O economista João César das Neves elogiou esta terça-feira o novo Governo liderado por Passos Coelho embora tenha alertado que os novos ministros, especialmente os que assumem a função pela primeira vez, não podem entrar em funções e «partir tudo».
«É um esforço de criar uma ruptura e começar um tempo novo. Penso que no geral o país precisa disso e fico contente com essa abordagem. Agora é preciso fazer, e isso não é fácil», disse à Lusa o professor na Universidade Católica.
Os novos ministros de Portugal, em concreto os titulares das pastas das Finanças e Economia, com pouca experiência política, têm de aprender a trabalhar nas «máquinas montadas» que são os ministérios e com os «vários interesses instalados», diz o economista.
O caminho para Portugal, sustenta, «está traçado pela troika», mas o sentido futuro, perspectiva, é de recuperação.
«Vamos romper com o que estava e começar uma coisa nova», considerou César das Neves, descrevendo como «surpreendente e corajosa» a constituição do Governo idealizada pelo primeiro-ministro Pedro Passos Coelho.
Sobre o novo Executivo, Medina Carreira elogiou a integração de «gente que não é da política», ao mesmo tempo que Vítor Bento sublinhou que Portugal tem agora oportunidade de provar que é diferente da Grécia.
Os economistas falaram à margem à margem da entrega do Prémio Carreira 2011 da Universidade Católica, entregue aos gestores Alexandre Relvas e Filipe de Botton.
César das Neves: governo não pode entrar e «partir tudo»
- Redação
- RL
- 21 jun 2011, 21:59
Economista classifica como «surpreendente e corajosa» a constituição do Governo de Pedro Passos Coelho
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