Idade relativa e idade radiométrica

21-11-2010 17:20

 

O que é um fóssil?

Fóssil é o resto de um organismo, ou os vestígios da sua actividade (tais como pegadas, ovos, etc.), que viveu num determinado momento da história da Terra e que se encontra preservado nos estratos das rochas sedimentares.

Processos de fossilização

Moldagem: Neste tipo de fossilização desaparecem as partes moles do ser vivo, ficando apenas um molde das suas partes duras, como, por exemplo, conchas, ossos, dentes, caules ou nervuras.

Marcas: As marcas são impressões deixadas pelo ser vivo que ficam conservadas, como é o caso das pegadas de dinossáurios.

Mineralização: Neste tipo de fossilização, a matéria que constitui o ser vivo é substituída por certos minerais, como a calcite e a sílica, quando os sedimentos que envolvem o organismo sofrem compressão devido ao peso dos que sobre eles se vão acumulando, acabando os minerais que os compõem por cimentar e formar rocha.

Registos rígidos: Muitos fósseis correspondem a vestígios rígidos de organismos, tais como ossos, conchas ou dentes.

Mumificação ou Conservação «total»: Em situações especiais podem surgir fósseis raros, de todo ou quando todo o organismo, mesmo das suas partes moles. Dois bons exemplos destes processos são os casos do mamute - ser extinto há milhares de anos - , encontrado conservado por congelamento nas regiões das neves eternas, e dos insectos conservados em âmbar.  

O que são estratos?

Os estratos são camadas horizontais sobrepostas em que se dispõem as rochas sedimentares, além dos fósseis e das rochas, contêm registos dos ambientes antigos e das actividades geológicas internas e externas da Terra, quer na época da sua formação quer em épocas posteriores.

A datação relativa estabelece a ordem pela qual as formações geológicas se constituíram no lugar onde se encontram. A estratigrafia, é assim, o ramo da Geologia que estuda as rochas sedimentares e as suas relações espaciais e temporais.
O estudo dos fósseis permite essa mesma datação relativa, baseando-se em diferentes princípios.

 

Para determinar a idade relativa dos estratos é costume utilizar-se três princípios gerais da estratigrafia:

Principio da sobreposição - Numa série de estratos, qualquer estrato é mais recente do que os estratos que estão abaixo dele e mais antigo do que os estratos que a ele se sobrepõem. Por vezes, surgem superfícies de descontinuidades onde ocorreram eliminação de determinados estratos, devido, por exemplo, à erosão.

 

Fig.1 - Princípio da sobreposição (estratos horizontais).

 

Princípios da continuidade lateral - Os estratos podem ser tanto mais espessos como menos espessos, consoante as condições de sedimentação do local. Isto permite datar, em colunas estratigráficas de dois lugares afastados, sequências de estratos idênticas (desde que as sequências de deposição sejam semelhante).

 

Fig. 2 - Princípio da continuidade lateral.

 

Principio da identidade paleontológica - Estratos pertencentes a colunas estratigráficas diferentes e que possuam conjuntos de fósseis semelhantes têm a mesma idade relativa. Nesta datação, são importantes os fósseis de idade. São bons fósseis de idade aqueles que tiveram um curto período de vida, mas que tiveram uma grande expansão geográfica.

Fig. 3 - Príncipio da Identidade Paleontológica.

Príncipio do actualismo: os processos geológicos têm ocorrido, durante a história da Terra, do mesmo modo que ocorrem na actualidade.

Datação Radiométrica

Idade Absoluta ou idade radiométrica: é a idade numérica das rochas e dos minerais, baseada nas propriedades radioactivas de certos elementos químicos. A ciência que faz a datação radiométrica das rochas denomina-se Geocronologia.

 

 

Este filme explica muito bem os processos de uma fossilização daí eu ter optado partilhar isto com todos vocês.

 

 

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