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'Victoria', um retrato açucarado da rainha em oito episódios

Patrícia Kogut

Jenna Coleman em 'Victoria' (Foto: Divulgação)Jenna Coleman em 'Victoria' (Foto: Divulgação)

 

“Downton Abbey” terminou e “The crown” está num interregno. Se o leitor gosta das séries que retratam a realeza, pode tentar “Victoria” (no iTunes). A produção da britânica ITV tem oito episódios e é bom entretenimento, apesar de não ter a musculatura das suas congêneres. Acompanhamos a trajetória da Rainha Victoria (Jenna Coleman, que era de “Doctor Who”) a partir do momento de sua chegada ao trono, aos 18 anos. Não é aquela figura pesada e de cara amarrada que nos acostumamos a ver retratada. Aqui ela é uma mocinha decidida e voluntariosa, verdade, mas também romântica e apaixonada. É coroada depois da morte do tio, William IV. Embora muito jovem, resiste à tirania de figuras mais experientes da família, como a mãe e o tio. Prefere seguir os conselhos de Lord Melbourne (Rufus Sewell), com quem mantém uma ligação de amor platônico. Tem uma corte de aristocratas fofoqueiras e uma dama de companhia alemã que exerce uma certa influência sobre ela.

Victoria já era rainha quando o Palácio de Buckingham recebe a visita de um primo, Albert (Tom Hughes), por quem se apaixona. Eles se casam, mas, antes de a união acontecer, começam os conflitos por causa das obrigações dela com o trono. Paralelamente, há as tramas envolvendo os empregados — dramas menores, mas que também têm a sua graça —, bailes, penteados e vestidos farfalhantes. Para curtir a série, é preciso esquecer os preconceitos. Esse é um daqueles enredos que enfeitam um pavão egresso de uma realidade já bem enfeitada. Vale dar um desconto para o excesso de açúcar, para o desempenho de um ou outro ator e para certos efeitos de computador ingênuos. Convenhamos, não é uma tarefa tão difícil para quem busca distração.

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