"A imagem que me fica foi de uma pessoa que serviu incondicionalmente, serviu com jovialidade, com alegria" a Igreja, afirmou Januário Torgal Ferreira, considerando: "Neste momento tão difícil do mundo, se tivéssemos servidores deste quilate tínhamos muito mais luz e tínhamos muito mais certeza humana e de respeito".
O bispo emérito das Forças Armadas recordou uma frase que José Policarpo repetiu inúmeras vezes: "'Eu não tenho opções, escolhas. Eu escolho aquilo que a Igreja escolheu para mim. Isto é, a Igreja tudo aquilo que me pedir, através do papa, me solicitar, isso eu realizo e sirvo'".
Januário Torgal Ferreira lembrou também o papel de José Policarpo "num período difícil antes do 25 de abril (de 1974)".
"D. José estava em Roma, regressado de Roma assumiu a reitoria do Seminário dos Olivais e, depois, meteu-se a implantação feliz da democracia e, ao longo de tudo isto, privilegiou fundamentalmente este diálogo da Igreja com a sociedade, a Igreja com a cultura e com os critérios que ele achava que eram ajustados e verdadeiros da parte da Igreja para o mundo", acrescentou.
O patriarca emérito José da Cruz Policarpo morreu hoje em Lisboa, aos 78 anos, na sequência de um problema cardíaco, disse à agência Lusa fonte da família.
O prelado morreu na sequência de uma operação a um aneurisma na aorta, num hospital de Lisboa, onde deu entrada depois de se ter sentido mal hoje de manhã, em Fátima, onde participava num retiro.
Lusa