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Guia ON Lousã: o que visitar, onde comer e onde dormir

 

Sobre o Concelho de Lousã

Área: 138.4 km2
População: 17.216 habitantes
Freguesias: Lousã e Vilarinho, Foz de Arouce e Casal de Ermio, Gândaras e Serpins
Feriado Municipal: 24 de junho (dia de São João)
Website C.M.Lousã: https://cm-lousa.pt/

 

O Município da Lousã integra o distrito de Coimbra, a sub-região do Pinhal Interior Norte (NUTIII), mais propriamente a Região Centro (NUTII), apresentando-se delimitado a Norte pelo Município de Vila Nova de Poiares, a Este pelo Município de Góis, a Oeste pelo Município de Miranda do Corvo e a Sul pelos Municípios de Castanheira de Pêra e de Figueiró dos Vinhos, estes já administrativamente integrados no Distrito de Leiria.

O concelho da Lousã, fruto não só das suas fantásticas potencialidades naturais – com destaque para a Serra da Lousã, Rio Ceira e Ribeira de São João – mas também pelo trabalho que tem vindo a ser desenvolvido em parceria entre Município e privados, tem vindo a consolidar-se como destino de referência para o Turismo de Natureza, Aventura e Cultural.

De facto, existe uma oferta diversificada que abrange as Aldeias do Xisto, Rede de Percursos Pedestres, três Praias Fluviais – distinguidas com Bandeira Azul – Circuitos de BTT, Trail e Downhill, Castelo da Lousã, Centro Histórico e Casas Brasonadas, 2 Museus Municipais e uma gastronomia muito rica.

 

Por que visitar

 

1. Castelo da Lousã

Podemos encontrar o Castelo da Lousã na pequena aldeia de Arouce, hoje em dia desaparecida, a 2km de distância do centro da Lousã, na margem do rio Arouce. O primeiro documento que refere o topónimo Arouce (“Arauz”) data de 943 e consiste num contrato entre Zuleima Abaiud e o Abade do Mosteiro do Lorvão. Nesta altura, Arouce detinha maior importância que a Lousã, tendo recebido a construção de um castelo e, mais tarde, em 1151, o foral de D. Afonso Henriques. A data exata da construção do castelo é desconhecida, apontando-se o século XI como mais provável, aquando das reformas de D. Sesnando, que também povoou esta vila. Séculos mais tarde, após ter ganho importância territorial, a Lousã sobrepôs-se à vila de Arouce, e o castelo passou então a ser conhecido como “Castelo da Lousã”.

Ainda sobre este assunto, existe uma lenda que situa o castelo ainda no período romano. Terá sido mandado construir pelo Rei de Conímbriga, Arunce, como local de abrigo para onde pudesse fugir em caso de ataque à cidade - e nada mais estratégico que um local escondido e inesperado no meio da Serra da Lousã. Certo dia, aquando de uma invasão a Conímbriga organizada pelo príncipe cristão Lausus, o Rei parte para o castelo, levando consigo a sua filha Peralta, que durante a fuga se enamora do príncipe Lausus. A história acabaria por não ter um final feliz, com a morte de Arunce e Lausus, e Peralta chorando-os, isolada no castelo. Crê-se que, por isto, “Lausus” esteja na origem do nome “Lousã” e o rio “Arouce” derive, por sua vez, de “Arunce”.

 

 

2. Fábrica do Licor Beirão

Conhecido como “O Licor de Portugal”, o Licor Beirão inclui alecrim, canela, eucalipto, laranja e ingredientes importados do Brasil, Índia, Sri Lanka, e outros. Pode beber-se fresco ou com gelo, associado a caipirinha ("caipirão") ou a receitas de doçaria.

O Licor Beirão foi criado no século XIX, por um caixeiro-viajante de vinhos do Porto que por amor se fixou na Lousã. Após um período de crise no negócio, a fábrica e a receita secreta do licor foram comprados por um ex-trabalhador (José Carranca Redondo) que divulgou o néctar por todo o país. Inicialmente através do "boca-a-boca" e depois com campanhas publicitárias originais em painéis de azulejo, casas de banho, portas de táxis, “outdoors” nas estradas nacionais, entre outros, J. C. Redondo acabou por tornar-se também num empresário do ramo da publicidade. Chegou mesmo a ser arguido em 92 processos-crime por publicidade nas estradas que, a partir de certa altura deixou de ser legal, tendo sido condenado apenas uma vez. Mas este foi apenas um dos seus negócios: dedicou-se também à produção de material reflector, sinalização de trânsito, fibra de vidro, e outras atividades.

A atitude visionária do Sr. Carranca Redondo levou a que o Licor Beirão fosse considerado a marca do século XX, em Portugal. No Facebook, afirma-se como a segunda marca de bebidas espirituosas com mais fãs (cerca de 550 mil).

Na Quinta do Meiral encontramos a sede da empresa do mais famoso clã de licoreiros do país. Aqui encontra uma loja de venda ao público e um painel de azulejos que nos saúda com o célebre slogan da marca - "O que é que se bebe aqui?".

 

 

3. Serra da Lousã

A Serra da Lousã é um território úncio de biodiversidade que abrange cinco concelhos: Lousã, Miranda do Corvo, Góis, Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera. A par da Serra do Açor e da Serra da Estrela, a Serra da Lousã compõe a Cordilheira Central.

São muitas as Aldeixas do Xisto que guarda nas suas encostas inóspitas: Aigra Nova e Aigra Velha, Candal, Casal de São Simão, Casal Novo, Cerdeira, Chiqueiro, Comareira, Ferraria de São João, Gondramaz, Pena e Talasnal.

Entre as inúmeras espécies de seres-vivos que podemos encontrar, destacam-se o Veado e a Víbora-Cornuda (Vipera latestei). Esta última é uma das poucas serpentes venenosas existentes em Portugal.

Com o fim do verão e a chegada do outono, o amor começa a despertar na Serra da Lousã. Durante o pôr do sol e o amanhecer, com as temperaturas baixas e o misticismo da noite, os veados iniciam a época da "brama" - ou cio - naquele que é considerado um dos espetáculos mais belos e arrepiantes da natureza.

Este momento - que dura cerca de 1 mês, entre setembro e outubro - corresponde a um pico de afluência de turistas à Serra da Lousã, sendo este um dos melhores locais no país para assistir à brama. Existem caminhadas de observação organizadas por diversas entidades, como a ADXTUR ou a Lousitânea, cujo objetivo é conseguir avistar pelo menos um cervídeo e ouvir o retumbar dos seus bramidos pelas encostas da serra (leia mais sobre a brama aqui).

 

 

4. Talasnal

Podemos encontrar a aldeia do Talasnal com as suas típicas casas de xisto na encosta da Serra da Lousã, a cerca de 500 metros de altitude.

Em alguns períodos do ano, funcionam ali estabelecimentos como restaurante, loja de doçaria regional e licores, e loja de artesanato. No restaurante “Ti Lena” podemos apreciar, sob reserva, pratos e doces regionais: Cabrito assado, Chanfana, Pudim de Licor Beirão, entre outros.

A vida no Talasnal é simples: respira-se ar puro, há tempo para tudo e convive-se com a natureza. Fazem-se caminhadas pelos trilhos da serra, e, eventualmente, poderemos avistar veados, corços, javalis e outras espécies abundantes na Serra da Lousã.

 

 

5. Candal

Sem recurso a mapas, chegamos facilmente ao Candal pela EN236. A água a correr da Ribeira de S. João será provavelmente o único som que irá ouvir. Aqui não há uma casa que se destaca, o casario de pedra é um todo só, cravado na encosta da Serra da Lousã, com casas encavalitadas, sobrepostas, encaixadas, camufladas na natureza. Um conjunto arquitectónico que parece refletir a identidade comunitária da aldeia: no Candal há uma loja gerida por artesãos locais (Loja das Aldeias de Xisto), noites de cinema ao ar livre no verão, lagar de azeite e lavadouro. As ruas, becos e travessas improváveis acolhem-nos com sombras frescas, surpreendem com apontamentos decorativos em xisto, convidam a demorar alguns dias naquele refúgio.
 

 

 

6. Cerdeira

A Cerdeira Village é um espaço de turismo rural intimamente ligado à criação e à formação artística desde 2012. A "village" é composta por nove casas de xisto recuperadas, onde está empiricamente comprovado que "o tempo não voa" (não há televisão e o acesso à internet está cingido ao Café da Videira, um dos espaços comuns da aldeia).

Cada uma das casas foi intervencionada por artistas de craft contemporâneo que criaram peças únicas de autor inspiradas pela aldeia e pela sua envolvente natural (entenda-se por craft a criação de peças de autor únicas através de técnicas manuais como a olaria, cerâmica, madeira, desenho ou pintura).

Mas a Cerdeira Village não é só um sítio para ficar a dormir. Tem também uma escola de arte com todas as infraestruturas necessárias para quem quiser ter um primeiro contacto com uma nova arte ou uma experiência criativa mais imersiva, na Cerdeira, Arts & Crafts School.

Há vários workshops, de cerca de 3 horas, destinados tanto a adultos como aos mais novos: desde a aprendizagem de técnicas como o Figurado em Cerâmica, Feltragem de Lã ou Talha em Madeira de Castanho, à construção de casas de xisto em miniatura, ou à confecção de Chanfana, um prato típico da região, no forno comunitário a lenha.

Este pequeno aglomerado habitacional esteve em risco de desaparecer, quando em 1988, Kerstin Thomas e Bernard Langer decidiram começar a recuperar algumas das casas. Mais tarde, em 2000, os amigos Natália e José Serra, juntaram-se no esforço de recuperação.

A aldeia foi classificada como conjunto de interesse municipal de forma a proteger o seu património arquitectónico. Tendo a aldeia ficado imune a intervenções que a pudessem descaracterizar ou adulterar a sua traça tradicional, esta classificação irá permitir assegurar legalmente a sua proteção futura.

 

 

7. Praia Fluvial da Sr.ª da Piedade

A Praia Fluvial da N. Sr.ª da Piedade é o local ideal para se refrescar do calor serrano da Serra da Lousã. Protegida pelo Castelo da Lousã (envolto em lendas e mística) e pelas Ermidas da N. Sr.ª da Piedade (que lhe emprestam o nome), esta praia torna-se num recanto intimista em contacto profundo com a natureza.

As águas limpas e transparentes da Ribeira de S. João refletem a vegetação densa que fornece a sombra aos banhistas que ali se refrescam.
 

Como chegar:
EN 236 – Lousã / Castanheira de Pêra, a 2 km da Lousã
GPS:
40º06 0.16N 08º14 02.73W

 

 

8. "Isto é Lousã"

Criado em 2016 por um grupo de anónimos apaixonados pela Lousã, o projeto "Isto é Lousã" é responsável pela criação de várias estruturas artísticas no concelho. Entre elas, estão o baloiço da Praia Fluvial da Senhora da Piedade (este ficou destruído no inverno, e foi recuperado novamente este verão, com a mais-valia de ter agora também uma iluminação noturna edílica), o baloiço no Alto do Trevim (imagem de capa do artigo, com vista para a Serra da Lousã), o painel de letras gigantes "L O U S Ã" (acima do baloiço anterior), a moldura sobre a vila "Isto é Lousã" (na estrada a caminho do Castelo da Lousã), o banco e os sofás (localizados antes da aldeia do Casal Novo, é possível aceder apenas a pé a partir de uma descida à esquerda na estrada de alcatrão).

Estes locais são já "bilhetes-postais" da Lousã. Vale a pena percorrer cada um destes espaços e colecionar fotos memoráveis!

Veja o vídeo da construção do baloiço aqui.

 

 

9. Praia Fluvial da Bogueira

A praia fluvial da Bogueira, em Casal de Ermio, na Lousã, é um local tranquilo e de ambiente amigável. Considerada praia fluvial de baixa profundidade, é uma boa alternativa também como praia infantil, no percurso do rio Ceira.

Com rampa de acesso para pessoas com mobilidade reduzida, dispõe em época balnear de nadador-salvador. A zona de relvado, um parque de merendas, as "gaivotas" e barcos a remos, complementam os equipamentos disponíveis para usufruir deste espaço, que possui Bandeira de Praia Acessível para todos, garantindo assim o acesso às pessoas com mobilidade condicionada.

"Bandeira Azul" desde 2016 é reconhecida pelos critérios de gestão e educação ambiental, informação, qualidade da água balnear, serviços e segurança dos utentes.

Ostenta também, desde 2016, o título de "Qualidade de Ouro", galardão atribuído pela Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza, contempla as zonas balneares do país que possuem águas de qualidade superior.

 

 

 

10. Edifício dos Paços do Concelho

Este edifício, é um projeto do Arquiteto João de Moura Coutinho ao gosto da arquitetura do séc. XVIII e foi construído entre 1930 e 1934. No interior, tem painéis de azulejo da Fábrica Constância, de Lisboa, no átrio e escadaria de acesso ao 1.º andar (1933/1936) e ainda no interior, átrio, e no exterior, tem painéis de azulejo da Fábrica de St.ª Ana (1936), e um Salão Nobre onde se encontram telas de Carlos Reis (Lenda da Lousã) e João Reis (Família, Religião e Trabalho) (1940).

 

 

11. Louzanpark

Nos últimos anos, os trilhos da Serra da Lousã têm recebido alguns dos maiores nomes mundiais do desporto BTT e Downhill, a convite da reconhecida marca de suspensões e amortecedores de bicicletas - Fox Racing Shox.

Os atletas elogiam frequentemente a qualidade e as condições dos trilhos do Louzanpark/Centro de BTT das Aldeias de Xisto, recomendando este local para futuras provas mundiais da modalidade. Receber uma prova do campeonato do mundo nos próximos anos é um objetivo do município.

São também lousanenses os campeões nacionais de Downhill (Margarida e Gonçalo Bandeira, Daniel Pombo), por que será?!

 

 

12. Museu Etnográfico Dr. Louzan Henriques

Integrado no Ecomuseu da Serra da Lousã, foi inaugurado pelo Presidente da República, Mário Soares, em 7 de julho de 1990, nas instalações da antiga Escola de Conde Ferreira e reinaugurado em 24 de junho de 2005 nas atuais instalações. Apresenta um espólio etnográfico diversificado, de abrangência nacional, onde se podem encontrar instrumentos relacionados com a agricultura, como alfaias agrícolas e sistemas de atrelagem. Encontra-se dividido por diversos núcleos, como o da matança do porco, da olaria, da cozinha serrana, do pão, do azeite, do ferreiro, do linho e do sapateiro. É motivo de visita obrigatória para quem procura aprender mais sobre as raízes de Portugal, particularmente sobre as suas tradições, vivências e influência no património histórico e cultural.

 

 

13. Museu Municipal Prof. Álvaro Viana de Lemos | Welcome Center Aldeias do Xisto

Este equipamento cultural está igualmente integrado no Ecomuseu da Serra da Lousã, e foi reinaugurado a 9 de março de 2013 nas actuais instalações. O Museu Municipal está desde aí instalado num espaço renovado, com várias valências, mas na senda dos objetivos iniciais traçados por Álvaro Viana de Lemos. O seu variado espólio inclui livros, moedas, estampas, objetos artísticos e simples curiosidades e recordações, a que se acrescentaram numerosas doações dos lousanenses. É também local de exposições temporárias de pintura, escultura, fotografia ou outras formas de arte. Acolhe também os serviços do Welcome Center das Aldeias do Xisto que funciona como porta de entrada e centro de informação especializada sobre as Aldeias do Xisto. Aqui pode encontrar toda a informação sobre as Aldeias do Xisto, e procurar guias, folhetos, serviços e parceiros associados.

 

 

14. Cabril do Ceira

Local de inegável beleza, as suas águas cristalinas fazem concorrência ao espetacular efeito de estreitamento que o canhão quartzítico provoca. Relativamente inexplorado, é um dos pontos de interesse da Freguesia de Serpins, mas cujos acessos em terra batida levam a que apenas os mais conhecedores o visitem com frequência. Uma vez lá, o regresso torna-se obrigatório!

 

 

15. Igreja Matriz

Edifício com inegável beleza, é muito procurado pelos visitantes da Lousã. Instalada no centro histórico da Vila, substituiu a igreja mais modesta que a antecedeu, sendo construída em linhas modernas e atrativas. O seu interior amplo, fortemente decorado com motivos religiosos, tem o seu apogeu no muito trabalhado altar de talha dourada. O seu orago é S. Silvestre, e apesar de datar de 1882, apenas foi terminada em 1921, com a construção da Torre Sineira.

 

 

 

16. Ermida da Senhora da Piedade

A Ermida da Senhora da Piedade está logo a seguir ao Castelo e à Praia Fluvial com o mesmo nome. Subindo pelo caminho de xisto do Restaurante O Burgo, vamos dar a um caminho pela serra com vistas magníficas, e locais com simbologia religiosa. Trata-se de um local ideal para contemplação.

Entre abril e maio, decorrem as Festas em honra da N. Sr.ª da Piedade, cujo ponto alto é a lindíssima procissão noturna pelo santuário.

 

 

17. Gastronomia lousanense

A gastronomia típica da Lousã surge, essencialmente, do aproveitamento dos produtos endógenos da Serra da Lousã: cabra e cabrito, mel, castanhas e vegetais. O Cabrito é um dos principais pratos icónicos, sendo confecionado de mil maneiras diferentes: assado, "no alguidar", grelhado, ensopado, ou frito. Acompanha habitualmente com batatas assadas, castanhas e arroz de miúdos.

A Chanfana é o outro prato que mais caracteriza a Lousã, e que o concelho "adotou" do vizinho concelho de Miranda do Corvo, de onde é originária. O menu lousanense contempla ainda os Negalhos (outra iguaria resultante do sábio aproveitamento da carne de cabra serrana velha) e a Sopa de Casamento (tipicamente servida ao almoço do dia seguinte à boda de casamento).

As "papas laberças" (couves com farinha de milho), o javali, o veado, ou a galinha, compõem também as memórias da gastronomia lousanense de outrora.

Para enriquecer ainda mais a experiência gastronómica oferecida, existem sobremesas confecionadas com a tríade dos melhores produtos locais: Castanha - Mel DOP Serra da Lousã - Licor Beirão (e.g. Talasnico, Burgo, Pudim de Mel DOP Serra da Lousã e Licor Beirão, Pudim de Castanha c/ Mel DOP Serra da Lousã, entre outros).

Um dos principais produtos embaixadores do concelho, além do Licor Beirão e dos Vinhos Foz de Arouce, é o Mel Serra da Lousã DOP. Como o nome indica, é um mel com Denominação de Origem Protegida (DOP), obtido por abelhas da espécie Apis Melífera Ibérica, mono floral, feito a partir do néctar de urze e, em menor grau, de castanheiro. Destaca-se pela sua cor âmbar escura, textura densa e paladar forte, com alguma adstringência. É produzido em colmeias móveis espalhadas pela Serra da Lousã, sendo extraído entre Maio e Agosto. A Lousãmel é a cooperativa responsável pela sua certificação.

 

 

18. Feiras e Festas

Se há povo que gosta de receber bem e de mostrar a sua terra, são os lousanenses! E prova disso é o calendário de feiras e festas que o concelho prepara todos os anos com primor. São cinco as principais datas em que a Lousã está em festa:

- Festival da Chanfana: acontece habitualmente no final de fevereiro, e durante este período é possível degustar a Chanfana lousanense tradicional ou reinventada (e.g. Açorda de Chanfana, Bacalhau Achanfanado, Hambúrguer de Chanfana, Ovos Rotos com Chanfana) em diversos restaurantes do concelho;

- Fins-de-Semana Gastronómicos do Cabrito da Serra da Lousã: decorre em dois fins-de-semana de abril/maio e é igualmente uma excelente oportunidade para testemunhar todo o "saber-fazer" e "saber-servir" que tão bem caracterizam a Lousã;

- Feira Anual de São João: a tradicional noite de São João vive-se intensamente na Lousã, ou não fosse este o dia de Feriado Municipal. A festa dura vários dias, com uma mostra industrial e comercial, espetáculos musicais, desfile das marchas sanjoaninas, arraiais populares, terminando com a noite de São João na Travessa.

- Festival Sabores de Outono: no final de outubro, em pleno outono, a Lousã oferece um menu de conforto em diversos restaurantes da região; esse menu é composto por produtos bem característicos da região como a castanha, cogumelos e tortulhos, migas, javali, grelos, papas laberças, veado, truta, entre outros.

- Feira do Mel e da Castanha: aquela que é "a melhor Feira do Mel do país" acontece em meados de novembro, com mais de 100 expositores, no Parque Municipal de Exposições, e com uma programação diversificada entre animação, tasquinhas e artesanato. Neste certame, é comercializado mel certificado (Mel DOP Serra da Lousã), castanha, nozes, e produtos da terra.

 

Outros pontos/motivos de interesse

Cine-Teatro da Lousã
Pelourinho
Antiga estação de caminho de ferro
Praia Fluvial da Senhora da Graça
Quinta de Foz de Arouce

 

Onde ficar

Palácio da Lousã Boutique Hotel

No final do século XVIII, em plena Revolução Industrial e fase próspera para a vila da Lousã, Bernardo Salazar Sarmento d’Eça e Alarcão, juiz desembargador e cavaleiro da Ordem de Cristo, decide empreender o legado de família - o Palácio dos Salazares. A sua filha, D. Maria da Piedade de Melo Sampaio Salazar, a Viscondessa do Espinhal, deu continuidade ao projecto, embora o seu dia tenha chegado antes de poder ver a obra finalizada. O Palácio da Viscondessa do Espinhal, como também ficaria conhe­cido, está classificado como Património Histórico de Interesse Público.

O imóvel manteve-se na família Salazar durante mais de um século, e antes de se ter tornado num hotel, foi também a primeira tipografia da vila da Lousã e lugar de tertúlias e de vida cultural intensa. Deu ainda lugar ao episódio inusitado em que o General Massena, aqui hospedado durante as Invasões Francesas, fugiu apressadamente quando se preparava para jantar, depois de receber a notícia da derrota das tropas do General Ney na Batalha da Foz de Arouce. Pouco depois, chegou o Duque de Wellington, que se sentou à mesa do restaurante do palácio e degustou o jantar preparado para o inimigo bélico. 

O Palácio da Lousã foi o primeiro “Boutique Hotel” existente no país. Tomou o lugar do antigo edifício do Palácio dos Salazares, tomando também as suas estórias e o seu semblante. Sob a tutela do Grupo DHM (Discovery Hotel Management), o Palácio da Lousã é hoje um hotel de 4 estrelas, que conjuga o melhor da tipologia “boutique” – o ambiente acolhedor e familiar, os aspectos decorativos e estilísticos e o atendimento diferenciado.

 

Informações e Reservas

Palácio da Lousã Boutique Hotel
Rua Viscondessa do Espinhal
3200-257 Lousã, Coimbra
Portugal

Direção: Paulo Teixeira de Carvalho

Website: http://www.palaciodalousa.com
Email geral: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Reservas: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.
Telefone principal: +351 239 990 800

 

Como chegar:

Coordenadas GPS: N: 40.109132 | W: 8.246158

 

Onde comer

Pizzaria Figueiredo’s
Churrasqueira Borges
São Paulo
Hotel Palácio da Lousã – Restaurante A Viscondessa e Licor Beirão Resto-Bar
Adega da Vila
Casa Velha
O Burgo
Ti Lena
O Gato
Villa Lausana – Restaurante & Lounge Bar
Sabor d´Art
Sabores da Aldeia
QB Resto Bar
Cosmos Pizza
Restaurante Cana Verde (Churrasqueira Tó dos Frangos)

 

 

Imagens: © ON Centro e Câmara Municipal da Lousã

 

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