JOÃO MARIA GUSMÃO E PEDRO PAIVA_LisboaPhoto

João Maria Gusmão + Pedro Paiva_O encapuçado_2004

João Maria Gusmão + Pedro Paiva, O encapuçado, 2004


(Original: Sandra Vieira Jürgens, «João Maria Gusmão & Pedro Paiva», Empirismos. Novas linguagens documentais em Espanha e Portugal, LisboaPhoto, 2005, pp. 94-95).

(Reprodução: Sandra Vieira Jürgens, «Pedro Paiva e João Maria Gusmão» in Ricardo Nicolau, Fotografia na Arte – De Ferramenta a Paradigma, Jornal PÚBLICO e Fundação de Serralves, 2006, p. 36).


João Maria Gusmão (Lisboa, 1979) e Pedro Paiva (Lisboa, 1977) frequentaram conjuntamente o curso de Pintura da Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, e começaram a expor os trabalhos realizados em parceria em 2001, numa exposição intitulada InMemory, na Galeria Zé dos Bois. Nos três anos seguintes, o percurso expositivo da dupla esteve marcado pela exibição de projectos como De Paramnésia (Partes 1, 2 e 3, em 2002), Air Liquide (2002), O Ouro dos Idiotas (2003), Eflúvio Magnético: o Nome do Fenómeno (2004) e Matéria Imparticulada (2004). Recentemente, os dois artistas venceram a 5ª edição do Prémio Novos Artistas, instituído pela EDP (Electricidade de Portugal), e exibem um conjunto de trabalhos intitulado Intrusão: The Red Square no Museu do Chiado (2005).

Gusmão e Paiva desenvolvem os seus projectos artísticos no campo da fotografia e do filme de 16 mm e no domínio da instalação, com a apresentação de projecções de vídeos e de diapositivos. Nestas áreas de actuação constroem situações e narrativas que tomam a forma de pequenas ficções, onde exploram a fusão entre a arte e a ciência. A sua obra é, em parte dominada, por temas onde o âmbito de investigação experimental, a técnica, a invenção, o processo de descoberta, ou o factor de risco, surgem retratados de uma forma muito característica. Filmam e tiram fotografias em espaços naturais, em paisagens de montanha e locais longínquos, distanciando-se dos cenários dos modernos laboratórios onde os processos experimentais e a exploração do mundo hoje acontecem. Os materiais que utilizam são simples, a tecnologia é tratada sem meios sofisticados, e os efeitos e fenómenos que transpõe para o meio artístico são concretizados de modo bizarro e misterioso, sem que diminua em nada a impressão produzida. Os seus trabalhos são desconcertantes, promovem uma incerteza relativamente à autenticidade do que foi visto e comportam, além disso, uma outra nota de ironia e de absurdo que são também traços característicos da obra conjunta dos dois autores. (…)

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