• Redação Galileu
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A Grande Barreira de Coral, na Austrália, pode ter novos corais  (Foto: Pixabay)

O coral excepcionalmente largo foi descoberto por mergulhadores na costa de Goolboodi, que também é conhecida como Orpheus Island (Foto: Pixabay)

Um coral excepcionalmente largo foi identificado na Grande Barreira de Corais, na Austrália. A descoberta foi comunicada esta semana no Jornal Científico Scientific Reports, publicado pela Nature Research. A estrutura composta de pequenos animais marinhos e carbonato de cálcio é o coral mais largo e o sexto mais alto medido no ecossistema.

Mapa indica a localização do coral recentemente encontrado  (Foto: Reprodução do artigo/ Scientific Reports )

Mapa indica a localização do coral recentemente encontrado (Foto: Reproduçã/Scientific Reports )

O coral foi descoberto por mergulhadores na costa de Goolboodi, que também é conhecida como Orpheus Island. A área faz parte da Palm Island, um grupo de 16 ilhas divididas entre o Condado de Hinchinbrook e o Condado Aborígine de Palm Island, em Queensland, Austrália.

Foto do coral com suas respectivas medidas (Foto: Reprodução/ Scientific Reports )

Foto do coral com suas respectivas medidas (Foto: Reprodução/ Scientific Reports )

Chamado de Muga dhambi (Grande coral) pelo povo Manbarra, os guardiões tradicionais das Ilhas Palm, o coral é, segundo Adam Smith, um dos autores do estudo, hemisférico, com 5,3 metros de altura e 10,4 metros de largura, o que o torna 2,4 metros mais largo do que o coral mais largo medido na Grande Barreira de Corais até então.

Usando cálculos baseados nas taxas de crescimento dos corais e nas temperaturas anuais da superfície do mar, os autores estimam que Muga dhambi tem entre 421 e 438 anos e é anterior à exploração e colonização europeia da Austrália. Uma revisão dos eventos ambientais que ocorreram neste período indica ainda que o coral pode ter sobrevivido a até 80 grandes ciclones, além de séculos de exposição a espécies invasoras, eventos de branqueamento de corais, marés baixas e à atividade humana.

Os pesquisadores relatam que 70% do Muga dhambi consiste em coral vivo. O restante está coberto pela “esponja verde chata” (Cliona viridis) e por algas turfosas e algas verdes. São dados que revelam um coral saudável e resistente, mas os autores recomendam o monitoramento e comentam que uma restauração pode ser necessária no futuro, para minimizar os impactos negativos potenciais das mudanças climáticas, declínio da qualidade da água, pesca predatória e desenvolvimento costeiro.