A defesa do antigo ministro recorreu ao Tribunal da Relação para contestar alegadas nulidades e irregularidades no acórdão, que em julho do ano passado, confirmou a pena de dois anos de prisão efetiva por crimes de branqueamento, no âmbito do processo extraído da Operação Marquês.
Armando Vara voltou a perder um recurso no Tribunal da Relação. A defesa do antigo ministro tinha-se queixado de alegadas nulidades e irregularidades no acórdão que confirmou a pena de prisão efetiva por crimes de branqueamento, no âmbito do processo extraído da Operação Marquês.
A defesa sustentava que Vara tinha sido surpreendido com novos factos e com a descrição de comportamentos em relação aos quais não tinha tido hipótese de se defender.
Uma tese agora rejeitada pelos juízes desembargadores do Tribunal da Relação. Assim sendo, o antigo governante socialista e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD) arrisca regressar à cadeia.
Em outubro de 2021, Armando Vara foi libertado do Estabelecimento Prisional de Évora, onde estava a cumprir cinco anos de prisão por três crimes de tráfico de influência no processo Face Oculta. Nessa altura, o Tribunal de Execução de Penas considerou que o arguido já tinha cumprido metade da pena, pelo que podia ser libertado ao abrigo do regime excecional de flexibilização da execução das penas, aplicado no âmbito da pandemia.