O Ministério Público acusa Armando Vara de ter tentado o exercício de influência sobre o ministro Mário Lino por causa de negócios de Godinho na Refer.
Além disso, Vara é acusado de ter solicitado e recebido dez mil euros para apresentar Godinho a Paiva Nunes, da EDP Imobiliária, e terá ainda recebido 25 mil euros por conseguir que Paiva Nunes «arranjasse trabalho» ao sucateiro de Ovar, avança esta terça-feira o «Correio da Manhã».
O magistrado de Aveiro deu como suficientemente indiciado, durante o primeiro interrogatório judicial, que Manuel Godinho tinha um telefone apenas para falar com Vara (que mais tarde passou a usar também para os contactos com Paiva Nunes), tendo também validado a tese de que o ex-administrador do BCP sabia, desde o final de Junho, que estava a ser alvo de escutas telefónicas.
Os indícios mais fortes, para o juiz de instrução criminal, dizem, no entanto, respeito ao alegado pagamento de 25 mil euros, ocorrido a 20 de Junho.
«Temos de concluir que aquele valor se destinava a compensar a intermediação entre Manuel Godinho e Paiva Nunes levada a cabo por Armando Vara», assegura o juiz que fala mesmo em ausência de justificação razoável para as conversas.
Face Oculta: Armando Vara tenta cunha a Mário Lino
- Redação
- RL
- 2 fev 2010, 08:22
Procurador disse que ex-administrador do BCP tentou «exercício de influência» junto do ministro das Obras Públicas
Continue a ler esta notícia