algarve: Castelo de Aljezur, Fortaleza de Sagres, Ermida de Nossa Senhora de Guadalupe, Monumentos Megalíticos de Alcalar, Villa da Abicada, Castelo de Paderne, Castelo de Loulé e Ruínas Romanas de Milreu.

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Produtos estratégicos| Descubriter – Rota europeia dos descobrimentos A Rota Europeia dos Descobrimentos, DESCUBRITER, é uma iniciativa do FEDER que visa valorizar e promover conjuntamente a cultura, a história e o património ligado às viagens dos descobrimentos geográficos e à tradição marítima dos territórios de Andaluzia e do Algarve. O caráter único dos recursos dos descobrimentos está na base do projeto e constitui uma oportunidade para a potenciação do turismo nos territórios envolvidos, contribuindo para o conhecimento da história e do património local, promovendo a competitividade e diferenciação turística e permitindo alargar o leque de perfis de procura potencial.

Touring

O projecto une sete entidades do território ibérico: Fundación Nao Victoria, Prodetur (Diputación de Sevilla), Ayuntamiento de Palos de la Frontera, Região de Turismo do Algarve, Direcção Regional de Cultura do Algarve, Câmara Municipal de Vila do Bispo e Promosagres.

Com esta rota turística as entidades pretendem “promover a cultura, a história e o património das navegações do território de onde partiram as primeiras expedições marítimas do mundo”.

Foi estabelecida uma rota turística-cultural na qual participaram os municípios de Utrera, Lebrija, Gelves, Coria del Río, Palos de la Frontera e Vila do Bispo.

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Produtos estratégicos| Rota Al’Mutamid A Rota Al’Mutamid é um itinerário turístico-cultural do legado hispano-muçulmano no Algarve, que tem como parceiros regionais as Câmaras Municipais de Loulé, Silves e Tavira, e a Associação de Defesa do Património Histórico e Arqueológico de Aljezur. Esta rota turístico-cultural está relacionada com a história do al-Andalus, mais concretamente tendo como fio condutor a memória histórica do Rei Al-Mutamid e abarcando o território transfronteiriço da Andaluzia e do Algarve. Esteve na base da candidatura POCTEP, do Projeto ALMUTAMID – O Turismo Cultural como Instrumento de Desenvolvimento Integrado dos Recursos e do Património Histórico Cultural entre a Fronteira da Andaluzia e do Algarve.

Touring

A Rota Al’Mutamid coloca o Algarve no mapa dos percursos culturais europeus, já que os oito percursos do projeto liderado pela fundação pública andaluz «El Legado Andalusí» fazem parte do Grande Itinerário Cultural do Conselho da Europa “Rotas do Legado Andalusino”. Estes percursos turístico-culturais atravessam mais de 200 localidades do Sul da Península Ibérica, no território que os árabes chamaram AlAndaluz. A rota será apoiada por um livro-guia com conteúdos desenvolvidos pela fundação «El Legado Andalusí», sendo complementada com indicações de locais a visitar em toda a região, onde ficar e onde comer, estimulando a descoberta dos sítios que ela atravessa e de outros locais com interesse cultural e ambiental,

A Rota forma parte do Grande Itinerário Cultural do Conselho da Europa «Rotas do Legado Andalusino». A sua consolidação implica, entre outras ações, a instalação de pontos de informação ao longo do percurso. No Algarve, foram selecionadas as torres da Alcaidaria do Castelo de Loulé, um dos monumentos mais interessantes do percurso, afeto à Direção Regional de Cultura do Algarve (entidade integrante do Projeto) mas gerido em parceria com o Município de Loulé, que no castelo tem instalado o Museu Municipal de Arqueologia. Este museu conta já com um notável acervo de peças do período islâmico.

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Produtos estratégicos| Nome da Ação

Projeto UMAYYAD O projeto Umayyad resultou de uma parceria entre 14 entidades de diversos países do mediterrâneo que promoveram uma candidatura ao programa de financiamento europeu ENPI CBC MED (Cross-Border Cooperation in the Mediterranean) contemplando um orçamento total de 4,15 milhões de euros. A Região de Turismo do Algarve é um dos parceiros com um orçamento de, aproximadamente, 235.000 euros. A candidatura foi aprovada com uma taxa de comparticipação de 90%. O projeto vai ser desenvolvido até final de 2015 e pretende fomentar a criação de uma rede de trabalho ligada ao turismo cultural no mediterrâneo através da qual possam ser partilhados conhecimentos e promovidas boas práticas. Como resultado será desenvolvido um itinerário turísticocultural com base no património Omíada (período de ocupação árabe) existente em cada uma das regiões envolvidas e desenhado um plano de promoção que prevê sinalização, produção de materiais informativos em vários formatos, formação de profissionais e ações de informação/familiarização e envolvimento comercial dos agentes do turismo.

Touring

Descrição

Calendarização

Definição de um itinerário turísticoCriação do itinerário cultural com base no património islâmico turístico-cultural Omíada existente no Algarve, em Omíada colaboração com a Direção Regional de Cultura do Algarve

2013 e 2014

Programa de eventos Omíadas

Criação de um programa de eventos sobre o período Omíada (com recriação de espaços e atividades da época) associados à divulgação do projeto e da Rota Umayyad

2014 e 2015

Site internacional Umayyad

Portal online sobre projeto Umayyad com informação sobre a rota internacional e os itinerários de cada país parceiro

2014

Edição da Rota Umayyad - Algarve

Edição, em papel, do itinerário turísticocultural Omíada definido para o Algarve no âmbito da rota internacional

2015

Definição de Plano de ação para Definição de uma estratégia regional para dinamização do qualificação e promoção da oferta itinerário Turisticoturistico-cultural islâmica no Algarve cultural no Algarve

2015

Visita de familiarização pela Rota Omíada no Algarve com Operadores turísticos especializados

2015

Fam Trip

Ações previstas no âmbito do Projeto UMAYYAD Fonte: Região de Turismo do Algarve

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Produtos estratégicos| Rede de judiarias A Rede de judiarias de Portugal ou Rotas de Sefarad é uma associação com carácter público mas de direito privado, que tem por objetivo através de uma ação conjunta, defender o património urbanístico, arquitetónico, ambiental, histórico e cultural que de algum modo se relacione com a herança judaica. Esta associação foi fundada a 17 de março de 2011 e pretende conjugar a valorização histórica e patrimonial com a promoção turística, uma ação que ajudará igualmente a descobrir uma forte componente da identidade portuguesa e peninsular.

Touring

Em Faro podemos encontrar o centro histórico judaico, que recorda a sua história através de um roteiro que assinala os locais mais importantes onde a comunidade judaica deixou a sua marca nos séculos XIX e XX. Uma das rotas desenvolvidas tem a denominação de “Rota de casas e negócios”, com início no Museu Sinagoga Isaac Bitton, no interior do cemitério judaico, único vestígio restante da primeira presença judaica em Portugal após a inquisição. A rota pedestre percorre os locais onde viveram os judeus na cidade e é efetuado em português, inglês e francês.

Atualmente integram a Rede de judiarias cerca de 20 municípios do país. No Algarve existe uma importante presença judaica, principalmente nos concelhos de Faro e Tavira, verificando-se também a presença em outras localidades, nomeadamente Alcoutim, Alvor, Loulé, Portimão, Silves e Castro Marim. Ligada à presença judaica no Algarve também não serão alheios certos topónimos da região: Sinagoga, Adro dos Judeus, Vale Judeu.

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Produtos estratégicos|

Touring

Rota de Santiago A Rota de Santiago é uma Rota de peregrinação que data do séc. IX, cujo objetivo era venerar as relíquias do apóstolo Santiago Maior, cujo suposto sepulcro se encontra na catedral de Santiago de Compostela. Santiago de Compostela é um centro milenar de peregrinação cristã da Europa e foi factor determinante para colocar a Espanha dentro dos círculos medievais graças ao chamado Caminho de Santiago, dedicado a Santiago Maior, atual patrono e protetor do Reino da Espanha. Desde a década de 80 do séc. XX que este caminho voltou a ser muito procurado por peregrinos, principalmente depois da peregrinação em 1982 realizada pelo Papa João Paulo II. O centro histórico da cidade de Santiago de Compostela foi declarado em 1985 pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade. Posteriormente, em 1987, os Caminhos de Santiago foram declarados como o Primeiro Itinerário Cultural Europeu e como Património da Humanidade (na Espanha em 1993 e na França em 1998). O Caminho de Santiago tem sete rotas históricas, sendo uma dela o Caminho Português, ramificado no território nacional desde o Algarve ao norte do país. Os percursos podem ser percorrido a pé, de bicicleta ou cavalo, existindo sinalização específica e um conjunto de serviços que os peregrinos podem utilizar, nomeadamente alojamentos, áreas de restauração, entre outras.

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Produtos estratégicos|

Touring

Caravela Boa Esperança A Caravela Boa Esperança é uma réplica aproximada da caravela dos Descobrimentos, construída em madeira, por especialistas que respeitaram as regras da construção naval do século XV, acrescentando-lhe no entanto algum conforto e segurança.

A caravela ostenta nas velas o símbolo da Cruz de Cristo e no mastro principal as armas do Infante.

Lançada à água a 28 de Abril de 1990, já visitou portos do Norte da Europa e do Mediterrâneo, e recebe um programa regular de visitas escolares. Propriedade da Região de Turismo do Algarve, a caravela é assim uma mais-valia para a promoção turística da região, atraindo a curiosidade dos turistas, que podem subir a bordo para conhecer as glórias de um passado ligado aos Descobrimentos.

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Produtos estratégicos| Sagres - Paisagem Cultural da Humanidade – Candidatura à UNESCO Sagres é uma pequena vila do município de Vila do Bispo, situada no Parque Natural do Sudoeste Alentejo e Costa Vicentina. Apesar da significativa evolução do Algarve, Sagres ainda é um dos poucos locais da região onde a natureza selvagem, aliada a um património histórico cultural riquíssimo, se mantém intacta. Sagres, proporciona a prática dos mais variados tipos de turismo e desportos, possibilitando um contacto saudável e harmonioso com a natureza.

Touring

Fortaleza de Sagres A Fortaleza de Sagres, o monumento mais visitado no Algarve e um dos mais visitados no país, foi mandada construir pelo infante Dom Henrique, com intuito defensivo. A sua origem, data do século XV, embora tenha sofrido várias alterações desde essa altura. No seu interior, e provavelmente do mesmo século, uma gigantesca rosa-dos-ventos, com mais de 40 metros de diâmetro, está desenhada com pedras no chão. Beleza natural Praias desertas, enseadas sossegadas e paisagens únicas. natureza viva e um património histórico riquíssimo de relevância histórica internacional. Parque Natural O Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina contem cerca de 80km e 76 000 hectares, de paisagem natural com mais de 100 espécies de flora tidas como endémicas, raras ou localizadas, e um número significativo de espécies animais em vias de extinção. É possível observar águias, linces, lontras, raposas, ouriços e mais. Sente-se a fragrância das plantas, à mistura com o cheiro intenso da maresia. Praias tranquilas A região de Sagres características distintas.

tem

inúmeras

praias,

com

Desporto Características naturais para prática de uma grande variedade de desportos. PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Produtos estratégicos| Sagres - Paisagem Cultural Candidatura à UNESCO

da

Humanidade

Touring

A candidatura de Sagres assentará essencialmente na Fortaleza de Sagres e todo o território envolvente.

A primeira candidatura de Sagres para integrar a Lista Indicativa do Património Mundial da UNESCO foi submetida pela Região de Turismo do Algarve, Direção Regional de Cultura, Comissão Nacional da UNESCO, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura em 2002.

Será ainda realçado o facto da vila possuir uma das maiores concentrações de menires de toda a Europa e de ter sido a vila do Infante D. Henrique, com um importante papel no período dos Descobrimentos.

Não tendo tido seguimento positivo, é intenção das diversas entidades envolvidas, subscrever nova candidatura após Portugal deixar de integrar o Comité do Património Mundial, em 2017.

A Fortaleza de Sagres foi alvo de uma candidatura de requalificação e iluminação cénica, que se encontra em fase de implementação, e que prevê intervenções no edifício, bem como conceção de conteúdos no centro expositivo, que será sem dúvida uma mais-valia no processo de candidatura. Esta intervenção contou com o apoio financeiro do Programa de Intervenção do Turismo (PIT), do Turismo de Portugal e dos programas PIPITAL e PO Algarve 21.

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Produtos estratégicos| Projeto TASA – Técnicas Ancestrais, Soluções Atuais O projeto TASA conjuga a cultura tradicional regional a nível do artesanato – materiais, técnicas, saberes e fazeres locais, com a inovação estratégica – design, história do produto, embalagem, imagem, conferindo ao produto artesanal uma linguagem contemporânea e uma renovada capacidade de afirmação no mercado. Esta iniciativa, tem como objetivos específicos, incentivar o envolvimento de jovens em atividades relacionadas com o artesanato, desenvolver uma linha de produtos que seja inovadora em relação aos produtos atualmente produzidos pelos artesãos, apoiar iniciativas empresariais no setor do artesanato através de consultadoria em design e ainda o lançamento comercial dos próprios produtos, estimulando e promovendo o interesse pelo produto artesanal regional.

Touring

São parceiros ao nível da investigação neste projeto, o Centro de Estudos de Património e História do Algarve / UAlg, o Centro de Investigação e Informação do Património de Cacela, Museu do Trajo (SBA), Museu Municipal de Tavira. O projeto TASA integra 11 artesãos, com valências distintas. Os produtos que integram a coleção são muitos e de grande variedade, desde almofadas, baloiços, bases para copos e refeições, cestos, candeeiros, tapetes, entre outros.

A conceção, coordenação geral e produção, do projeto TASA, é da responsabilidade da CCDR Algarve. Após a 1ª fase do projeto foi decidido por todos os participantes dar continuidade à iniciativa, pelo que a CCDR Algarve protocolou com entidades externas a gestão, consolidação e promoção do TASA. A gestão do TASA é feita por uma equipa multidisciplinar da ProactiveTur e visa a autossustentabilidade baseada nas vendas de produtos, nas consultorias que se prestam, quer aos membros da rede, quer a agentes exteriores e na formação/ligação do artesanato a atividades turísticas.

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Produtos estratégicos| Turismo de saúde e bem-estar Este produto, apesar de não estar ainda devidamente estruturado, constitui já um importante contributo para a região, enquanto fator de enriquecimento e potenciação da oferta. Na última revisão do PENT (2013), o produto turismo de saúde e bem-estar passou a ser considerado para a região do Algarve, em termos de estratégia, como um produto em desenvolvimento (Turismo médico) e como produto complementar (wellness), apresentando uma visão moderna e integrada, no sentido holístico da saúde. O turismo de saúde e bem-estar é um produto turístico compósito, que abrange vários subprodutos: turismo médico, turismo estético, talassoterapia, termalismo, SPAs, climatismo, health & wellness resorts e residências assistidas, com apoio médico e cuidados de saúde. De acordo com a THR (2006) o Algarve já dispõe de uma oferta qualificada e diversificada, que se enquadra nos padrões da procura internacional, através de fatores que lhe conferem um elevado potencial de competitividade nos mercados, nomeadamente no mercado de turismo de saúde e designadamente de turismo médico. Facto é que o Algarve dispõe de condições naturais singulares ao nível da variedade das águas termais, água do mar e serviços de bem-estar que permitem enriquecer e complementar a oferta associada ao turismo de saúde.

Turismo de saúde

Para o turismo do Algarve este nicho de mercado constitui uma oportunidade de negócio que poderá ser um complemento para esbater algumas fragilidades. O Algarve tem todas as condições para liderar este segmento de mercado. A aposta deverá ser no sentido da dinamização das potencialidades turísticas da região e no reforço da competitividade com vista à redução da sazonalidade. Os principais mercados emissores deste produto deverão incluir, além dos mercados europeus tradicionais, (Alemanha, Escandinávia, Reino Unido, Espanha, França, Itália) os países africanos (nomeadamente os PALOP), os países árabes, o Brasil, a China, a Índia e a Rússia. Por outro lado, os destinos que competem com Portugal são os que possuem uma oferta semelhante, uma localização geográfica similar e que se caracterizam por atraírem a mesma procura. A Espanha, Itália, Áustria, França, Alemanha e Suíça apresentam-se como principais concorrentes de Portugal. A qualidade e a segurança no turismo de saúde e bemestar constitui um fator decisivo na escolha de um destino turístico em detrimento de outro.

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Produtos estratégicos| Turismo médico O turismo de saúde (médico ou cirúrgico), é reconhecido mundialmente como um dos mais promissores segmentos dentro da medicina moderna, devido ao crescente aumento de procura de clientes que viajam para fora do seu país de origem à procura de tratamento médico.

O turismo médico foi definido como uma atividade comercial pela International Union of Travel Officials, e atualmente é classifico pelo World Trade Organization (WTO) na categoria de troca internacional de serviços. A oferta hospitalar a nível da região do Algarve, atualmente é diversificada e de qualidade compreendendo as valências mais relevantes em termos de turismo médico. No Algarve preponderam 2 grupos privados: – Grupo Lusíadas, com 3 hospitais na região (Prémio “eSaúde” dos Prémios “Hospital do Futuro”, após o lançamento do serviço online inovador na área do turismo médico com a plataforma digital do Algarve Medical Tourism); – Grupo HPA, com 3 hospitais no Algarve.

Turismo de saúde

São vários os elementos que são tidos em conta por parte dos turistas que se deslocam ao Algarve: -Qualidade, comodidade e higiene das instalações, -Rapidez na marcação da consulta / exame / cirurgia, -Qualidade e rapidez do diagnóstico e na execução da intervenção, -Possibilidade de acordos com subsistemas de saúde / seguros de saúde, -Tecnologias de última geração -Humanização dos recursos humanos, simpatia e profissionalismo dos colaboradores, -Disponibilidade de diversas valências médicas e cirúrgicas. -Acreditação/certificação segundo as normas internacionais/nacionais de qualidade. Portugal ocupava em 2012, segundo a OMS, o 12º lugar no ranking mundial de saúde, dominando técnicas médicas diferenciadas. No entanto, pelo facto de ter chegado mais tarde do que a concorrência ao mercado e também pela falta de cobertura de seguros internacionais para procedimentos médicos, aliado aos altos custos médicos por força dos honorários praticados, a quota de mercado de turismo médico e estético em Portugal é largamente afetada. O Algarve ainda não se destaca por via dos preços, mas pode diferenciar-se pela oferta integrada e diferenciada.

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Produtos estratégicos|

Hospitais Públicos (2) Hospital Central de Faro, EFE Centro Hospitalar do Barlavento Algarvio, EPE (Portimão)

Turismo de saúde

Hospitais Particulares (7) Hospital de Loulé Hospital Particular do Algarve no Alvor (Portimão) Hospital Particular do Algarve de Gambelas (Faro) Hospital Particular do Algarve São Camilo (Portimão) Hospital Lusíadas Albufeira Hospital Lusíadas Faro Hospital Lusíadas Lagos

Distribuição de hospitais no Algarve Fonte: Região de Turismo do Algarve PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Produtos estratégicos|

Turismo de saúde

Talassoterapia De origem grega, o termo thalassa provêm da palavra grega “mar” e refere-se ao uso médico das propriedades da água do mar, sendo que o termo therapia – significa o ato da terapia. O tratamento da talassoterapia utiliza uma vasta sequência de banhos aquecidos em temperaturas diferentes, jatos de água com vários graus de pressão, banhos de espuma e piscinas com água do mar para ajudar o corpo a absorver as essências minerais e óleos que auxiliam a desintoxicação do corpo melhorando também a circulação. A talassoterapia representa uma abordagem multidimensional da saúde que privilegia a prevenção na doença e a promoção da saúde, prolongando a vida com a qualidade, em vez de enfatizar o tratamento da doença.

Os benefícios da prática da talassoterapia são muitos, pelo que se destacam: • tonificação muscular e limpeza de pele; • perda de peso auxiliado por metabolismo melhorado; • melhoria do funcionamento cardiovascular; • reforço do sistema imunitário; • melhoria da qualidade do sono; • alívio dos sintomas de eczema, psoríase nas costas e dor muscular e stress; • tratamentos anti-envelhecimento; • tratamento para a celulite; • tratamento anti-tabaco. O Algarve possui um dos cinco melhores centros de talassoterapia do mundo - Vilalara.

O Algarve apresenta condições geográficas e climáticas ímpares para a sua prática, pois possui uma costa que se estende ao longo de 200 km, banhada pelo Oceano Atlântico e um clima temperado seco, que complementa este tipo de tratamento (climatismo). O objetivo principal de talassoterapia é aumentar a circulação do sangue que é reduzida pelo esgotamento dos minerais vitais causadas pelo stress, má alimentação e crescente poluição.

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Produtos estratégicos| SPA Os SPA, pela sua matriz global e natureza holística, são atualmente apontados como o espelho deste novo ideal, sustentado no conceito de estilos de vida saudáveis. À imagem da evolução do conceito de saúde, os SPA tendem a oferecer um leque de serviços alargados. Trata-se de uma oferta de serviços de essência multidimensional, que pretende responder a uma visão integrada de desenvolvimento do corpo, em linha com o protagonismo social que este tende a ocupar. A saúde hoje em dia já não é considerada como a ausência de doença, mas sim como um objetivo de vida (Willimans, 1943). A segmentação da indústria dos SPAs é importante na medida em que facilita a identificação dos serviços prestados, por parte dos consumidores.

Turismo de saúde

De acordo com o ISPA (2004), os principais segmentos são: -Day SPA - serviços básicos diários que representam cerca de ¾ da indústria dos SPAs; -Medical SPA - Instituições que compreendem profissionais nas áreas médica e de SPA, visando a oferta de tratamentos médicos e de Wellness, num ambiente integrado de SPA terapias e tratamentos complementares. -SPA Hotel/Resort - Integrados em unidades hoteleiras, oferecem serviços SPA, fitness e wellness com a possibilidade de integração gastronómica (spa cuisine menu). As suas instalações são por norma bastante superiores às dos restantes segmentos, assim como a quantidade de serviços oferecidos. Existem no Algarve cerca de 80 SPAs, classificados pelo Turismo de Portugal, que estão integrados em empreendimentos hoteleiros de gama média alta.

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Produtos estratégicos|

Albufeira Aldeamento turístico Apartamento turístico Estabelecimento hoteleiro Estabelecimento hoteleiro hotel-apartamento Castro Marim Estabelecimento hoteleiro Faro Estabelecimento hoteleiro Pousadas Lagoa Aldeamento turístico Apartamento turístico Estabelecimento hoteleiro Estabelecimento hoteleiro hotel-apartamento

2 3 12 6 12 1 1 1 2 4

Lagos Apartamento turístico Estabelecimento hoteleiro Estabelecimento hoteleiro hotel-apartamento Loulé Aldeamento turístico Apartamento turístico Estabelecimento hoteleiro Estabelecimento hoteleiro hotel-apartamento Monchique Estabelecimento hoteleiro Olhão Estabelecimento hoteleiro

1 4 2 2 1 13 2 1 1

Portimão Apartamento turístico Estabelecimento hoteleiro Estabelecimento hoteleiro hotel-apartamento Tavira Estabelecimento hoteleiro Vila Do Bispo Aldeamento turístico Estabelecimento hoteleiro Vila Real De St. António Apartamento turístico Estabelecimento hoteleiro hotel-apartamento

3 7 1 3 2 2 2 2

3

Distribuição de unidades de Spa no Algarve Fonte: Região de Turismo do Algarve

Turismo de saúde

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Produtos estratégicos| Termalismo O termalismo nacional encontra-se, segundo a Associação das Termas de Portugal, no centro de uma nova era de desenvolvimento e afirmação como o principal produto do segmento do turismo de saúde e bem-estar. A sua conceção curativa, médica e hospitalocêntrica, as práticas e os espaços termais são tidos como o advento do Turismo de Saúde. A Lei Base do Termalismo, Decreto- Lei nº 142/2004, de 1 de Junho, atualizada após cerca de 30 anos de vigência, marca definitivamente a viragem da relação da população com o lazer, fazendo emergir outras potencialidades associadas ao bem –estar e lazer das populações, assumindo desta forma um papel fundamental na indústria do Turismo.

Turismo de saúde

Com a reestruturação do parque termal e com a criação de uma oferta segmentada e serviços inovadores como o de SPA, medicina estética, medicina preventiva, reabilitação física, começam-se a criar condições que permitem à região competir a nível internacional.

No caso das termas de Monchique, (Villa Termal das Caldas de Monchique Spa Resort a única oferta termal da região) à imagem de muitas outras termas no Pais, acrescentam agora a valência de SPA termal como forma de impulsionar o turismo. O objetivo é aproximar a comunidade do termalismo como forma de prevenção da saúde e de melhoria da qualidade de vida.

O reposicionamento das estâncias, através de uma complementaridade regional, possibilita a criação de forças convergentes que permitem captar mais turistas, criando alternativas de bem-estar, como programas: boa forma física, anti-stress, beleza, estética, emagrecimento, antitabagismo.

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Produtos estratégicos| Residência assistida As estatísticas oficiais revelam que o número de pessoas idosas duplicou nos últimos quarenta anos e as previsões indicam que a estrutura etária da população continuará a sofrer alterações. O avanço na medicina e a melhoria das condições de vida em geral proporcionaram um aumento da esperança média de vida, que se deseja vivida com alguma qualidade. As residências assistidas são um conceito inovador que oferece aos cidadãos seniores, qualidade de vida concordante com os padrões da sociedade atual, com elevados níveis de conforto, qualidade, higiene e saúde, aliado ao entretenimento e ao lazer. Estes projetos de construção de estruturas residenciais, apresentam uma tipologia distinta, no que respeita à capacidade, amplitude e modelo de organização, sendo abrangidos pelo Despacho Normativo nº 30/2006, que determina as normas de implantação destes estabelecimentos correspondentes a lares de idosos.

Turismo de saúde

No entanto, verifica-se uma evidente carência de oferta, em quantidade e qualidade, para satisfazer as necessidades de instalações assistidas para a população idosa nacional e estrangeira. Neste aspeto e ao nível do turismo sénior, a aposta só será viável se materializada no turismo residencial, com a contratação de serviços especializados por parte do turista (enfermeiros, limpeza, transporte, alimentação, segurança). A nível regional, até a presente data, apenas foi identificado como oferta equiparada a oferta internacional, uma residência assistida no concelho de Faro.

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Produtos estratégicos| Health and wellness resort São empreendimentos cuja oferta congrega uma série de facilidades cujo objetivo é o diagnostico precoce de desequilíbrios de saúde e a experiência de tratamentos e terapias com vista ao reequilíbrio global, prevenção da doença e promoção da saúde.

Turismo de saúde

No Algarve existem atualmente cerca de 12 de resorts que se integram neste conceito.

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Produtos estratégicos| Turismo de saúde – Perfil do consumidor A THR (2006) salienta que o turista de saúde e bem estar, congrega diferentes segmentos de procura: - Jovens (20-24 anos), com rendimentos médios e que realizam sobretudo programas de fitness.

- Adultos ( 40- 50 anos ) com níveis de rendimentos médio-altos, e que procuram essencialmente tratamentos de prevenção de doenças e de relaxamento - Famílias jovens com filhos pequenos com rendimentos médios e que têm preferência pelo spa, pela variedade de tratamentos disponíveis e pelas áreas sociais.

- Seniores (50 – 60 anos) com níveis de rendimento médio–alto e que se deslocam sobretudo para realizar tratamentos médicos tradicionais e específicos. Os turistas que procuram este produto, fazem-no via internet, imprensa e brochuras especializadas ou através da informação de familiares e amigos.

Turismo de saúde

Por norma a estadia é mais longa (7 a 10 dias quando as deslocações são para o estrangeiro) do que a da maioria dos turistas, uma vez que este tipo de tratamento médico/terapêuticos é adquirido em pacotes que incluem para além dos tratamentos, o alojamento e alguns complementos gastronómicos. O gasto médio diário deste turista é em geral superior ao dos restantes sectores, dado que os tratamentos médicos e terapêuticos são substancialmente mais elevados, pelo que segundo dados da consultora THR, o gasto diário situa-se entre os 100 e os 400 Euros. Os short breaks (3 a 4 dias viagens para localidades dentro da Europa), atualmente com grande crescimento, dinamizados também pelas companhias Low Cost, facilitam a procura deste tipo de experiências, e são uma aposta forte a considerar.

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Produtos estratégicos| Algarve Spa Week O evento Algarve Spa Week foi uma iniciativa criada em 2010, com o objetivo de reforçar a posição do Algarve enquanto região com excelentes condições para o turismo de saúde e bem-estar.

Turismo de saúde

O seu objetivo é a promoção, valorização e consolidação do produto turismo de saúde e bem-estar, visando ainda proporcionar experiências inesquecíveis, em ambientes serenos, confortáveis e personalizados, que permitem descontração, relaxamento, conforto e bem-estar.

Com este evento pretende-se dar visibilidade aos spas existentes no Algarve, sendo que alguns representam as melhores marcas a nível mundial.

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Produtos estratégicos| Algarve Spa Week Atualmente o evento tem duas edições anuais procurando cativar o mercado nacional (incluindo os residentes na região), e o mercado espanhol de proximidade para além dos demais mercados estratégicos. Esta iniciativa pretende oferecer uma experiência global em que o cliente viaja por todos os spas aderentes durante uma semana, beneficiando a oportunidade única de fazer tratamentos com descontos de 50%. Existem também massagens e tratamentos Algarve Spa Week Signature, de valor acrescentado, desenvolvidos especialmente para esse período.

Os hotéis alojamento igualmente passeios de

Turismo de saúde aderentes criam pacotes especiais para durante o decorrer da iniciativa, e criam pacotes combinados com partidas de golfe, barco ou refeições gourmets.

A Algarve SPA Week de 2014, promove pela primeira vez palestras e worskhops, relacionadas com a nutrição.

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Turismo de natureza Entende-se por turismo de natureza qualquer forma de turismo que tem lugar em ambientes naturais, focando a fruição das suas atrações e espaços, uma viagem e estadia em locais próximos de áreas protegidas, florestas, lagos, mar ou áreas rurais, onde existe a participação em atividades compatíveis com as qualidades naturais dos destinos. Num estudo apresentado pelo Turismo de Portugal, em 2006, é possível encontrar uma divisão do setor do turismo de natureza em mercado soft e hard. O primeiro relacionase com a motivação do turista em viver experiências de grande valor simbólico, interagir e usufruir da natureza (passeios, observação da fauna e flora). O segundo diz respeito ao desejo de participar em atividades desportivas (canoagem, escalada) e em atividades de interesse especial (birdwatching), ao mesmo tempo que contempla a natureza.

Turismo de natureza na Europa/ previsões:

20,4 milhões de viagens em 2015 26,1 milhões de viagens em 2020

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Turismo de natureza Cerca de 90% do território português é considerado de zona natural. Cerca de 23% está integrado em áreas protegidas e Rede Natura 2000, onde existem biodiversidade em termos de fauna, flora e qualidade paisagística e ambiental. Um estudo da Roland Berger (2009) realça que 41% dos turistas estrangeiros que visitam Portugal preferem realizar passeios pedestres no destino, cerca de 25,7% passeios de barco, 25,6% visitas a parques naturais e 7,5% observação de aves e outros animais. Portugal apresenta riqueza e diversidade de produtos e oportunidades de lazer, relacionados com a cinegética, valores enológicos, gastronómicos, históricos e patrimoniais de alta qualidade e a uma curta distância entre si, podendo integrar programas específicos para os turistas que procuram actividades relacionadas com o turismo de natureza.

Os principais mercados emissores de turismo de natureza na Europa são a Alemanha, o Reino Unido, Holanda, Escandinávia, França e Itália, que representam cerca de 91% do mercado europeu. De acordo com o PENT, o Algarve possui para além do sol, do mar e do golfe, fortes potencialidades para apostar em outros produtos como o turismo de natureza, que pode ser complementado com os circuitos religiosos e culturais, gastronomia e vinhos. Neste mesmo documento é reforçada ainda a importância do birdwatching na região, assim como as diversas áreas protegidas e espaços naturais,

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Áreas protegidas do Algarve No Algarve, estão consagradas como áreas protegidas o Parque Natural da Ria Formosa, o Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina (parcialmente implantado na região), a Reserva Natural do Sapal de Castro Marim e Vila Real de Santo António, para além dos Sítios Classificados da Rocha da Pena e da Fonte da Benémola. Com a integração dos 14 sítios da Rede Natura 2000, cerca de 38% da área total do Algarve possui o estatuto de conservação, o que consagra a sua importância biológica e paisagística em termos europeus.

As áreas protegidas e os corredores ecológicos constituem a Estrutura Regional de Proteção e Valorização Ambiental, proposta pelo Plano Regional de Ordenamento do Território do Algarve, que tem como função definir orientações de planeamento e de gestão que permitam compatibilizar a conservação da natureza com as atividades humanas, ou seja, que propiciem o desenvolvimento do turismo de natureza. Os percursos selecionados, em função da sua localização e das suas características, permitem observar a maioria dos valores naturais referidos.

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Parque Natural da Ria Formosa Classificada como Parque Natural em 1987, os 170Km2 de lagoas únicas e absolutamente preservadas estendem-se ao longo de uma área que abrange os municípios algarvios de Loulé, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António.

A Ria Formosa foi considerada uma das 7 Maravilhas Naturais de Portugal, tendo ganho na categoria de Zonas Marinhas. Este prémio enaltece a importância desta área protegida de elevada riqueza biológica e ecológica, albergando no seu interior espécies endémicas e raras para a conservação, afirmando-a como uma zona costeira singular.

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Guia de turismo de natureza do Algarve Dada a importância do turismo de natureza no Algarve e pelo facto de ser um dos produtos em desenvolvimento segundo o PENT, a Região de Turismo do Algarve lançou o “Guia de Turismo de Natureza do Algarve”, que apresenta os espaços naturais protegidos de barlavento a sotavento. Este guia tem mais de cem páginas e cerca de duzentas fotografias, que permitem ao leitor conhecer todo um conjunto de áreas naturais nem sempre conhecidas. No final possui também uma lista de espécies que podem ser encontradas na região.

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Empresas de animação turística do Algarve Caracterização Idade média das empresas: 8 anos (mais antiga com 23 anos, mais recente tem menos de um ano); Fundador: 84% nacionalidade portuguesa; Funcionários permanentes: em média 3; Funcionários sazonais: em média 5; Associações: 47% integram associações (ATA, APECATE, PADI, APAL, AIHSA, SPEA); Parcerias: 81% tem parcerias com unidades de alojamento, empresas de restauração, de táxis ou transferes; Internet: 94% tem sítio na internet; 97% tem presença nas redes sociais; Actividades: mergulho; observação de golfinhos; cicloturismo/BTT; caminhadas/Trekking; passeios de barco; birdwatching; turismo equestre e canoagem; Localização: maioritariamente nos concelhos de Loulé, Faro, Albufeira e Vila do Bispo.

Localização das empresas de animação no Algarve Fonte: Ministro e Agapito, 2014 PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Turismo de natureza Nas viagens internacionais assentes na motivação natureza é possível encontrar vários nichos, nomeadamente o cicloturismo, as caminhadas, a observação de aves e o turismo equestre. Cicloturismo O Algarve apresenta excelentes condições para a prática do cicloturismo, integrando a Rede europeia das ciclovias transnacionais – EuroVelo. Esta deveria ser uma modalidade mais promovida, uma vez que gera anualmente vários milhões de viagens na Europa, um dos principais continentes para a prática desta atividade devido ao elevado número de ecovias e rotas cicláveis transnacionais.

Cicloturismo em 2012 – Europa:

2,2 mil milhões de viagens

Rede europeia de ciclovias transnacionais - EuroVelo Fonte: European Cyclists’ Federation

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Cicloturismo Existem diversos operadores especializados na atividade do cicloturismo, um pouco por toda a Europa. Nos programas turísticos oferecidos, destacam-se: -

-

-

Cycling Holidays onde o passeio de bicicleta é a principal motivação. O passeio pode estar centrado num local ou passar por várias etapas e vários alojamentos. Pode estar integrado em pacotes com tudo incluído ou programas de Self-guided tour. Neste tipo de programas existem alguns serviços adicionais como o transporte da bagagem de hotel para hotel ao longo do percurso. Holiday cycling que inclui pelo menos um dia de passeio de bicicleta, não sendo esta a principal motivação das férias. Os programas estão centrados normalmente em torno de um só alojamento; Cycle day excursions que consistem em passeios de várias horas para recreio e lazer, à saída de casa ou do alojamento de férias.

É comum encontrar programas que agregam o cicloturismo com atividades associadas ao turismo de natureza, turismo cultural, enoturismo, slow tourism, entre outros. Portugal e em concreto o Algarve surgem em várias das ofertas de operadores internacionais especializados, com pacotes de 6 ou 8 noites, que integram várias atividades e meios de alojamento.

Operadores especializados em programas de cicloturismo

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Caminhadas As caminhadas estão em grande crescimento por toda a Europa, nomeadamente na Alemanha e Holanda. As caminhadas permitem o contacto com a natureza, com a paisagem e com valores culturais, elementos que constituem as principais motivações dos milhares de turistas que viajam em busca de destinos que apresentem percursos e itinerários pedestres.

Na Europa existem diversos operadores especializados em caminhadas, com ofertas diversificadas em diversos países, onde Portugal e em concreto o Algarve também surgem como exemplos de destinos onde a modalidade pode ser praticada.

Atualmente podemos encontrar feiras especializadas na Holanda, Bélgica e França, de entre outros.

Feiras especializadas em Walking tours, Cycling tours e Horse Tours

Operadores especializados em Walking tours

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Promoção do turismo de natureza Para promover este produto estratégico a Região de Turismo do Algarve lançou o Guia de Percursos Pedestres que abrange toda a região num total de 37 percursos com diferentes temáticas no litoral, barrocal e serra algarvia, que podem ser realizados pelos turistas de forma individual. Este guia está disponível de forma gratuita no sítio da internet da Região de Turismo do Algarve e em formato papel à venda nos postos de turismo, permitindo que os turistas possam ter acesso à informação sobre os diversos itinerários um pouco por todo o Algarve.

Mapa dos percursos pedestres no Algarve Fonte: Região de Turismo do Algarve

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Observação de aves - birdwatching Entende-se por birdwatching a viagem que tem como motivação a realização de atividades de lazer relacionadas com a ornitologia, em concreto a deteção, identificação ou observação da avifauna, com o objetivo de contactar com a natureza para satisfazer necessidades de aprendizagem e/ou alcançar a satisfação pessoal. Podemos encontrar diferentes tipologias de atividades: -

Soft birdwatching, um mercado vasto que tem como objetivo ver as aves no geral; Hard birdwatching, que inclui pessoas conhecedoras das espécies, que compram programas especializados com identificação de espécies-alvo a observar; Twitchers, que colecionam espécies novas e viajam em busca de outras que nunca viram; Fotógrafos, que viajam em busca de aves diferentes com o propósito de as fotografar (digiscoping).

De acordo com alguns estudos realizados verifica-se que o Reino Unido apresenta um grande potencial, estimando-se que cerca de 2,4 milhões de adultos se dediquem a esta modalidade. O Algarve constitui uma região com um grande potencial para o desenvolvimento estruturado de oferta de programas de birdwatching nas suas diferentes modalidades, verificando-se já a existência de alguns serviços estruturados. De acordo com estudos realizados (Machado, 2011, Almargem e SPEA, 2009) a região é uma das mais promissoras do país para a prática da observação de aves.

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Guia de observação de aves no Algarve A importância que a observação de aves tem no Algarve originou o desenvolvimento de um Guia de Observação de aves no Algarve, uma publicação com informação técnica e informação genérica sobre os locais onde se podem observar aves, tanto na ótica do investigador como na perspetiva dos ornitólogos e observadores de aves. O guia inclui 32 roteiros desde o Baixo Guadiana até à Península de Sagres, assim como referências às diferentes espécies existentes no Algarve.

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Observação de aves no Algarve Para além do guia referido anteriormente, a Região de Turismo do Algarve lançou também uma brochura onde estão sintetizadas as informações sobre vinte espécies de aves e um mapa onde estão assinalados os locais onde estas mesmas espécies podem ser observadas.

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Birdwatching O birdwatching é uma atividade em ascensão que envolve diferentes produtos e serviços, possuindo já um peso relevante em vários países. Estima-se que existam cerca de 100 observadores de aves no mundo, sendo que Unido são cerca de 2,4 milhões, existindo operadores turísticos especializados em birdwatching ao estrangeiro.

milhões de só no Reino cerca de 20 viagens de

Segundos dados de 2009, o número de sócios dos parceiros da BirdLife International é de cerca de 1,7 milhões. Os países que registam mais sócios são o Reino Unido (1.049.000), a Alemanha (429.000), a Holanda (125.000). Portugal ainda tem pouca expressão não indo além dos 3.000 sócios, assim como Espanha que não ultrapassa os 8.000 sócios. Esta é uma atividade de grande importância, não só pelo número que pessoas que viajam, mas também pelos produtos e serviços complementares que necessita, nomeadamente material especializado, alojamento, gastronomia, entre outros.

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Birdwatching no Algarve Segundo um estudo da Região de Turismo do Algarve, o Algarve possui características favoráveis ao desenvolvimento do birdwatching, nomeadamente o facto de:  Existirem na região mais de 300 espécies de aves, das quais cerca de 50 não existem ou são muito raras em países como o Reino Unido e alguns dos países nórdicos;  Ser uma região de pequena dimensão onde se pode visitar num mesmo dia áreas distintas como a Ria Formosa e o Barrocal;  Ser detentora de uma grande diversidade paisagística com diferentes ecossistemas, em concreto zonas húmidas, florestas, montanhas, praias, mar, escarpas costeiras, zonas agrícolas, entre outras;  Possuir uma gastronomia rica e variada, assim como recursos culturais de beleza ímpar que servem de complemento à visita;  Ter uma oferta de alojamentos elevada e de diferentes tipologias;  Possuir excelentes condições climatéricas ao longo de todo o ano;  Ser servida por diversas ligações aéreas diretas de diferentes países da Europa, nomeadamente os principais mercados de Birdwatching.

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Perfil do turista ornitológico Roig (2008) desenvolveu uma investigação onde avaliou o perfil do turista ornitológico espanhol e o de outros países estrangeiros, verificando que existem grandes diferenças entre eles, situação que se deve essencialmente ao amadurecimento do produto birdwatching em determinados países da Europa (Reino Unido, Alemanha ou Holanda) e América do Norte (Estados Unidos da América).

As diferenças mais salientes estão associadas não só à idade destes turistas, dimensão dos grupos em que vêm inseridos, organização da viagem e usufruto de atividades complementares. Importa realçar que um turista ornitológico espanhol gasta em média 100 euros por dia de atividade, enquanto que o estrangeiro gasta em média cerca de 1.000 por semana.

Perfil do turista ornitológico de Espanha e de outros países Fonte: Roig (2008)

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Festival de observação de aves de Sagres Evento anual que teve início em 2010 fruto de uma parceira entre a Almargem e a SPEA com o Município de Vila do Bispo e que se dedica à atividade de observação de aves. A sua realização ocorre no outono, altura que as aves estão a migrar para sul, tornando-se esta numa das épocas mais interessantes para a realização desta atividade. Um dos seus principais objetivos é a promoção do Turismo de Natureza no Algarve e do birdwatching, apoiando-se deste modo a economia local por via do fomento de parcerias com os agentes locais de alojamento, restauração, entre outros. Para além da visualização de aves o programa oferece passeios de barco para a observação de golfinhos, minicursos temáticos, passeios a cavalo ou de burro, exposições, jogos, atividades de educação ambiental, entre outras. Em 2013 o evento contou com a participação de cerca de 850 pessoas provenientes de 14 países, nomeadamente a Alemanha, Argentina, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos da América, França, Holanda e Suécia, envolvendo 19 unidades de alojamento, 34 restaurantes, 8 lojas e 7 empresas de animação turística e fotografia. As pessoas que participam no evento chegam de forma independente, apesar de já existirem operadores internacionais que promovem programas para esta altura do ano. O gasto médio situa-se nos 117 euros/pessoa. PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Turismo equestre O turismo equestre diz respeito à atividade turística oferecida comercialmente, em que o equino ou muar representa o meio de transporte e um dos principais atrativos para o praticante. Representa um importante segmento ao nível do produto touring cultural e paisagístico, de turismo de natureza, assim como do turismo de habitação ou turismo em espaço rural.

Os principais mercados de turismo equestre são a França, a Alemanha e o Reino Unido, existindo em cada um destes países uma percentagem elevada de praticantes que escolhem destinos turísticos internacionais que oferecem rotas e programas estruturados. A Itália é um dos países recetores deste tipo de turismo podendo ser visto como um potencial concorrente de Portugal (TURIHAB, 2012).

De acordo com a TURIHAB (2012), a otimização desta atividade contribui para a qualificação da oferta turística, uma vez que permite uma diversificação e dinamização da animação turística, com efeitos na redução da sazonalidade e um reforço da coesão territorial. Portugal e em especial o Algarve possuem características adequadas à prática e desenvolvimento do turismo equestre, que poderia no futuro constituir um reforço da oferta e captação de novos segmentos de procura.

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Um Outro Algarve Projeto em curso que visa a divulgação e a afirmação do território algarvio como um espaço privilegiado na oferta do turismo de natureza. Os objetivos deste projeto são: 1. Organização da oferta de turismo de natureza  Avaliação de potencial das principais tipologias de hot spots;  Qualificação da oferta.

O projeto pretende ainda criar uma Marca de Qualidade – PURO ALGARVE, por via da definição de critérios de qualidade e construção participada de um “Sistema de gestão de Qualidade” para cada tipologia de recurso, em articulação com o trabalho realizado em Espanha no Turismo Rural e no Turismo de Natureza Esta iniciativa é promovida pela Associação In Loco, Associação Vicentina e Associação das Terras do Baixo Guadiana, no âmbito do eixo 3 do programa PRODER.

2. Estruturação de produtos complexos e integração em redes regionais  Design de 4 “Rotas & Produtos Um Outro Algarve…”;  Circuitos “feitos-à-medida”;  Organização das parcerias necessárias à criação de cada rota;  Definição dos circuitos de comercialização e articulação com os agentes externos do sector. 3. Promoção conjunta e actividades agregadoras  Promoção das 4 “Rotas & Produtos Um Outro Algarve…”  Realização de fam trips e press trips.

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Turismo de natureza – Infraestruturas no Algarve O Algarve apresenta um conjunto de infraestruturas-âncora que podem ser mobilizadoras de ações que permitam o desenvolvimento integrado do Turismo de natureza, nomeadamente a Via algarviana, a Rota Vicentina e a Ecovia do Litoral. Podem ainda ser encontrados outros projetos que têm permitido o desenvolvimento do conceito, nomeadamente o projeto “Um outro Algarve…”, “Rota da Cortiça” e o “Ocean Revival”, assim como o evento “Festival de Observação de Aves de Sagres”. Via algarviana

Existem vários operadores turísticos internacionais, essencialmente de nacionalidade alemã, holandesa, francesa e inglesa que comercializam programas na Via algarviana, utilizando os alojamentos e outros serviços locais.

Verificam-se algumas debilidades na divulgação e promoção da Via e dos territórios que atravessa. A oferta de serviços e produtos deveria ser articulada entre os vários prestadores de serviços, operadores e agentes de animação, com envolvimento da população local.

A Via algarviana define-se como uma rota pedestre de longa distância (cerca de 300km) que percorre todo o interior do Algarve, entre o Baixo Guadiana e a Costa Vicentina. O seu itinerário atravessa 11 concelhos e 21 freguesias, passando por diversos locais de interesse natural e cultural. Esta rota possui 14 troços que não excedem os 30km cada. Na génese deste projeto esteve a atração dos visitantes ao interior algarvio e potenciar o Ecoturismo, como contributo para o desenvolvimento sustentado da região. Mapa da Via Algarviana Fonte: Via Algarviana

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Ecovia A ecovia do Algarve é uma rota vocacionada para a utilização preferencial de bicicleta, percorrendo todo o litoral do Algarve numa extensão de 214 km, desde o Cabo de S. Vicente até Vila Real de Santo António, atravessando 12 concelhos. O projeto foi desenvolvido pela AMAL, pela CCDR Algarve e pelo ICNB/Parque Natural da Ria Formosa. Atualmente a entidade gestora do projeto é a AMAL. A ecovia tem um sítio na internet só em português, com cerca de 31 visitas diárias, com informações sobre a história da implementação da Ecovia e o modelo de gestão em vigor, assim como mapas, sinalética e alguns contactos importantes para os utilizadores.

A AMAL tem como prioridades para esta rota, o melhoramento do sítio da internet, a criação de um guia com a descrição dos percursos, elaboração de materiais de comunicação para os utilizadores da Ecovia e ainda a delineação de uma estratégia com os municípios relativamente à sinalética ao longo do percurso da ecovia. De acordo com a AMAL o conceito da ecovia deveria ser reestruturado, nomeadamente ao nível do modelo de gestão, na monitorização da sua utilização, na forma de promoção e criação de centros de BTT, ser enquadrada no conceito de Rota em vez de via e ser assumida como um dos equipamentos âncora da região na atração de turistas, tal como a Rota Vicentina ou a Via algarviana.

Mapa da Ecovia do Algarve Fonte: Ecovia

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Rota Vicentina A Rota Vicentina é um percurso pedestre de grande extensão ao longo da Costa Sudoeste de Portugal, entre Santiago do Cacém e o Cabo de S. Vicente. Está totalmente integrada no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina. É formada pelo Caminho Histórico e pelo Trilho dos Pescadores totalizando cerca de 350km.

A Rota Vicentina tem um sítio na internet com informações para o utilizador, desde mapas, indicação de alojamento, restaurantes, comércio, entre outros, que permitem ao caminhante programar a sua actividade na rota de acordo com os seus interesses específicos.

O “Caminho Histórico” percorre as principais vilas e aldeias num itinerário rural com vários séculos de história. Tem ligação ao Caminho de Santiago e às peregrinações de S. Vicente. Esta rota pode ser percorrida a pé ou de bicicleta. O “Trilho dos Pescadores” é uma rota complementar, pelo litoral, segue os trilhos usados pelos locais de acesso às praias e pesqueiros. Só pode ser percorrido a pé, ao longo das falésias e é mais exigente do ponto de vista físico. O desenvolvimento da Rota Vicentina teve como principais motivações a criação de produto que definisse a região através de uma prática acessível a todos, a caminhada, aliado a uma identidade cultural, dinamizando as atividades económicas da região e a sustentabilidade local. Mapa da Rota Vicentina Fonte: Rota Vicentina

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Produtos estratégicos|Turismo de natureza Rota da cortiça Desenvolvido em 2008, a Rota da Cortiça é um itinerário turístico, centrado em seis polos temáticos, o património, a natureza, a vida rural, a tradição, a inovação e o conhecimento. Instalada no concelho de São Brás de Alportel esta rota visa dar a conhecer toda a fileira da cortiça, desde os sobreirais ao produto final em fábrica, com percursos pedestres, visitas a espaços museológicos, contacto com artes e ofícios e gastronomia local. A sua dinamização está a cargo da Associação Rota da Cortiça, que junta o município de São Brás de Alportel e entidades privadas do concelho.

Mapa genérico da Rota da Cortiça Fonte: Rota da Cortiça PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Produtos estratégicos| Turismo náutico Turismo náutico O Algarve é uma região tradicionalmente associada ao mar e às atividades marítimas, que desde cedo desempenharam um papel de relevo. Dos pontos fortes da região associados às atividades ligadas ao mar salientam-se a extensa linha de costa (200 km), a existência de diversas praias com boas condições para a prática de desportos náuticos como por exemplo o surf, organização de eventos nacionais e internacionais ligados ao turismo náutico, tradição do país e da região ligada ao mar, assim como a existência de diversos equipamentos náuticos e o potencial de desenvolvimento de novos. O produto estratégico turismo náutico constitui um dos produtos em desenvolvimento da região, sendo um complemento ao produto sol e mar e uma forma de se requalificar os recursos existentes, contribuindo deste modo para um aumento da procura, redução da sazonalidade e em simultâneo atração de novos mercados.

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Produtos estratégicos| Turismo náutico POSTOS AMARRAÇÃO

PRÉMIOS

462

Bandeira Azul; 5 Âncoras Douradas da Gold Anchor Scheme; Prémio 5 estrelas do Blue Star Marina

Marina Portimão

620

Bandeira Azul; Velliz Marina; Jack Nichol Award; Medalha de Mérito da C.M. de Portimão; PME Líder; PME Excelência

Marina Albufeira

475

Bandeira Azul; 5 Âncoras Douradas da Yacht Marbour Association

Marina Vilamoura

825

Bandeira Azul; 5 Âncoras Douradas da Yacht Harbour Association; Prémio Publituris para Melhor Marina

Porto Recreio Portimão

252

---

Porto Recreio Olhão

320

---

Porto Recreio Vila Real de Santo António

360

Prémio Excelência 2013

84

---

500

---

65

---

EQUIPAMENTO

Marina Lagos

Doca Recreio Portimão Doca Recreio Faro

Cais Bartolomeu Dias Portimão

Instalações de apoio – Turismo náutico No Algarve as infraestruturas de suporte (acolhimento) do turismo náutico agregam um total de 10 instalações, com a oferta de 3.963 postos de amarração, dos quais 60% estão inseridos em equipamentos com bandeira azul. Desde 1974 a oferta de instalações de apoio tem vindo a aumentar, tendo passado de 953 postos de amarração para os 3.963 em 2014. Apesar deste aumento verificado nos últimos 40 anos, a oferta ainda é escassa face à procura e potencialidade do produto e da região, particularmente no que se refere a serviços que podem ser associados a estes equipamentos. Nas várias instalações de apoio ao turismo náutico, nomeadamente nas marinas, é possível encontrar condições para a permanência das tripulações no local, uma vez que possuem serviços complementares (balneários, lavandaria, receção de correspondência, acesso à internet, ecopontos, entre outros). Por oposição, os portos de recreio e docas de recreio apresentam menos serviços de apoio, o que origina estadas menores (1 a 2 dias).

Caracterização dos equipamentos de turismo náutico do Algarve Fonte: Região de Turismo do Algarve PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Produtos estratégicos| Turismo náutico

MARINAS Marina de Marina de Marina de Marina de

Lagos Albufeira Vilamoura Portimão

PORTOS DE RECREIO, DOCAS E CAIS Portimão Porto de Recreio do Clube Naval Doca de S. Francisco Cais Bartolomeu Dias Lagoa Boca do Rio Resort na Mexilhoeira da Carregação (encerrado)

Faro Doca de Recreio Olhão Porto de Recreio Vila Real de Santo António Porto de Recreio

Distribuição de instalações náuticas no Algarve Fonte: Região de Turismo do Algarve

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Produtos estratégicos| Perfil do turista náutico do Algarve De acordo com um estudo efetuado por CCDR-Algarve e CIITT (2008) o perfil dos nautas inquiridos eram do género masculino (62,9%) e idade compreendida entre os 55 e os 64 anos (24,7%). Em média, os gastos diários rondam os 77,6 euros (excluindo custos de amarração e eventuais serviços de manutenção e reparação), os quais incluem alimentação, bebidas e tabaco (63,6%), assim como combustível (13,3%) e aluguer de viaturas ou uso de transportes públicos (6,6%). Dos inquiridos, cerca de 77% eram repetentes no destino Algarve, o que demonstra uma fidelização ao mesmo. Em média, referiram ficar no Algarve cerca de 7 dias, sendo que por embarcação estariam cerca de 3 a 4 tripulantes. Cerca de 70.9% dos inquiridos referiu que as embarcações ficavam na maioria do tempo ancoradas nos postos de amarração das Marinas e Portos de Recreio, no estaleiro (19,1%) ou nos fundeadouros da Culatra, Alvor e Guadiana (9,9%).

Turismo náutico

Os dados do mesmo estudo apontam para que os contratos com permanência igual ou superior a 9 meses nas Marinas e Portos de Recreio do Algarve tenham sido realizados por nautas do mercado nacional (63%), do Reino Unido (22,7%) e Espanha, França, Países Baixos, Alemanha e Itália, todas com menos de 4%. A presença dos nautas que frequentam as Marinas e Portos de Recreio do Algarve é marcada pela presença maioritária de embarcações provenientes de Portugal, Reino Unido, Espanha e Holanda, cerca de 78,9% do total de entradas em 2007. Segundo o estudo da CCDR-Algarve e CIITT (2008) os totais de despesas em estada, amarrações e serviços prestados em estaleiros e/ou reparações náuticas, pode atingir os 90 milhões de euros por ano.

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Produtos estratégicos| Estratégia nacional para o mar 2013-2020 A Estratégia nacional para o mar foi desenvolvida com o intuito de enaltecer a vontade de proteger o Oceano e em explorar, de forma sustentável o seu potencial a longo prazo, favorecendo um modelo de desenvolvimento assente na promoção do crescimento inteligente, sustentável e inclusivo. O Oceano é, também, um vetor de desenvolvimento através dos numerosos e diferentes usos e atividades que suporta, como o transporte marítimo, o turismo, a construção e reparação naval ou a náutica de recreio, entre muitas outras atividades tradicionais ou emergentes. A vertente histórica e cultural do Oceano reveste-se, igualmente, de extrema relevância, constituindo uma componente essencial da identidade das populações e dos Estados, especialmente nas regiões costeiras, estando, na maioria das vezes, associada à dinamização e produtividade das indústrias e dos serviços culturais, tanto locais, como nacionais.

Turismo náutico

O turismo associado a atividades náuticas pode ter um incremento muito forte nos próximos anos para o que terão que ser criadas, as infraestruturas de apoio necessárias, como as marinas e os centros náuticos e de reparação naval.

Podem ainda ser exploradas as potencialidades do país para o surf e projetar o país e o Algarve junto dos segmentos mais jovens que procuram estas atividades desportivas, reforçando a identidade da região, assim como realçar modalidades como a vela e a canoagem. A observação de cetáceos e outras espécies marinhas revestem-se igualmente de particular importância, assim como a criação de parques arqueológicos subaquáticos poderá potenciar o desenvolvimento de um sector turístico de valor acrescentado à escala local.

Neste âmbito são realçadas algumas atividades que têm grande importância para Portugal e em concreto para o Algarve, como por exemplo as atividades de recreio, desporto e turismo, fazendo-se referência ao facto da náutica de recreio e o turismo marítimo (cruzeiros) serem setores que no curto prazo têm um significativo potencial de crescimento em Portugal.

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Produtos estratégicos| Concorrentes do Algarve – Turismo náutico De acordo com a CCDR-Algarve e CIITT (2008), os principais concorrentes do Algarve ao nível do turismo náutico são a área do Mediterrâneo, nomeadamente a Costa Mediterrânica de Espanha (Andaluzia e Valência), Turquia, Croácia, Gibraltar, Marrocos, Cascais/Lisboa e Oeiras/Cascais.

Turismo náutico

Na região de Andaluzia, área mais próxima do Algarve, concentram-se 13.919 postos de amarração, cerca de 3,5 vezes mais do que no Algarve.

Total de 3.963 postos de amarração

Total de 13.919 postos de amarração

Número de postos de amarração Algarve e Andaluzia Fonte: CCDR-Algarve (2008); Região de Turismo do Algarve

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Produtos estratégicos|

Turismo náutico

Desportos náuticos

Os desportos náuticos abrangem diversas modalidades, nomeadamente a vela ligeira, windsurf; kitesurf, surf, bodyboard, rafting, remo, canoagem, kayak, ski aquático, motonáutica, assim como a pesca desportiva, a caça submarina e o mergulho. No Algarve podemos encontrar grande parte destas modalidades, existindo diversas empresas de animação turística que as oferecem como atividades. Nesta tipologia podem ainda ser encontradas atividades mais passivas, aliadas aos passeios marítimos tão procurados no Algarve pelos turistas e que são oferecidos pelos operadores marítimo-turísticos da região. Apesar da sua importância não existem dados estatísticos que nos permitam avaliar o impacto que cada uma das modalidades tem no Algarve, com excepção do surf.

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Produtos estratégicos| Surf O surf é conhecido como uma atividade que permite a interação dos praticantes com o oceano, não sendo visto apenas como um desporto. É uma cultura com base no respeito do ambiente marinho, um convite para a diversão, atividade física e saúde. Como pode ser praticado durante todo o ano, permite a regiões como o Algarve atenuar a sua sazonalidade, reforçando e consolidando a sua imagem de destino turístico com diferentes valências e oferta variada de experiências.

Turismo náutico

De acordo com a Federação Portuguesa de Surf, em finais de março de 2014, estavam federados cerca de 61 clubes de surf e 116 escolas de surf em Portugal, de onde se destacam 9 clubes e 24 escolas de surf no Algarve. Apontam-se como debilidades desta modalidade o facto dos clubes e escolas só se encontrarem abertas, na sua maioria, entre março e outubro, o que origina uma oferta muito reduzida de serviços de apoio nos meses de inverno.

Portugal possui condições propícias para ser considerado um dos melhores destinos de surf do mundo, pelas suas praias e ondas com características únicas, para além de que está próximo de muitos países europeus (Gouveia, 2014).

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Produtos estratégicos| Surf Em Portugal existem, segundo o Portugal Surf Guide (2012) cerca de 183 locais para a prática de surf distribuídos em 8 áreas geográficas (Porto e Norte (14); Centro de Portugal (12); Lisboa Região I (30); Lisboa Região II (47); Alentejo (10); Algarve (23); Madeira (13) e Açores (34).

Turismo náutico

No Algarve são destacadas 23 praias, que vão desde a Praia de Odeceixe até à Ilha de Tavira, verificando-se que a área com maior número de praias é a da Costa Vicentina com 12 praias, seguindo-se Sagres com 6 praias.

Mapa com a localização das praias do Algarve onde se pode praticar surf Fonte: Portugal Surf Guide (2012)

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Produtos estratégicos| Surf De acordo com os dados do Tourism NSW (2008) estima-se que mais 10 milhões de pessoas fazem surf regularmente, valor que tem vindo a aumentar entre 12 e 16% ao ano.

O praticante de surf desloca-se dentro do próprio país ou para outros países na procura das melhores ondas e locais para a prática desta modalidade.

Turismo náutico

O turismo associado ao surf pode ser classificado segundo duas tipologias: - Viagens de surf de lazer (turistas independentes que preparam todo o seu itinerário de viagem, efetuam as suas reservas e pagam diretamente aos prestadores de serviços); - Viagens comerciais de surf (associado a operadores turísticos e/ou empresas privadas que organizam toda a viagem e demais aspetos logísticos da mesma, nomeadamente transporte, alojamento, alimentação, entre outros).

Empresas que organizam viagens comerciais de surf

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Produtos estratégicos| Surf Na última revisão do PENT salienta-se a importância do surf como produto estratégico em desenvolvimento em todas as regiões do país, assumindo-se o surf como um segmento de aposta do turismo náutico, na medida em que diversifica a oferta, capta o mercado e dinamiza as economias regionais, enriquecendo assim a proposta de valor do país ancorada num recurso distintivo, o mar português. Investigadores do IST (Instituto Superior Técnico) avaliaram o impacto económico do surf em Portugal, tendo concluído que esta atividade poderia render três mil milhões de euros ano ao setor do turismo em Portugal. Estes mesmos investigadores salientam que Portugal é um dos melhore sítios de surf do mundo, existindo poucos países que tenham em tão pouca costa uma diversidade e qualidade de ondas como existe em Portugal.

Turismo náutico

O Turismo de Portugal (2013) salienta que a existência de uma multiplicidade de spots, condições naturais e climatéricas favoráveis e a sua conjugação com a realização de eventos de grande prestígio e com projeção internacional têm vindo a posicionar Portugal como o principal destino de surf na Europa e um dos melhores do mundo. Dada esta importância, o Turismo de Portugal tem vindo a desenvolver estratégias para captar este segmento, pelo que no final de 2012 lançou a campanha “No Waves, Come back for free” que pretende oferecer aos surfistas internacionais uma nova viagem a Portugal caso não existam ondas que permitam a prática de surf durante 3 dias seguidos.

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Produtos estratégicos|

Turismo náutico

Eventos de surf no Algarve A reconhecida importância do surf para o Algarve originou a organização de diversos eventos nos últimos meses que trazem à região praticantes de surf nacionais e internacionais, nomeadamente o Four Oceans que se realizou na Praia de Faro, entre os dias 4 e 5 de janeiro de 2014, a 2ª etapa do Circuito de Surf do Algarve que se realizou em Quarteira nos dias 1 e 2 de fevereiro de 2014, e a Liga Moche 2014 que decorreu na Praia do Amado, entre os dias 6 e 8 de junho de 2014. Esta última receberá igualmente, entre 6 e 7 de setembro, a 5ª etapa do Circuito Nacional de Surf Esperanças 2014.

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Produtos estratégicos|

Turismo náutico

Perfil do praticante de surf do Algarve Num estudo recente Gouveia (2014) avaliou o perfil do praticante de surf do Algarve, concluindo que este tem em média 31 anos, sendo maioritariamente proveniente da Alemanha (22,3%), Holanda (15,1%), Reino Unido (10,8%) ou Espanha (10,4%). Cerca de 61,3% dos inquiridos eram solteiros, possuindo como habilitações literárias o ensino universitário (61%). Cerca de 56,5% chegou ao Algarve por via aérea ou de carro (42,3%) A deslocação ao Algarve foi realizada na companhia de amigos (35,2%), do(a) companheiro(a) (27,3%) ou com a família (27,3%). A média dos gastos situa-se entre os 16 e 40 euros (38,2%). Para cerca de 36,8% o meio de alojamento escolhido foi um surf camp ou uma surf house, seguindo-se os hotéis de 3 ou 4 estrelas (24,1%), numa estada média que ronda os 11 dias. Dos inquiridos, cerca de 71% referiu ser a primeira vez que praticavam surf no Algarve. Dos 29% que já tinham praticado surf na região, cerca de 67,2% referiu já o ter feito entre 1 ou 3 vezes. Cerca de 72% dos inquiridos referiu que tinha intenção de retornar ao Algarve principalmente na época baixa/média. A procura de informações sobre o destino e sobre a prática de surf ocorreu junto de familiares e amigos (53%) e em sítios da internet (53%). PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Produtos estratégicos|

Turismo náutico

Perfil do praticante de surf do Algarve No mesmo estudo de Gouveia (2014) cerca de 31,4% dos inquiridos referiu que nunca tinha realizado uma viagem cuja motivação principal fosse a prática de surf, 27,8% salientou que realiza pelo menos uma vez por ano, enquanto que 22% salientou que realiza mais de uma vez por ano este tipo de viagens. Importa salientar que 44% referiu que normalmente retorna aos locais favoritos de prática de surf. Sobre os destinos que já havia visitado para a prática de surf os inquiridos referiram ter sido Peniche (14,5%) ou as Canárias (12,1%). Cerca de 67% dos inquiridos referiu gostar de conhecer diferentes praias durante a sua deslocação, sendo que cerca de 34% salientou que enquanto estava no Algarve realizou outras atividades, nomeadamente passeios de barco (18%), golfe (11%) ou jeep safari (11%). Os inquiridos referiram que estavam a praticar surf através de uma escola de surf da região (52%), enquanto que 25,2% relataram ter comprado um package no seu país de origem. As principais motivações para a escolha do Algarve foram essencialmente a qualidade das praias, o clima, a boa qualidade das ondas, qualificação dos instrutores nas escolas de surf e a qualidade do ambiente envolvente.

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Produtos estratégicos| Ocean Revival Projeto desenvolvido pela Câmara Municipal de Portimão e pela empresa Subnauta e dinamizado pela MUSUBMARAssociação para a Promoção e Desenvolvimento do Turismo Subaquático. O Ocean Revival tem como objetivo tornar o Algarve um dos destinos europeu de referência para o turismo subaquático mundial. O projeto visa a criação de uma estrutura de recifes artificiais como um fator diferenciador para a atração de turistas subaquáticos, através da imersão deliberada de quatro navios da marinha portuguesa, criando deste modo um sítio de mergulho inovador e diferenciado, colocando o Algarve na rota do mergulho mundial. Visa ainda contribuir para o aumento da bio-diversidade e para a preservação da memória das unidades navais, patronos e guarnições.

Turismo náutico

O turista subaquático caracteriza-se por ser um indivíduo do género masculino entre os 30 e 50 anos, que viaja para destinos turísticos para mergulhar, sendo motivado pelo contacto com o mar e com a natureza. Este tipo de turistas tem formação superior e gasta entre 100 a 500 euros por dia. As principais características de um destino para esta prática são a existência de águas seguras com boa visibilidade, com motivos de atração subaquática, infraestruturas de apoio à prática do mergulho e uma população hospitaleira e com facilidade de comunicação. Os subsegmentos desta prática são: Cheap and Cheerful - jovens que fazem turismo subaquático a baixo custo; Dive fanatic long haul destinations - Adultos com bons rendimentos, dispostos a mergulhar em destinos de longa distância; Dive fanatic short haul destinations - Adultos que têm como propósito de viagem o mergulho, viajando com amigos para destinos de curta distância; Sideliner divers - Adultos que viajam com a família, mergulhando ocasionalmente no destino.

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Outros produtos/segmentos|

Turismo desporto

Turismo desporto

O turismo desporto representa o corpo de conhecimento e o conjunto de práticas onde as áreas do turismo e do desporto se tornam interdependentes. Esta área de sobreposição evidencia-se a vários níveis: •

Turismo de espetáculo desportivo: conjunto de atividades desportivas em que os turistas são meros espetadores: a nível regional existem já eventos desportivos de relevo como a vela, equitação, golfe. Neste segmento o apoio na organização de eventos de projeção internacional, com especial enfoque para despostos associados aos produtos turísticos da região, é fundamental;

Turismo de prática desportiva (inclui estágios): conjunto de atividades desportivas em que os turistas participem enquanto praticantes, a principal motivação desta viagem é a participação numa qualquer atividade desportiva enquanto praticante.

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Outros produtos/segmentos|

Turismo desporto

Turismo de prática desportiva (inclui estágios)  O Algarve possui um conjunto de infraestruturas desportivas e condições climáticas favoráveis para a aposta neste segmento;  As principais modalidades procuradas em termos de estágios desportivos são o atletismo, futebol, rugby e desportos motorizados (no autódromo);

 O número de estágios desportivos realizados no Algarve é ainda bastante incipiente, tendo em conta o potencial da região;  Segmento com pouca expressão no Algarve do ponto de vista turístico, mas que devidamente fomentado poderá contribuir para a sua notoriedade e contrariar a sazonalidade do destino.

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Outros produtos/segmentos|

Turismo desporto

Eventos desportivos  Decorrem anualmente no Algarve diversos eventos desportivos, que apesar de não contribuírem para a atração imediata de turistas, promovem e região e reforçam a sua notoriedade.

Alguns dos eventos desportivos de âmbito internacional estão intimamente relacionados com desportos onde o Algarve apresenta condições excecionais para a sua prática (ex. vela, golfe).

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Outros produtos/segmentos|

Turismo desporto

Principais infraestruturas desportivas no Algarve Complexo desportivo de Vila Real de Santo António

Arena de Portimão

Autódromo do Algarve

Estádio do Algarve

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Outros produtos/segmentos| Turismo

acessível/sénior

Considera-se acessibilidade como um conjunto de características do ambiente edificado, bem como dos serviços prestados, que permitem a sua fruição por todas as pessoas, independentemente das sua idade, aptidões físicas, sensoriais ou intelectuais. O turismo acessível “reconhece que qualquer pessoa deve poder usar os equipamentos e serviços turísticos e que é necessário proporcionar uma oferta de serviços e atividades orientada para os gostos e preferências de pessoas que tenham um conjunto de limitações a que podem corresponder necessidades e exigências diferentes de outros segmentos da procura” (DEVILE, 2009). O turismo acessível representa um contributo competitividade e sustentabilidade do negócio turístico.

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Outros produtos/segmentos| Turismo

acessível/sénior

Um estudo sobre o impacto económico e os padrões de turismo acessível na Europa revela que a procura deste segmento gerou um impacto económico de 786 mil milhões de euros em termos de produção total e 356 mil milhões de euros em termos de valor acrescentado bruto ou 394 mil milhões de euros em termos de PIB para a União Europeia, equivalendo a cerca de 3% do PIB total da EU-27, em 2012. A procura pelo turismo acessível vai continuar a crescer, estimando-se que em 2020, possa ascender até aos 862 milhões de viagens por ano, podendo este crescimento ser superior se as condições de acessibilidade melhorarem. No Algarve existem atualmente, cerca de 215 estabelecimentos, num total de 361 quartos, na hotelaria global com alojamentos para hóspedes com mobilidade reduzida ( RNET )

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Outros produtos/segmentos|

Turismo acessível/sénior

Dados relevantes: •

Turistas que viajam em média com 1,9 companheiros, gerando um contributo total ainda maior para o turismo acessível;

Segmento de clientes que revela preferência pela época baixa, uma boa fidelidade e razoável efeito multiplicador, principalmente no caso de turistas com mobilidade reduzida, que tendencialmente viajam acompanhados, tornando-se assim, numa mais-valia no combate à sazonalidade;

15% da população mundial é portadora de algum tipo de incapacidade (física, mental ou sensorial) e mais de 11% da população mundial tem idade superior a 60 anos;

Turismo acessível é um dos maiores incentivos para aumentar os fluxos intraeuropeus, transversal a todos os produtos.

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Outros produtos/segmentos|

Cruzeiros

O porto de Portimão O setor dos cruzeiros é importante quer pela promoção dos destinos, quer pelo contributo em termos de impactos gerados na economia local e regional, principalmente no comércio, alimentação, transportes e oferta cultural. O Porto de Portimão é uma infraestrutura singular no Algarve, uma vez que permite a entrada na região de vários milhares de turistas por via marítima. No ano de 2013 contabilizaram-se 42 escalas de cruzeiros de 19 companhias, que transportaram cerca de 20 mil passageiros, um crescimento de 8,8% relativamente a período homólogo. Neste período, o porto recebeu 11.491 tripulantes. Para 2014 estão agendadas 44 escalas neste porto, prevendo-se a chegada de mais de 20 mil passageiros.

Companhias que efetuaram escala no porto de Portimão (2013) Fonte: Porto de Portimão

Das escalas previstas destacam-se as inaugurais dos navios “Lisboa” e “Azores” da companhia portuguesa de cruzeiros Portuscale Cruises, nos meses de agosto e setembro respetivamente.

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Outros produtos/segmentos|

Cruzeiros

Impacto económico do porto de Portimão De acordo com um estudo da CLIA Europe (2013) um passageiro de cruzeiro tem um gasto médio de 62 euros num porto de escala, enquanto que um tripulante tem um gasto médio de cerca de 21 euros. Utilizando este valor como referência para o Porto de Portimão podemos verificar que no ano de 2013 estiveram no Porto de Portimão 20.141 passageiros e 11.491 tripulantes, o que originou um contributo económico de cerca de 1 milhão e meio de euros para a região. Este valor poderia ser muito mais elevado se o porto de Portimão tivesse uma infraestrutura que lhe permitisse receber navios de maior dimensão e com mais passageiros.

2013: 20.141 passageiros 2013: 11.491 tripulantes Impacto de 1,5 milhões euros na região

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Outros produtos/segmentos| Sazonalidade no porto de Portimão O porto de Portimão apresenta uma operação que se caracteriza pela existência de dois períodos de maior procura (abril/maio e setembro a novembro), verificando-se que os meses de menor procura são o de dezembro, janeiro fevereiro e março.

Distribuição do n.º de escalas por ano (2007/2013) Fonte: Monteiro (2014)

Cruzeiros

Nos meses de maior procura o porto de Portimão recebe a escala de navios que estão a fazer o seu reposicionamento das Caraíbas para a Europa e Mediterrâneo (abril/maio) e entre setembro e novembro por navios que estão a fazer o seu reposicionamento da Europa e da área do Mediterrâneo para as Caraíbas.

Reposicionamento dos navios de cruzeiros da Europa/Caraíbas e Caraíbas/Europa Fonte: Monteiro (2014)

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Outros produtos/segmentos| Perfil dos passageiros No ano de 2013 o porto de Portimão recebeu 20.141 passageiros de 72 nacionalidades, de onde se destacaram o Reino Unido (35%), os Estados Unidos da América (15,8%), a Alemanha (12,9%), a Holanda (10,8%) e a Espanha (5,6%). Durante a paragem dos navios no porto de Portimão em 2013, cerca de 27% dos passageiros (5.435 passageiros) realizou uma das 25 excursões programadas para 10 dos municípios do Algarve.

Cruzeiros

Os programas mais vendidos foram os relativos ao barlavento algarvio, em muito devido à proximidade do porto de Portimão, nomeadamente a excursão Lagos/Sagres (meio-dia), com cerca de 2 mil participantes (37%), Lagos/Carvoeiro, com 997 (18,3%), Silves com 364 participantes (6,7%), Monchique em jeep com 270 participantes (5%), Lagos com 255 participantes (4,7%) e Silves/Monchique com 239 participantes (4,4%).

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Outros produtos/segmentos|

Cruzeiros

Novos investimentos no porto de Portimão Apesar da sua importância na região, o porto de Portimão necessita de investimentos de cerca de 25 milhões de euros, que visam: -

-

-

O alargamento do cais do porto de 330m para 700m, de modo a permitir a receção de navios de grandes dimensões com capacidade superior a 2500 passageiros; A aquisição de um rebocador para apoio aos navios de passageiros no Porto de Portimão e navios de carga no Porto de Faro, assim como para ajudar no combate à poluição marítima e suporte a navios em dificuldades ao largo da costa; A dragagem até à quota (-10ZH) do canal de navegação e da bacia de manobra, bem como alargamento do canal de navegação para os 200m e da bacia de manobra para os 500m;

Estes investimentos permitiriam ao porto, a receção de um número elevado de navios, que neste momento não o escolhem devido às fragilidades do porto.

Investimentos futuros no porto de Portimão Fonte: Monteiro (2014) PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Outros produtos/segmentos| Futuro do porto de Portimão A realização dos investimentos necessários no porto de Portimão, na ordem dos 25 milhões de euros, poderiam originar uma maior procura de navios e por consequência aumentar o impacto económico na região. A nível internacional destaca-se o facto de que as 10 principais companhias possuem cerca de 145 navios, detendo uma quota de cerca de 89% do total do mercado.

Cruzeiros

O Algarve tem características que o poderiam tornar num dos portos de maior interesse à entrada/saída do Mediterrâneo, uma vez que possui boas atrações naturais e construídas, assim como uma gastronomia rica e variada, elementos que são muito apreciados e que poderiam constituir uma mais-valia na visita à região.

A título de exemplo, destaca-se o facto de que atualmente e perante os condicionalismos que derivam da dimensão de navios que pode receber não excederem os 215 metros, o Porto de Portimão só pode acolher 9 destes 145 navios, uma vez que 136 dos mesmos possuem uma dimensão superior ao permitido no Porto de Portimão. As obras no porto e a dragagem dos canais de acesso iriam permitir ao porto receber navios até 300 metros, ou seja, cerca de 120 dos 145 navios das companhias acima referidas, para além de outros navios que atualmente ainda não utilizam Portimão como um porto de escala.

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Outros produtos/segmentos| Autocaravanismo

Autocaravanismo A situação e a prática do autocaravanismo na região (e por todo o país) era, até há bem pouco tempo, caracterizada sobretudo por uma elevada informalidade. Uma parte considerável dos parques de campismo existentes, sobretudo por razões que se prendem com as suas idades e condições de funcionamento (sem o desenho e os equipamentos específicos para autocaravanas), mas também por questões de tarifário, não se constituía como resposta efetiva em termos de oferta. Por outro lado, a generalizada informalidade na prática do autocaravanismo surge também como natural consequência de aspetos que têm que ver com a desarticulação da ação das autoridades competentes, designadamente em matéria de fiscalização

A prática, essencial e esmagadoramente informal, tem efeitos perversos e expressões muito negativas na região, nomeadamente em matéria de conformidade com os instrumentos de gestão territorial em vigor, nos domínios do ambiente e da preservação de áreas de elevada sensibilidade paisagística e ambiental, em matéria de segurança para os próprios autocaravanistas e, também, no que respeita à imagem da região. O DL 39/2008, de 7 de Março, e a subsequente Portaria 1320/2008, de 17 de Novembro, veio criar a figura de “espaços destinados exclusivamente a autocaravanas”, que permite, complementarmente à oferta proporcionada pelos parques de campismo, dotar a região de um conjunto suplementar de espaços que se constitui como uma efetiva oferta.

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Outros produtos/segmentos| Autocaravanismo

Principais debilidades do autocaravanismo  Ocupação desregrada dos locais classificados nos IGT;  Grandes concentrações de autocaravanas, constituem um entrave a gestão do trafego e do estacionamento;  Concentração sem quaisquer infraestruturas e condições  Reclamações dos autocaravanistas a administração central e forças de segurança;  A informalidade do setor, que gera má imagem à região;  Os parques de campismo existentes, não tem os equipamentos que os autocaravanistas procuram e também praticam preços elevados;  Contexto jurídico nacional, omisso nesta matéria;  Legislação dos empreendimentos turísticos, não comtempla área de serviço de autocaravanas;  As ações de fiscalização revelaram-se infrutíferas, dado que os autocaravanistas mudam de local, mas não para os parques de campismo;  Os regulamentos municipais são poucos e em muitos casos ilegais. Potencialidades do autocaravanismo  Diversificação da atividade turística;  Atenua a sazonalidade;  Elevada taxa de retorno e gastos médios não negligenciáveis;  Estada média muito superior aos restantes segmentos;  Procura de paisagens diferentes normalmente no interior.

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Outros produtos/segmentos| Autocaravanismo

Autocaravanismo em números: •

Estimativa para o número de dormidas de autocaravanistas fora dos parques de campismo e caravanismo: 1.056.565;

Estimativa para a média diária de entrada de autocaravanas (apenas estrangeiros): 102/ dia;

Estimativa para o número total de dormidas de autocaravanistas na região: 1.199.350;

Principal pico do movimento na fronteira: 103/ dia (janeiro)

Percentagem das dormidas fora dos parques: 88,1%;

Receita estimada (caso todas as dormidas de autocaravanistas tivessem lugar nos parques de campismo, com as tarifas nestes praticadas): 8.057.000€;

Receita estimada (com as dormidas informais em eventuais Áreas de Serviço de Autocaravanismo): 3.170.000€;

Taxas dos autocaravanistas:

Estimativa para o valor anual do número de autocaravanas (apenas estrangeiras): 37.250;

• •

Autocaravanismo nos Parques de Campismo (2006/2007): • • • •

n.º n.º n.º n.º

de entradas: 14.735 de hóspedes: 31.276 total de dormidas: 42.785 receita gerada: 1.088.000€

- na região pela 1.ª vez: apenas 16% dos inquiridos; - 84% dos inquiridos havia já visitado a região (em média, 6.6 vezes).

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PRESENÇA VIRTUAL

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Presença virtual Presença da Região de Turismo do Algarve na internet A Região de Turismo do Algarve marcou a sua primeira presença online em 1998, por via de um site institucional. Posteriormente (2000 e 2002) surgiu uma alteração ao nível do layout e da organização da informação existente, assim como uma atualização do logótipo.

Em 2005, a Região de Turismo do Algarve dividiu a sua presença online em duas vertentes: - Portal promocional – www.visitalgarve.pt - Portal institucional – www.turismodoalgarve.pt

Fonte: Região de Turismo do Algarve PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Presença virtual A presença da Região de Turismo do Algarve nas redes sociais A Região de Turismo do Algarve está presente no facebook onde divulga informações sobre a região, sobre eventos e interage com o público em geral.

Nesta rede social são ainda lançados passatempos diversos que permitem uma maior interação com os utilizadores.

Fonte: Região de Turismo do Algarve PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Presença virtual A presença da Região de Turismo do Algarve nas redes sociais A Região de Turismo do Algarve tem ainda um Canal no Youtube onde divulga vídeos temáticos relativos à campanha “Algarve: Europe’s most famous secret”.

Nesta rede social podem ainda ser encontrados outros vídeos da região, entrevistas e informações sobre eventos.

Fonte: Região de Turismo do Algarve PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Presença virtual Parceria TripAdvisor Atualmente a Região de Turismo do Algarve possui uma parceria com a TripAdvisor, a maior comunidade online de viagens e turismo com milhões de visitas mensais.

Fonte: Região de Turismo do Algarve

Neste site é possível as entidades de promoção turística e empresários do setor a monitorização constante de comentários dos turistas.

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Presença virtual Presença internet

da

Associação

Turismo

do

Algarve

na

O algarvepromotion.pt é o sítio da internet da Associação Turismo do Algarve, um portal especialmente concebido para funcionar como uma ferramenta de trabalho para todos os profissionais do sector turístico. Agentes de viagens, operadores e jornalistas têm agora ao seu dispor informação atualizada sobre toda a atividade promocional da ATA e dos seus associados, bem como uma galeria multimédia onde poderão fazer o download de material promocional como brochuras, mapas, imagens, vídeos e kits de imprensa, para complemento das suas atividades.

Fonte: Associação Turismo do Algarve

A estratégia de promoção turística do Algarve é orientada por produto. As campanhas de comunicação e divulgação visam a manutenção da vocação turística da região centrada nos seguintes produtos:    

Sol e mar; Golfe; Turismo residencial; Meeting industry.

Mas também reforça a valorização de outros produtos turísticos emergentes:    

Saúde e bem-estar; Desporto; Turismo de natureza; Turismo cultural.

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Presença virtual|Concorrentes Presença virtual dos concorrentes Numa análise sobre a presença online dos concorrentes nacionais e internacionais do Algarve é possível identificar exemplos interessantes que vão ao encontro das tendências

da sociedade atual, nomeadamente os botões de partilha, comentários, mapas interativos, aplicações, entre outros.

Sítio da internet do Turismo da Madeira – Aplicações (APPS) várias Fonte: visitmadeira.pt

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Presença virtual|Concorrentes

Sítio da internet do Turismo da Madeira – Visita virtual Fonte: visitmadeira.pt

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Presença virtual|Concorrentes

Sítio da internet do Turismo da Madeira – Webcams em tempo real Fonte: visitmadeira.pt

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Presença virtual|Concorrentes

Sítio da internet do Turismo dos Açores – Oferta variada de serviços Fonte: visitazores.com

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Presença virtual|Concorrentes

Sítio da internet do Turismo dos Açores – Partilha de fotografias Fonte: visitazores.com

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Presença virtual|Concorrentes

Sítio da internet do Turismo de Lisboa – Elaboração personalizada de itinerário Fonte: visitlisboa.com.pt

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Presença virtual|Concorrentes Ask the office O “Ask the office” é um balcão virtual de turismo da Catalunha integrada no facebook que foi criado em 2009 e que está disponível no computador e nos smartphones. Visa dar valor adicional ao público por via das redes sociais, dando-lhes a possibilidade de efetuar perguntas sobre determinados locais, serviços ou produtos da região.

Muito ativo nas redes sociais o Turismo da Catalunha desenvolveu também em 2009 a plataforma “Catalunya Experience”, um ecossistema que engloba a promoção turística de Catalunha nas redes sociais. Em maio de 2012 o Turismo da Catalunha organizou o primeiro “Instagram Trip en España”, com bloggers dos EUA, Canadá e Reino Unido.

Facebook do Turismo de Catalunha

Instagram do Turismo de Catalunha

Fonte: Catalunya Experience

Fonte: Catalunya Experience

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Presença virtual|Concorrentes Turismo de Espanha – Promoção nas TIC O Turismo de Espanha vai investir cerca de 6 milhões de euros numa campanha de promoção turística baseada nas novas tecnologias de informação (TIC), em conjunto com o setor privado, dirigida a mercados prioritários.

A Turespaña irá racionalizar a sua presença nas feiras internacionais, uma vez que considera esse modelo de promoção “obsoleto”. Irá manter a sua presença nas feiras principais.

Destaca-se a crescente importância das redes sociais e das novas tecnologias na nova política de promoção da Turespaña, uma forma a reduzir o uso do papel.

Facebook da Turespaña (See Spain) Fonte: Turespaña

Instagram da Turespaña Fonte: Turespaña PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Presença virtual|Concorrentes Espanha – Destinos inteligentes A Secretaria de Estado do Turismo considerou ser necessário a adaptação dos destinos às TIC. Para isso foi desenvolvido o Plano dos Destinos Inteligentes com ações em destinos piloto centrados nas áreas da tecnologia, acessibilidade, inovação e sustentabilidade. O projeto “Destinos Inteligentes” foi desenvolvido pela Segittur (Sociedad Estatal para la Gestión de la Innovación y las Tecnologías Turísticas), que criou um conjunto de ações como a implementação da rede wi-fi com 26 pontos de conexão de forma gratuita na Ilha de El Hierro, Canárias.

Outras áreas abrangidas com o projeto são a Playa de Palma, Haro, Castelldefels, La Gomera e Badajoz-Elvas, dentro de um projeto transfronteiriço entre Espanha e Portugal. O projeto inclui um novo modelo de balcão de informação turística nos destinos - Oficina Turística del siglo XXI, um balcão digital, sem papel e que visa melhorar em matéria de segurança e conhecimento das preferências dos turistas. Neste ámbito, Espanha irá desenvolver a primeira norma mundial de “Destinos Inteligentes”.

El Hierro – Destino inteligente Fonte: Segittur

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Presença virtual|Concorrentes Tuplayaonline.com - Aplicação móvel para reserva de lugar na praia A aplicação Tuplayaonline.com é uma aplicação online que permite aos turistas reservar o seu lugar na praia antecipadamente, assim como serviços adicionais como o toldo ou sombrinha, cadeiras, entre outros.

No momento da reserva o cliente recebe um código de confirmação para que possa aceder ao lugar escolhido. O pagamento é feito por paypal ou cartão de crédito. Neste momento o serviço está disponível na Praia de San Juan (Alicante), prevendo-se a sua expansão para Gandia, Benidorm e Torrevieja.

Sítio da internet da aplicação Tuplayaonline.com Fonte: www.tuplayaonline.com

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Presença virtual|Concorrentes Travel Open Apps A Comunitat Valenciana desenvolveu uma plataforma de comercialização turística que conta já com mais de 1000 empresas de serviços (alojamento, restauração, agências de viagens e turismo, turismo ativo, visitas guiadas, entre outros). Desde que iniciou atividade esta plataforma já recebeu mais de 83.000 reservas num total aproximado de 43 milhões de euros.

O objetivo desta plataforma passa por dar uma maior visibilidade à oferta turística disponível permitindo o posicionamento online de diferentes tipos de serviços turísticos da região valenciana. Nesta plataforma foram efetuadas entre janeiro e final de julho de 2014 cerca de 30.000 reservas num total aproximado de 17,6 milhões de euros.

Plataforma de distribuição turística Travel Open Apps Fonte: Hosteltur; http://www.travelopenapps.org/

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Presença virtual|Concorrentes

Sítio da internet do Turismo da Croácia – Partilha de informação para facebook Fonte: Croatian National Tourism Board

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Presença virtual|Concorrentes

Presença da Huelva Turismo no Instagram

Presença da Huelva Turismo no Pinterest

Fonte: instagram.com/huelvaturismo

Fonte: pinterest.com/huelvaturismo

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Presença virtual|Concorrentes

Sítio da internet do Turismo da Grécia Botões de partilha e download de conteúdos Fonte: visitgreece.gr

Sítio da internet do Turismo do Chipre no Pinterest Fonte: visitcyprus.com PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Presença virtual|Concorrentes

Sítio da internet do Turismo do Chipre Vídeos sobre o país no YouTube Fonte: visitcyprus.com PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Presença virtual|Concorrentes

Sítio da internet do Turismo de Murcia Reserva de alojamento Fonte: murciaturistica.es

Sítio da internet do Turismo de Espanha – Reserva de viagem

Sítio da internet do Turismo da Bulgária – Reserva de viagem

Fonte: spain.info

Fonte: visitbulgaria.com

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Presença virtual|Concorrentes

Sítio da internet do Turismo de Valência – Valencia Tourist Card Fonte: visitvalencia.com

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Presença virtual|Concorrentes Atividades/produtos turísticos destacados pelos concorrentes no sítio da internet

Análise do Algarve com concorrentes nacionais ALGARVE

Sol e praia; Golfe; Desporto e aventura; Negócios e lazer; Cultura e tradição; Natureza e paisagem; Boa vida.

MADEIRA

BTT; Geocaching; Trailrunning; Passeios a pé; Canyoning; City sightseeing; Escalada; Excursões; Golfe; Asa delta e parapente; Coastering; Mergulho; Observação de cetáceos; Passeios a parco; Pesca desportiva; Stand up paddle; Surf; Windsurf; Cultura.

AÇORES

Passeios pedestres; Observação de cetáceos; Golfe; Mergulho; Geoturismo; Passeios de bicileta/btt; Saúde e bem-estar; Canyoning; Observação de aves; Surf; Pesca desportiva; Iatismo; Canoeing/kayaking; Parapente; Passeios a cavalo; Gastronomia; Festividades; Património e cultura.

PORTO

Vinho do porto; Museus e património; Arquitetura; Cultura e lazer; Circuitos turísticos; Rio e mar; Ar livre; Compras; Gastronomia; Animação noturna; Moda; Centro histórico.

LISBOA

Gastronomia; Golfe; Cultura; Passeios de barco; Descubra por si; Passeios guiados; Passeios a pé; Fado; Crianças; Natureza; Radical; Desporto.

Análise das atividades/produtos turísticos destacados nos sítios da internet da Região de Turismo do Algarve e dos outros concorrentes nas regiões turísticas nacionais Fonte: visitalgarve.pt; visitmadeira.pt; visitazores.com; visitlisboa.com.pt; portoenorte.pt

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Presença virtual|Concorrentes Atividades/Produtos turísticos destacados pelos concorrentes no sítio da internet

Análise do Algarve com concorrentes ibéricos HUELVA

Praias; golfe; natureza; gastronomia; rotas; festas e eventos

CÁDIZ

Eventos; cultura e festas; rotas; praia; natureza; saúde e bem-estar

GRANADA

Cultura; sol e praia; natureza; turismo ativo; saúde e bem-estar; gastronomia; crianças; congressos; Granada gay friendly; turismo rural; artesanato e festas

MÁLAGA

Sol e praia; gastronomia; desporto; famílias; cultura; natureza; vida noturna

ALMERIA

Golfe; sol e praia; desportos náuticos; património e cultura; turismo ativo; cinema

MURCIA

Rotas; arte e cultura; sol e praia; turismo rural; gastronomia; festas e festivais; desportos e aventura; natureza; saúde e bem-estar; turismo religioso; compras e artesanato; MICE.

ALICANTE

Cultura e experiência; desporto; festas; gastronomias; praia; rotas.

BALEARES

Praia; desporto; turismo de negócios; saúde e bem-estar; cultura; compras; gastronomia; natureza

CANÁRIAS

Férias com crianças; experiências vulcânicas; sol e praia; atividades náuticas; saúde e bem-estar; golfe; lazer e negócios; cultura; animação.

Análise das atividades/produtos turísticos destacados nos sítios da internet do Turismo do Algarve e dos outros concorrentes nas regiões turísticas ibéricas

Fonte: visithuelva.com; cadizturismo.com; turgranada.es; visitcostadelsol.com; PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO turismoalmeria.com; murciaturistica.es; alicanteturismo.com; illesbalears.es; Definição de objetivos e linhas estratégicas de orientação 318 turismodecanarias.com


Presença virtual|Concorrentes Atividades/Produtos turísticos destacados pelos concorrentes no sítio da internet

Análise do Algarve com concorrentes internacionais BULGÁRIA

Turismo de aventura; Turismo de saúde e bem-estar; camping; turismo de negócios; turismo cultural; turismo de natureza; turismo de ski e montanha; turismo rural; turismo náutico.

CHIPRE

Sol e mar; turismo cultural; gastronomia; eventos; turismo religioso; rotas; turismo de negócios; casamentos e lua-de-mel; desporto; turismo de saúde e bem-estar; turismo rural; turismo de natureza; golfe; cruzeiros.

CROÁCIA

Turismo de natureza; gastronomia e vinhos; turismo cultural; turismo ativo; turismo náutico; turismo de saúde e bem-estar; camping; turismo de negócios.

ESPANHA

Sol e mar; arte e cultura; rotas; turismo de natureza; gastronomia; desporto; saúde e beleza; compras; vida noturna; turismo religioso; turismo de luxo; observação de aves; aprender a língua; cinema e literatura.

GRÉCIA

Turismo cultural; sol e mar; turismo de natureza; turismo religioso; city breaks; turismo de negócios; gastronomia; touring; desporto; turismo ecológico.

MALTA

Turismo cultural; vida noturna; turismo em família; cinema; gastronomia; turismo de saúde e bem-estar; turismo de natureza; excursões no mar; compras; desportos; mergulho; aprender a língua; cruzeiros; casamentos e lua-de-mel.

TUNÍSIA

Turismo de negócios; turismo cultural; turismo ecológico; golfe; turismo náutico; turismo de saúde e bemestar; turismo no Sahara.

TURQUIA

Cultura e arte; desporto; turismo alternativo; golfe; congressos; casamentos e lua-de-mel; saúde e bemestar; ecoturismo; turismo ativo; gastronomia; rotas; eventos.

Análise das atividades/produtos turísticos destacados nos sítios da internet do Turismo do Algarve e dos outros concorrentes nas regiões turísticas internacionais europeias Fonte: http://bulgariatravel.org/; http://www.visitcyprus.com/wps/portal; http://www.visitgreece.gr/; http://www.spain.info; http://croatia.hr/; http://www.visitmalta.com/; http://www.aft.nat.tn/en/produits_touristiques_tunisie.php; https://www.goturkey.com/. PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Definição de objetivos e linhas estratégicas de orientação

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TENDÊNCIAS DO TURISMO

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Tendências do turismo Millennials Os Millennials são um segmento de consumidores do mundo desenvolvido formado por jovens nascidos entre os principios dos anos 80 e o início da década de 2000. Também são conhecidos como:  Geração Y – Geração que sucedeu à Geração X;  The Echo Boomers – Geração que é filha da geração Baby boomer  The Next Generation – Geração que cresceu com a internet  The Boomerang Generation – Geração que regressou para a casa dos país  The Peter Pan Generation – Geração que tem mais dificuldade em passar para a idade adulta que na gerações anteriores Os Millennials estrearam-se como consumidores adultos no início do novo milénio e apresentam características singulares e diferentes das anteriores gerações “X” e Baby boomers. São indivíduos com plena consciência da globalização e são pioneiros no uso das novas tecnologias de informação, redes sociais e demais formas de comunicação rápida.

De acordo com o Hosteltur cerca de 24% dos turistas de negócios podem ser classificados como Millenials (18-29 anos) e realizam pelo menos uma viagem por mês em trabalho passando uma noite fora de casa. Cerca de 84% dos jovens turistas de negócios é favorável a adicionar um ou mais dias de ócio na sua viagem de trabalho. Para 92% esta seria uma opção real se a unidade de alojamento oferecer um desconto para passar mais uma noite. 45% dos Millennials referem que conhecer e experimentar novos serviços é a melhor vantagem das viagens de trabalho. Cerca de 37% refere que gosta de conhecer e interagir com novas pessoas quando tem viagens de trabalho. 65% dos Millennials refere que “descobrir novas cidades” é um dos motivos principais para aumentar o seu período de viagem de negócios. 85% está disposto a utilizar os seus pontos/milhas dos programas de fidelização que obtêm nas viagens de negócios para reservar as suas férias em família.

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Tendências do turismo Millenials Esta é uma geração que está sempre ligada à internet, com um comportamento distinto das gerações anteriores relativamente ao momento de escolha, compra de produtos ou reserva de serviços: 10,4% consulta fontes online antes de comprar; 75% tem uma conta nas redes sociais; 83% dormem com um smartphone ao lado da cama; 84% referem que os conteúdos gerados por outros utilizadores influencia a sua decisão de viagem;  57% atualiza o seu estado nas redes sociais durante os dias de viagem.    

Tipo de alojamento mais procurado pelos Millenials Fonte: Hosteltur (2013)

Segundo a Hosteltur os alojamento preferidos pelos Millenials entre os 20 e os 29 anos são os Hostels, um tipo de alojamento muito popular atualmente entre a população mais jovem e que tem vindo a crescer no Algarve nos últimos anos. Para os Millenials os fatores que são mais valorizados quando procuram uma unidade de alojamento são a localização e o serviço ao cliente.

Fatores mais valorizados pelos Millenials quando procuram uma unidade de alojamento Fonte: Hosteltur (2013)

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Tendências do turismo Millennials A geração Millenial tem um comportamento muito ativo nas redes sociais, sendo que os motivos para a sua utilização são, segundo a Hosteltur (2013):  Possibilidade de comunicar e enviar mensagens diretas (56%);  Passatempo (54%);  Partilhar fotografias (49%);  Partilhar informação e links (45%);  Organizar encontros com amigos e familiares (36%);  Ver vídeos (36%);  Conhecer novos produtos (26%);  Encontrar cupões ou promoções (20%);  Criar e compartilhar vídeos (20%);  Encontrar ou manter contatos de trabalho (18%). Esta geração está nas redes sociais:  Durante o tempo de ócio (73%);  Enquanto vêm televisão ou ouvem rádio (39%);  Na cama quando não conseguem dormir (34%);  Nas pausas do trabalho (26%);  Nos transportes públicos (23%).

Esta geração ao nível das férias pode ser caracterizada como uma geração que procura mais viagens internacionais, preferindo destinos urbanos em vez de resorts. Normalmente viaja em grupo com familiares ou amigos, utilizando os seus telemóveis para tirar fotografias, partilhando-as nas redes sociais acompanhadas de comentários sobre a experiência de viagem. 8 em cada 10 Millennials consideram os reviews dos sites de viagens importantes ou muito importantes no momento de escolha de um destino ou de um conjunto de serviços turísticos.

Cerca de 32% dos Millennials reservam as suas viagens de negócio em telefones móveis ou em tablets (20%).

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Tendências do turismo Aumento das viagens de luxo As viagens de luxo continuam a ser um segmento robusto no setor turístico, sendo que os principais mercados são a China, Japão, EUA e vários países da Europa cujos turistas procuram serviços diferentes e de qualidade elevada, onde o serviço ao cliente é de excelência. O Algarve dispõe atualmente de diversas unidades de alojamento de 5 estrelas que se enquadram nesta tendência e que podem suscitar a curto médio prazo um aumento da procura. Aliado a estas unidades de alojamento encontramos um conjunto de atividades como o Spa, a gastronomia e outras que podem aumentar o grau de satisfação do cliente.

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Tendências do turismo Lazer e consumo conspícuo Tendência cada vez mais em voga e que se caracteriza pelo facto dos indivíduos se rodearem de objetos caros ou experiências inesquecíveis que não são acessíveis à maioria das pessoas de modo a ter mais notoriedade e status social. Muito comum durante o período de lazer, principalmente entre as camadas mais jovens (Millenials) que partilham com os amigos nas redes sociais por via de fotografias e comentários sobre a experiência que estão a viver.

Os produtos e experiências que são mais partilhadas são:     

Informação sobre o novo smartphone; O alojamento de férias; A liberdade para trabalhar em casa; As férias em destinos exóticos e de rara beleza; As atividades no tempo livre.

A beleza natural do Algarve e as experiências que são oferecidas um pouco por toda a região poderiam constituir um elemento importante para ir ao encontro desta nova tendência.

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Tendências do turismo Slow Travel Tipo de turismo que permite conhecer a vida local de cada cidade e comunidade que os turistas visitam. Este tipo de turistas gosta de passear tranquilamente pelas ruas e relacionar-se com as pessoas e o espaço, com as atividades culturais, monumentos e demais locais de interesse.

Normalmente procuram alojamentos mais típicos e longe das áreas massificadas de forma a ficarem mais ligados ao local, conviverem com os residentes e conhecerem alguns dos seus usos e costumes.

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Tendências do turismo Férias ativas As férias ativas têm registado um crescimento elevado nos últimos anos, estimando-se que as receitas associadas tenham atingido os 354 biliões de dólares no ano de 2012. Umas férias ativas incluem normalmente duas de três áreas, natureza, cultura e atividade física. Os turistas aventureiros são normalmente jovens e cerca de 54% dos potenciais turistas estão a planear uma atividade de aventura na sua próxima viagem. Dadas as características do Algarve, tanto no litoral como no interior existe grande potencial para ir ao encontro desta tendência de mercado uma vez que já existem atividades distintas que se enquadram neste conceito.

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Tendências do turismo Geocaching O geocaching é uma atividade ao ar livre que conjuga o contacto com a natureza e as novas tecnologias, sendo considerada a caça ao tesouro do século XXI. Através da utilização de um recetor de GPS, o geocacher vai à procura dos pequenos tesouros que podem estar escondidos em diferentes locais, desde o cume de uma montanha, fundo do mar ou até mesmo num monumento da localidade mais próxima. Esta atividade pode ser praticada individualmente, em família ou em grupo. O geocaching é uma nova forma de conhecer diferentes e variados locais, a sua história, a sua cultura e geologia.

Portugal tem sido considerado muito competitivo nesta área devido às condições meteorológicas e também à variedade paisagística existente. Começam a surgir no mercado algumas ofertas e alianças entre o geocaching e os operadores turísticos, assim como parceiros locais como restaurantes, hotéis e especialistas em caminhadas nas respetivas regiões do país. As empresas, câmaras municipais, museus, juntas de freguesia e associações vêm nesta atividade uma boa oportunidade de divulgação do património local.

O geocaching pode ser encarado de forma meramente recreativa ou como uma ferramenta de desenvolvimento do turismo, divulgando locais com interesse, tais como museus, castelos, praias, aldeias, potenciando o número de visitantes e o conhecimento dos locais. A partilha de informação sobre o local onde se encontra escondida uma cache (recipiente em plástico ou outro), é efetuada na internet numa página dedicada. O principal sítio da internet é o www.geocaching.com. Estimam-se que existem cerca de 1.916.206 caches ativas e cerca de 5 milhões de geocachers em todo o mundo.

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Tendências do turismo Turismo e gastronomia Um dos segmentos mais dinâmicos e criativos dos últimos anos são os turistas que aliam as suas férias com a culinária usufruindo de experiências gastronómicas distintas durante o período de férias. Procuram locais com gastronomia típica, conhecer novos sabores e acima de tudo viver novas experiências de degustação. O Algarve por via do evento Algarve Chefs Week pode ir ao encontro desta nova tendência, para além de que a gastronomia da região é muito rica e com influências mediterrânicas. A Dieta Mediterrânica é um bom pretexto para que os restaurantes locais possam oferecer novas experiências gastronómicas aos turistas.

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Tendências do turismo Os meios digitais Um estudo da Expedia relata que um turista procura ou visita em média 38 sítios da internet antes de efetivar a sua reserva de viagem. Mas de 40% das pesquisas na internet que se realizam são feitas de meios móveis (smatphone, tablet, entre outros). As principas perquisas na internet, relacionadas com viagens e turismo são:      

Dicas de viagem; Reservas interactivas; Guias de viagem em dispositivos móveis; Reviews de outros turistas (Tripadvisor); Comentários no facebook; Fotografias partilhadas de serviços nas redes sociais;

Segundo um participaram suplantaram de férias dos

A "experiência pessoal" também é muito relevante (33%), enquanto apenas 19% dos inquiridos destaca "agentes de viagens e postos de turismo". Na comparação com idêntico inquérito ("Preferências dos Europeus face ao Turismo") realizado em janeiro de 2013, revela-se a subida de 5% para 7% dos media sociais e as descidas, também pouco expressivas, dos meios de comunicação tradicionais (de 9% para 8%) e dos agentes de viagens (de 21% para 19%). O inquérito permite concluir que se mantêm relativamente estáveis as preferências dos turistas quanto às motivações para férias (estadas superiores a quatro dias), com "sol e praia" em primeiro lugar com 46%, valor que compara com 40% do ano anterior.

estudo realizado pela Comissão Europeia, onde cerca de 31 mil pessoas, os meios digitais os meios tradicionais na escolha dos destinos europeus.

Seguem-se "visitas a familiares e amigos" (34%), "natureza" (30%), "cultura" (25%), "passeios urbanos" (23%), "actividades desportivas" (14%), "bem-estar" (13%), e "eventos" (8%).

Cerca de 53% dos inquiridos afirmaram seguir recomendações de sítios da internet e media sociais, enquanto apenas 28% referiram catálogos, revistas, jornais e outros media profissionais.

Na comparação homóloga registam-se crescimentos mais importantes nas motivações "natureza", "cultura" "passeios urbanos" e "actividades desportivas".

A maior fonte de recomendação de destinos de férias continua a ser "amigos, colegas e próximos", com um valor de 56%. Os sítios da internet já representam 46% das recomendações. A maior parte dos inquiridos recorre a mais do que uma classe de fontes. PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

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Tendências do turismo Os meios digitais Segundo um estudo da PWC o “novo turista” escolhe planear a sua própria viagem online, recorrendo a plataformas digitais e às redes sociais para se informar, fazer comparações, desfrutar de descontos e reservar as viagens e estadas que mais lhe agradam em termos de impacto e preço. Segundo a PWC é importante que as empresas acompanhem estas mudanças, encarando-as como oportunidades para crescer.

Importa avaliar as tendências do mercado, a forma como os clientes pesquisam, onde pesquisam e de que forma reservam e interagem em plataformas digitais, descarregam aplicações para telemóveis e tablets e os utilizada como ferramenta de auxílio para as suas férias. As redes sociais desempenham um papel importante na partilha de comentários, fotografias e vídeos sobre experiências diárias e nas férias.

Oportunidades para a verdadeira diferenciação através do digital Fonte: PWC (2014)

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Tendências do turismo Os meios digitais

A evolução da interação da população mundial na internet entre 2003-2020 Fonte: PWC (2014)

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Tendências do turismo Android ou Apple Segundo um estudo a agência online espanhola Destinia, os turistas que utilizam telemóveis, tablets ou outros dispositivos móveis com o sistema operativo Android (Google) gastam cerca de 25% mais do que aqueles que se conectam com dispositivos da Apple (iOS). Segundo a Destinia, um cliente Android gasta em média cerca de 194 euros para efetuar a reserva de um voo e de um alojamento, enquanto que um cliente Apple gasta cerca de 154 euros.

A preferência de serviços também é distinta, uma vez que cerca de 51% dos clientes conectados por um iPhone optam por hotéis de 4 estrelas, enquanto que 41% dos clientes Android reservam hotéis de 3 estrelas. Relativamente à antecipação da reserva esta é de 16 dias para os clientes com dispositivos Android e 14 dias para clientes com dispositivos da Apple.

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Tendências do turismo União Europeia - Aumento da pesquisa e reserva em tablets e smartphones Segundo um estudo da consultora HeBS digital a pesquisa e a reserva nas unidades de alojamento na União Europeia ocorreu no primeiro semestre de 2014 em cerca de 42% dos casos em dispositivos móveis como smartphones ou tablets. Os tablets assumem atualmente um papel muito importante tendo-se registado no primeiro semestre de 2014 cerca de 224% mais noites reservadas e cerca de 283% mais pesquisas que os smartphones.

Segundo a consultora as unidades de alojamento devem ter estas tendências em consideração na hora de escolherem os seus canais de distribuição, que devem estar assentes numa estratégia multicanal (computador, smartphone e tablets), aproveitando todas as oportunidades do mercado.

As estratégicas de marketing devem ser distintas em cada um dos canais com a optimização da presença das unidades de alojamento em cada um dos meios para proporcionar diferentes experiências ao cliente.

As pesquisas via computador pessoal baixaram cerca de 16% enquanto que as pesquisas via smartphone aumentaram cerca de 51%.

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Tendências do turismo Seniores ativos Este é um segmento de mercado cada vez mais importante, que viaja ao longo do ano, principalmente nos períodos de menor procura do Algarve (Inverno IATA).

O Algarve dispõe de vários equipamentos interessantes para este segmento, quer em termos de alojamento como de outro tipo de infraestruturas de apoio.

Estima-se que os seniores ativos venham a atingir os 1,3 a 1,6 biliões no mundo durante os próximos anos.

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Tendências do turismo Famílias a viajar com mascotes O número de famílias a viajar com animais (cães, gatos e outros) está a aumentar, tendo surgido no mercado um conjunto de operadores e de unidades de alojamento especializadas neste tipo de viagem.

Para além do alojamento os programas em oferta contemplam também algumas atividades que envolvem a família e os animais de estimação.

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Tendências do turismo Mulheres a viajar em grupo Tendência da sociedade moderna em que mulheres viajam em grupo e procuram experiências únicas e acima de tudo conhecer a realidade feminina dos locais visitados, partilhando experiências, vivências e histórias do seu dia a dia. Gostam de conhecer novas culturas e a história dos locais.

Procuram destinos em que possam aprender e ter novas experiências ou grandes cidades mundiais que ofereçam um leque variado de atividades. Estas mulheres têm uma vida profissional ativa, têm em média 45 anos e um nível socio-económico médio alto e formação universitária.

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Tendências do turismo Pessoas a viajarem sozinhas Nos últimos anos têm vindo a aumentar o número de pessoas que viajam sozinhas de diferentes faixas etárias, seja em lazer ou em negócios, onde as mulheres começam a ganhar grande expressão. Caracterizam-se por procurarem informações na internet, partilharem informações e experiências vividas no destino. São exigentes com os serviços e procuram alojamentos centrais e facilmente acessíveis.

Existem atualmente no mercado diferentes operadores especializados em “Solo travel”, ou seja, viagens de lazer que são realizada por uma só pessoa. As empresas de cruzeiro têm vindo a criar produtos específicos para estes clientes, assim como hotéis que oferecem pacotes especiais de serviços.

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Tendências do turismo Short Breaks / Nano Breaks Associado às mudanças económicas que se têm vindo a sentir nos últimos anos os turistas procuram cada vez mais momentos de descanso e lazer ao longo do ano, contrariamente ao que acontecia antigamente em que se os períodos de férias eram de longa duração e normalmente uma vez por ano (verão). Atualmente assiste-se a uma oferta e a uma procura de short breaks de 3 a 5 dias e em determinados países a nano breaks de apenas 2 dias/1 noite para comemorar um evento importante ou simplesmente para aproveitar um fim de semana. Esta tendência foi alavancada com o aparecimento das companhias aéreas de baixo custo que vendem viagens de avião para diferentes cidades e capitais do mundo a tarifas convidativas. Existem já operadores turísticos online que apostam neste segmento de procura a preços convidativos. A oferta elevada de voos destas companhias aéreas para o Algarve pode proporcionar o desenvolvimento deste tipo de procura com viagens de menor duração e ao longo do ano. Exemplo de um operador turístico online que vende short breaks para o Algarve

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PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO PARA O TURISMO DO ALGARVE

2015-2018 Definição de objetivos e linhas estratégicas de orientação


Ciclo de vida do Algarve Ciclo de vida do Algarve Em 1980, Richard Butler, desenvolveu um modelo teórico que ficaria conhecido como Modelo do Ciclo de vida dos destinos, que tem sido aplicado a variados destinos turísticos um pouco por todo o mundo. Este modelo visa, de uma forma simples, apresentar uma metodologia de análise evolutiva de uma área ou destino turístico, salientando que passa por um conjunto de etapas sucessivas que se interligam entre si e que têm impactes directos no processo de desenvolvimento de um destino. Estas etapas são a exploração, o envolvimento, o desenvolvimento, a consolidação e a estagnação. Butler (1980) sugere que após esta última etapa podem acontecer três cenários distintos, o rejuvenescimento do destino, a continuação da estagnação ou até mesmo o declínio.

Ciclo de vida dos destinos segundo Butler Fonte: Butler (1980)

Para aplicar este modelo ao Algarve foram utilizados quatro indicadores:  Número de passageiros processados no Aeroporto de Faro;  Número de dormidas;  Número de unidades de alojamento classificado;  Capacidade de alojamento em número de camas. A análise destes quatro indicadores permite-nos aferir a evolução que tem ocorrido no Algarve entre 1962 e 2013 e desta forma identificar em que etapa do ciclo de vida é que a região se encontra. A estes indicadores foram ainda adicionadas outras referências relativas a investimentos realizados nos últimos anos na região, novas infraestruturas existentes e outras que estão atualmente em projeto, entre outros.

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Ciclo de vida do Algarve Ciclo de vida do Algarve

no Aeroporto de Faro. Estes dados permitem-nos ver o crescimento destes indicadores desde 1962 até ao final de 2013.

Para avaliar o ciclo de vida do destino Algarve foram analisados vários indicadores, nomeadamente a evolução do número de dormidas e a evolução do número de passageiros 16.000.000

14.822.600

14.000.000 Dormidas

Pax AFR

12.000.000

Unidades

10.000.000

8.000.000 5.981.448 6.000.000

4.000.000

2.000.000

1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

0

Anos

Dormidas no alojamento classificado e número de passageiros processados no Aeroporto de Faro (1962-2013)

Fonte: Instituto Nacional de Estatística; Região de Turismo do Algarve; ANA, Aeroportos de Portugal PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Definição de objetivos e linhas estratégicas de orientação

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Ciclo de vida do Algarve Ciclo de vida do Algarve Os dados relativos ao número de unidade de alojamento classificado e à capacidade de alojamento permitem verificar

que a região tem tido um crescimento considerável ao longo das últimas décadas.

120.000

500 107.462

432

400 350

80.000

300 60.000

250 200

40.000

20.000

150

Nº estabelecimentos

Unidades

100.000

450

100 Capacidade de alojamento

Nº estabelecimentos 50

0 1962 1963 1964 1965 1966 1967 1968 1969 1970 1971 1972 1973 1974 1975 1976 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1985 1986 1987 1988 1989 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013

0

Anos

Capacidade de alojamento (camas) e número de estabelecimentos classificados no Algarve (1962-2013) Fonte: Instituto Nacional de Estatística; Região de Turismo do Algarve

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Definição de objetivos e linhas estratégicas de orientação

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Ciclo de vida do Algarve Ciclo de vida do Algarve Os dados inventariados aliados às informações sobre a oferta de serviços turísticos, novas infraestruturas existentes na região, assim como outros indicadores de desenvolvimento económico permitem-nos perceber que o Algarve, depois de uma fase de consolidação, terá passado por um processo de estagnação, devendo agora evoluir para uma etapa de Rejuvenescimento. A etapa de rejuvenescimento de um destino é atingida e consolidada quando se verifica uma estratégia concertada e coordenada dos vários intervenientes, do setor público e privado, associados ao setor turístico da região. Para isso é necessária a alteração e adequação de estratégias e políticas de planeamento, ordenamento e uso do território, evitando os erros urbanísticos do passado e os investimentos elevados em infraestruturas sem a devida importância ou mais-valia para o destino. Nesta fase é fundamental que os órgãos de gestão do destino, em parceria com os stakeholders da região, avaliem de forma detalhada os pontos fortes e fracos do destino e tenham consciência das suas forças e fraquezas perante os seus concorrentes. Só assim se podem efetuar as reformulações e ajustamentos no produto, mercados e segmentos de procura turística.

Esta fase deverá assentar na reestruturação das campanhas promocionais, de forma a permitir ao destino uma nova abordagem junto de potenciais mercados emissores e um reforço da imagem do destino baseado na qualidade de serviços e na diversificação da oferta de atrações, captando a atenção de novos clientes e de outros já conhecedores do destino. A fase de rejuvenescimento pressupõe o desenvolvimento de estratégias que envolvam o setor público e privado e que visem a cooperação e o trabalho conjunto em prol do crescimento sustentado do destino. As estratégias chave deverão assentar num planeamento cuidado e coordenado entre os vários interessados, na expansão e requalificação das infraestruturas, melhoria das acessibilidades, no aumento da qualidade do serviço prestado, assim como na delineação de estratégias sustentadas, que devem ser implementadas e partilhadas por todos aqueles que trabalham para e com o turista, em prol do aumento da competitividade do destino.

Esta fase deverá ser acompanhada pelo desenvolvimento de novos produtos turísticos e pela renovação da imagem do destino, de forma a reconquistar a sua competitividade no mercado. PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Definição de objetivos e linhas estratégicas de orientação

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• Situação geográfica; • Condições climáticas; • Qualidade das praias; • Qualidade das marinas e portos de recreio; • Qualidade dos campos de golfe; • Qualidade da gastronomia e vinhos; • Extensão e diversidade da costa; • Existência de um aeroporto internacional; • Qualidade da oferta ao nível do alojamento; • Diversidade ao nível de tipologias de alojamento;

Pontos fracos

Pontos fortes

Análise SWOT do destino Algarve • Sazonalidade; • Gestão de espaços públicos;

• Qualidade da paisagem edificada; • Excessiva especialização no produto sol e mar; • Acessibilidade aérea para a generalidade dos mercados; • Mobilidade na região (rede viária e ferroviária); • Grande concentração urbana no litoral; • Oferta de atividades culturais;

• Perceção da segurança ao nível da região;

• Acessibilidade dos espaços públicos e dos equipamentos turísticos para pessoas com mobilidade reduzida;

• Diversidade paisagística;

• Sinalética informativa e orientadora;

• Diversidade da oferta ao nível do entretenimento/restauração/bebidas;

• Escassa promoção de oferta turística relacionada com os produtos turísticos complementares e em fase de desenvolvimento;

• Facilidade de comunicação (domínio de idiomas);

• Carência de eventos de impacto nacional e internacional;

• Diversidade concentrada; Hospitalidade/simpatia;

• Excessiva concentração de eventos em época alta;

• Tipicidade;

• Estado do mar propício ao recreio e desportos náuticos;

• Inexistência de um programa regional de eventos; • Inovação tecnológica nas empresas turísticas;

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• Dieta Mediterrânica – inscrita na lista representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade da UNESCO; • Rede de postos de informação turística, com certificação de qualidade.

Pontos fracos (cont.)

Pontos fortes (cont.)

Análise SWOT do destino Algarve • Qualificação dos recursos humanos; • Inexistência de sinergias entre players do setor; • Deficit de articulação /cooperação diversas áreas; • Significativa oferta de alojamento não classificado;

• Carência de infraestruturas de suporte e equipamento nas praias; • Articulação entre os diversos sistemas de transporte; • Concentração da oferta hoteleira e outros equipamentos turísticos em poucos concelhos; • Percecionado como caro em alguns mercados/ produtos; • Práticas de marketing (de relação, marketing intelligence…).

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• Perceção de baixa segurança em alguns destinos concorrentes; • Procura de experiências novas e diferentes; • Maior valorização de elementos naturais e consciência ambiental (think green); • Grande percentagem do território da região abrangido por áreas protegidas; • Aumento das atividades relacionadas com o turismo de nichos;

Ameaças

Oportunidades

Análise SWOT do destino Algarve • Forte competitividade de destinos emergentes; • Incerteza a nível da conjuntura económica europeia; • O Algarve considerado em phasing out na distribuição de fundos comunitários; • Aumento da carga fiscal sobre as empresas; • Forte incremento, sobretudo, dos produtos sol e mar e golfe, em destinos concorrentes;

• Reconhecimento politico da importância económica do setor do turismo;

• Oscilações do preço de petróleo;

• Possibilidade de articulação com outros setores de atividade;

• Vulnerabilidade do setor turístico a fatores externos;

• Maior sofisticação e experiência dos turistas/mais informados;

• Relevância do preço na tomada de decisão.

• Crise económica a nível nacional;

• Diversidade de recursos endógenos com possibilidade de valorização;

• Fracionamento do período de férias que permite uma procura melhor distribuída ao longo do ano; • Crescimento de companhias aéreas de baixo custo, que possibilita férias curtas e descoberta de novos destinos; • Aumento da idade média do turista europeu.

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Fatores críticos de sucesso Qualificação dos serviços e recursos humanos Articulação entre agentes do setor

Promoção

Desenvolvimento de cultura de turismo

Marketing Intelligence

Enriquecimento da oferta

Acessibilidade aérea

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Fatores críticos de sucesso Acessibilidade aérea O Algarve dispõe de uma infraestrutura aeroportuária de qualidade, que é a principal porta de entrada na região. Verificase, no entanto, uma concentração de voos num período limitado do ano e, sobretudo, uma enorme lacuna na cobertura geográfica dos mesmos. Consequentemente constata-se que na generalidade dos mercados as ligações diretas são insuficientes ou até mesmo inexistentes.

Articulação entre agentes do setor Identificado como de primordial importância para a competitividade do setor turístico, verifica-se uma lacuna a este nível na região algarvia. A aparente dificuldade dos diversos intervenientes da atividade em desenvolverem uma estratégia comum de gestão, promoção e desenvolvimento do destino, traduz-se numa menor capacidade reivindicativa da região, limitando igualmente o seu desempenho em termos turísticos.

Desenvolvimento de cultura de turismo Embora tradicionalmente apontado como um destino hospitaleiro, no Algarve parece haver ainda espaço para fomentar um conjunto de atitudes e boas práticas junto da população residente, bem como dos profissionais do setor, sensibilizando-os para o facto de fazerem parte da experiência turística.

Enriquecimento da oferta Ainda que sendo um destino turístico por excelência, o Algarve poderá ainda acrescentar valor à oferta existente, ao criar e melhorar as experiências dos turistas, desenvolvendo novos produtos e valorizando os já existentes.

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Fatores críticos de sucesso Marketing Intelligence O processo de decisão deve assentar num conhecimento do mercado, fundamentado em factos objetivos. Não obstante a evolução que se tem verificado a este nível, existe ainda uma grande lacuna quanto à informação disponível e, muitas vezes, a periodicidade com que esta é tornada pública.

Promoção Face à multiplicidade de oferta de destinos turísticos, o uso eficaz das ferramentas de comunicação e promoção assume um papel primordial na capacidade de atração de fluxos turísticos.

Qualificação dos serviços e recursos humanos A diferenciação de um destino faz-se, em grande medida, através da qualidade do serviço prestado. Como tal, é atribuída enorme importância à formação dos recursos humanos, nos seus diferentes níveis – formação inicial, formação superior e formação de ativos -, bem como através da implementação de processos de melhoria contínua.

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Elementos diferenciadores e qualificadores Distinguem o Algarve, dando resposta às motivações de quem nos procura

Elementos diferenciadores

Elementos qualificadores

• Clima e luz;

• Segurança;

• Tipicidade e autenticidade;

• Qualidade competitiva;

• Hospitalidade e acolhimento;

• Diversidade de experiências.

• Diversidade concentrada.

Colocam o destino, no conjunto de opções dos turistas

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Posicionamento do destino turístico Algarve Região hospitaleira e tranquila, de clima ameno e boa luminosidade, vocacionada para acolher famílias, que nela encontrarão uma oferta diversificada e genuína. Sendo evidente a sua forte ligação ao mar, quem nos visita poderá usufruir de uma experiência enriquecedora e de qualidade, assente num clima de segurança.

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Visão estratégica para o turismo do Algarve: 2015- 2018 Região turística competitiva, reconhecida pela qualidade da sua oferta e com um crescimento sustentado

Competitividade acentuada pelo desenvolvimento de uma cultura de parcerias, que possibilite uma eficiente gestão de recursos, resultando num aumento da atratividade e melhoria do desempenho.

Valorização dos recursos da região, de forma a criar valor e reconhecimento nacional e internacional enquanto destino turístico de qualidade.

Incremento da atividade turística na região, sendo indutor de progresso social e económico, gerando externalidades positivas que suportem o crescimento sustentado da região.

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Orientações estratégicas |Produtos PRODUTOS

SITUAÇÃO

Sol e mar

Produto consolidado

Golfe

Produto consolidado

Turismo residencial

Produto consolidado

Gastronomia e vinhos

Produto complementar

Touring

Produto complementar

Turismo de saúde

Produto complementar

Turismo de negócios

Produto em desenvolvimento

Turismo de natureza

Produto em desenvolvimento

Turismo náutico

Produto em desenvolvimento

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Orientações estratégicas |Produtos

PRODUTOS CONSOLIDADOS

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Orientações estratégicas |Produtos Sol e mar É a principal motivação turística na Europa e principal atrativo do Algarve.

Principais mercados emissores Dimensão do mercado • Mercado europeu representa

mais de 70 milhões de viagens.

• Alemanha e Reino Unido representam mais de 40% do total;

Gasto médio diário

• Outros mercados relevantes: Escandinávia, Holanda, França, Itália, Rússia e Áustria.

• 80€ (segmento regular) a 600€ (segmento upscale).

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Orientações estratégicas |Produtos Sol e mar É a principal motivação turística na Europa e principal atrativo do Algarve.

Importância do produto • Sol & Mar é a grande motivação primária do Algarve, estimando-se que cerca de 88% dos turistas visita a região Algarve por esta motivação; • Forte especialização neste produto

Elementos diferenciadores do Algarve • Qualidade da água do mar; • Quantidade e diversidade das praias; • Clima ameno todo o ano; • Fator segurança; • Hospitalidade; • Possibilidade de alargamento da época balnear.

Debilidades • Falta de uma cultura turística na região; • Falta de formação turística dos RH; • Percecionada, em alguns mercados, como tendo baixa relação qualidadepreço; • Necessidade de requalificação da oferta alojamento; • Problemas ao nível da qualidade de infraestruturas e de ordenamento do território.

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Orientações estratégicas |Produtos Sol e mar Situação do Algarve

Fatores chave de sucesso

 Singularidade e beleza das praias;  Homogeneidade de padrões de qualidade;  Boa e ampla oferta gastronómica e de animação;  Ampla gama de serviços e infraestruturas de oferta complementar;  Limpeza e conservação das praias;  Boas acessibilidades para o destino;  Ampla oferta alojamento;

de

serviços

proporcionados

pelo

 Planeamento territorial e limitação da construção;  Grupos hoteleiros com prestigio internacional;

 Máxima cooperação nos níveis público-público, público-privado e privado-privado, para o sucesso e desenvolvimento da região.

+ Praias com enquadramentos paisagísticos únicos no contexto europeu; + Elevado número de praias com bandeira azul e outras distinções; + Prestigio do destino junto de alguns dos principais mercados emissores; + Diversidade de alojamento, incluindo algumas marcas de renome internacional; - Necessidade criar/reforçar acessibilidades para alguns mercados emissores; - Escassez de oferta de atividades complementares; - Problemas ao nível de ordenamento do território (excesso de instrumentos de ocupação dos solos) e de excesso de construção; - Escassez de RH qualificados; - Necessidade de requalificação e remodelação do parque hoteleiro; - Problemas de urbanismo nos principais polos turísticos; - Considerado um destino com reduzida relação qualidade-preço, para alguns mercados; - Dificuldades ao nível de cooperação e compromisso no desenvolvimentos do produto turístico.

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Orientações estratégicas |Produtos Golfe Produto turístico em que o Algarve tem vindo a granjear enorme prestígio internacional, assumindo-se já como forte motivação primária.

Dimensão do mercado • Mais de 1,5 milhões de viagens/ano na Europa, como motivação primária; • Cerca de 1,2 milhões viagens/ano, na Europa.

Principais mercados emissores

Gasto médio diário

A nível europeu:

• Entre 100 e 600€.

• Reino Unido; • Alemanha; • Suécia; • França. No Algarve: • Reino Unido; • Alemanha; • Irlanda; • Holanda; • Portugal; • Escandinávia.

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Orientações estratégicas |Produtos Golfe Produto turístico em que o Algarve tem vindo a granjear enorme prestígio internacional, assumindo-se já como forte motivação primária.

Importância do produto • Produto com forte prestígio internacional e notoriedade; • Reconhecimento da qualidade do destino e dos seus campos de golfe, através de diversos prémios que tem recebido; • É já uma importante motivação primária para o Algarve, com papel de destaque no combate à sazonalidade.

Elementos diferenciadores • Clima ameno todo o ano;

Debilidades

• Destino seguro; • Hospitalidade; • Qualidade dos campos de golfe; • Adequação do alojamento às necessidades dos golfistas; • Proximidade entre unidades de alojamento e campos de golfe.

• Perceção de um preço elevado das voltas de golfe, comparativamente com os concorrentes; • Proporção significativa de startingtimes alocados a residentes e clubes de golfe.

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Orientações estratégicas |Produtos Golfe Fatores chave de sucesso

 Reputação e internacional;

notoriedade

do

destino

Situação do Algarve

a

nível

 Diversidade de oferta de campos de golfe e seu desenho e enquadramento cénico;

 Boas condições climatéricas;  Concentração geográfica dos campos;  Boas acessibilidades aéreas;  Campos de golfe com infraestruturas e equipamentos conforme padrões de qualidade internacionais;  Instalações, equipamentos e serviços de qualidade;

 Pessoal qualificado;  Oferta diversificada de experiências relacionadas com a prática do golfe.

+ Campos de reconhecida qualidade e beleza; + Condições atividade;

climatéricas

favoráveis

para

a

prática

+ Oferta diversificada de campos, embora geograficamente em vários pontos do Algarve; + Alojamento golfistas;

com

oferta

adequada

às

desta

concentrados

necessidades

dos

+ Destino com reputação e prestígio internacionais; + Realização de torneios de renome e com golfistas reconhecidos; - Necessidade criar/reforçar acessibilidades para alguns mercados emissores;

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Orientações estratégicas |Produtos Turismo residencial Depois do decréscimo registado desde 2009, este produto apresenta sinais de retoma, assumindo-se o Algarve como um destino a considerar a este nível.

Principais mercados emissores Dimensão do mercado • No sul da Europa são comercializadas anualmente cerca de 100 mil habitações.

• O Reino Unido e a Alemanha representam cerca de 90% das aquisições de segunda habitação em Portugal;

• No Algarve, os principais mercados são o Reino Unido, a Irlanda, a Alemanha e a Holanda, bem como o mercado nacional.

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Orientações estratégicas |Produtos Turismo residencial Depois do decréscimo registado desde 2009, este produto apresenta sinais de retoma, assumindo-se o Algarve como um destino a considerar a este nível.

Importância do produto • O Algarve desfruta de alguma notoriedade enquanto destino de turismo residencial, pela oferta de empreendimentos que denotam boa planificação e qualidade; • A preponderância das low-cost acentuou a relevância do turismo residencial, pois possibilita um maior número de visitas ao destino.

Elementos diferenciadores • Região reconhecida internacionalmente; • Clima ameno todo o ano; • Destino seguro;

Debilidades • Carências a nível de serviços complementares; • Elevada carga fiscal; • Decréscimo das taxas de valorização dos investimentos;

• Hospitalidade; • Proximidade principais mercados emissores.

• Elevado índice de construção em certas zonas.

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Orientações estratégicas |Produtos Turismo Residencial Fatores chave de sucesso

 Clima ameno todo o ano;  Segurança;  Qualidade da oferta imobiliária;  Diversidade e qualidade dos equipamentos;  Qualidade das infraestruturas;  Qualidade dos serviços complementares;

 Acessibilidades diretas e de preferência de baixo custo;  Projetos com preocupação ambiental.

Situação do Algarve

+ Existência de empreendimentos reconhecidos internacionalmente (ex. Vilamoura, Quinta do Lago, Vale de Lobo e Pine Cliffs); + O Algarve apresenta um clima e condições de segurança favoráveis ao desenvolvimento deste produto; + Existência de ligações diretas de baixo custo para generalidade dos principais mercados emissores europeus;

a

+ Aparecimento de programas e incentivos fiscais que favorecem o investimento em segunda residência em Portugal, que tem contribuído para a recuperação deste produto e diversificação de mercados; - O Algarve, embora desfrute de algum reconhecimento enquanto destino de turismo residencial, padece ainda de algumas debilidades ao nível das infraestruturas; - Apesar dos programas dedicados, persiste ainda uma elevada carga fiscal que condiciona o desenvolvimento de alguns segmentos de mercado; A imobiliária turística no Algarve afigura-se como pouco homogénea em termos de qualidade.

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Orientações estratégicas |Produtos

PRODUTOS COMPLEMENTARES

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Orientações estratégicas |Produtos Gastronomia e vinhos Sendo considerada uma forte motivação secundária, assume preponderância enquanto elemento de valorização da oferta.

Principais mercados emissores Dimensão do mercado • 600 mil viagens/ano, como motivação primária;

A nível europeu: • França; • Holanda; • Reino Unido;

• 20 milhões de viagens/ano, como motivação secundária;

• Itália;

• Estima-se que 30% das receitas turísticas advenham deste produto.

No Algarve:

• Alemanha.

Gasto médio diário • Entre 150€ e 450€

• Holanda; • Reino Unido; • Irlanda; • Alemanha.

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Orientações estratégicas |Produtos Gastronomia e vinhos Sendo considerada uma forte motivação secundária, assume preponderância enquanto elemento de valorização da oferta.

Elementos diferenciadores Importância do produto • Produto em que o Algarve tem grande tradição e reconhecimento; • Tem relevância como motivação secundária para a generalidades dos produtos estratégicos.

• Gastronomia rica e variada; • Crescente notoriedade dos vinhos algarvios; • Produtos de elevada qualidade, com potencial para a criação de marca (exemplo: peixe, marisco, batata-doce, alfarroba, amêndoa e laranja);

• Tradição na confeção de pratos característicos (ex. Cataplana); • Restaurantes com grande prestígio; • Inscrição da Dieta Mediterrânica na lista representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco.

Debilidades • Carência de formação dos recursos humanos, sobretudo no setor da restauração; • Débil aproveitamento dos recursos associados a este produto, ao nível da divulgação; • Produção de vinhos de qualidade, mais ainda com insuficiente reconhecimento.

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Orientações estratégicas |Produtos Gastronomia e vinhos Fatores chave de sucesso

Situação do Algarve

 Presença de restaurantes com oferta rica e diversificada de gastronomia regional;

+ Existência de restaurantes com oferta qualificada de gastronomia tradicional;

 Oferta de alojamento diversificada e de qualidade;

+ Oferta de produtos gastronómicos de elevada qualidade, alguns deles com elevado grau de tipicidade;

 Riqueza gastronómica e de vinhos regionais;  Existência de rotas e roteiros especializados, com integração de espaços visitáveis e sinalética orientadora e informativa;  Recursos humanos especializados.

+ Existência de restauração com padrões de reconhecimento internacional; + Organização de eventos focados na gastronomia tradicional, assumindo relevância no calendário de eventos regional (Ex: festival do marisco, festival da sardinha, rota do petisco); + Inscrição da Dieta Mediterrânica na lista representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade da Unesco; - Oferta ainda pouco conhecida dos vinhos algarvios; - Pouca homogeneidade na qualidade do serviço prestado; - Insuficiente divulgação dos produtos gastronómicos distintivos do Algarve; - Não obstante da criação da Rota dos Vinhos do Algarve, este encontra-se ainda numa fase embrionária.

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Orientações estratégicas |Produtos Touring Denotando baixa estruturação no Algarve, este produto tem forte capacidade para a criação de complementaridades à oferta tradicional.

Dimensão do mercado • Cerca de 44 milhões de viagens/ano, como motivação primária; • Cerca de 80 milhões de viagens/ano, como motivação secundária; • 40% das viagens internacionais estão associadas à motivação cultura; • 40% do rendimento do turismo global está associado ao turismo cultural.

Principais mercados emissores A nível europeu: • Itália; • França; • Alemanha; • Reino Unido;

Gasto médio diário

• Escandinávia;

• Cerca de 110€.

• Espanha; • Holanda. No Algarve: • Alemanha; • Reino Unido;

• Espanha; • Escandinávia.

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Orientações estratégicas |Produtos Touring Denotando baixa estruturação no Algarve, este produto tem forte capacidade para a criação de complementaridades à oferta tradicional

Importância do produto • Produto ainda numa fase de qualificação e estruturação da oferta; • Pouco expressivo enquanto procura primária, sendo sobretudo complementar à oferta tradicional.

Elementos diferenciadores • Diversidade de recursos, tanto culturais como naturais e paisagísticos; • Forte influência árabe;

• Património etnográfico e culturas tradicionais; • Tipicidade das aldeias; • Simbolismo histórico e beleza paisagística de Sagres, associado ao período dos Descobrimentos.

Debilidades • Principais locais com potencial interesse turístico cultural não estão vocacionados para o turismo; • Acessibilidades ao património histórico edificado; • Lacunas na organização e qualificação da oferta turística.

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Orientações estratégicas |Produtos Touring Fatores chave de sucesso

Situação do Algarve

 Dispor de atracões turísticas, em quantidade e qualidade suficientes e devidamente promovidas;

+ Diversidade paisagística, cultural e herança patrimonial influências árabes, castelos, igrejas, pequenos monumentos romanos e megalíticos;

Ampla oferta de rotas e circuitos temáticos;  Boa sinalização dos recursos e atracões turísticas;  Adequação dos horários de abertura e encerramento das atracões turísticas às necessidades dos visitantes;  Boa rede viária e de transportes públicos;  Disponibilidade de ampla e completa informação ao viajante, em diversos idiomas;  Homogeneidade dos padrões de qualidade dos serviços.

+ Sagres enquanto símbolo cultural com grande capacidade de atracão ligada aos descobrimentos; + Existência de centros históricos com forte potencial turístico (ex.: Tavira, Faro, Silves, Lagos e Loulé); + Existência de 4 museus da rede nacional; - Acessibilidades dos equipamentos e recursos culturais não adaptadas para a fruição turística; - Insuficiente e inadequada sinalização dos recursos e atracões turísticas (naturais e culturais); - Falta de material divulgativo e informativo de qualidade em vários idiomas; - Horários de abertura de alguns recursos adequados à procura (Ex: património religioso);

culturais não

- Insuficiência de rotas turísticas que agrupam e informam sobre a oferta cultural existente; - Débil rede viária e de transportes públicos; - Fraca sensibilidade para o contato com o público, do pessoal afeto ao atendimento nos equipamentos e recursos culturais.

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Orientações estratégicas |Produtos Turismo de saúde Trata-se de um produto em forte ascensão , mas que no Algarve é sobretudo alavancado pela oferta de spas.

Dimensão do mercado

Principais mercados emissores

• Mais de 3,5 milhões de viagens/ano, como motivação primária;

• Alemanha é o grande mercado emissor a nível europeu;

• Cerca de 7 milhões de viagens/ano, como motivação secundária.

• Outros mercados com algum peso são Escandinávia, Espanha e Reino Unido;

Gasto médio diário • Entre 100€ e 400€, não considerando transportes.

• Reino Unido e Canadá são mercados prioritários no turismo médico.

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Orientações estratégicas |Produtos Turismo de saúde Trata-se de um produto em forte ascensão , mas que no Algarve é sobretudo alavancado pela oferta de spas.

Importância do produto

Elementos diferenciadores

• Oferta vasta de Spas, mas que funciona essencialmente como complemento da oferta hoteleira;

• Clima; • Praias;

• O termalismo na região, restringese apenas a Monchique;

• Notoriedade do destino;

• Talassoterapia com oferta de qualidade mas reduzida; • Turismo médico ainda pouco expressivo.

Debilidades • Perceção negativa dos serviços públicos de saúde na região; • Escassez de recursos humanos qualificados (tanto no bem-estar, como na vertente medicinal especializada);

• Capacidade hoteleira; • Vocação turística da região; • Diversidade de recursos, passiveis de serem utilizados na composição de programas de bem-estar; • Algarve identificado como um destino de família.

• Tratamentos e serviços oferecidos não se diferenciam dos destinos concorrentes; • Hotelaria ainda não adaptada e vocacionada para turismo médico.

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Orientações estratégicas |Produtos Turismo de saúde Fatores chave de sucesso

Situação do Algarve

 Existência de centros em instalações, equipamentos e serviços especializados de elevado nível;  Singularidade e sofisticação experiências oferecidas;

dos

serviços

e

 Presença de marcas internacionais;  Elevada qualidade da arquitetura, design e cenário das instalações;  Utilização de tecnologia equipamentos especializados;

de

vanguarda

nos

 Cenário ambiental;  Tranquilidade e segurança;  Alojamento de elevada qualidade, com atributos de singularidade e personalidade (sobretudo wellness);  Alojamento adaptado e com serviços para clientes com necessidades específicas (sobretudo turismo saúde);  Oferta complementar (comercial, gastronómica e lúdica) variada e de qualidade;

+ Existência qualidade;

de

infraestruturas

de

wellness

de

elevada

+ Diversidade de alojamento de elevada qualidade associados aos serviços wellness; + Diversidade de oferta complementar que pode ser potenciada para programas de bem-estar; + Possibilidade de oferta (wellness) complementar as diversas motivações turísticas- oferta integrada de serviços enquanto enriquecimento da oferta; - Pouca oferta de instalações de wellness autónomas (a maioria está integrada em estabelecimentos hoteleiros); - Potenciação insuficiente da talassoterapia distintiva suportada em atributos da região;

como

oferta

- Escassez de gestão especializada de centros wellness e de recursos qualificados; - Insuficiente oferta de hotelaria hospitalar (parcerias públicoprivadas); - Fraca cooperação entre os serviços médicos do setor público e privado.

 Competitividade de preço (no turismo medicinal).

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Orientações estratégicas |Produtos

PRODUTOS EM DESENVOLVIMENTO

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Orientações estratégicas |Produtos Turismo de negócios Produto que assenta o esforço de qualificação da oferta, denotando uma forte capacidade de atração de turistas.

Dimensão do mercado • Cerca de 4.000 reuniões associativas, com cerca de 3 milhões de participantes, dos quais mais de metade se realizam na Europa; • Cerca de 1 milhão de reuniões corporativas na Europa.

Gasto médio diário Principais mercados emissores • Reino Unido, Alemanha, Holanda, Espanha, Bélgica e Portugal.

• Gasto médio por delegado/reunião de US$1.747, dos quais 30% correspondem a gastos de inscrição; • Gasto diário de cerca de US$410.

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Orientações estratégicas |Produtos Turismo de negócios Produto que assenta o esforço de qualificação da oferta, denotando uma forte capacidade de atração de turistas.

Importância do produto

Debilidades

• Produto ainda numa fase de desenvolvimento, mas com capacidade de para atrair visitantes em época baixa;

Elementos diferenciadores • Segurança;

• Necessidade de criar/reforçar acessibilidades para alguns mercados emissores;

• Apesar de ter registado um crescimento significativo neste produto, tem ainda um share muito baixo a nível internacional;

• Qualidade das infraestruturas existentes;

• Falta de venues para número elevado de pessoas;

• Qualidade e flexibilidade dos hotéis

• Carga burocrática associada à realização de eventos em espaços públicos e património edificado.

• Evidente aposta regional neste setor.

• Clima;

Vocacionados para este produto; • Preços competitivos.

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Orientações estratégicas |Produtos Turismo de negócios Fatores chave de sucesso

 Prestígio e imagem do destino;  Oferta de atividades e experiências diversificadas;  Quantidade e qualidade dos equipamentos e serviços específicos para a realização de reuniões;  Quantidade e qualidade das instalações gerais;  Capacidade e flexibilidade dos equipamentos;  Acessibilidade aéreas diretas;  Preço;  Experiência e know-how dos profissionais do setor;  Proximidade entre alojamento e local de realização do evento; Oferta complementar diversificada e de qualidade; Gastronomia de qualidade e variada.

Situação do Algarve

+ Oferta abundante de instalações e equipamentos hoteleiros adequados para a realização de eventos de pequena/média dimensão (até 500 pessoas); + Prestígio internacional enquanto destino de golfe, sol e mar e turismo náutico, determinantes para este produto; + Boa qualidade dos profissionais do setor; + Oferta diversificada de atividades; + Gastronomia de qualidade reconhecida; - Número insuficiente de voos diretos para a generalidade dos mercados; - Falta de venues, o que se traduz na escassez de soluções fora dos hotéis; - Carga burocrática associada à utilização dos espaços públicos para a realização de eventos; - Excetuando Vilamoura, pouca concentração dos elementos da oferta face à concorrência.

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378


Orientações estratégicas |Produtos Turismo de natureza Apesar de representar uma fatia significativa na Europa, no Algarve encontra-se ainda numa fase de estruturação.

Dimensão do mercado • Em 2011, o turismo de natureza representava na Europa, 16,8 milhões de viagens; • As previsões apontam para que possa vir a representar, na Europa, 20,4 milhões de viagens em 2015 e 26,1 milhões em 2020.

Principais mercados emissores • A nível europeu: Alemanha, Holanda, Reino Unido, Escandinávia, França e Itália, que representam 91% do mercado europeu;

Gasto médio diário • Entre 80€ e 250€.

• No Algarve: Alemanha; Holanda; Reino Unido; França.

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379


Orientações estratégicas |Produtos Turismo de natureza Apesar de representar uma fatia significativa na Europa, no Algarve encontra-se ainda numa fase de estruturação.

Debilidades • Infraestruturas de apoio insuficientes para uma oferta qualificada;

Importância do produto • Produto ainda em fase de estruturação, com a generalidade dos recursos naturais, a não estar ainda vocacionada para a atividade turística;

Elementos diferenciadores • Abundantes recursos e espaços naturais, com cerca de 40% do território algarvio a usufruir de algum tipo de estatuto de proteção especial; • Diversidade paisagística; • Biodiversidade vasta e característica da região.

• Baixa especialização dos recursos humanos; • Inadequação da regulamentação vigente relativamente à compatibilização da conservação da natureza com a atividade turística; • Fraca fiscalização das atividades e empresas de turismo de natureza; • Falta de promoção em mercados com potencial.

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380


Orientações estratégicas |Produtos Turismo de natureza Fatores chave de sucesso

 Diversidade de recursos sustentável dos mesmos;

naturais

Situação do Algarve

e

gestão

 Ampla e variada oferta de rotas e itinerários adaptada a diversas tipologias de turistas;  Existência de parques e reservas naturais;  Existência de serviços de apoio (ex.: aluguer de equipamentos e materiais, transportes);  Boas acessibilidades;

 Limpeza e conservação das zonas envolventes;  Adequadas infraestruturas de sinalização e equipamentos básicos;

acolhimento,

Guias e monitores com capacidade de expressão em línguas estrangeiras;  Alojamento integrado na envolvente natural;  Sistema de certificação de espaços naturais e de empresas.

+ Vastos recursos naturais: 1 Reserva Natural, 2 parques naturais, rede natura 2000, paisagens protegidas e monumentos naturais; + Clima favorável à prática de diversas atividades ao ar livre (caminhadas, Birdwatching, cicloturismo, e desporto de aventura); + Existência de oferta complementar, representativa da genuinidade e tranquilidade associados ao turismo de natureza; + Vasta biodiversidade específicos da região;

(fauna

e

flora),

com

elementos

- Recursos naturais pouco preparados para a fruição turística; - Inadequação da regulamentação vigente relativamente à compatibilização da conservação da natureza com a atividade turística; - Fraca fiscalização das atividades e empresas de turismo de natureza; - Insuficiência de recursos humanos especializados.

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381


Orientações estratégicas |Produtos Turismo náutico Apesar do Algarve reunir condições favoráveis ao desenvolvimento deste produto, tal não se tem traduzido em termos de crescimento.

Dimensão do mercado • Enquanto motivação primária, representa cerca de 4,8 milhões de viagens/ano na Europa, registando taxas de crescimento na ordem dos 0,5%/ano; • Representa mais de 10 milhões de viagens/ano, enquanto motivação secundária, traduzindo o elevado potencial deste produto para criar complementaridades com outras motivações.

Principais mercados emissores • A nível europeu, principais mercados são Alemanha, Escandinávia, Reino Unido, Holanda, Rússia, Áustria e Itália, que representam cerca de 84% do mercado europeu; • No Algarve, destacam-se Reino Unido, Irlanda, Holanda e Espanha, sendo que a náutica de recreio não tem uma dependência tão acentuada num número reduzido de mercados.

Gasto médio diário • Entre 80€ e 500€, em função das atividades realizadas.

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382


Orientações estratégicas |Produtos Turismo náutico Apesar do Algarve reunir condições favoráveis ao desenvolvimento deste produto, tal não se tem traduzido em termos de crescimento.

Debilidades Elementos diferenciadores Importância do produto • Complemento ao produto sol e mar e uma forma de se requalificar os recursos existentes; • Contribui para aumento da procura, redução da sazonalidade e atração de novos mercados.

• As excelentes condições de navegabilidade da costa algarvia, permitem uma navegação todo o ano; • O clima e as condições naturais da região possibilitam a prática de diversas atividades náuticas; • O Algarve encontra-se na rota para o Mediterrâneo, Açores e travessia do Atlântico; • Hospitalidade estrangeiros.

e

domínio

de

idiomas

• Pouca oferta de postos de amarração para embarcações com dimensões entre os 15 e 35 metros; • Necessidade de posicionar Algarve enquanto destino náutico de eleição; • Baixa taxa de rotação na ocupação dos postos de amarração, o que impossibilita maior captação a passantes; • Necessidade de uma maior organização e qualificação da oferta.

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383


Orientações estratégicas |Produtos Turismo náutico Fatores chave de sucesso

Situação do Algarve

 Excelentes condições naturais para o desenvolvimento de atividades náuticas;

+ Condições naturais propícias à prática das diversas atividades associadas ao turismo náutico;

 Boa rede de instalações náuticas, devidamente equipadas;

+ Tráfego constante de embarcações ao longo da costa;

 Vasta oferta complementar nas zonas envolventes; Desenvolvimento de produtos integrados;  Presença de construtores de embarcações de renome;  Legislação que estimule o desenvolvimento de atividades náuticas;  Ampla e variada oferta de atividades de desportos náuticos;  Oferta formativa diversificada;  Rede de serviços e empresas de apoio especializadas; Condições de segurança nos portos de recreio e marinas; Realização de eventos desportivos de nível internacional; Existência de pessoal qualificado com domínio de línguas estrangeiras.

+ Marinas de boa qualidade em termos de infraestruturas e equipamentos e com oferta de alojamento, restauração e serviços na zona envolvente; + Boa segurança tanto na navegação como em terra; + Realização de alguns eventos desportivos de projeção internacional; - Oferta de postos de amarração é insuficiente face à procura (reduzida capacidade e elevada ocupação, em particular no Sotavento); - Inexistência de um cluster do mar assente em empresas especializadas e numa cultura náutica da região; - Falta de condições dos cais de acostagem, com especial impacto nas atividades marítimo-turísticas (locais para receber – deixar os clientes); - Lacunas ao nível da formação e qualificação de recursos humanos; - Insuficiente promoção junto de operadores especializados;

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384


Orientações estratégicas |Produtos

OUTROS PRODUTOS/ SEGMENTOS

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Orientações estratégicas |Produtos/segmentos Turismo de desporto Apesar do Algarve reunir condições favoráveis ao desenvolvimento deste produto, tal não se tem traduzido em termos de crescimento.

Dimensão do mercado • O turismo de desporto contribui com 32% da indústria turística; • É um mercado emergente que tem registado um forte crescimento nos últimos 20 anos, associado a eventos desportivos; • Na Europa, cerca de 40% dos cidadãos pratica desporto; • O turismo desportivo tem como motivação principal a prática de atividades desportivas com fins competitivos, de lazer, ou turismo de espetáculo desportivo.

Principais mercados emissores (para a prática desportiva de lazer) • Irlanda; • Holanda; • Países Nórdicos.

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Orientações estratégicas |Produtos/segmentos Turismo de desporto Apesar do Algarve reunir condições favoráveis ao desenvolvimento deste produto, tal não se tem traduzido em termos de crescimento.

Importância do produto • Agregador de dinâmicas de sustentabilidade do destino turístico; • Atenua os efeitos da sazonalidade; • Constitui uma ferramenta para o desenvolvimento local que contribui para a regeneração urbana ao estimular a melhoria das infraestruturas e equipamentos desportivos e de lazer; • Gera impactos económicos diretos derivados dos fluxos turísticos e indiretos por via da promoção do destino; • Permite posicionar a imagem do destino associada aos valores positivos da prática desportiva (dinamismo, excelência, modernidade…).

Elementos diferenciadores do Algarve • Condições climatéricas favoráveis; • Ampla e diversificada oferta de desportos; • Oferece condições excecionais para a prática de diversas modalidades (ex.: golfe e desportos náuticos); • Local privilegiado para estágios de alta competição;

Debilidades • Número de estágios ainda incipiente, tendo em conta o potencial da região; • Necessidade de posicionar a região enquanto um destino desportivo de eleição; • Infraestruturas e serviços de apoio insuficientes para uma oferta qualificada; • Necessidade de uma maior organização e qualificação da oferta.

• Oferta de infraestruturas e equipamentos desportivos de qualidade; • Existência de um autódromo internacional; • Existência de um centro desportivo de alto rendimento da IAAF, reconhecido a nível europeu.

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Orientações estratégicas |Produtos/segmentos Turismo de desporto Fatores chave de sucesso

Situação do Algarve

 Excelentes condições naturais para o desenvolvimento de atividades desportivas;

+ Conjunto de infraestruturas desportivas e condições climáticas favoráveis para a aposta neste segmento;

 Boa rede de instalações desportivas, devidamente equipadas;

+ Equipamentos de qualidade e ampla oferta para a realização de estágios desportivos;

 Vasta oferta complementar nas zonas envolventes;

+ Infraestruturas e equipamentos desportivos de qualidade;

Desenvolvimento de produtos integrados;

+ Ocorrência de diversos eventos desportivos anualmente, que apesar de não contribuírem para a atração imediata de turistas, promovem e região e reforçam a sua notoriedade;

Ampla e variada oferta de desportos;  Oferta formativa diversificada;  Rede de serviços e empresas de apoio especializadas;

Condições de segurança nos equipamentos desportivos; Realização de eventos desportivos de nível internacional; Existência de pessoal qualificado com domínio de línguas estrangeiras.

+ Realização de eventos desportivos de projeção internacional; - Insuficiente articulação entre os diversos agentes regionais; - Falta de informação sistematizada sobre a oferta (equipamentos, serviços, recursos e eventos desportivos); - Lacunas ao nível da formação e qualificação de recursos humanos; - Insuficiente promoção junto de operadores especializados.

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Orientações estratégicas |Produtos/segmentos Turismo acessível/sénior Segmento com elevado potencial de desenvolvimento, mas que parece apresentar ainda algumas debilidades a nível regional.

Dimensão do mercado • Segmento que gerou mais de 786 mil milhões de euros na

Principais mercados emissores

• Estima-se que alcance os 2 biliões em 2050;

• França, Reino Unido, Holanda, Dinamarca, Luxemburgo, Bélgica, Áustria e Alemanha;

Europa, em 2012;

• Cerca de 15% da população mundial é portadora de algum tipo de incapacidade e mais de 11% tem idade superior a 60 anos;

• Outros mercados relevantes: Itália, Finlândia e Suécia.

• Existem na Europa cerca de 80 milhões de pessoas portadoras de deficiências ou com mobilidade reduzida; • 25% do total da população europeia encontra-se entre os 55 e 80 anos; • 70% da população europeia com necessidades especiais dispõe de meios financeiros para viajar.

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Orientações estratégicas |Produtos/segmentos Turismo acessível/sénior Segmento com elevado potencial de desenvolvimento, mas que parece apresentar ainda algumas debilidades a nível regional.

Debilidades

Importância do produto • Atenua os efeitos da sazonalidade; • Segmento de mercado em crescimento devido ao aumento progressivo da esperança média de vida; • Turistas com mais tempo e rendimento disponível para gastar nas viagens; • Representa um contributo para a competitividade e sustentabilidade do negócio turístico.

Elementos diferenciadores do Algarve • Clima ameno todo o ano; • Segurança; • Hospitalidade; • Diversidade de recursos, passiveis de serem utilizados na composição de programas de turismo acessível/sénior.

• Equipamentos e recursos ainda não estão adaptados e vocacionados para turismo acessível/sénior; • Necessidade de melhorar a informação sobre os equipamentos, locais e recursos com capacidade para acolher visitantes com mobilidade reduzida; •Falta de comunicação com as potenciais comunidades estrangeiras; •Falta de divulgação da boa oferta de serviços de saúde; • Fraca formação e informação dos agentes do setor para o acolhimento e atendimento a este grupo de cidadãos.

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390


Orientações estratégicas |Produtos/segmentos Turismo acessível/ sénior Fatores chave de sucesso

 Clima ameno todo o ano;  Oferta diversificada de paisagens naturais;

 Tranquilidade e segurança;  Boa e ampla oferta gastronómica;  Ampla gama de serviços e infraestruturas de oferta complementar;  Oferta qualificada de serviços de saúde e bemestar;  Existência de instalações, equipamentos e serviços especializados de elevado nível; Alojamento adaptado e com serviços para clientes com necessidades específicas;  Oferta complementar (comercial, gastronómica e lúdica) variada e de qualidade.

Situação do Algarve

+ Clima ameno todo o ano, favorável à fruição do destino por parte deste segmento;

+ Diversidade da oferta; + Boas acessibilidades aéreas; + O Algarve apresenta condições de segurança favoráveis ao desenvolvimento deste segmento; - Falta de sistematização sobre os equipamentos, locais e recursos com capacidade para acolher visitantes com mobilidade reduzida;

- Fraca sensibilização dos agentes públicos e privados do setor, sobre a necessidade de garantir a acessibilidade nos espaços públicos, nos equipamentos coletivos e edifícios públicos, nos transportes, na informação e comunicação (incluindo as novas tecnologias de informação); - Necessidade de reforçar a comunicação com os potenciais mercados; - Escassez de roteiros para pessoas com mobilidade reduzida; - As barreiras físicas continuam a ser um desafio no espaço público e nas empresas.

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Orientações estratégicas |Produtos/segmentos Turismo de cruzeiros Apesar do Algarve reunir condições favoráveis ao desenvolvimento deste produto, tal não se tem traduzido em termos de crescimento.

Dimensão do mercado • Em 2013 há registo de 43 operadores de cruzeiros domiciliados na Europa, operando 125 embarcações; • Estima-se que 6,4 milhões de residentes na Europa tenham reservado viagens em cruzeiros em 2013, representando 30% do total de passageiros a nível mundial;

Principais mercados emissores

Gasto médio diário

• A nível europeu, os principais mercados são Reino Unido, Alemanha e Itália.

• Um passageiro de cruzeiro tem um gasto médio de 62€ num porto de escala e um tripulante de cerca de 21€.

• O mercado de cruzeiro representa cerca de 16,2 biliões de euros em gastos diretos despendidos pelos operadores de cruzeiros, seus passageiros e tripulação.

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Orientações estratégicas |Produtos/segmentos Turismo de cruzeiros Apesar do Algarve reunir condições favoráveis ao desenvolvimento deste produto, tal não se tem traduzido em termos de crescimento.

Importância do produto

Elementos diferenciadores

• O Algarve encontra-se na rota para

• As excelentes condições de navegabilidade da costa algarvia, permitem uma navegação todo o ano;

o Mediterrâneo, Açores e travessia do Atlântico • Atenua os efeitos da sazonalidade; • A regiões das Caraíbas e Mediterrâneo são os destinos de cruzeiros mais fortes, concentrando 56% da procura; • Em 2013, o número de passageiros de cruzeiros, a nível mundial, cresceu 4,9%, atingindo os 21,3 milhões de passageiros.

• Hospitalidade estrangeiros;

e

domínio

de

idiomas

• As excursões em terra geram receitas consideráveis e o Algarve tem paisagens e rotas temáticas excelentes;

Debilidades • Necessidade de uma maior organização e qualificação da oferta; Necessidade de modernizar o terminal de cruzeiros.

• Destino atrativo para o turista; • Preços competitivos.

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Orientações estratégicas |Produtos/segmentos Turismo de cruzeiros Fatores chave de sucesso

 Diversidade dos recursos naturais e clima;  Proximidade dos mercados emissores;  Vasta oferta complementar nas zonas envolventes;  Desenvolvimento de produtos integrados;  Boas condições portuárias;  Preços competitivos;  Rede de serviços e empresas de apoio especializadas;  Existência de pessoal qualificado com domínio de línguas estrangeiras.

Situação do Algarve

+ Clima ameno todo ano, diversidade das paisagens e riqueza natural da região; + Oferta de alojamento, restauração e serviços na zona envolvente; + Atrações culturais do destino: tradições, festividades, eventos culturais, gastronomia, artesanato, entre outros; + Condições de segurança favoráveis, tanto na navegação como em terra; - Lacunas ao nível da formação e qualificação de recursos humanos;

- Necessidade de modernizar o terminal de cruzeiros; - Insuficiente promoção junto de operadores especializados.

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Orientações estratégicas |Produtos/segmentos Autocaravanismo Segmento com uma crescente procura, mas que apresenta debilidades ao nível da estruturação.

Dimensão do mercado • Estimativa de um total de 1.199.350 dormidas de autocaravanistas na região; • Entrada de cerca de 102 caravanas por dia; • Uma receita estimada de 8.057.000€ das dormidas em parques de campismo.

Principais mercados emissores 88% dos autocaravanistas são de nacionalidade estrangeira: Reino Unido, Alemanha e França;

Gasto médio diário • Entre os 34,6€ e os 46,7€ por dia

• Outros mercados importantes: Holanda e Espanha.

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Orientações estratégicas |Produtos/segmentos Autocaravanismo Segmento com uma crescente procura, mas que apresenta debilidades ao nível da estruturação.

Importância do produto • Segmento com crescente número de adeptos e praticantes; • Principal período de movimentação ocorre nos meses de época baixa; • Receitas vão diretamente para a economia local;

Elementos diferenciadores do Algarve • Clima; • Hospitalidade; • Ambiente natural e paisagem; • Gastronomia;

• Atenua a sazonalidade;

• Qualidade de vida;

• Elevada taxa de retorno e gastos médios não negligenciáveis;

• Segurança.

• Estada média muito superior aos restantes segmentos; • Procura de paisagens diferentes normalmente no interior.

Debilidades • Grandes concentrações de autocaravanas constituem um entrave à gestão do trafego e do estacionamento; • Ocupação desregrada dos locais classificados nos IGT; • Concentração sem quaisquer infraestruturas e condições; • Muitos dos parques de campismo existentes não dispõem de condições e alguns dos equipamentos específicos que os autocaravanistas necessitam; • Desarticulação da ação das autoridades competentes, designadamente em matéria de fiscalização.

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Orientações estratégicas |Produtos/segmentos Autocaravanismo

Fatores chave de sucesso

 Clima ameno todo o ano;  Oferta diversificada de paisagens naturais;  Tranquilidade e segurança;  Boa e ampla oferta gastronómica;  Ampla gama de serviços e infraestruturas de oferta complementar;  Existência de instalações, equipamentos e serviços complementaresl;  Oferta complementar (comercial, gastronómica e lúdica) variada e de qualidade.

Situação do Algarve

+ Clima ameno todo o ano, favorável à fruição do destino por parte deste segmento;

+ Diversidade da oferta turística regional; + O Algarve apresenta condições de segurança favoráveis ao desenvolvimento deste segmento; + Surgimento de alguns espaços destinados exclusivamente a autocaravanas; - Falta de sensibilização nos diferentes setores para promover o acolhimento do autocaravanismo; - Ocupação desordenada provoca constrangimentos ao nível do ordenamento do território; - Falta de limpeza urbana; - Poucas condições de acolhimento nos parques de campismo da região; - Necessidade de criação de regulamentos municipais; - Falta de criação de mais áreas de acolhimento com as infraestruturas adequadas; - Concentração excessiva em alguns locais.

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Orientações estratégicas |Produtos Proposta de posicionamento dos produtos turísticos segmentado pelos atributos promocionais

Atributos Animação

Sol e mar Golfe Meeting Industry

  

Produtos

Saúde Náutico Residencial Touring Natureza

 

Atividades

Clima

      

       

Equipamentos

     

Desporto Autocaravanismo

  

Hospitalidade

Luz

 

Património

Segurança

  

Serviços complementares

   

 

 

  

 

   

Natureza

 

Gastronomia e vinhos

Acessível/ Sénior

Genuinidade

 

  

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Definição de objetivos e linhas estratégicas de orientação

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Orientações estratégicas |Produtos Segmentação produto vs estilo de vida/motivações Do ponto de vista da estratégia de marketing, o principal critério de segmentação deve assentar na classificação dos turistas (atuais e potenciais), em função daquilo que procuram no destino. Deste modo, será possível avaliar adequadamente a compatibilidade da oferta e as respetivas propostas de valor para cada segmento. Os processos de segmentação têm como categorias constituintes dos seus critérios os fatores de ordem demográfica, geográfica, social e económica, a personalidade e o estilo de vida do consumidor, o seu comportamento e atitudes relativas ao produto/serviço. Na perspetiva da concretização deste procedimento, na sua vertente comunicacional, as opções para a ação são fundamentadas na definição da variável estilos de vida, uma vez que a mesma é a que melhor fornece elementos concretos, relacionados a públicos diversos, e estabelece conexões destes com a oferta turística.

Estes estilos de vida reportam-se a categorizações, definíveis e observáveis, uma vez que se baseiam nos comportamentos manifestados pelos consumidores. Nesta ótica, abrangem categorias mais abstratas como personalidade e atitude, de muito difícil operacionalização, e refletem também indicadores demográficos, sociais e económicos. Do ponto de vista comportamental, os estilos de vida são constituídos pelas ações desenvolvidas pelo consumidor, tendo em vista o produto, no caso turístico, o que é altamente vantajoso, para a execução da comunicação, por poder definir automaticamente o conteúdo a ser trabalhado.

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

399


Orientações estratégicas |Produtos Segmentação produto vs estilo de vida/motivações Produtos turísticos Estilos de vida

Descanso e relax

Alvo

Séniores, casais (com e sem filhos)

Sol e Mar

Golfe

Negócios Residencial

Gastronomia Touring e Vinhos

Jovens, pessoas ativas

Descoberta

Individuais e casais (sem filhos), séniores.

Entretenimento

Individuais e casais (sem filhos), grupos de pequena e média dimensão, jovens

Bem-estar

Pessoas com preocupações de beleza/bem-estar e /ou recuperação

Status

Casais e grupos de pequena dimensão

Ligação à natureza

Amantes da natureza

Assistir a eventos e prática desportiva

Individuais e grupos de pequena e média dimensão

Trabalho e negócios

Individuais e grupos de pequena, média e grande dimensão

Natureza Náutico

 

Aventura

Fatores valorizados Saúde

Descanso, com um ambiente confortável que lhes permita encher-se de energia

Procuram realizar atividades, desporto ativo e ligação com o destino e a sua identidade natural

Conhecimento de novas culturas; visita a monumentos e obras de arte; descobrir paisagens; viver experiências únicas

Busca de experiências originais e excitantes

Bem-estar físico e mental

Vivências relacionadas com o meio natural

 

Atmosfera de luxo e sofisticação; elevado nível de serviço e conforto

Vivências de sucesso, de competição; equipamentos de alto rendimento

Diversidade do destino; infraestruturas, equipamentos e serviços de apoio

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Diagnóstico da atividade turística da região

400


Orientações estratégicas |Mercados Mercados alvo para a região Assumindo a necessidade de restringir o número de mercados a intervir, em função das limitações orçamentais, a opção é feita tendo em conta: •

Comportamento atual do destino;

Comportamento em destinos concorrentes.

Haverá ainda a considerar um conjunto de mercados que, pela emergência das suas economias, propensão para viajar, apetência por destinos com características semelhantes ao Algarve, ou até um passado de ligação turística à região, deverão ser monitorizados, pois são considerados como de potencial para ascender à categoria de mercados de aposta.

Ponderado com: •

Características demográficas e económicas.

Esta apreciação tem como base os fluxos gerados e o contributo dos diversos mercados para o atenuar da sazonalidade. Tendo em conta a análise feita na fase de diagnóstico (análise da concorrência e análise da procura), propõe-se uma focalização nos mercados seguidamente enumerados.

Mercados a monitorizar: • • • • • •

Áustria; Canadá; Finlândia; Noruega; Polónia; Rússia.

Mercados prioritários: • • • • • •

Alemanha; Espanha; Holanda Irlanda; Portugal; Reino Unido.

Mercados de aposta: • • • • •

Bélgica; Dinamarca; França; Suécia; Suíça.

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401


Orientações estratégicas |Mercados

MERCADOS PRIORITÁRIOS

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Orientações estratégicas |Mercados Mercados O Algarve enquanto destino turístico acolhe anualmente turistas de diversas nacionalidades, destacando-se aqueles que são provenientes do Reino Unido, Alemanha, Irlanda, Holanda e Espanha. Cada um destes mercados apresenta distintos comportamentos em termos de passageiros processados no Aeroporto de Faro e ao nível das dormidas, destacando-se o Reino Unido como o principal mercado internacional da região.

Cada um destes mercados apresenta distintos comportamentos em termos de passageiros processados no Aeroporto de Faro e ao nível das dormidas, destacando-se o Reino Unido como o principal mercado internacional da região. Embora com um comportamento diferente em termos de acesso ao destino (tal como Espanha), o mercado interno assume um papel preponderante na atividade turística regional.

REINO UNIDO • 54,7% dos passageiros processados no Aeroporto de Faro; • 32,8% das dormidas na hotelaria tradicional do Algarve; ALEMANHA • 11,7% dos passageiros processados no Aeroporto de Faro; • 10,3% das dormidas na hotelaria tradicional do Algarve;

HOLANDA • 9,3% dos passageiros processados no Aeroporto de Faro; • 9,4% das dormidas na hotelaria tradicional do Algarve; IRLANDA • 8,9% dos passageiros processados no Aeroporto de Faro; • 6,1% das dormidas na hotelaria tradicional do Algarve; ESPANHA • 1,7% dos passageiros processados no Aeroporto de Faro; • 4,7% das dormidas na hotelaria tradicional do Algarve; PORTUGAL • 5,5% dos passageiros processados no Aeroporto de Faro; • 23,1% das dormidas na hotelaria tradicional do Algarve.

Dados sobre os principais mercados do Algarve (2013) Fonte: ANA, Aeroportos de Portugal e INE

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | ALEMANHA - Habitantes: 81,8 milhões - PIB per capita: 44,4 milhões de US$ - Turistas gerados: 82,5 milhões (2012) - População que realiza viagens - 4 ou mais dias: 55,5% - Percentagem de viagens para o exterior: 54,6% - Estadia média de viagens – 4 ou mais dias: 9,0 - Gastos turísticos: 83,4 mil milhões de US$ (2012) - Viagens ao estrangeiro (UE): 41,4 milhões (2012) - Principais países de destino em 2012: França (14,8%); Áustria (13,8%); Itália (12,4%); Espanha (11,3%); Turquia (5,8%) - Share do Algarve*: 0,5% (2012) - Portugal: Alemanha é o 4.º mercado da procura externa para Portugal enquanto gerador de receitas (2013) - Algarve: Primeira região de destino com quota de 37,2% das dormidas em 2013 - Principais tipologias escolhidas no Algarve: - Hotel 5 estrelas – 40,2% - Apartamentos turísticos – 19,0% - Aldeamentos – 13,9% Fonte: Turismo de Portugal; Turespaña * Share calculado com n.º de hóspedes ÷ n.º de viagens ao estrangeiro por motivo de férias, com estada superior a 4 noites.

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | ALEMANHA - Principais motivos de viagem ao estrangeiro: lazer (75,5% de quota) - Principal período de realização de viagens: julho a setembro (agosto principal mês com 18% de quota) - Principais operadores: TUI Deutschland; Thomas Cook Group; DER Turistik. Outros operadores com incidência no produto sol e mar: Olimar; FTI; Alltours; Schavinsland; Iberotours; Sstudiousus e Winkinger Reisen - Forma de compra de viagens para o estrangeiro: Operador turístico; agência de viagens online - Vendas via internet: 55% usa a internet para comprar as suas viagens, sendo que os principais produtos comprados são o alojamento e bilhetes de avião. Principais operadores de venda online: Deutsche Bahn e Unister - Quantos utilizam redes sociais para procurar informação sobre o destino: 30,7% - Em que redes sociais se informam: Wikipedia (17%); Facebook (14,7%); Youtube (10,4%); Tripadvisor (4%) - Outros dados de perfil: faixas etárias que mais viajam – 25-34 anos e 35-49 anos

Fonte: Turismo de Portugal; Turespaña

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | ESPANHA - Habitantes: 46,8 milhões - PIB per capita: 30,4 milhões de US$ - Turistas gerados: 12,2 milhões (2012) - População que realiza viagens - 4 ou mais dias: 31,4% - Percentagem de viagens para o exterior: 16,6% - Estadia média de viagens – 4 ou mais dias: 11,3 - Gastos turísticos: 11,9 mil milhões de US$ (2012) - Viagens ao estrangeiro (UE): 4,6 milhões (2012) - Principais países de destino em 2012: França (19,6%); Portugal (11,1%); Itália (10,7%); Reino Unido (7,4%); Marrocos (6,6%) - Share do Algarve: 3,9% (2012) - Portugal: Espanha o 3º mercado da procura externa para Portugal enquanto gerador de receitas (2013) - Algarve: Segunda região de destino com 22,6% de dormidas em 2013. Primeira é Lisboa - Principais tipologias escolhidas no Algarve: Fonte: Turismo de Portugal; Turespaña; Eurostat

- Apartamentos turísticos – 24,9% - Hotéis-Apartamento – 23,4% - Hotel 4 estrelas – 21,4%

* Share calculado com n.º de hóspedes ÷ n.º de viagens ao estrangeiro por motivo de férias, com estada > a 1 noite.

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | ESPANHA - Principais motivos de viagem ao estrangeiro: lazer (51% de quota) - Principal período de realização de viagens: época alta, com maior incidência em agosto - Principais operadores: Travelplán; Pullmantur e Mundosenior - Forma de compra de viagens para o estrangeiro: reserva direta (50,9%) - Vendas via internet: principais agências de venda online são Viajes El Corte Inglés e Halcon Viajes - Quantos utilizam redes sociais para procurar informação sobre o destino: dados não disponíveis - Em que redes sociais se informam: dados não disponíveis - Outros dados de perfil: faixas etárias que mais viajam – 25-34 anos

Fonte: Turismo de Portugal; Turespaña

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | HOLANDA

- Habitantes: 16,7 milhões - PIB per capita: 47,7 milhões de US$ - Turistas gerados: 28,1 milhões (2012) - População que realiza viagens - 4 ou mais dias: 61,3% - Percentagem de viagens para o exterior: 63,0% - Estadia média de viagens – 4 ou mais dias: 11,0 - Gastos turísticos: 20,2 mil milhões de US$ (2012) - Viagens ao estrangeiro (UE): 10,0 milhões (2012) - Principais países de destino em 2012: França (22,8%); Alemanha (14,8%); Espanha (8,9%); Bélgica (6,8%); Reino Unido (6,0%) - Share do Algarve: 1,5% (2012) - Portugal: Holanda é o 8º mercado da procura externa para Portugal enquanto gerador de receitas (2013) - Algarve: Principal região de destino com quota de 65,9% das dormidas em 2013 - Principais tipologias escolhidas no Algarve:

- Hotéis-Apartamento – 32,5% - Apartamentos turísticos – 29,9% Fonte: Turismo de Portugal; Eurostat

* Share calculado com n.º de hóspedes ÷ n.º de viagens ao estrangeiro por motivo de férias, com estada superior a 4 noites.

- Aldeamentos – 17,8%

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | HOLANDA - Principais motivos de viagem ao estrangeiro: cultura e city breaks (21% de quota) - Principal período de realização de viagens: junho e agosto; maio e outubro - Principais operadores: TUI; Thomas Cook - Forma de compra de viagens para o estrangeiro: agências de viagens e operadores turísticos e online - Vendas via internet: principal canal de reserva, com 80% das compras de viagens - Quantos utilizam redes sociais para procurar informação sobre o destino: 45,4% - Em que redes sociais se informam: Wikipedia (12,9%); Youtube (12,7%); Facebook (12,2%); Twitter (5,5%) - Outros dados de perfil: faixas etárias que mais viajam – 50-64 anos

Fonte: Turismo de Portugal; Turespaña

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | IRLANDA - Habitantes: 4,6 milhões - PIB per capita: 43,8 milhões de US$ - Turistas gerados: 5,6 milhões (2012) - Percentagem de viagens para o exterior: 74,4% - Estadia média de viagens – 4 ou mais dias: 9,8 - Gastos turísticos: 5,9 mil milhões de US$ (2012) - Viagens ao estrangeiro (UE): 2,9 milhões (2012) - Principais países de destino em 2012: Reino Unido (44,6%); Espanha (21,4%); EUA (5,4%); Itália (3,6%); Portugal (3,6%) - Share do Algarve: 5,6% (2012) - Portugal: Irlanda é o 11º mercado da procura externa para Portugal enquanto gerador de receitas (2013)

- Algarve: Principal região de destino com 82,3% das dormidas em 2013 - Principais tipologias escolhidas no Algarve: - Hotéis-Apartamento – 31,8% - Apartamentos turísticos – 26,0% Fonte: Turismo de Portugal; Eurostat

* Share calculado com n.º de hóspedes ÷ n.º de viagens ao estrangeiro por motivo de férias, com estada superior a 4 noites.

- Hotel 4 estrelas – 13,9%

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | IRLANDA - Principais motivos de viagem ao estrangeiro: lazer (61% da quota) - Principal período de realização de viagens: dados não disponíveis - Principais operadores: Thomas Cook; TUI; Sunway; Joe Walsh Tours; Cassidy Travel; Topflight; Ryannair - Forma de compra de viagens para o estrangeiro: internet (70%); direto (6%); agência de viagens (17%) - Vendas via internet: 70% - Quantos utilizam redes sociais para procurar informação sobre o destino: 50,6% - Em que redes sociais se informam: Tripadvisor (28,5%); Facebook (24,1%); Wikipedia (15,6%); Youtube (11,7%) - Outros dados de perfil: faixas etárias que mais viajam – mais de 50 anos

Fonte: Turismo de Portugal; Turespaña

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | PORTUGAL - Habitantes: 10.555.853 Milhões

Grande Porto 1,2 M hab (2º) 16,089 PIB per Capita (4º)

- PIB per capita: 16, 9 milhões $USD - Turistas gerados: 4,0 Milhões - População que realiza viagens - 4 ou mais dias: 18,2% - Percentagem de viagens para o exterior: 20,5% - Estadia média de viagens – 4 ou mais dias: 10,4% - Gastos turísticos: dados não disponíveis - Viagens ao estrangeiro (UE): dados não disponíveis

Grande Lisboa 2 M hab (1º) 25,872 PIB per Capita (1º)

- Principais países de destino em 2012: Reino Unido (23,6%); Alemanha (13,5%); Espanha (11,3%); França (8,2%); Holanda (7,8%) - Share do Algarve: 15,4%

Alentejo Litoral 97,646 mil hab (5º) 21,929 PIB per Capita (2º)

- Portugal: Algarve (28,3%); Lisboa (19,9%); Norte (19,1%); Centro (18,4%) - Algarve: Principal região de destino, com uma quota de 28,3% (2012) - Principais tipologias escolhidas no Algarve: – Hotéis – 61,2%

Região A. Madeira 250,289 mil hab (4º) 19,569 PIB per Capita (3º)

Algarve 445,265 mil hab (3º) 15,985 PIB per Capita (5º)

- Hotéis- apartamentos – 16,3% - Apartamentos – 10% - Aldeamentos – 4,6% - Outros – 7%

Fonte: Turismo de Portugal; Eurostat PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Definição de objetivos e linhas estratégicas de orientação

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | PORTUGAL - Principais motivos de viagem ao estrangeiro: lazer (58% de quota) - Principal período de realização de viagens: julho e agosto (35,6%) e Páscoa (22,4%) - Principais operadores: Abreu Viagens; Geostar e Iberojet - Forma de compra de viagens para o estrangeiro: direto (55%); operadores turísticos (45%) - Vendas via internet: operadores de viagens mais utilizados para compra de viagens são a Abreu Viagens (33,5%); Halcon Viagens (5,2%) e Top Atlântico (4,8%) - Quantos utilizam redes sociais para procurar informação sobre o destino: dados não disponíveis - Em que redes sociais se informam: dados não disponíveis - Outros dados de perfil: dados não disponíveis

Fonte: Turismo de Portugal; Turespaña

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | REINO UNIDO - Habitantes: 63,5 milhões - PIB per capita: 38,2 milhões de US$ - Turistas gerados: 52,3 milhões (2012) - População que realiza viagens - 4 ou mais dias: 46,5% - Percentagem de viagens para o exterior: 62,2% - Estadia média de viagens – 4 ou mais dias: 10,5 - Gastos turísticos: 51,5 mil milhões de US$ (2012) - Viagens ao estrangeiro (UE): 24,2 milhões (2012) - Share do Algarve: 3% (2012) - Principais países de destino em 2012: Espanha (20,4%); França (16,8%); EUA (5,7%); Irlanda (5,4%) Itália (5,0%) - Portugal: Reino Unido é o 2º mercado da procura externa para Portugal enquanto gerador de receitas (2013) - Algarve: Principal região de destino, com quota de 69,7% das dormidas em 2013 - Principais tipologias escolhidas no Algarve: - Hotéis-Apartamento – 27,3% - Apartamentos turísticos – 25,7% - Hotel 4 estrelas – 19,0%

Fonte: Turismo de Portugal; Eurostat * Share calculado com n.º de hóspedes ÷ n.º de viagens ao estrangeiro por motivo de férias, com estada superior a 4 noites.

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | REINO UNIDO - Principais motivos de viagem ao estrangeiro: lazer (87,7% de quota) - Principal período de realização de viagens: julho a setembro (34%) - Principais operadores: TUI UK; Thomas Cook Group; Jet2holidays - Forma de compra de viagens para o estrangeiro: agência de viagens e operadores turísticos online (87,8%) - Vendas via internet: 60% reserva exclusivamente online. Principais operadores online são TUI UK, Thomas Cook e Expedia - Quantos utilizam redes sociais para procurar informação sobre o destino: 36,5% - Em que redes sociais se informam: Facebook (18,8%); Tripadvisor (17,8%); Wikipedia (12,6%); Youtube (10,6%) - Outros dados de perfil: dados não disponíveis

Fonte: Turismo de Portugal; Turespaña

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Orientações estratégicas |Mercados

MERCADOS DE APOSTA

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | BÉLGICA - Habitantes: 10,6 milhões - PIB per capita: 45,6 milhões de US$ - Turistas gerados: 11,1 milhões (2012) - População que realiza viagens - 4 ou mais dias: 35,5% - Percentagem de viagens para o exterior: 85,9% - Estadia média de viagens – 4 ou mais dias: 9,8 - Gastos turísticos: 20,2 mil milhões US$ (2012) - Viagens ao estrangeiro (UE): 1,424,884 (2012)

- Principais países de destino em 2012: Espanha (15%); Holanda (13%); Itália (11%); Alemanha (11%); Reino Unido (10%); - Share do Algarve: 0,7% (2012) - Portugal: Bélgica é o 9º mercado da procura externa para Portugal enquanto gerador de receitas (2013) - Algarve: Primeira região de destino com quota de 27,7% das dormidas em 2013 - Principais tipologias escolhidas no Algarve: - Hotel 4 estrelas – 30,5% - Hotéis-Apartamento – 15,3% Fonte: Turismo de Portugal; Eurostat

* Share calculado com n.º de hóspedes ÷ n.º de viagens ao estrangeiro por motivo de férias, com estada superior a 4 noites.

- Apartamentos turísticos – 13,1%

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | BÉLGICA - Principais motivos de viagem ao estrangeiro: lazer (91% de quota) - Principal período de realização de viagens: julho - Principais operadores: dados não disponíveis - Forma de compra de viagens para o estrangeiro: dados não disponíveis - Vendas via internet: dados não disponíveis - Quantos utilizam redes sociais para procurar informação sobre o destino: 26,7% - Em que redes sociais se informam: Facebook (13,9%); Wikipedia (12,1%); Youtube (5,4%); Tripadvisor (3,5%) - Outros dados de perfil: dados não disponíveis

Fonte: Turismo de Portugal; Turespaña

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | DINAMARCA - Habitantes: 5,6 milhões - PIB per capita: 56,3 milhões de US$ - Turistas gerados: 7,5 milhões (2012) - População que realiza viagens - 4 ou mais dias: 55,5% (2011) - Percentagem de viagens para o exterior: 60,1% (2011) - Estadia média de viagens – 4 ou mais dias: 8,6 - Gastos turísticos: 9,6 mil milhões US$ (2012) - Viagens ao estrangeiro (UE): 1,493,780 (2011) - Principais países de destino em 2012: Alemanha (18%); Espanha (12%); Reino Unido (9%); França (7%); Itália (7%); - Share do Algarve: 0,5% (2012) - Portugal: Dinamarca é o 19º mercado da procura externa para Portugal enquanto gerador de receitas (2013) - Algarve: Terceira região de destino com quota de 25,1% das dormidas em 2013 - Principais tipologias escolhidas no Algarve: - Apartamentos turísticos – 37,8% Fonte: Turismo de Portugal; Eurostat

* Share calculado com n.º de hóspedes ÷ n.º de viagens ao estrangeiro por motivo de férias, com estada superior a 4 noites.

- Hotéis-Apartamento – 25,6% - Hotel 4 estrelas – 11,9 %

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | DINAMARCA - Principais motivos de viagem ao estrangeiro: dados não disponíveis - Principal período de realização de viagens: dados não disponíveis - Principais operadores: Thomas Cook; Kuoni; Mytravel Airways; Norwegian - Forma de compra de viagens para o estrangeiro: dados não disponíveis - Vendas via internet: principais operadores online são SRG Seat 24, Travellink, Travelocity, Flybillet.dk e BIG Travel - Quantos utilizam redes sociais para procurar informação sobre o destino: 88,9% - Em que redes sociais se informam: Wikipedia (27,9%); Youtube (14,8%); Facebook (12,1%); Tripadvisor (9,1%) - Outros dados de perfil: dados não disponíveis

Fonte: Turismo de Portugal; Turespaña

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | FRANÇA - Habitantes: 65,3 milhões - PIB per capita: 37,8 milhões de US$ - Turistas gerados: 39,8 milhões (2012) - População que realiza viagens - 4 ou mais dias: 51,2% - Percentagem de viagens para o exterior: 17,9% - Estadia média de viagens – 4 ou mais dias: 10,1 - Gastos turísticos: 39,1 mil milhões de US$ (2012) - Viagens ao estrangeiro (UE): 10,1 milhões (2012)

- Principais países de destino em 2012: Espanha (22,6%); Itália (12,6%); Reino Unido (9,6%); Marrocos (4,5%); Alemanha (3,8%) - Share do Algarve: 0,6% (2012) - Portugal: França é o 1º mercado da procura externa para Portugal enquanto gerador de receitas (2013) - Algarve: Terceira região de destino com 17,5% das dormidas em 2013. Primeira é Lisboa e segunda Madeira - Principais tipologias escolhidas no Algarve: - Hotel 4 estrelas – 22,2% - Hotel 3 estrelas – 20,9% - Hotéis-Apartamento – 18,9% Fonte: Turismo de Portugal; Eurostat

* Share calculado com n.º de hóspedes ÷ n.º de viagens ao estrangeiro por motivo de férias, com estada superior a 4 noites.

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | FRANÇA - Principais motivos de viagem ao estrangeiro: lazer (85,2% de quota) - Principal período de realização de viagens: julho a agosto - Principais operadores: TUI France; Thomas Cook France; FRAM - Forma de compra de viagens para o estrangeiro: reservas prévias (62,8%) - Vendas via internet: 58% dos franceses preparam viagem online e 42% reserva online. Principais agências online: Voyages-snfc.com; Opodo; Promovacances - Quantos utilizam redes sociais para procurar informação sobre o destino: 20,4% - Em que redes sociais se informam: Facebook (12,7%); Wikipedia (8,5%); Youtube (6%); Tripadvisor (3,5%) - Outros dados de perfil: faixas etárias que mais viajam – 25-34 anos e 35-49 anos

Fonte: Turismo de Portugal; Turespaña

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | SUÉCIA

- Habitantes: 9,6 milhões - PIB per capita: 54,8 Milhares US$ - Turistas gerados: 10,0 milhões (2012) - População que realiza viagens - 4 ou mais dias: 65,1% - Percentagem de viagens para o exterior: dados não disponíveis - Estadia média de viagens – 4 ou mais dias: 54,7% - Gastos turísticos: 15,5 mil milhões de US$ (2012) - Viagens ao estrangeiro (UE): dados não disponíveis - Principais países de destino em 2012: Outros (44%); Espanha (14%); Noruega (13%); Dinamarca (12%); Alemanha ( 9%);

Reino Unido (8%) - Share do Algarve: dados não disponíveis - Portugal: 16º mercado de procura externa para Portugal, enquanto gerador de receitas (2013) - Algarve: Terceira região de destino com 17,6% das dormidas em 2013. Primeira é Lisboa e a segunda é a Madeira. - Principais tipologias escolhidas no Algarve: - Apartamento turístico – 27,9% Fonte: Turismo de Portugal

- Hotel- Apartamento - 19,1% - Hotel 4* - 18,3% PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Definição de objetivos e linhas estratégicas de orientação

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO |SUÉCIA - Principais motivos de viagem ao estrangeiro: lazer - Principal período de realização de viagens: julho - Principais operadores: Ving; Fritidsresor e Apollo - Forma de compra de viagens para o estrangeiro: dados não disponíveis - Vendas via internet: dados não disponíveis - Quantos utilizam redes sociais para procurar informação sobre o destino: 58,2% - Em que redes sociais se informam: Wikipedia (29,7%); Facebook (28,3%); Youtube (15,8%); Tripadvisor (9,3%) - Outros dados de perfil: dados não disponíveis

Fonte: Turismo de Portugal; Turespaña

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | SUIÇA - Habitantes: 8 milhões - PIB per capita: 76,8 milhões de US$ - Turistas gerados: 19,6 milhões (2012) - População que realiza viagens - 4 ou mais dias: dados não disponíveis - Percentagem de viagens para o exterior: dados não disponíveis - Estadia média de viagens – 4 ou mais dias: dados não disponíveis - Gastos turísticos: 13,8 mil milhões US$ (2012); - Viagens ao estrangeiro (UE): dados não disponíveis - Principais países de destino em 2012: França (31%); Itália (16%); Alemanha (13%); Espanha (7%); Áustria (6%) - Share do Algarve: 0,5% (2012)

- Portugal: Suíça é o 10º mercado da procura externa para Portugal enquanto gerador de receitas (2013)

Fonte: Turismo de Portugal; Eurostat

- Algarve: Segunda região de destino com quota de 25,3% das dormidas em 2013 - Principais tipologias escolhidas no Algarve: - Hotel 4 estrelas – 23,6%

- Aldeamentos – 21,4% - Hotel 5 estrelas – 17,5%

* Share calculado com n.º de hóspedes ÷ n.º de viagens ao estrangeiro por motivo de férias, com estada superior a 4 noites.

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | SUIÇA - Principais motivos de viagem ao estrangeiro: lazer - Principal período de realização de viagens: julho e outubro - Principais operadores: Kuoni; Hotelplan; TUI Suisse - Forma de compra de viagens para o estrangeiro: dados não disponíveis - Vendas via internet: dados não disponíveis - Quantos utilizam redes sociais para procurar informação sobre o destino: 24,3% - Em que redes sociais se informam: Facebook (11,3%); Wikipedia (11%); Youtube (5,3%); Tripadvisor (3,3%) - Outros dados de perfil: dados não disponíveis

Fonte: Turismo de Portugal; Turespaña

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Orientações estratégicas |Mercados

MERCADOS A MONITORIZAR

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | ÁUSTRIA - Habitantes: 8,5 milhões

- PIB per capita: 47 milhões de US$ - Turistas gerados: 11,7 milhões (2012) - População que realiza viagens - 4 ou mais dias: 50,8% - Percentagem de viagens para o exterior: 66,2% - Estadia média de viagens – 4 ou mais dias: 7,9 - Gastos turísticos: 10,1 mil milhões US$ (2012); - Viagens ao estrangeiro (UE): 2,470,794 (2012) - Principais países de destino em 2012: Itália (26%); Alemanha (13%); França (9%); Hungria (9%); Croácia (8%) - Share do Algarve: dados não disponíveis - Portugal: Áustria é o 20º mercado da procura externa para Portugal enquanto gerador de receitas (2013) - Algarve: Terceira região de destino com quota de 20,9% das dormidas em 2013 - Principais tipologias escolhidas no Algarve (alojamento classificado): Fonte: Turismo de Portugal

- Hotel 4 estrelas – 37,2%

- Aldeamentos – 16,4% - Apartamentos turísticos – 13,6%

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | ÁUSTRIA - Principais motivos de viagem ao estrangeiro: lazer (47%) - Principal período de realização de viagens: junho, março e abril - Principais operadores: TUI; Thomas Cook/Neckermann; Rewe - Forma de compra de viagens para o estrangeiro: dados não disponíveis - Vendas via internet: dados não disponíveis - Quantos utilizam redes sociais para procurar informação sobre o destino: 31% - Em que redes sociais se informam: Wikipedia (14,6%); Facebook (11,9%); Youtube (8,7%); Tripadvisor (2,5%) - Outros dados de perfil: faixas etárias que mais viajam – 45-54 anos

Fonte: Turismo de Portugal; Turespaña

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | CANADÁ - Habitantes: 34,9 milhões - PIB per capita: 42,5 milhões de US$ - Turistas gerados: 33,8 milhões (2012)

- População que realiza viagens - 4 ou mais dias: dados não disponíveis - Percentagem de viagens para o exterior: dados não disponíveis - Estadia média de viagens – 4 ou mais dias: dados não disponíveis - Gastos turísticos: 35,1 mil milhões US$ (2012); - Viagens ao estrangeiro (UE): dados não disponíveis - Principais países de destino em 2012: EUA (67%); Cuba (3%); França (2,7%); México (2,1%); China (2,1%) - Share do Algarve: 0,06% (2011) - Portugal: Canadá é o 13º mercado da procura externa para Portugal enquanto gerador de receitas (2013) - Algarve: Segunda região de destino com quota de 32% das dormidas em 2013 - Principais tipologias escolhidas no Algarve (alojamento classificado): Fonte: Turismo de Portugal

- Hotéis-Apartamento – 28,2% - Apartamentos turísticos – 26,6% - Hotel 4 estrelas – 20,3%

* Share calculado com n.º de hóspedes ÷ n.º de viagens ao estrangeiro por motivo de férias, com estada superior a 4 noites.

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | CANADÁ - Principais motivos de viagem ao estrangeiro: lazer - Principal período de realização de viagens: dados não disponíveis - Principais operadores: dados não disponíveis - Forma de compra de viagens para o estrangeiro: dados não disponíveis - Vendas via internet: dados não disponíveis - Quantos utilizam redes sociais para procurar informação sobre o destino: dados não disponíveis - Em que redes sociais se informam: dados não disponíveis - Outros dados de perfil: dados não disponíveis

Fonte: Turismo de Portugal; Turespaña

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | FINLÂNDIA - Habitantes: 5,4 milhões - PIB per capita: 46,4 milhões de US$ - Turistas gerados: 5,7 milhões (2012) - População que realiza viagens - 4 ou mais dias: 55,5% - Percentagem de viagens para o exterior: 42,2% - Estadia média de viagens – 4 ou mais dias: 8,1 - Gastos turísticos: 4,9 mil milhões US$ (2012); - Viagens ao estrangeiro (UE): 1,292,234 (2012) - Principais países de destino em 2012: Rússia (24%); Estónia (15%); Espanha (10%); Alemanha (5%); Itália (4%) - Share do Algarve: 0,3% (2012)

- Portugal: Finlândia é o 22º mercado da procura externa para Portugal enquanto gerador de receitas (2013) - Algarve: Terceira região de destino com quota de 13,8% das dormidas em 2013 - Principais tipologias escolhidas no Algarve (alojamento classificado): - Apartamentos turísticos – 40,6% - Hotel 4 estrelas – 29% - Hotéis-Apartamento – 11,7% Fonte: Turismo de Portugal; Eurostat * Share calculado com n.º de hóspedes ÷ n.º de viagens ao estrangeiro por motivo de férias, com estada superior a 4 noites.

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | FINLÂNDIA - Principais motivos de viagem ao estrangeiro: dados não disponíveis - Principal período de realização de viagens: dados não disponíveis - Principais operadores: Aurinkomatkat; Finnmartkat; Tjäreborg -

Forma de compra de viagens para o estrangeiro: dados não disponíveis

- Vendas via internet: principais operadores online são Travellink e Ebookers - Quantos utilizam redes sociais para procurar informação sobre o destino: 44,8% - Em que redes sociais se informam: Wikipedia (29,9%); Facebook (25,8%); Youtube (15,8%); Tripadvisor (6,3%) - Outros dados de perfil: dados não disponíveis

Fonte: Turismo de Portugal; Turespaña

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | NORUEGA - Habitantes: 5 milhões - PIB per capita: 99,1 milhões de US$ - Turistas gerados: 8,5 milhões (2012) - População que realiza viagens - 4 ou mais dias: dados não disponíveis - Percentagem de viagens para o exterior: dados não disponíveis - Estadia média de viagens – 4 ou mais dias: dados não disponíveis - Gastos turísticos: 12,9 mil milhões US$ (2012) - Viagens ao estrangeiro (UE): dados não disponíveis - Principais países de destino em 2012: Dinamarca (18%); Suécia (16%); Espanha (15%); Reino Unido (9%); Alemanha (5%)

- Share do Algarve: dados não disponíveis - Portugal: Noruega é o 15º mercado de procura externa - Algarve: Terceira região de destino com quota de 22,4% das dormidas em 2013 - Principais tipologias escolhidas no Algarve: - Apartamentos turísticos – 25,7% - Hotel 4 estrelas – 21,1% - Hotéis-Apartamento – 19,9% Fonte: Turismo de Portugal PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Definição de objetivos e linhas estratégicas de orientação

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | NORUEGA - Principais motivos de viagem ao estrangeiro: dados não disponíveis - Principal período de realização de viagens: julho - Principais operadores: Ving; Apollo; Star Tour - Forma de compra de viagens para o estrangeiro: dados não disponíveis - Vendas via internet: principais operadores online são Gotogate, Travellink, Reisefeber, Travelstart, Reisegiganten, FINN, Expedia, Supersaver e Ebookers - Quantos utilizam redes sociais para procurar informação sobre o destino: 52% - Em que redes sociais se informam: Facebook (28,5%); Wikipedia (23,3%); Youtube (11%); Tripadvisor (10,3%) - Outros dados de perfil: dados não disponíveis

Fonte: Turismo de Portugal; Turespaña

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Definição de objetivos e linhas estratégicas de orientação

435


Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | POLÓNIA - Habitantes: 38,5 milhões - PIB per capita: 12,7 milhões de US$ - Turistas gerados: 11,4 milhões (2012) - População que realiza viagens - 4 ou mais dias: 31,9% - Percentagem de viagens para o exterior: 25,9% (2010) - Estadia média de viagens – 4 ou mais dias: 9,1 (2011)

- Gastos turísticos: 8,7 mil milhões US$ (2012); - Viagens ao estrangeiro (UE): 713,500 (2011) - Principais países de destino em 2012: Ucrânia (12%); Itália (12%); Reino Unido (11%); Rússia (10%); Alemanha (7%) - Share do Algarve: 0,9% (2012)

- Portugal: Polónia é o 21º mercado da procura externa para Portugal enquanto gerador de receitas (2013) - Algarve: Segunda região de destino com quota de 30,1% das dormidas em 2013 - Principais tipologias escolhidas no Algarve (alojamento classificado): - Hotéis-Apartamento – 31,1% - Hotel 4 estrelas – 21,8% Fonte: Turismo de Portugal; Eurostat

* Share calculado com n.º de hóspedes ÷ n.º de viagens ao estrangeiro por motivo de férias, com estada superior a 4 noites.

- Apartamentos turísticos – 20,3%

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | POLÓNIA - Principais motivos de viagem ao estrangeiro: lazer - Principal período de realização de viagens: dados não disponíveis - Principais operadores: Itaka; TUI Poland; Rainbow Tours; Neckermann - Forma de compra de viagens para o estrangeiro: dados não disponíveis - Vendas via internet: dados não disponíveis - Quantos utilizam redes sociais para procurar informação sobre o destino: 45,8% - Em que redes sociais se informam: Wikipedia (29,1%); Facebook (25,4%); Youtube (20,4%); Myspace (4%) - Outros dados de perfil: dados não disponíveis

Fonte: Turismo de Portugal; Turespaña

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | RÚSSIA - Habitantes: 142,8 milhões - PIB per capita: 14,2 Milhares US$ - Turistas gerados: 33,9 Milhões (2012) - População que realiza viagens - 4 ou mais dias: dados não disponíveis - Percentagem de viagens para o exterior: dados não disponíveis - Estadia média de viagens – 4 ou mais dias: dados não disponíveis - Gastos turísticos: 42,8 mil milhões de US$ (2012) - Viagens ao estrangeiro (UE): dados não disponíveis - Principais países de destino em 2012: Ucrânia ( 28%); Turquia (11%), Egipto (7%), China (7%), Cazaquistão (4%); Outros (43%) - Share do Algarve: dados não disponíveis - Portugal: 17.º mercado da procura enquanto gerador de receita (2013)

externa

para

Portugal

- Algarve: Terceira região de destino com 17,6% das dormidas (2013) Primeira é Lisboa e a segunda é a Madeira. Fonte: Turismo de Portugal

- Principais tipologias escolhidas no Algarve: - Apartamento- turístico- 27.9% - Hotel- Apartamento - 19,1% - Hotel 4* - 18,3% PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Definição de objetivos e linhas estratégicas de orientação

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Orientações estratégicas |Mercados FICHA DE MERCADO | RÚSSIA - Principais motivos de viagem ao estrangeiro: lazer (86,6% de quota) - Principal período de realização de viagens: junho a agosto, sendo agosto o mês de maior incidência com 17,8% - Principais operadores: Intouris/Thomas Cook; Tez Tour e TUI Rússia - Forma de compra de viagens para o estrangeiro: dados não disponíveis - Vendas via internet: 11,3% compra online - Quantos utilizam redes sociais para procurar informação sobre o destino: 72,1% - Em que redes sociais se informam: Wikipedia (40,5%); Youtube (26,2%); Facebook (22,5%); Twitter (10,9%) - Outros dados de perfil: dados não disponíveis

Fonte: Turismo de Portugal; Turespaña

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Orientações estratégicas |Mercados Mercados alvo para a região – fluxos gerados É clara a preponderância de cinco mercados externos e do português no desempenho atual do destino. No seu conjunto, estes seis mercados representam cerca de 86% das dormidas e 85% dos hóspedes na região, pelo que são claramente prioritários para o setor.

No que concerne os mercados externos, o peso do Reino Unido é evidente, com cerca de 33% das dormidas (principal mercado neste indicador) e 28% do número de hóspedes registados. Portugal detém 23% das dormidas e perto de 30% do número de hóspedes (principal mercado neste indicador).

Nota de relevo, no conjunto destes mercados, para a Alemanha que, ainda que representativa no desempenho turístico regional, revela um comportamento muito aquém do seu potencial, tendo o Algarve um share de 0,5% (o que em 41,4 milhões de viagens no espaço europeu é bastante significativo). Apesar de absorver a maior percentagem do investimento da ATA, o comportamento evidenciado pela Alemanha leva a crer que o esforço promocional desenvolvido por esta associação (e restantes intervenientes) deva ser reavaliado quanto à tipologia de ações desenvolvidas.

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440


Orientações estratégicas |Mercados Mercados alvo para a região – fluxos gerados Mercados como a Suíça ou a França têm revelado um comportamento de crescimento de procura para o Algarve, que parece demonstrar uma tendência para se desviarem de outros destinos nos quais tradicionalmente passam férias.

Bélgica, Dinamarca e Suécia, pelo peso que já revelam no panorama turístico regional, mas sobretudo por parecerem ainda longe do potencial de procura, merecem também uma atenção especial.

Mercados com maior representatividade em termos de fluxos gerados

Representativos no Algarve, em função do potencial do mercado

• Reino Unido; • Espanha; • Holanda;

Representativos no Algarve, mas comportamento aquém do seu potencial • Alemanha.

Com potencial de desenvolvimento, em função do seu comportamento noutros mercados

• • • • •

Bélgica; Dinamarca; França; Suécia; Suíça.

• Irlanda;

• Portugal.

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Orientações estratégicas |Mercados Mercados alvo para a região - sazonalidade A importância dos mercados não pode ser apenas aferida em termos de volume, devendo também ser equacionado o seu comportamento relativamente à distribuição da procura ao longo do ano, de forma a atenuar os efeitos da sazonalidade. Neste particular, Alemanha, Holanda e Reino Unido dão já um contributo assinalável para aligeirar a quebra nas dormidas e número de hóspedes em época baixa. Não despiciendo é igualmente o desempenho dos mercados português e espanhol a este nível, embora aqui o fator proximidade seja decisivo, sobretudo em período de feriados e festividades.

Relativamente à Irlanda, embora não de forma tão significativa (trata-se de um mercado de pequena dimensão), tem igualmente um comportamento relevante em termos de dormidas em época baixa, situação à qual a apetência pelo golfe não será estranha. Não obstante o importante contributo que estes mercados apresentam, o mesmo revela-se manifestamente insuficiente para ultrapassar o problema da sazonalidade de que o Algarve padece. Assim, estes deverão ser alvo de uma estratégia mais focalizada, sem invalidar uma abordagem a um conjunto mais alargado de mercados.

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Orientações estratégicas |Mercados Mercados alvo para a região - sazonalidade Pelo comportamento demonstrado na procura de destinos na área do Mediterrâneo, bem como pelo conjunto de fatores anteriormente enumerados, Bélgica, Dinamarca, França, Suécia e Suíça, parecem ter igualmente capacidade de gerar fluxos com alguma representatividade na época baixa.

De salientar os mercados dinamarquês e, sobretudo, o sueco, por serem países com elevado número de praticantes de golfe e com tendência para desenvolverem esta atividade fora dos países de origem, no período de inverno.

Mercados que contribuem para atenuar a sazonalidade

Com representatividade no Algarve

• • • • • •

Reino Unido; Espanha; Holanda; Irlanda; Alemanha; Portugal.

Com potencial de desenvolvimento no Algarve, em função do seu comportamento noutros mercados

• • • • •

Bélgica; Dinamarca; França Suécia; Suíça.

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Orientações estratégicas |Mercados Proposta de segmentação dos produtos turísticos pelos mercados alvo

Natureza Gastronomia e vinhos Desporto Autocaravanismo Acessível/ Sénior

 

  

Finlândia

Noruega

Polónia

Rússia

 

 

Canadá

  

Áustria

 

           

Dinamarca

  

Bélgica

     

Reino Unido

        

Suíça

Touring

Suécia

Residencial

           

França

Náutico

Portugal

Produtos

Saúde

Irlanda

Meeting Industry

Holanda

Golfe

Espanha

Sol e mar

Alemanha

Mercados

 

 

 

   

 

 

    

   

    

 

  

 

 

 

  

  

Mercados prioritários 

Mercados de aposta

Mercados a monitorizar

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444


Orientações estratégicas|Objetivos Para além dos problemas estruturais, o Algarve tem um conjunto acrescido de debilidades, às quais necessita de dar resposta.

Qualidade urbana, associados:

Posicionamento do destino:

 Problemas de planeamento e ordenamento do território;

 Algarve percecionado como tendo baixa relação qualidadepreço. Oferta:  Concorrência de oferta de alojamento não classificado;  Reduzida dimensão das unidades hoteleiras;  Oferta pouco adequada a turistas com mobilidade reduzida. Enriquecimento da oferta:  Património construído pouco potenciado;  Oferta insuficiente de animação e demasiado concentrada na época alta;

 Baixa conjugação com outros elementos da oferta;  Insuficiente aproveitamento dos Parques Naturais. Qualidade de serviço:  Baixa formação de recursos humanos;

ambiental

e

de

serviços

 Excesso de construção;  Pressão sazonal, que cria constrangimentos ao nível do saneamento;  Problemas na qualificação das infraestruturas (sinalética, acessos, estradas, estacionamento);  Gestão de espaços públicos;  Fraca oferta, a nível turístico, de uma rede regional de transportes público. Promoção e comunicação:  Insuficiente promoção em alguns mercados/estratégia de promoção pouco efetiva;  Pouca informação ao turista. Modelo de atuação do sector: sector  Baixa coordenação público-privado;  Atuação regional pouco coordenada entre setores público-público, público-privado e privado-privado;  Fragmentação associativa.

 Emprego sazonal que desvia profissionais qualificados para outras atividades.

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445


Orientações estratégicas|Objetivos Objetivo geral Tendo já atingido um grau de maturidade em termos turísticos, o Algarve está a entrar numa fase de rejuvenescimento, à qual é preciso dar continuidade de forma sustentada. Para que tal se concretize, é condição essencial o desenvolvimento de uma estratégia de desenvolvimento concertada e coordenada entre os diversos intervenientes do setor.

A focalização nos recursos e desenvolvimento de novos produtos turísticos é característica desta fase, devendo ser acompanhada por um planeamento cuidado e articulado, a implementar e partilhar por todos aqueles que trabalham para e com o turista.

Rejuvenescer o Algarve enquanto destino turístico, assente no aproveitamento sustentável dos seus recursos, potenciado pelo envolvimento dos seus diversos intervenientes, contribuindo para uma melhoria da qualidade de vida dos residentes.

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446


Orientações estratégicas|Objetivos Objetivos de desempenho do destino A base da definição dos objetivos regionais advém do prescrito no PENT, que aponta para o Algarve um crescimento médio anual de 2,9% (CAGR), no período 20112015. Sendo já possível fazer um balanço dos primeiros 3 anos, constata-se o cumprimento das metas parcelares estabelecidas: partiu-se de uma base de 13,98 milhões de dormidas (2011), tendo chegado aos 14,82 milhões em 2013, acima portanto do objetivo 14,80 milhões para esse ano.

Não obstante o bom desempenho da região, o otimismo transposto na definição dos objetivos do PENT levará o Algarve às 15,67 milhões de dormidas em 2015, o que significa ultrapassar a melhor performance do século (em 2011 registaram-se 15,3 milhões de dormidas). Considerando a atual conjuntura, ainda que assumindo a capacidade do Algarve para trilhar o caminho da excelência, propõem-se objetivos ligeiramente mais moderados para 2015-2018 – crescimento na ordem dos 2,5% (CAGR), que ainda assim colocarão o Algarve com 16,8 milhões de dormidas (2018).

18.000.000 16.000.000 14.000.000 Dormidas globais

12.000.000 10.000.000

CAGR PENT

8.000.000 6.000.000

CAGR PMETA

4.000.000 2.000.000 0 2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

Evolução das dormidas globais face aos objetivos definidos para a região

2018

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Orientações estratégicas|Objetivos Objetivos de desempenho do destino O mesmo cenário é proposto para as dormidas de estrangeiros, que aplicando a taxa proposta de 2,5% (CAGR) chegarão aos 12,7 milhões em 2018. 14.000.000 12.000.000 10.000.000 8.000.000

Dormidas de estrangeiros CAGR PENT

6.000.000

CAGR PMETA

4.000.000 2.000.000 0 2011

2012

2013

2014

2015

2016

2017

2018

Evolução das dormidas de estrangeiros face aos objetivos definidos para a região

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Orientações estratégicas|Objetivos Objetivos de desempenho do destino Ainda que o PENT se limite a uma proposta de objetivos centrada no indicador dormidas, considera-se que o sucesso do destino deverá acomodar ainda a análise de outros indicadores.

Face às expectáveis intervenções em termos de estruturação e rejuvenescimento do portfólio de produtos turísticos, bem como do resultado das parcerias a estabelecer entre os diversos intervenientes do setor, espera-se um comportamento positivo no desempenho do destino. De destacar igualmente, a possibilidade do cenário de alguma desconcentração do total das dormidas para a época baixa.

Indicador

Valor de partida (2013)

Crescimento (2010-2013)

Meta 2018

Crescimento (2014 - 2018)

Dormidas de estrangeiros

11.405.675

4,6% (CAGR)

12.662.929

2,11% (CAGR)

Dormidas totais

14.822.600

3,82% (CAGR)

16.878.580

2,63% (CAGR)

Dormidas totais de outubro a maio

6.131.213

3,27% (CAGR)

7.120.000

3,04% (CAGR)

Voltas de golfe

1.008.287

1,75% (CAGR)

1.160.000

2,84% (CAGR)

Movimento de passageiros (aeroporto de Faro)

5.981.468

3,83% (CAGR)

6.950.000

3,05% (CAGR)

Quota das dormidas dos mercados prioritários face ao total nacional

43,1%

6,68%

48,00%

4,9 pp

Quota das dormidas dos mercados de aposta face ao total nacional

21,6%

-15,63%

27,00%

5,4 pp

4,7% (CAGR) 690.000.000 €

2,5% (CAGR)

Proveitos globais no Algarve

609.988.108 €

Objetivos de desempenho do destino – meta 2018

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449


PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO PARA O TURISMO DO ALGARVE

2015-2018 Identificação dos planos de ação


Planos de ação Nota explicativa Face aos elementos reunidos e transpostos na 1.ª fase – “Diagnóstico da atividade turística da região”, bem como dos contributos recolhidos no período de entrevistas com alguns dos representantes (públicos e privados) do setor, foram estruturadas algumas propostas que a seguir se apresentam. Dada a natureza da informação tratada e sistematizada nesse primeiro momento, e em função dos pontos que foram considerados mais relevantes para o sucesso turístico da região, as propostas foram organizadas em eixos, que refletem os fatores críticos de sucesso do Algarve. Cada eixo é desdobrado num conjunto de ações consideradas como cruciais para reforçar a posição competitiva da região. Note-se que a definição dos contornos das propostas é um exercício particularmente difícil em função do período de estruturação do próximo quadro comunitário de apoio. Da mesma forma deve assumir-se a transversalidade de alguns dos eixos propostos que, tendo sido identificados para a região, deverão ainda ser considerados como cruciais para (por exemplo) alguns produtos. A título ilustrativo, refira-se que a (melhoria da) acessibilidade aérea (eixo D), serve todo o setor, mas é crucial para o produto turismo de negócios (contemplado no Eixo G). Refira-se ainda que as seguintes propostas são enquadradoras das necessidades identificadas, devendo posteriormente ser vertidas e pormenorizada a intervenção em termos operacionais, nos planos de atividades anuais e plurianuais das diversas entidades (RTA, ATA, municípios…).

Eixos de atuação Eixo A – Articulação entre agentes do setor Não obstante a sua relevância, foi apontada diversas vezes como uma debilidade do Algarve (a aparente dificuldade em articular vontades e estratégicas entre público-privado, privado-privado e público-público). Esta incapacidade traduz-se numa ineficiente utilização de recursos, em mensagens difusas e menos coerentes e num desenvolvimento menos focalizado. Eixo B – Desenvolvimento de uma cultura regional em prol do turismo

A intervenção sobre este eixo pretende reforçar as condições de acolhimento aos turistas, ao incidir na sensibilização de todos aqueles que com eles interagem – profissionais da região, residentes e população estudantil. Eixo C – Marketing intelligence A dificuldade em fundamentar as decisões que definem e orientam a estratégia foram sentidas ao longo do desenvolvimento do presente documento. Por forma a dirimir tal situação, é proposto um conjunto de ações que pretendem capacitar o turismo algarvio com informação de fundo sobre o desempenho do setor e difundida de forma oportuna.

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Identificação dos planos de ação

451


Planos de ação Eixo D – Acessibilidade aérea

Eixo F – Promoção

É um conceito comumente aceite que a acessibilidade faz um destino, e neste ponto parece haver um longo caminho a percorrer. De facto, não obstante o seu sucesso e notoriedade enquanto destino turístico, é reconhecida a lacuna em termos de ligações aéreas diretas, sobretudo em época baixa.

Muita da expetativa dos agentes do setor reside na promoção do destino. A necessidade de se evoluir para uma comunicação mais focalizada e para uma presença mais efetiva online, criando laços mais sólidos com o consumidor é a grande tónica deste eixo.

Eixo E – Qualificação dos serviços e recursos humanos A evolução que se tem registado ao nível da estruturação e desenvolvimento de alguns produtos turísticos, veio demonstrar a necessidade de se intervir no campo da formação, de forma a suportar estes novos desafios do setor.

Eixo G – Enriquecimento da oferta Este eixo incide sobre tudo o que pode contribuir para valorizar a visita do turista, criando experiências positivas e uma maior fidelização à região.

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Identificação dos planos de ação

452


Planos de ação A

B

Articulação entre agentes do setor

 1. Campanha de sensibilização direcionada para os residentes  2. Educacionais para agentes do setor turístico da região  3. Ações de sensibilização junto da população estudantil

 1. Criação de redes de cooperação e grupos de trabalho por produto

C

Marketing Intelligence  1. Mecanismos de monitorização da atividade turística  2. Estudos na área do turismo  3. Investigação académica na área do turismo  4. Fóruns de discussão  5. Monitorização da sustentabilidade do destino

D

Desenvolvimento de uma cultura regional em prol do turismo

Acessibilidade aérea

E

 1. Ligações diretas para os aeroportos mais importantes

F

Promoção  1. Redefinição da estratégia de comunicação  2. Marketing digital;  3. Plataforma de comercialização

Qualificação dos serviços e recursos humanos  1. Certificação  2. Formação técnica especializada  3. Promoção das carreiras profissionais em turismo

G

Enriquecimento da oferta  1. Valorização da visita  2. Animação  3. Valorização dos recursos/ produtos

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Identificação dos planos de ação

453


Planos de ação A - Articulação entre agentes do setor 1- Criação de redes de cooperação e grupos de trabalho por produto Objetivos:

Tarefas:

 Criação de redes de partilha de informação, conhecimento, promoção e comunicação sobre os diversos produtos, com envolvimento dos diversos interlocutores;

 Criação de grupos de trabalho;

 Identificar modelos de desenvolvimento;  Definir abordagens promocionais;  Preparação de propostas para as atuações desejadas em cada produto;  Atuar como órgão consultivo (informal) junto das entidades competentes.

Entidades a envolver:  RTA;  Municípios;

 ATA;

Financiamento:

Indicadores de controle:

 Agentes do setor.

 Não aplicável

 N.º de grupos de trabalho constituídos;  N.º entidades envolvidas;  N.º de propostas desenhadas.

Comentários e observações: Identificada a necessidade de articulação entre os diversos intervenientes do setor, a proposta recai na criação de grupos de trabalho temáticos, com incidência sobre os diversos produtos, cujos inputs sustentarão o modelo de desenvolvimento a seguir, mercados a intervir e abordagem promocional a prosseguir. Além das vantagens apontadas está implícito o comprometimento dos diversos stakeholders. Estes grupos funcionarão como órgão consultivo informal (um por produto), sendo compostos por elementos públicos e privados, a convidar pela RTA e ATA, tendo estas entidades um representante em cada grupo. Haverá um dinamizador por grupo de trabalho, que transmitirá à direção da ATA e comissão executiva da RTA as propostas/recomendações daí emanadas.

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Identificação dos planos de ação

442


Planos de ação B – Desenvolvimento de uma cultura regional em prol do turismo

1- Campanha de sensibilização direcionada para os residentes e profissões de contacto com o turista

Objetivos:

Tarefas:

 Alertar para o contributo do turismo para o desenvolvimento regional e qualidade de vida dos residentes;

 Desenvolver o conceito da campanha;

 Reforçar as habituais atitudes de bom acolhimento aos turistas;  Sensibilizar e transmitir informações que contribuam para esse bom acolhimento.

 Desenvolver o plano de meios com mensagens diferenciadas de acordo com os diversos públicos-alvo (residentes, taxistas, lojistas, forças de segurança, etc.);  Implementação das iniciativas.

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 RTA;

 Municípios;

 CRESC 2020 (?).

 Número de campanhas desenvolvidas;

 Agentes do setor.

 N.º de pessoas envolvidas;  Avaliação das iniciativas.

Comentários e observações: Ainda que a hospitalidade seja apontada como um dos pontos fortes do Algarve, foi considerado necessário intervir ao nível da consciencialização dos diferentes públicos que interagem com os turistas, relativamente à importância de bem receber/acolher para o bom desempenho turístico da região. Se os residentes valorizarem o fenómeno turístico e entenderem o seu papel no mesmo, assumirão o compromisso para a sua melhoria, dele beneficiando.

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Identificação dos planos de ação

455


Planos de ação B – Desenvolvimento de uma cultura regional em prol do turismo

2 – Educacionais para agentes do setor turístico da região

Objetivos:

Tarefas:

 Possibilitar aos agentes do setor turístico do Algarve um aprofundar do conhecimento dos diversos recursos turísticos da região;

 Definir um calendário anual de educacionais;

 Melhorar o acolhimento e a informação prestada aos turistas.

 Formatar o programa das educacionais conjuntamente com os municípios.

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 RTA;

 Municípios;

 Municípios.

 Número de educacionais realizadas;

 Agentes do setor.

 Número de participantes;  Recolha de feedback dos participantes.

Comentários e observações: Não obstante o reconhecido profissionalismo dos agentes do setor turístico regional, as múltiplas intervenções que se têm registado ao nível da estruturação de produtos turísticos, ou os novos projetos que têm sido desenvolvidos na região suscitam a necessidade de proporcionar este contacto entre o trade e esta nova realidade.

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Identificação dos planos de ação

456


Planos de ação B – Desenvolvimento de uma cultura regional em prol do turismo

3 – Ações de sensibilização junto da população estudantil

Objetivos:

Tarefas:

 Sensibilizar para a importância do turismo na região;

 Criar conteúdos e suportes comunicacionais;

 Dar a conhecer os recursos/produtos turísticos;  Fomentar atitudes de bom acolhimento para com os turistas.

 Desenvolver visitas educacionais temáticas;  Organizar passatempos e atividades lúdico-educacionais relacionadas com o turismo;  Organizar visitas de sensibilização às escolas.

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 RTA;

 Número de visitas;

 Direção Regional de Educação;

 Direção Regional de Educação;

 Municípios.

 Municípios.

 Número de passatempos e atividades lúdico-educacionais;  Número de suportes comunicacionais.

Comentários e observações: A criação de bases para reforçar as condições de acolhimento por parte dos residentes e futuros profissionais de turismo, acaba por ser a consequência lógica para o conjunto de ações propostas neste eixo.

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Planos de ação C – Marketing Intelligence

1 – Mecanismos de monitorização da atividade turística

Objetivos:

Tarefas:

 Melhorar a informação sobre a atividade turística no Algarve;

 Identificar indicadores;

 Monitorizar a performance turística da região;

 Identificar entidades que efetuam recolha e análise de dados;

 Comparar o desempenho do Algarve face à concorrência;

 Estabelecer mecanismos de monitorização da atividade turística;

 Sustentar o processo de tomada de decisão.

 Estabelecer suportes para a difusão da informação.

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 RTA;

 Turismo de Portugal;

 Turismo de Portugal;

 INE;

 CRESC 2020 (?).

 Número de indicadores da atividade turística monitorizados;

 Universidade do Algarve;

 Tempo para divulgação dos indicadores.

 ANA – Aeroportos de Portugal;  Associações do setor. Comentários e observações: São recorrentes os comentários relativamente à falta de dados estatísticos que suportem a tomada de decisão, razão pela qual se torna crucial estabelecer mecanismos de monitorização da atividade/setor que, sendo considerados relevantes, deverão ser difundidos de forma acessível e oportuna.

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Identificação dos planos de ação

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Planos de ação C – Marketing Intelligence

2 – Estudos na área do turismo

Objetivos:

Tarefas:

 Realizar estudos sobre o setor/produtos/mercados/segmentos que capacitem os intervenientes do setor para a definição de estratégias;

 Identificar lacunas na informação disponível.

 Sustentar o processo de tomada de decisão. Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 RTA;

 ATA;

 Turismo de Portugal;

 Número de estudos desenvolvidos.

 Associações do setor;

 CCRAlgarve;

 Turismo de Portugal;

 Associações do setor;

 CCDRAlgarve;

 CRESC 2020 (?).

 Universidade do Algarve. Comentários e observações: Ainda que a monitorização da atividade consiga suportar muitas das intervenções a desenvolver, áreas existem que necessitam de informação mais aprofundada, só possível de ser obtida com estudos temáticos especializados.

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Identificação dos planos de ação

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Planos de ação C – Marketing Intelligence

3 – Investigação académica na área do turismo

Objetivos:

Tarefas:

 Estimular a investigação académica em áreas estratégicas e operacionais que carecem de informação de suporte;

 Identificar áreas com potencial de investigação.

 Sustentar o processo de tomada de decisão.

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 Não aplicável

 Número de teses e dissertações desenvolvidas.

 ATA;  Universidade do Algarve.

Comentários e observações: As parcerias com a academia poderão revelar-se frutuosas para ambas as partes que, desta forma, obterão maiores sinergias na produção de conhecimento e aprofundamento do contacto com a realidade empresarial.

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Identificação dos planos de ação

460


Planos de ação C – Marketing Intelligence

4 – Fóruns de discussão

Objetivos:

Tarefas:

 Estimular a partilha de know-how e de experiências dos intervenientes das áreas chave do setor do turismo.

 Estabelecer um programa anual de fóruns de debate sobre temas relevantes para a atividade turística.

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 RTA.

 Número de sessões realizadas;

 Municípios;

 Número de participantes;

 Universidade do Algarve;

 Feedback dos participantes.

 Agentes do setor.

Comentários e observações: Pretende-se fomentar a troca de experiências, conhecimentos e opiniões, de forma a encontrar novos caminhos e abordagens para o desenvolvimento turístico da região.

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461


Planos de ação C – Marketing Intelligence

5 – Monitorização da sustentabilidade do destino

Objetivos:

Tarefas:

 Aumentar a competitividade do setor do turismo;

 Identificar painel de indicadores;

 Acompanhamento da gestão, promoção e sustentabilidade do destino;

 Identificar entidades com competência para a monitorização de cada indicador;

 Fundamentar a tomada de decisão;

 Criação de um grupo de trabalho.

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 RTA;

 Relatórios do grupo de trabalho;

 Universidade do Algarve;

 Turismo de Portugal;

 Painel de recolha de dados.

 CCDRAlgarve;

 CRESC 2020 (?).

 Turismo de Portugal;  INE.

Comentários e observações: Pretende-se implementar um processo para o acompanhamento, gestão e promoção da sustentabilidade do destino, que permitirá avaliar o seu desempenho e apoiar a tomada de decisão.

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462


Planos de ação D – Acessibilidade aérea

1 –Ligações diretas para os aeroportos mais importantes

Objetivos:

Tarefas:

 Promover o acesso ao Algarve de turistas de mercados/regiões que carecem de ligações diretas com o aeroporto de Faro;

 Identificar necessidades de novas rotas;

 Criar novas bases aéreas operacionais em Faro;  Incentivar o aparecimento de novos pacotes turísticos para o Algarve.

 Definir modelo de financiamento;  Trabalhar em articulação com o Aeroporto de Faro e Turismo de Portugal na negociação com as companhias aéreas e/ou outros operadores;  Fomentar parcerias entre operadores na negociação com companhias aéreas.

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 Turismo de Portugal;

 ATA;

 ATA;

 Número de novos destinos/ligações;

 ANA – Aeroportos de Portugal;

 Fundo de captação de novas rotas.

 Turismo de Portugal;

 Número de frequências.

 Agentes do setor.

Comentários e observações: Uma das necessidades mais vezes identificadas em estudos e nas diversas entrevistas realizadas, pelo que se torna de vital importância intervir o sentido de captar novas rotas aéreas para Faro.

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463


Planos de ação E – Qualificação dos serviços e recursos humanos

1 – Certificação (I) – Serviços da Região de Turismo do Algarve

Objetivos:

Tarefas:

 Dinamizar um processo de melhoria contínua dos serviços prestados aos turistas e demais partes interessadas da RTA;

 Assegurar a continuidade e monitorizar o sistema de gestão da qualidade (SGQ) já implementado nos postos de turismo (certificado atribuído em 2014, no âmbito da ISO 9001:2008);

 Melhorar os métodos de trabalho;  Demonstrar que os serviços funcionam em conformidade com as normas internacionais de qualidade;

 Alargar o âmbito do SGQ às restantes áreas de atuação da RTA.

 Inspirar confiança aos diversos públicos da RTA. Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA.

 RTA;

 Relatórios das auditorias internas e externas;

 CRESC 2020 (?).

 Certificados de qualidade (ISO 9001:2008).

Comentários e observações: Enquanto entidade representativa do setor, pretende-se uniformizar processos e procedimentos, garantindo aos diversos públicos da RTA, a qualidade dos seus serviços.

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464


Planos de ação E – Qualificação dos serviços e recursos humanos

1 – Certificação (II) – Referenciais de qualidade

Objetivos:

Tarefas:

 Criar referenciais de qualidade para diversos elementos da oferta turística regional;

 Acompanhar os grupos de trabalho da Comissão Portuguesa de Normalização para o Turismo (CT 144);

 Melhorar a qualidade dos serviços prestados no setor turístico;

 Desenvolver parcerias com os diversos intervenientes do setor para a criação de referenciais e marcas distintivas de qualidade.

 Transmitir uma imagem de destino de qualidade.

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 RTA;

 Normas publicadas;

 IEFP;

 CRESC 2020 (?).

 Marcas de qualidade criadas;

 EHTA;  Associações do setor;  Turismo de Portugal.

 Número de empresas com certificação/ selos de qualidade atribuídos.

Comentários e observações: Pretende-se dar continuidade à participação em várias subcomissões dinamizadas pelo Turismo de Portugal que visam a implementação de normas para a certificação da oferta turística nacional. É ainda proposto o desenvolvimento de trabalhos, a nível regional, no sentido de serem criados referenciais específicos e que consigam dar resposta às necessidades da região.

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465


Planos de ação E – Qualificação dos serviços e recursos humanos

2 – Formação técnica especializada Objetivos:

Tarefas:

 Fomentar a especialização de recursos humanos em áreas relacionadas com os produtos turísticos a intervir;

 Identificar áreas com necessidades formativas;

 Desenvolver competências em áreas técnicas especializadas;

 Identificar as entidades competentes para ministrar formação nessas áreas;  Formatar ações de formação/cursos de curta/média duração, de acordo com as necessidades identificadas;  Programar e realizar ações de formação.

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 CRESC 2020 (?);

 IEFP;

 IEFP.

 Número de ações de formação/cursos;

 EHTA;  Universidade do Algarve;

 Número de formandos;  Feedback dos agentes do setor.

 Associações do setor;  Municípios. Comentários e observações: Sendo a atividade turística transversal à generalidade das atividades desenvolvidas na região, considera-se premente facultar bases para que profissionais de setores não turísticos (forças de segurança, comerciantes, transportes, etc.) melhor possam interagir com os turistas. Não obstante a transversalidade desta ação a toda a oferta, será proposto algum grau de detalhe nas ações respeitantes ao Eixo G (Enriquecimento da oferta) - Valorização dos recursos/produtos.

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466


Planos de ação E – Qualificação dos serviços e recursos humanos

3 – Promoção das carreiras profissionais em turismo Objetivos:

Tarefas:

 Valorizar as carreiras em turismo;

 Desenvolver um programa de visitas às escolas do 3.º ciclo do ensino básico e ensino secundário;

 Captação e geração de talentos;  Suprir a falta de recursos humanos de nível técnico;  Aumentar a procura de cursos de formação na área do turismo.

 Implementar uma campanha de valorização da profissão turística;  Realizar “dias abertos” nas escolas com vertente de ensino profissional na área do turismo;  Organizar career days, definindo um programa de visitas às empresas do setor turístico, onde a população estudantil contactará com as diversas profissões.

Entidades a envolver:

 Turismo de Portugal;

Financiamento:

Indicadores de controle:

 CRESC 2020 (?);

 RTA;

 Escolas profissionais;

 IEFP;

 Número de formandos no setor de hotelaria e turismo;

 IEFP;  EHTA;  DRE;

 Agentes setor;

 Turismo de Portugal.

 Taxa de absorção dos formandos no mercado.

 Assoc. setor;  Municípios.

Comentários e observações: Sendo o turismo a principal atividade da região, pretende-se destacar a sua importância e reforçar o orgulho em se trabalhar neste setor, acentuar as condições e capacidades que são necessárias, bem como relançar o prestígio social da mesma.

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467


Planos de ação F – Promoção

1 – Redefinição da estratégia de comunicação

Objetivos:

Tarefas:

 Adequar a comunicação aos mercados/ segmentos-alvo;

 Identificar os elementos valorizados em cada mercado;

 Melhorar a eficácia da comunicação.

 Desenvolver conteúdos mais focalizados nas experiências e emoções, em detrimento da descrição;  Desenvolver planos de comunicação diferenciados para cada mercado/segmento-alvo;  Desenvolver ações de promoção/comunicação assentes prioritariamente em ações de relações públicas, parcerias, fóruns profissionais, meios online, em detrimento das feiras generalistas e meios impressos (que devem servir apenas de suporte aos meios principais).

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 RTA;

 Planos de meios definidos;

 ATA;

 ATA.

 Desempenho dos mercados a abordar.

 Municípios.

Comentários e observações: A comunicação da região deve reger-se pelos parâmetros da eficácia e eficiência. O conhecimento do mercado, das suas motivações e meios mais utilizados, torna-se crucial para desenvolver uma comunicação mais focalizada.

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Identificação dos planos de ação

468


Planos de ação F – Promoção 2 – Marketing digital (I) – marketing relacional

Objetivos:

Tarefas:

 Fomentar o contacto de proximidade, acrescentando valor ao relacionamento com os turistas;

 Implementar um sistema de CRM (Customer Relationship Management).

 Imprimir um maior dinamismo e interação na informação disseminada;  Facultar conteúdos segmentados e adaptados às motivações dos turistas;  Aumentar a fidelização dos turistas à região.

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 RTA;

 ATA.

 ATA.

 Número de registos na base de dados na plataforma CRM;

Comentários e observações: A gestão da relação com os clientes (CRM) constitui-se como uma ferramenta chave para uma promoção mais eficiente, para uma maior otimização da experiência dos turistas e fidelização dos mesmos ao destino.

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469


Planos de ação F – Promoção 2 – Marketing digital (II) – Comunicação Objetivos:

Tarefas:

 Fomentar o contacto de proximidade com os turistas;

 Desenvolver uma presença multicanal integrada;

 Imprimir um maior dinamismo e interação na informação disseminada;  Obter mais informação sobre os clientes atuais e potenciais da região;  Facultar conteúdos segmentados e adaptados às motivações dos turistas.

 Criar funcionalidades no portal visitalgarve que possibilitem a interação e envolvimento com o turista;  Potenciar a presença ativa nas redes sociais, incentivando a partilha de experiências por parte dos turistas;  Dinamizar passatempos nas redes sociais, privilegiando conteúdos digitais personalizados;  Melhorar serviços digitais otimizados para plataformas móveis.

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 RTA;

 ATA.

 ATA.

 Número de seguidores nas redes sociais;  Número de visitas ao portal;  Número de participantes nos passatempos.

Comentários e observações: A identidade digital converteu-se num elemento fulcral de notoriedade e gestão da imagem do destino. A focalização na proximidade com as pessoas e na facilidade de acesso a conteúdos e experiências, possibilita uma melhor e maior segmentação e presença nas etapas do processo de decisão, potenciando desta forma uma comunicação com forte impacto viral. Não obstante a transversalidade desta ação a toda a oferta, será proposto algum grau de detalhe nas ações respeitantes ao eixo G (Enriquecimento da oferta) - Valorização dos recursos/produtos. PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Identificação dos planos de ação

470


Planos de ação F – Promoção 2 – Marketing digital (III) – Opinion leader e influenciadores digitais Objetivos:  Aumentar a notoriedade do Algarve;  Angariar spreaders digitais;  Fomentar vagas de comentários positivos na internet sobre o destino;  Imprimir um maior dinamismo e interação na informação disseminada.

Tarefas:  Identificar bloggers de viagens;  Organizar blog trips;  Acompanhamento dos conteúdos gerados na internet sobre o Algarve.

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 RTA;

 Número participantes;

 ATA.

 ATA.

 Número de artigos/posts difundidos.

Comentários e observações: Impulsionar a presença física no destino de prescritores chave, desenhando fam-trips experienciais. Pretende-se uma partilha transparente de conteúdos, com efeitos de comunicação realista e de maior proximidade com o potencial turista.

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471


Planos de ação F – Promoção 3 – Plataforma de comercialização Objetivos:

Tarefas:

 Fomentar o contacto de proximidade com os turistas;

 Criar funcionalidades no portal visitalgarve que possibilitem a comercialização de produtos e serviços turísticos da região.

 Reforçar a promoção e comercialização do destino.

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 CRESC 2020(?);

 ATA;

 RTA;

 Solução de comercialização implementada.

 Agentes do setor.

 ATA.

Comentários e observações: As plataformas tecnológicas que suportam a gestão e promoção do destino devem criar condições para dar visibilidade às empresas, facilitando a comercialização da sua oferta e a inclusão de serviços de vários fornecedores, criando propostas de consumo mais integradas.

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469


Planos de ação G – Enriquecimento da oferta

1 – Valorização da visita (I) – Mobilidade e transportes

Objetivos:

Tarefas:

 Facilitar a mobilidade no destino;

 Sensibilizar as entidades competentes para a importância da melhoria da rede viária, ferroviária e rede de transportes públicos;

 Valorizar os recursos turísticos da região;  Enriquecer a experiência do turista no destino.

 Sensibilizar os diversos atores para a intermodalidade nos transportes públicos;

 Acompanhar as intervenções na EN 125;  Acompanhar o projeto de ligação ferroviária ao aeroporto de Faro. Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 Municípios;

 Conclusão das obras na EN 125;

 Transportadoras;

 Estradas de Portugal;

 Municípios;

 CRESC 2020 (?).

 Ligação ferroviária ao Aeroporto de Faro;

 CCDRAlgarve;  Estradas de Portugal.

 Monitorização da satisfação dos turistas.

Comentários e observações: Considerando a atual situação do Algarve, torna-se fundamental a existência de investimento público, de forma a serem criadas condições de maior mobilidade na região, valorizando assim a experiência e fomentando a utilização das diversas valências do território.

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473


Planos de ação G – Enriquecimento da oferta

1 – Valorização da visita (II) - Sinalética Objetivos:

Tarefas:

 Assegurar um sistema eficaz de sinalização dos principais recursos turísticos;

 Promover um levantamento exaustivo das lacunas em matéria de sinalização turístico-rodoviária;

 Valorizar os recursos turísticos da região;

 Adequar a sinalética turística existente (símbolos de indicações turísticas) ao novo regime jurídico dos empreendimentos turísticos;

 Orientar as experiências dos visitantes.

 Desenvolver sinalética informativa (e respetivos conteúdos), a colocar junto dos principais recursos turísticos. Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 Estradas de Portugal,

 Estradas de Portugal;

 Turismo de Portugal;

 Relatório de levantamento de lacunas;

 Turismo de Portugal;

 Direção Regional da Cultura;

 Direção Regional da Cultura;

 Municípios;

 Municípios.

 CRESC 2020 (?).

 Número de sinalética/painéis informativos colocados.

Comentários e observações: A sinalização turística é, simultaneamente, um fator de identificação e delimitação de um destino turístico, e não apenas um meio de encaminhamento de fluxos de tráfego de pessoas e veículos. Dever-se-á considerar igualmente a sinalética como fator de valorização dos diversos recursos turísticos, na sua vertente descritiva e informativa. Não obstante a transversalidade desta ação a toda a oferta, será proposto algum grau de detalhe nas ações respeitantes ao Eixo G (Enriquecimento da oferta) - Valorização dos recursos/produtos.

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474


Planos de ação G – Enriquecimento da oferta

1 – Valorização da visita (III) – Serviços de informação ao turista

Objetivos:

Tarefas:

 Manter uma rede estruturada de informação ao turista;

 Georreferenciar os recursos turísticos da região;

 Valorizar os recursos turísticos da região;

 Otimizar e facilitar o acesso à informação turística;  Proporcionar aos turistas verdadeiras experiências no destino.

 Implementar um sistema regional de QR Code (Quick Response Code) junto das placas toponímicas dos centros históricos e de identificação dos recursos;  Implementar soluções tecnológicas de apoio ao turista que visita a região.

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 RTA;

 Municípios.

 Municípios;

 Número de recursos georreferenciados;

 CRESC 2020 (?).

 Sistema regional QR Code implementado;  Soluções tecnológicas implementadas na região.

Comentários e observações: Potenciar a criação e adaptação de aplicações e ferramentas de apoio ao turista no destino, assentes nas novas tecnologias e plataformas digitais, com particular ênfase na georreferenciação e realidade aumentada. Não obstante a transversalidade desta ação a toda a oferta, será proposto algum grau de detalhe nas ações respeitantes ao Eixo G (Enriquecimento da oferta) - Valorização dos recursos/produtos.

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475


Planos de ação G – Enriquecimento da oferta

1 – Valorização da visita (IV) – Fidelização ao destino Objetivos:

Tarefas:

 Incentivar a repetição da visita ao Algarve;

 Desenvolver ações conjuntas para conferir visibilidade a um cartão de fidelização ao destino;

 Estimular a fruição de diversos serviços e equipamentos;

 Disponibilizar cartão de fidelização em diversos canais.

 Valorizar os recursos turísticos da região;  Otimizar e facilitar o acesso à informação turística;  Proporcionar aos turistas verdadeiras experiências no destino. Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 CRESC 2020 (?).

 Número de cartões distribuídos.

 Agentes do setor;  Municípios.

Comentários e observações: Esta ação possibilitará recolher e estruturar um conjunto de informação sobre os comportamentos de compra dos turistas, que permitirá intervir ao nível da dinamização do comportamento e ligação emocional ao destino. Não obstante a transversalidade desta ação a toda a oferta, será proposto algum grau de detalhe nas ações respeitantes ao Eixo G (Enriquecimento da oferta) - Valorização dos recursos/produtos.

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476


Planos de ação G – Enriquecimento da oferta

2 – Animação

Objetivos:

Tarefas:

 Aumentar a notoriedade do destino;

 Inventariar eventos a realizar no Algarve;

 Valorizar as tradições e recursos naturais e culturais da região;

 Articular as diversas entidades promotoras de eventos, de forma a disponibilizar uma oferta diversificada e equilibrada ao longo do ano e da região;

 Atrair turistas pela oferta de eventos;

 Desenvolver um programa anual de eventos;

 Valorizar a experiência no destino.

 Promover um grande evento cultural anual.

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 RTA;

 Municípios.

 Municípios;

 Número de eventos realizados em cada mês;

 CRESC 2020 (?).

 Número de eventos realizados por concelho;  Número de participantes nos eventos.

Comentários e observações: Pretende-se melhorar a articulação no que toca à programação e integração dos eventos realizados na região, enriquecendo ainda o calendário anual com a realização de eventos diversificados, temática, geográfica e temporalmente.

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477


Planos de ação G – Enriquecimento da oferta

3 – Valorização dos recursos/produtos (I) – Sol e mar Objetivos:

Tarefas:

 Requalificar as zonas costeiras;

 Construir, melhorar e/ou ampliar zonas de estacionamento junto das praias;

 Facilitar o acesso às praias;  Aumentar a qualidade ambiental nas zonas circundantes e acessos às praias;  Estimular a oferta de atividades complementares.

 Construir e melhorar os acessos pedonais às praias;  Desenvolver infraestruturas de apoio às praias, bem como de atividades complementares;

 Sensibilizar as entidades responsáveis para a necessidade de aligeirar a carga burocrática de forma a facilitar a fruição de experiências nas praias.

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 Municípios;

 Municípios;

 CRESC 2020 (?);

 Número de novos lugares de estacionamento;

 ICNF;

 ARH.

 Autoridade Marítima;  ARH.

 Número de novas infraestruturas de apoio desenvolvidas;  Número de intervenções em acessos pedonais.

Comentários e observações: Este continuará a ser o produto âncora da região, sendo no entanto necessário reforçar a qualificação das frentes costeiras, desenvolvendo infraestruturas de apoio.

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478


Planos de ação G – Enriquecimento da oferta 3 – Valorização dos recursos/produtos (II) – Golfe Objetivos:

Tarefas:

 Reforço da imagem de destino de golfe de excelência;

 Incentivar o estabelecimento de parcerias entre os municípios e as empresas detentoras de campos de golfe, de forma a incentivar a prática do golfe por parte dos jovens da região;

 Alargar a base de clientes do produto;  Criar maior afinidade entre a comunidade residente e a modalidade.

 Realizar open days em campos de golfe dirigidos à população estudantil do Algarve;  Organizar um torneio anual dirigido ao mercado português com a presença de figuras públicas;  Garantir a continuidade da presença de um torneio anual de projeção internacional na região;  Desenvolver conteúdos e suportes de comunicação.

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 RTA;

 ATA;

 ATA;

 Associação Algarve Golfe;

 CRESC 2020 (?);

 Número de protocolos/parcerias entre municípios e campos de golfe;

 Municípios.

 Número de praticantes residentes no Algarve;  Número de voltas de portugueses;  Número de torneios.

Comentários e observações: O golfe continuará a ocupar uma posição estratégica no portfolio de produtos regionais, sendo importante reforçar a promoção da região enquanto destino de golfe de qualidade. PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Identificação dos planos de ação

479


Planos de ação G – Enriquecimento da oferta

3 – Valorização dos recursos/produtos (III) – Turismo de negócios Objetivos:  Enriquecer e diferenciar a oferta de turismo de negócios;  Incentivas a utilização de espaços de gestão pública para a realização de eventos de negócios.

Tarefas:  Identificar monumentos, museus e outros edifícios e espaços públicos, com características que permitam a sua utilização para a realização de eventos de negócios;  Sensibilizar as entidades competentes para a necessidade de se simplificarem procedimentos e se implementarem sistemas de relacionamento direto e de maior autonomia quanto ao processo de licenciamento em espaços, equipamentos e património públicos;  Desenvolver conteúdos e suportes de comunicação;  Criar o Convention Bureau do Algarve.

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 RTA;

 ATA;

 ATA.

 Número de eventos em espaços públicos;

 Direção Regional da Cultura;  Municípios;  ARH;

 Número de venues disponíveis para a realização de eventos de negócios.

 Autoridade Marítima. Comentários e observações: Pretende-se impulsionar o turismo de negócios através da qualificação das infraestruturas de suporte, reforçando a captação proactiva de eventos e o desenvolvimento criativo de ofertas, que contribuam para proporcionar experiências memoráveis aos participantes. PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Identificação dos planos de ação

477


Planos de ação G – Enriquecimento da oferta

3 – Valorização dos recursos/produtos (IV) – Turismo residencial Objetivos:

Tarefas:

 Aumentar a notoriedade do destino enquanto região com qualidade de vida;

 Desenvolver conteúdos para os residentes estrangeiros e potenciais residentes;

 Valorizar a oferta residencial do Algarve;

 Criar uma plataforma de comunicação, utilizando o modelo “Living in Portugal”, acrescentando informação de âmbito regional;

 Sistematizar e facilitar o acesso à informação por parte dos atuais e potenciais residentes estrangeiros.

 Dinamizar reuniões regulares com embaixadas, consulados, associações vocacionadas para os residente estrangeiros.

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 RTA;

 ATA;

 ATA.

 Número de segundas habitações na região;

 Turismo de Portugal.

 Plataforma de comunicação implementada;  Número de reuniões realizadas.

Comentários e observações: Este produto, assumidamente estratégico para o Algarve mas debilitado pela conjuntura económica global, necessita de ver reforçado o posicionamento da região como destino de elevada qualidade.

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481


Planos de ação G – Enriquecimento da oferta

3 – Valorização dos recursos/produtos (V) – Gastronomia e vinhos Objetivos:

Tarefas:

 Fomentar um maior aproveitamento dos recursos associados a este produtos, ao nível da divulgação;

 Incentivar os restaurantes da região a disponibilizarem ementas representativas da Dieta Mediterrânica, utilizando produtos regionais;

 Complementar a oferta composta pelos restantes produtos turísticos;

 Potenciar eventos associados à Dieta Mediterrânica;

 Enriquecer a experiência dos turistas;  Capitalizar a inscrição da Dieta Mediterrânica na lista representativa a Património Cultural Imaterial da Humanidade, da UNESCO.

 Sensibilizar os produtores do setor agroalimentar para criarem condições de visitação aos diversos espaços do processo de produção/transformação dos produtos regionais;  Dinamizar a já existente Rota do Vinho;  Criar e promover roteiros e circuitos enogastronómicos temáticos; (1/2)

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:  Número de eventos associados à Dieta Mediterrânica;  Número de restaurantes que disponibilizam ementas representativa da DM;  Número de espaços associados ao setor agroalimentar com condições de visitação; (1/2)

Comentários e observações:

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Identificação dos planos de ação

482


Planos de ação G – Enriquecimento da oferta

3 – Valorização dos recursos/produtos (V) – Gastronomia e vinhos (cont…) Objetivos:

Tarefas:

(…)

 Desenvolver conteúdos e suportes de comunicação;  Sensibilizar os agentes do setor para a necessidade de facultarem ao staff as condições para o desenvolvimento das competências de atendimento e conhecimentos sobre os princípios e requisitos da Dieta Mediterrânica;  Desenvolver sinalética informativa e orientadora para conduzir os turistas ao longo dos diversos roteiros;  Criar referencial de qualidade turística na restauração. (2/2)

Financiamento:

Indicadores de controle:

 Municípios;

 RTA;

 CCDRAlgarve

 ATA;

 Número de aderentes à Rota dos Vinhos;

 AIHSA;

 Turismo de Portugal;

 Municípios;

 AHRESP;

 Confrarias.

Entidades a envolver:  RTA;  ATA;

 CRESC 2020 (?)

 Número de restaurantes com selo de qualidade atribuído;  Sinalética implementada. (2/2)

Comentários e observações: Produto claramente complementar à oferta global da região, apresenta fortes possibilidades ao nível da diversificação e enriquecimento da experiência do turista.

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Identificação dos planos de ação

483


Planos de ação G – Enriquecimento da oferta

3 – Valorização dos recursos/produtos (VI) – Touring Objetivos:

Tarefas:

 Fomentar um maior aproveitamento dos recursos associados a este produto, ao nível da divulgação;

 Estruturar rotas e itinerários experienciais temáticos, assentes nos usos e costumes da região, com a possibilidade de participação por parte dos turistas (ex.: artesanato);

 Complementar a oferta composta pelos restantes produtos turísticos;  Enriquecer a experiência dos turistas;  Potenciar o legado cultural da época dos Descobrimentos.

 Estruturar rotas e itinerários experienciais temáticos, assentes nos diversos legados históricos da região (Descobrimentos; árabe; megalítico; etc.);  Estruturar rotas e itinerários baseados na diversidade natural e paisagística que caracterizam a região;  Formatar dossier de candidatura de Sagres a Paisagem Cultural da Humanidade (UNESCO), a submeter em 2017; (1/2)

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:  Dossier de candidatura;  Número de rotas estruturadas;  Número de visitantes aos espaços culturais. (1/2)

Comentários e observações:

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Identificação dos planos de ação 4484


Planos de ação G – Enriquecimento da oferta

3 – Valorização dos recursos/produtos (VI) – Touring (cont...) Objetivos:

Tarefas:

(…)

 Sensibilizar as entidades gestoras dos espaços culturais para adequarem os seus horários à fruição turística;  Sensibilizar as entidades gestoras dos espaços culturais para a necessidade de facultarem ao staff as condições para o desenvolvimento das competências de atendimento e condução de grupos;  Definir um calendário anual de ações envolvendo a Caravela Boa Esperança;  Desenvolver conteúdos e suportes de comunicação;  Fomentar o crescimento da Orquestra Clássica do Sul. (2/2)

Entidades a envolver:

Financiamento:

 RTA;

 RTA;

 Direção Regional da Cultura;

 Direção Regional de Cultura;

 Turismo de Portugal;  CCDRAlgarve;  Municípios.

Indicadores de controle:  Turismo de Portugal;

 Número de ações com a caravela Boa Esperança;

 CDRAlgarve

 Número de visitantes aos espaços culturais;

 Municípios  CRESC 2020 (?)

 Número de concertos da Orquestra Clássica do Sul. (2/2)

Comentários e observações: O touring carece de uma melhoria ao nível da qualificação e organização dos recursos, sendo o desenvolvimento de informação facilitadora da visita um elemento essencial a aperfeiçoar.

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Identificação dos planos de ação

482


Planos de ação G – Enriquecimento da oferta 3 – Valorização dos recursos/produtos (VII) – Turismo de saúde Objetivos:

Tarefas:

 Estruturar a oferta de turismo de saúde na região;

 Identificar os serviços e intervenções disponíveis na região associadas a cada um dos ramos deste produto;

 Estimular a estruturação e promoção conjunta das valências médica e turística;

 Sensibilizar as entidades competentes no sentido de se definirem parâmetros para a adoção da designação spa;

 Complementar a oferta composta pelos restantes produtos turísticos;

 Articular as valências médicas com os equipamentos turísticos;

 Enriquecer a experiência dos turistas.

 Organizar oferta termal, spas e talassoterapia com vista a potenciar esta oferta em articulação com os serviços médicos;  Desenvolver conteúdos e suportes de comunicação.

Entidades a envolver:

 Turismo de Portugal;

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 Associação Portuguesa do Turismo de Saúde e Bem Estar.

 RTA;  Turismo de Portugal.

 Definição legislativa do conceito de spa;

 AHETA;  AIHSA;  ARS;

 Inventário de serviços e intervenções disponíveis na região.

Comentários e observações: Complementar à oferta base da região, necessita contudo que sejam criadas as bases para a qualificação enquanto produto turístico e articulação entre vertente turística e médica.

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Identificação dos planos de ação

486


Planos de ação G – Enriquecimento da oferta

3 – Valorização dos recursos/produtos (VIII) – Turismo de natureza Objetivos:

Tarefas:

 Continuar a estruturar a oferta de turismo de natureza na região;

 Organizar um evento anual de projeção internacional, de divulgação, experimentação e comercialização deste produto;

 Enriquecer a experiência dos turistas.

 Sensibilizar as entidades gestoras dos espaços naturais para a necessidade de facultarem ao staff as condições para o desenvolvimento das competências de atendimento e condução de grupos;  Identificar quais os subprodutos com potencial para estruturação imediata;

Entidades a envolver:

Financiamento:

(1/1)

Indicadores de controle:  Subprodutos estruturados;  Número de visitantes nas áreas protegidas;  Evento organizado. (1/1)

Comentários e observações:

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Identificação dos planos de ação

487


Planos de ação G – Enriquecimento da oferta

3 – Valorização dos recursos/produtos (VIII) – Turismo de natureza (cont…) Objetivos:

Tarefas:

(…)

 Criar selo de qualidade para as empresas que prestam serviços no âmbito do subproduto Birdwatching;  Desenvolver conteúdos e suportes de comunicação;  Desenvolver/manter sinalética informativa e orientadora para conduzir os turistas ao longo dos diversos percursos e rotas;  Desenvolver um modelo de gestão, monitorizar e promover de forma integrada as rotas já existentes e a criar. (2/2)

Entidades a envolver:

 RTA;  ATA;  ADRs;

Financiamento:

Indicadores de controle:

 Municípios;

 RTA;

 CCDRAlgarve;

 ATA;

 Número de empresas com selo de qualidade.

 ICNF.

 CRESC 2020 (?).

 Modelo de gestão proposto. (2/2)

Comentários e observações: Produto ainda em fase de desenvolvimento, afigura-se como necessário estruturar a oferta de turismo de natureza, melhorando as condições de visitação e a formação dos recursos humanos.

PLANO DE MARKETING ESTRATÉGICO Identificação dos planos de ação

488


Planos de ação G – Enriquecimento da oferta 3 – Valorização dos recursos/produtos (IX) – Turismo náutico Objetivos:

Tarefas:

 Estruturar a oferta de turismo náutico na região;

 Desenvolver conteúdos e suportes de comunicação;

 Fomentar o desenvolvimento do cluster do mar;

 Dinamizar um evento anual, demonstrativo dos diversos elementos e preocupações relacionadas com o mar;

 Complementar a oferta composta pelos restantes produtos turísticos;  Melhorar o acolhimentos dos turistas de cruzeiros;  Enriquecer a experiência dos turistas.

 Desenvolver um evento desportivo anual de projeção internacional, na área do surf;  Sensibilizar gestores dos equipamentos e serviços de apoio para a necessidade do staff deter competências de atendimento ao público;  Sensibilizar as entidades competentes para melhorar as condições de acolhimento e serviços de apoio;  Sensibilizar entidades competentes para a necessidade de normalizar e agilizar procedimentos;  Criar referencial de qualidade turística para marinas e portos de recreio.

 APPR

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 Assoc. Nacional de Surfistas;

 RTA;

 Número de participantes nos eventos.

 Maralgarve;

 DGRM;

 Autoridade Marítima;

 Municípios.

 CRESC 2020 (?).

Entidades a envolver:

 Turismo de Portugal;

Comentários e observações: Ainda que, devido à sua histórica relação com o mar, o turismo náutico no Algarve deve ser um produto estratégico, regista-se a necessidade de intervir ao nível da organização e qualificação da oferta.

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Planos de ação G – Enriquecimento da oferta

3 – Valorização dos recursos/produtos (X) – Turismo desporto

Objetivos:

Tarefas:

 Estruturar a oferta de turismo de desporto na região;

 Inventariar os equipamentos, serviços, recursos e eventos desportivos;

 Complementar a oferta composta pelos restantes produtos turísticos;

 Desenvolver conteúdos e suportes de comunicação;

 Enriquecer a experiência dos turistas.

Entidades a envolver:  RTA;

 Associações e clubes desportivos;

 ATA;

 AHETA;

 Instituto do Desporto de Portugal;

 Turismo de Portugal.

 AIHSA;

 Criar o sports bureau do Algarve;  Captar eventos desportivos de projeção nacional e internacional.

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 Inventário;

 ATA;

 Número de eventos;

 CRESC 2020 (?).

 Criação de sports bureau.

 Municípios; Comentários e observações: Região com forte ligação à atividade desportiva, deverá ser potenciada sobretudo pelo seu impacto em termos de notoriedade do destino. De registar o potencial das diversas infraestruturas para acolher estágios e eventos desportivos.

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Planos de ação G – Enriquecimento da oferta

3 – Valorização dos recursos/produtos (XI) – Turismo sénior/acessível Objetivos:

Tarefas:

 Contribuir para tornar o Algarve, um destino mais acessível;

 Levantamento dos equipamentos, locais e recursos com capacidade para acolher visitantes com mobilidade reduzida;

 Aumentar a atratividade do destino;  Melhorar a fruição dos diversos recursos turísticos da região.

 Desenvolver conteúdos e suportes de comunicação;  Sensibilizar os agentes públicos e privados do setor, para a necessidade de garantir a acessibilidade nos espaços públicos, nos equipamentos coletivos e edifícios públicos, nos transportes, na informação e comunicação, incluindo as novas tecnologias de informação.

Entidades a envolver:

 Associações do setor;

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 Municípios;

 RTA;

 Recursos acessibilizados;

 ATA;

 Instituto Nacional para a Reabilitação.

 Instituto Nacional para a Reabilitação;

 Número de ações de sensibilização.

 Turismo de Portugal;

 CRESC 2020 (?)

Comentários e observações:

Pretende-se reposicionar o Algarve como um destino turístico de excelência e com capacidade para acolher os segmentos sénior e com mobilidade reduzida. A região deverá igualmente diferenciar-se através da existência de serviços e infraestruturas ajustadas às necessidades destes segmentos.

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Planos de ação G – Enriquecimento da oferta

3 – Valorização dos recursos/produtos (XII) – Autocaravanismo Objetivos:

Tarefas:

 Estruturar a oferta das áreas de serviço de autocaravanismo;

 Criar e dinamizar a Rede de Acolhimento ao Autocaravanismo da Região do Algarve (RAARA);

 Corrigir e orientar a procura, no sentido de evitar a ocupação desorganizada e utilização indevida de espaços públicos.

 Desenvolver conteúdos e suportes de comunicação;  Monitorizar a procura.

Entidades a envolver:

Financiamento:

Indicadores de controle:

 RTA;

 RTA;

 Número de aderentes à rede;

 ATA;

 CCDRAlgarve;

 CCDRAlgarve

 CRESC 2020 (?)

 Número de autocaravanistas que utilizam a rede.

 Associações e federações de autocaravanistas.  Municípios.

Comentários e observações: Necessário articular a estratégia entre as diversas entidades com intervenção nesta matéria no sentido de organizar e orientar a procura, proporcionando-lhes condições de acolhimento.

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Ficha técnica Coordenação e desenvolvimento (Região de Turismo do Algarve) Duarte Padinha Susana Miguel

Coordenação e desenvolvimento (Universidade do Algarve) Cláudia Ribeiro de Almeida

Apoio técnico (Região de Turismo do Algarve) Carla Bernardo Cláudia Ruivinho Luísa Correia Raquel Belo Regina Nunes Sofia Duro Naendralal

Fotografias

Região de Turismo do Algarve Associação Turismo do Algarve CCDRAlgarve Tivoli Hotels Luís Monteiro Cláudia Ribeiro de Almeida Carla Brito Ribeiro

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493


Entrevistas Entrevistas

Para complementar toda a fase de diagnóstico e para suportar a justificação da etapa do ciclo de vida em que o Algarve se encontra, foram realizadas cerca de 30 entrevistas a stakeholders públicos e privados da região, que nos permitiu avaliar o estado da arte do turismo no Algarve, inventariar novos dados sobre determinados produtos ou serviços e acima de tudo conhecer a opinião dos entrevistados relativamente ao desenvolvimento do turismo na região atual e futura.

 Alexandra Rodrigues – Direção Regional de Cultura do Algarve;

Ficam os agradecimentos entrevistados:

 Christopher Stilwell – Associação Regional de Golfe do Sul;

da

equipa

de

trabalho

aos

 Desidério Silva – Região de Turismo do Algarve;

 Luís Tavares – Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo;  Elidérico Viegas – Associação do Empreendimentos Turísticos do Algarve;

Hotéis

e

 Steven Piedade – Associação Nacional de Jovens Empresários;

 Carlos Luís – Associação Turismo do Algarve;  Daniel Queirós – Região de Turismo do Algarve;

 Laurentino Almeida – Associação dos Industriais de Aluguer de Automóveis sem Condutor;

 Ana Luz Mora – Região de Turismo do Algarve;  Ana Araújo – Região de Turismo do Algarve;

 Armando Santana – Associação das Rent a Car do Algarve;

 Alexandra Ramos – Região de Turismo do Algarve;  Dora Coelho – Associação Turismo do Algarve;

 João Viegas Fernandes – Associação Portuguesa de Turismo de Saúde e Bem Estar;

 Hugo Nascimento – Associação Turismo do Algarve Coordenação

 Duarte Correia – Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo;

 Isolete Correia – Associação Portuguesa de Portos de Recreio;

 João Fernandes – Região de Turismo do Algarve;

 David Santos – Comissão de Desenvolvimento Regional do Algarve;

 Joel Pais – Associação Portuguesa de Casinos;

e

 Jorge Beldade – Tivoli Hotels;

 Vítor Neto – Núcleo Empresarial da Região do Algarve;

 Daniel Alexandre do Adro – Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve;

 António Correia Mendes – ANA - Aeroporto de Faro;

 Reinaldo Teixeira – Garvetur;

 Paulo Águas – Universidade do Algarve;

 Eliseu Correia – EC Travel;

 Jorge Botelho – AMAL – Comunidade Intermunicipal do Algarve;

 Victor Faria – Associação dos Industriais Hoteleiros e Similares do Algarve;

 Pedro Lopes – Pestana Hotels and Resorts;

 João Paulo Sousa – Benamor Golf.

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