Como palavrões podem ajudar sua marca ou acabar com ela
Marcas como Nubank, Moving Girls, Porta dos Fundos, Red Bull e eu mesma usam palavrão em seu branding.
Isso é algo que ainda causa susto, porque vai contra aqueles mais conservadores e tudo que vimos sobre comunicação, pessoas e liderança até hoje.
Tudo depende da imagem que você gostaria de passar. Usar palavrão, não é necessariamente um sinal de grosseria, pode ser uma expressão que sinaliza a quebra do padrão, a liberdade ou melhor, ser diferente.
No meu caso, por exemplo, uso alguns palavrões estrategicamente, pois quem me acompanha, quem me conhece, sabe que falo isso em vídeos e stories. Eles fazem parte do seu dia a dia, da sua vida, de como você se sente, então eles são usados em meus textos de forma estratégica para mostrar e dar realidade as minhas próprias experiências.
No entanto, ainda tem que ser muito cuidadoso com isso. A palavra, não só os palavrões, devem ser usados de maneira estratégica, que passe a ideia correta de uma situação, no texto, e não com intuito de ofender ou prejudicar quem quer que seja.
Não dá para você simplesmente descrever no seu perfil, “sou foda” e assim acaba a história. Pelo contrário, isso vai dar uma impressão errada para as pessoas, a clássica impressão de que você não tem conteúdo ou pouco vocabulário.
- Oww, Laís, mas todo mundo fala palavrão? Qual a diferença?
A diferença se chama contexto e storytelling. Um palavrão empregado em um storytelling muitas vezes, agrega, envolve, traz realidade, aproxima. Um palavrão solto ao léu, não. Até a maravilhosa, Camilla da Moving Girls, que citei acima, ela fala bastante palavrão “hheheh”. Mas os utiliza de uma forma muito criativa, libertadora atrelada a sua marca, ela usa de maneira estratégica e sempre com um storytelling , dessa forma, se ela falasse um palavrão a cada frase, você não teria a impressão de vazio.
Esses dias uma pessoa entrou em contato comigo no Linkedin em busca de recolocação profissional. Então, dei uma dica e questionei o fato dela usar palavrão no perfil. Ela disse-me que eu também usava, porém expliquei, que faço isso dentro de storytelling. São palavras que estão dentro da voz da minha marca, fazem parte do branding, não são jogadas léu.
É importante enfatizar: usar palavrão dentro da sua marca, você precisa estar certo do que está fazendo, seja algo que combine com sua personalidade, pois o uso incorreto pode prejudicar sua imagem e passar uma ideia ruim do que você pretende dizer. É essencial também, que o público já tenha visto vídeos e posts que indiquem sua personalidade.
Essa história toda, inclusive me lembra um comercial da Tigre de 2018, em que a marca brincou com o politicamente correto da linguagem e criou os palavrões fofinhos, outra estratégia de marketing+branding, no entanto isso é assunto para outro artigo.
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Conselheiro Consultivo | Professor | Diretor | RH | Gestão de Pessoas | Mentoria
2 aMuito pertinente seu texto Laís Cosmo Lopes, e muito contemporâneo também. A linguagem é viva e a comunicação deve atender ao seu público e sua imagem. Você pode ofender alguém com palavras muito educadas e elogiar outra com palavrões. Isso é exatamente o que você nos traz com esse belo texto: contexto e bom senso.
Um PUTA escritor e FODA na empatia! Sem saúde mental, não somos PORRA nenhuma!
2 aVontade d comentar aqui mas vou fazer isso no ppv.