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Alunos do Agrupamento de Escolas de Maximinos manifestam-se contra o estado das infraestruturas escolares

Os alunos do Agrupamento de Escolas de Maximinos entregaram à vereadora da Educação da Câmara de Braga dois documentos sobre o atual estado da Escola Secundária de Maximinos e da Escola Básica Frei Caetano Brandão. Coube a Rodrigo Vieira que representa todos os estudantes no conselho geral do agrupamento encarregar-se da tarefa.

“Nos últimos dias reuni com todos os delegados do agrupamento, onde apontaram inúmeras críticas ao estado das infraestruturas escolares. Esta entrega simbólica é o início de uma luta coordenada de mais de 1000 estudantes. Uma luta que não se fica pelos estudantes e que se estende por toda a comunidade educativa e escolar. É inadmissível estudarmos nestas condições, não somos alunos de 2ª, exigimos respeito e igualdade, mas acima de tudo condições mínimas para estudar”.

Na Secundária de Maximinos, escola requalificada ou semi-requalificada “já existem problemas que se arrastam, e segundo palavras do nosso edil, só verão solução a partir de 2025. As novas infraestruturas já têm falhas, existem infiltrações e caem pingas em cima dos alunos”.

Entre os problemas apresentados, os alunos destacam a inexistência de cacifos para estudantes; a falta de cobertura entre os blocos; Bloco do ginásio e bar dos alunos (R14) com graves infiltrações com piso do ginásio a levantar ou cheio de remendos de fita cola; Bar escolar pequeno, com falta de circulação de ar e sem conforto para todos os estudantes e condições deploráveis nos balneários existentes, seja os exteriores ou os do R14, frios, com fraca iluminação, mau cheiro e sem aquecimento e isolamento térmico. A falta de condições para alunos com necessidades especiais são também elencadas.

A situação da Frei Caetano Brandão é bem mais grave, segundo Rodrigo Vieira. “A escola com 41 anos nunca foi intervencionada. Como deve imaginar, as instalações carecem de reparações ou substituições, algo que gera muitas preocupações e até mesmo manifestações. Num passado não muito distante (2021), escrevemos algo bastante semelhante, onde explanamos essas preocupações. Apesar de terem ficado bem vincadas, os problemas foram sempre ignorados. O que exigimos nada mais é do que o básico. Não queremos algo megalómano, queremos algo prático, funcional e que responda aos nossos desafios. Com os últimos acontecimentos meteorológicos, algumas das nossas ‘teorias’ transformaram-se em realidade, levando o nosso nome à praça pública novamente. Porém, existe uma diferença entre os jovens de 2021 e os de 2023. Agora estamos ainda mais determinados com a nossa causa”.

Salas do ensino articulado da dança com humidade, infiltrações, infestações e sem isolamento térmico; Balneários do ensino articulado da dança com humidade, infiltrações, sem isolamento térmico, sem espaço e sem chuveiros; Balneários de educação física com infiltrações, pequenos e sem condições; Campo de jogos em péssimo estado, com areia, ervas e fendas ao longo de todo recinto; Salas de aula com humidade, infiltrações e sem isolamento térmico – salas gélidas no inverno e
saunas no verão; Cadeiras e mesas obsoletas em salas de desenho e artes; Pisos de muitas salas descolados ou a descolarem; Laboratórios com défices de segurança e infiltrações; Inexistência de WC capacitados e com condições para alunos de mobilidade reduzida; Falta de espaços dignos de convívio para alunos, sendo o único existente insuficiente para a
quantidade de alunos; Um refeitório sem isolamento térmico, com infiltrações e sem ar condicionado e as devidas
medidas de autoproteção são alguns dos muitos problemas apresentados.

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