Retrato de Alexandre O’Neill.

Retrato de Alexandre O’Neill.

 

Alexandre O’Neill

Poeta e editor português, de nome completo Alberto Raposo Pidwell Tavares, nasceu a 11 de Janeiro de 1948, em Coimbra, e faleceu a 13 de Junho de 1997, em Lisboa. Tendo vivido até à adolescência em Sines, exilou-se, entre 1967 e 1975, em Bruxelas, dedicando-se, entre outras actividades, ao estudo de Belas-Artes. Publicou o primeiro livro dois anos depois de regressar a Portugal.

Em mais de vinte anos de actividade literária, a expressão poética assumida por Al Berto, o pseudónimo do autor, distingue-se de qualquer outra experiência contemporânea pela agressividade (lexical, metafórica, da construção do discurso) com que responde à disforia que cerca todos os passos do homem num universo que lhe é hostil.

Trazendo à memória as experiências poéticas de Michaux ou de Rimbaud, é no próprio sofrimento, na sua violenta exaltação, na capacidade de o tornar insuportavelmente presente (nas imagens de uma cidade putrefacta, na obsidiante recorrência da morte e do mal, sob todas as suas formas) que a palavra encontra o seu poder exorcizante, combatendo o mal com o mal.

Inicialmente seguindo uma estética surrealizante de temática erótica, em O Anjo Mudo (1993) funde prosa e poesia, exprime intertextualidades, numa viagem marginal e purificadora. A quase totalidade da sua obra poética encontra-se coligida em O Medo.

Foi galardoado com o Prémio Pen Club de Poesia em 1987.

 
Alexandre O'Neill com Marcelino Vespeira e Nora Mitrani, por Fernando Lemos.

Alexandre O'Neill com Marcelino Vespeira e Nora Mitrani, por Fernando Lemos.

Alexandre O’Neill com Eugénio de Andrade, Miguel Torga, Pedro Tamen, Alberto Pimenta, Vasco Graça Moura e outros, em 1977.

Alexandre O’Neill com Eugénio de Andrade, Miguel Torga, Pedro Tamen, Alberto Pimenta, Vasco Graça Moura e outros, em 1977.

Retrato de Alexandre O’Neill.

Retrato de Alexandre O’Neill.

 

Obras disponíveis