Os testes laboratoriais em animais precisam ter um fim. Veja como!

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Apesar da alta tecnologia atual, os testes com animais continuam em muitos países. Não existem mais motivos para continuar com esta crueldade que faz os animais sofrerem antes da morte só para testar a eficácia de um produto. O que deve ser feito e quais são as alternativas para dar um fim nessa prática? Leia mais.

Por que os testes em animais devem ser interrompidos?

O termo "testes em animais" se refere a procedimentos realizados em animais vivos para fins de pesquisa em biologia básica e doenças.

O objetivo é avaliar a eficácia de novos produtos de consumo e industriais, como cosméticos, produtos de limpeza doméstica, aditivos alimentares, produtos farmacêuticos e agroquímicos.

De acordo com a PETA (“People for the Ethical Treatment of Animals”), só nos Estados Unidos, mais de 100 milhões de animais são mortos anualmente por causa de experiências laboratoriais. 

A história dos testes em animais

Existem documentos do período da Grécia Antiga, datando de 500 AC, que mostram a dissecação de animais vivos com o propósito de ajudar a medicina. Médicos-cientistas como Aristóteles, Herófilos e Erasistratus, realizaram diversas experiências para obter "melhor noção" sobre suas funções orgânicas.

Aristóteles acreditava que como faltava inteligência aos animais, noções de justiça e injustiça não se aplicavam a eles. Por outro lado, Theophrastus, seu discípulo e sucessor, se opôs à cruel vivissecção - dissecção de um organismo vivo - dos animais com o argumento de que eles sentem tanta dor como os humanos.

Contudo, na Roma Antiga, a vivissecção era praticada em humanos, geralmente, os criminosos (boa ideia?) incorrigíveis. Com o tempo essas práticas foram proibidas. E, claro, "sobrou para os indefesos animais". 

Quais as outras cobaias utilizadas nos testes?

O porquinho-da-Índia é a espécie ainda mais utilizada em experimentos laboratoriais. Os espanhóis os trouxeram da América do Sul há 400 anos.

Infelizmente os testes em animais começaram a variar de cobaia, passando a serem feitos em ratos, cães, gatos, coelhos, hamsters, macacos, peixes e pássaros.

Durante ou depois dos testes, as cobaias ficam mutiladas por causa dos testes ou morrem.

Por que os testes em animais são tão cruéis? 

Os cães, além dos coelhos, têm sido bastante utilizados ultimamente. Como sabem, o processo é cruel. Sem piedade. Eles sofrem queimaduras, morte por asfixia de dióxido de carbono, quebra de pescoço, decapitação, ou outros métodos desumanos.

A  Agência de Proteção Ambiental (EPA), está confiante na aplicação gradativa de alternativas que podem reduzir os testes químicos em mamíferos. A meta é a redução de 30% até 2025 e acabando em definitivo com os testes até 2035. Para fortalecer essa proposta, a Humane Society International constatou que os testes em animais são mais caros do que os testes in vitro (testes realizados fora dos organismos vivos) em todos os cenários estudados.

Já existe uma conscientização de parte da população que luta pelo banimento de empresas que fazem testes em  animais:

  • MUNDO FEMININO: Segundo a Cruelty-Free International, mais de um terço das mulheres do ocidente opta por compras de cosméticos que não fazem testes em animais. 
  • PAÍSES ADERINDO: Muitos países mundo afora, aderiram à proibição ou restrição da venda de cosméticos que fazem testes em animais. Além dos países da União Europeia, Índia, Israel, Noruega, Islândia, Suíça e México aprovaram leis restritivas. Austrália, Colômbia, Equador, Guatemala, Nova Zelândia, Coréia do Sul, Taiwan, Turquia e vários estados no Brasil também aprovaram leis para proibir ou limitar os testes de cosméticos em animais. Nos Estados Unidos, a Califórnia tornou-se o primeiro estado a tornar ilegal a venda de cosméticos que fazem testes em animais.
  • A CHINA ENTRANDO NO JOGO: Para um país onde ainda se comer carne de cachorro em sua dieta, esse progresso é altamente positivo. Desde 2021, os testes em animais foram proibidos nos chamados cosméticos "comuns" (xampu e rímel). Por sua vez, nos cosméticos de "uso especial" (tinturas de cabelo e protetores solares), ainda são permitidos os testes. 

    4 alternativas que podem substituir os testes em animais

    1. Testes in vitro: Substituem, satisfatoriamente, os testes em animais, como por exemplo, nos testes feitos em células humanas ou em tecidos. Nesse caso, adota-se a "bioimpressão" (impressão em 3D) de tecidos ou de vísceras, como o fígado quando será testada a toxicidade de uma determinada droga. 
    2. Pele humanal: A fim de que possa ser criada uma pele humana artificial, será necessário o cultivo de suas células num tubos de ensaio. Os resultados tornaram-se mais eficientes do que se o teste fosse na pele animal. 
    3. Órgãos sobre chipsDenominação que se refere aos "chips 3D" criados também a partir de células humanas. Sua função é determinar como os sistemas humanos respondem a diferentes drogas ou produtos químicos. Útil também para descobrir com mais exatidão os efeitos de uma infecção ou doença.  
    4. Softwares sofisticados: Podem, igualmente, fornecer informações mais confiáveis do que as detectadas nos testes em animais. Os programas fornecem um cenário dos efeitos de um determinado medicamento ou produto químico. Em outras palavras, os softwares mostram até que ponto uma droga para colesterol ou um fertilizante de gramado, podem afetar a saúde humana. Outro exemplo interessante: as células da pele de pacientes com o “Mal de Alzheimer podem ser transformadas em outros tipos de células (cérebro, coração, pulmão, etc.) e usadas para testar novos tratamentos. 

      Assine a petição contra testes cosméticos em animais na Bio de @zan_philos ou diretamente aqui: PROÍBA OS TESTES EM ANIMAIS NO BRASIL.
      ABRACE E DIVULGUE ESSA CAUSA EM FAVOR DOS INDEFESOS!

      Conclusão

      Com o avanço da tecnologia, não existem mais "desculpas" por parte dos empresários em continuar com os testes em animais. A empresa que não se readaptar aos novos conceitos e aplicações, por certo, tenderá a perecer em curto espaço de tempo. Nenhum investidor irá se comprometer com setores que dependem dos testes em animais para aprovar seus produtos.

      Em síntese, é hora de uma conscientização geral pela harmonia humano/natureza. Não é utopia. É realidade!