A Lagoa do Fogo é a segunda maior da Ilha de São Miguel nos Açores com uma área de 1360 hectares. É também a mais alta sendo, por causa disso, considerada a mais difícil de ser vista pelos turistas devido ao nevoeiro. Localizada no centro da ilha, no concelho da Ribeira Grande é um lugar espetacular e um dos principais pontos de atração turística. Devido ao seu valor natural e paisagístico, esta lagoa foi considerada como Reserva Natural em 1974 e tem-se mantido como uma das melhores preservadas da ilha. A cor da água desta lagoa é um azul incrível que contrasta com os tons verdes da vegetação circundante 🌳.
História e características
Esta lagoa surgiu há cerca de quinze mil anos com uma erupção vulcânica devido ao colapso do topo do Vulcão do Fogo (também conhecido como vulcão de Água de Pau – podem ver aqui o que visitar no centro de Água de Pau). Por outras palavras, esta lagoa fica dentro de uma cratera de um vulcão. Tem uma forma irregular e um diâmetro médio de 2.8 quilómetros sendo que, hoje em dia, representa um importante recurso hídrico da ilha sobretudo na parte sul onde a água é utilizada no abastecimento público. A borda interior desta caldeira apresenta encostas muito íngremes e recortadas cobertas de elevada vegetação. Como se encontra localizada na caldeira do vulcão do Fogo, teve poucas interferências humanas tendo sido possível conservar a fauna e a flora selvagem.
Como visitar
Nós incluímos a visita a esta lagoa no dia em que fomos ao Parque Natural da Ribeira dos Caldeirões dada a sua proximidade. Quando começamos a subir a serra ficamos um pouco assustados porque só conseguíamos ver nuvens e mais nuvens 
… mas tínhamos visto nas câmaras que era possível ver a lagoa logo estávamos reticentemente confiantes (não sei se isto existe se quer 
).
Nota importante: Uma das melhores maneiras de conseguir ver todas as lagoas da Ilha de São Miguel é estar atento às câmaras 
. Vou deixar aqui dois dos sites que eu consultava diariamente enquanto estava em viagem: aqui e aqui. Tenho-vos a dizer que ajuda muito para organizar o roteiro do dia.
Colocamos o GPS para o Miradouro da Lagoa do Fogo e foi possível estacionar no local 
. Tenham atenção que eu visitei os Açores em Agosto de 2020, ou seja, numa altura em que existiam várias medidas devido ao COVID-19 logo estavam muito poucos turistas na ilha. Quando saímos do carro ficamos automaticamente encantados com a beleza do local… Era possível ver a lagoa inteira pois as nuvens estavam todas por cima. O local é muito calmo, vê-se muitos pássaros 
e insetos 🪲 também (essa parte eu bem que dispensava!). O meu pai esteve a fazer uns videos com o drone então acabamos por ficar lá cerca de 20 minutos. Reparei que havia várias pessoas que fizeram o trilho para descer e vi vários pescadores também que iam com a cana de pesca 
e todo o material necessário. Para mim fazer aquele trilho não ia ser fácil… desci um pouco só para tirar umas fotografias e só via bichos por todo o lado e o caminho é todo irregular, de terra e é necessário ir afastando os ramos e os arbustos para se passar. Tenho a certeza que deve ser uma experiência incrível mas para mim é um grande NÃO.
Dado que ainda estávamos com algum tempo antes de irmos para o Parque da Ribeira dos Caldeirões ainda fomos ao Miradouro da Barrosa que tem uma altitude de 947 metros (o ponto mais alto da ilha de São Miguel). Tem uma vista mais lateral em comparação com o Miradouro da Lagoa do Fogo mas igualmente bonita. Se só tiverem tempo de visitar um dos miradouros não optem por este. Além de que, como era mais alto já existiam algumas nuvens que tapavam algumas zonas da lagoa.
Numa ilha onde a concorrência é feroz no que diz respeito a lagoas, diria que a Lagoa do Fogo é capaz de ser a mais bonita das que visitei nos Açores 
. É um local onde não existe praticamente nenhuma intervenção humana o que faz do sítio totalmente autêntico.
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