Depois de Óbidos, seguimos para Coimbra, onde, nos arredores está Conímbriga, o maior e mais intensamente escavado sítio romano em Portugal. Localizava-se na estrada romana entre Lisboa (que era chamada de Olisipo pelos romanos) e Braga (então Bracara Augusta). Há provas de ocupação romana desde o século II a.C., mas antes disso havia um povoado celta. Sob o imperador romano Augusto, em cerca de 25 a.C., Conímbriga se transformou em cidade, com termas, fórum e aqueduto. Os melhores edifícios, no entanto, são dos séculos II e III e oferecem uma imagem viva da próspera cidade.

Em Conímbriga está uma das maiores casas do Império Romano do Ocidente já descobertas. A luxuosa mansão, conhecida como Casa de Cantaber, foi construída ao redor de piscinas ornamentais em maravilhosos jardins com colunatas, com suas próprias termas e sofisticado sistema de aquecimento. Alguns dos belos mosaicos do museu provavelmente provêm dessa enorme residência. 

Esses mosaicos – um deles com Suásticas, que eram símbolos dos Romanos e de muitos povos – têm rica decoração policromática e representam essencialmente motivos geométricos. 

As escavações oficiais foram iniciadas em 1912, mas uma boa parte do sítio de 130 mil metros quadrados ainda está por ser explorada, incluindo um anfiteatro na parte norte. Entre os séculos III e IV, os edifícios foram saqueados por suas pedras, usadas na construção de muralhas defensivas contra tribos germânicas. Em uma investida bem-sucedida em 468, os suevos incendiaram a cidade e mataram os habitantes. Esqueletos achados podem ligar-se ao episódio.

O grande fórum Flaviano de Conímbriga era um imponente santuário dedicado ao culto dos imperadores divinizados e era o centro da vida romana. A chamada Casa dos Repuxos – um local com várias fontes – era uma residência aristocrática também com mosaicos .

Um museu explica a história e a planta do sítio. Fazem parte do acervo bustos romanos, mosaicos e moedas, além de artefatos celtas mais antigos.