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Bordadeiras de Vila Verde criam lenço dos namorados que destaca emancipação feminina no pós-25 de abril

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A Aliança Artesanal, em Vila Verde, apresentou esta terça-feira um lenço dos namorados evocativo dos 50 anos do 25 de abril, que destaca sobretudo a emancipação das mulheres após a queda da ditadura. O “Lenço de Abril” tem inscrito parte de uma cantiga icónica de Zeca Afonso.

“Este lenço é uma homenagem que as nossas bordadeiras querem fazer ao 25 de abril e simboliza também as conquistas que as mulheres obtiveram neste período de 50 anos de democracia”, explicou o vice-presidente da Câmara de Vila Verde, Manuel Lopes, à margem da cerimónia.

O autarca realçou o facto de as mulheres terem conseguido sair da “obscuridade em que viveram no antigo regime”. “Ganharam uma autonomia e uma independência que é notável, não obstante o caminho que ainda é preciso trilhar para que as mulheres consigam uma verdadeira igualdade perante os homens”, assinalou.

De acordo com Manuel Lopes, os próprios lenços dos namorados, com uma “grande capacidade de se adaptarem às circunstâncias e de se renovarem”, simbolizam também a afirmação das mulheres. “Esta é uma mensagem muito simples, mas muito representativa e com muito significado”, reforçou o vice-presidente da Câmara de Vila Verde.

Na mesma linha, o presidente do município de Terras de Bouro, Manuel Tibo, destacou a importância de aliar a evocação do 25 de abril e da emancipação feminina com a valorização das tradições locais, como é o caso da criação dos lenços dos namorados.

“Há ainda um caminho a percorrer quanto à igualdade entre homens e mulheres, mas muito já foi percorrido, sobretudo devido à grande resistência e perseverança das mulheres”, sintetizou o autarca terrabourense.

O lenço, que foi apresentado no Centro de Dinamização Artesanal, em Vila Verde, tem inscrito um trecho de “Grândola Vila Morena”, de Zeca Afonso, que é um dos principais ícones do 25 de abril de 1974. A sessão contou com um momento musical a cargo da Escola de Música de Terras de Bouro, com o professor Luís Pinho e as alunas Beatriz Santos e Sarah Silva.

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