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Sustentabilidade na arquitetura: como colocar em prática?

Sustentabilidade na arquitetura: como colocar em prática?

A sustentabilidade na arquitetura é a prática fundamental correspondente ao desenvolvimento justo, ecologicamente correto e responsável socialmente. Ou seja, é a condição ideal para o perfeito equilíbrio. 

Ao longo deste artigo explicaremos melhor o conceito, abordando os impactos e dicas de como colocá-lo em prática. Confira a seguir!

Mas afinal, qual é a relação da sustentabilidade na arquitetura?

A sustentabilidade na arquitetura é um assunto que tem sido discutido, com mais veemência, com o passar dos anos. Podemos citar dois principais grandes motivos para esse movimento: a pandemia da Covid-19 e a cultura do ESG.

Contudo, destacamos que não é porque esse assunto parece ser urgente para o consumidor somente agora que a arquitetura sustentável é um conceito recente. Muito pelo contrário!

Segundo um estudo sobre a sustentabilidade e a arquitetura, a palavra sustentabilidade, com conexão com o meio ambiente, foi usada pela primeira vez em 1980. Ela apareceu em uma publicação da União Internacional pela Conservação da Natureza em Gland, na Suíça, abordando também o conceito de desenvolvimento.

O artigo também menciona 5 tipos diferentes de sustentabilidade, são eles:

  • Sustentabilidade Social:
  • Sustentabilidade Econômica;
  • Sustentabilidade Ecológica;
  • Sustentabilidade Espacial;
  • Sustentabilidade Cultural.

Mas como tudo isso se relaciona com a arquitetura? É simples! A área está diretamente ligada ao desenvolvimento.

Basta imaginar a construção de um edifício. Para garantir a correta sustentabilidade é preciso prestar atenção ao entorno, os impactos econômicos causados por essa construção naquela comunidade; bem como os efeitos ambientais, espaciais e culturais, por exemplo.

Dessa maneira, podemos afirmar que não há arquitetura sem sustentabilidade! E as construções que não consideram esses impactos estão propagando o desenvolvimento irregular e insustentável. 

Logo, ainda de acordo com o artigo, é dever do arquiteto a criação de um projeto que interaja com o meio em que se insere, fazendo uso de iluminação e ventilação naturais, por exemplo. Bem como, tirar o máximo proveito das condições climáticas da região, racionalizar os recursos naturais. Sempre considerando a  produção e disposição dos resíduos sólidos.

Em conclusão, não há como abordar o equilíbrio entre a natureza e o ser humano, sem mencionarmos o desenvolvimento sustentável e, consequentemente, a arquitetura.

Quais são os ganhos da sustentabilidade na arquitetura?

A ONU, em 2015, desenvolveu os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) com 17 metas que devem ser cumpridas até 2030. 

Esse é um apelo global, segundo a entidade, à ação para acabar com a pobreza, proteger o meio ambiente e o clima, garantindo que as pessoas, em todos os lugares, possam desfrutar de paz e de prosperidade. 

O objetivo 11, inclusive, aborda a necessidade de “tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis”.

Essa agenda só reforça o impacto das construções, e consequentemente da arquitetura, no desenvolvimento sustentável, justo e igualitário.

Dessa forma, os ganhos da sustentabilidade na arquitetura para a sociedade estão de acordo com a proteção dos recursos naturais, direitos humanos e no compromisso com o crescimento seguro e em completo equilíbrio. 

Já quanto às vantagens para o profissional, podemos destacar a otimização da construção, além da redução de desperdícios, retrabalhos e custos. 

Para acrescentar, mencionamos acima, brevemente, o papel do ESG e da pandemia na sensação de urgência do assunto. Esses dois fatores são importantes para compreender, portanto, os impactos da sustentabilidade na aquisição de clientes. 

Isto é, segundo uma pesquisa da PwC, os fatores ambientais, sociais e de governança (ESG) continuam a afetar os comportamentos de compra do consumidor. 

O conceito aborda a sustentabilidade por completo nas empresas, desde o compromisso com os direitos humanos até as ações que visam preservar comunidades e o meio ambiente. 

Na pesquisa, 30% dos consumidores afirmaram que os fatores ambientais influenciam seu comportamento de compra de um produto ou serviço. 

Essa busca pela sustentabilidade no consumo diz respeito à perspectiva gerada pela pandemia que preza pela saúde ambiental, física e emocional. 

Portanto, é dever do arquiteto apostar em soluções sustentáveis para garantir ações responsáveis e conscientes. E assim, preservar o meio ambiente e adquirir novos clientes.

Como garantir projetos sustentáveis e ecologicamente corretos?

Diante dos impactos da arquitetura sustentável para o meio ambiente e para os negócios, listamos a seguir algumas boas práticas. Segui-las irá assegurar a construção de projetos ecologicamente mais corretos. 

Confira a seguir!

Pense em todo o ciclo do projeto

O primeiro passo para garantir a sustentabilidade na arquitetura é garantir que o projeto esteja bem detalhado. Isso porque, nem sempre você será capaz de acompanhar a construção. 

Portanto, é fundamental ter orientações quanto às práticas sustentáveis necessárias para garantir a execução correta das ações. 

Durante a construção dele, pense na sustentabilidade por completo, como abordamos anteriormente. Isto significa considerar os aspectos sociais, econômicos, ecológicos, espaciais e culturais.

Dessa forma, considere o entorno da construção, a saúde e bem-estar dos trabalhadores, impactos sonoros à comunidade, ventilação, luz natural, descarte de resíduos, desperdício e tudo que afeta a qualidade de vida dos colaboradores e dos usuários. 

Em resumo, é fundamental pensar todo o ciclo de vida do projeto. Ele precisa ser sustentável durante sua construção e após a mesma.

Também é importante apontar indicadores de consumo, analisando os resultados. O objetivo é monitorar as ações estabelecidas para avaliar sua eficiência e, assim, replicar nos próximos projetos.

Reutilize e use materiais ecológicos

Em seguida, para assegurar a sustentabilidade na arquitetura, pense em como investir no uso de materiais ecologicamente corretos e reciclados, como as madeiras plásticas, por exemplo. Pratique a reutilização de materiais para evitar desperdícios e má gestão de resíduos.

Ou seja, estude como são adquiridos os elementos que serão utilizados no projeto, avalie as matérias-primas, bem como as adequações quanto às leis ambientais e de preservação. 

É preciso avaliar o ciclo completo do produto, desde sua coleta e produção até a sua aplicação. Tudo precisa ser ecologicamente seguro e responsável.

Uma boa dica aqui também é investir em tecnologia e soluções inovadoras que visam promover os melhores resultados, sem afetar o meio ambiente ou a qualidade final. 

Muitos deles, inclusive, promovem a integração entre profissionais, compartilhando informações valiosas sobre o projeto. Dessa forma, você também garante a consciência de todos quanto às práticas sustentáveis.

Importante também reforçar a conscientização dos trabalhadores e a necessidade de assegurar a sustentabilidade no dia a dia da operação. De nada adianta ter um excelente planejamento se a execução não ocorre como o esperado.

Esteja atento ao mercado

Por fim, não há uma prática mais eficiente na promoção da sustentabilidade na arquitetura do que o conhecimento. Essa é a base de todas as outras práticas. 

Portanto, se atualize quanto às tendências, tecnologias e comportamentos do consumidor.  Esteja atento às técnicas utilizadas por arquitetos que se preocupam com o desenvolvimento sustentável. 

Participe de eventos, feiras e congressos para estar cada vez mais presente nesse universo e consciente de seus impactos.

Fundamental também acompanhar as principais leis ambientais e normas do setor que visam promover a segurança, conforto e bem-estar por completo.

E para saber mais sobre esse assunto e acompanhar os desdobramentos e novidades quanto a sustentabilidade na arquitetura, recomendamos que continue acompanhando nosso blog.

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