Maria Teresa Maia Gonzalez nasceu em Coimbra, em 1958. É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas – Variante de Estudos Franceses e Ingleses – pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Vive em Lisboa e tem como passatempo a pintura.
Foi professora de Português, Inglês e Francês, no ensino particular e público, entre 1982 e 1997, em Alverca do Ribatejo, Manique e Lisboa.
Muito cedo sentiu despertar o gosto pelas histórias ouvidas e lidas em família. Por volta dos nove anos, começou a sentir o gosto pela escrita, escrevendo poemas e histórias com regularidade. Iniciou a sua carreira na escrita em 1989, quando ainda era professora.
Recebeu o Prémio Verbo-Semanário, juntamente com Maria do Rosário Pedreira, pelo livro O Clube das Chaves Entra em Ação, em 1989.
Da sua obra constam sobretudo romances juvenis, sendo também da sua autoria histórias infantis, fábulas, poesia, contos, crónicas, ficção para adultos e uma coleção juvenil de peças de teatro. São temáticas recorrentes nos seus livros os direitos das crianças e dos adolescentes, a espiritualidade e os problemas da adolescência, nomeadamente, a solidão, as perdas, a depressão, os conflitos familiares, as dependências químicas, a violência em meio escolar, a violência doméstica, a sexualidade e a afetividade. Vê o livro destinado aos mais novos como veículo promotor dos valores humanos, sobretudo o respeito pelo indivíduo e pela natureza, a paz, a saúde, a harmoniosa convivência entre gerações e culturas diversas, e a espiritualidade.
Do seu livro mais conhecido, A Lua de Joana (traduzido e publicado em cinco países: Albânia, Alemanha, Bulgária, China e Espanha), foi feita uma adaptação para teatro levada à cena pelo grupo Artyaplausos, em Lisboa e noutras cidades do país, em 2007, 2008 e 2009. Em abril de 2013, deu origem a uma adaptação teatral pela Companhia Grupo Jovem do Teatro de Carnide, no Festival Aplauso. Em outubro de 2016, deu origem a uma nova versão teatral, pela Companhia de Teatro Umbigo, em Lisboa, a qual voltou a representar a mesma peça em 2017 e em 2018 (Teatro de Carnide e Teatro da Malaposta).
Foram, também, adaptados para teatro, por diversas companhiasteatrais, vários livros.
Da coleção «O Clube das Chaves», de que é coautora, foi feita uma adaptação para uma séria televisiva com o mesmo título, exibida num canal de televisão nacional e também num estrangeiro (Canal Panda).
Muitos excertos dos livros da autora constam de manuais escolares para os vários níveis de ensino, sobretudo dos 2º e 3º Ciclos.
Desde 1990 até à presente data, visita regularmente bibliotecas, bem como escolas públicas e privadas, onde as suas obras são usadas com objetivos pedagógicos, nos vários níveis de ensino. Estes encontros têm-se revelado muito frutuosos, sobretudo no que se refere à promoção da leitura, e constituem grande fonte de inspiração para a autora.(...)
É um drama incisivo sobre a toxicodependência e sobretudo um excelente alerta para os jovens, aconselhados a lê-lo. Remete-nos para a necessidade de tomarmos conta de nós próprios e dos outros, assim como para os perigos das más influências na adolescência. Tocou-me profundamente. Gostei muito!
Uma das características dos novos tempos é a falta de tempo para acompanhar os que amamos. Uma família desatenta pode empurrar um jovem para um futuro sem retorno. O livro " A Lua de Joana" relembra-nos que o tempo não volta para trás mesmo que o arrependimento seja grande. Esta obra deveria ser de leitura obrigatória para todos os pais.
Uma historia sobre o consumo de droga, a perda e as relações complicadas com um progenitor, tudo passado através da discrição de uma adolescente. Intenso do inicio ao fim é também um dos livros mais sinceros e bonitos que tenho memória. Uma importante lição sobre o amor.
Todos deveriam passar pelo prazer de o ler. A Joana, impossibilitada de falar com a sua melhor amiga, escreve-lhe cartas, que nunca lhe chegarão. Escreve sobre o seu dia-a-dia, sendo que acompanhamos o desenvolvimento da sua vida, escreve também sobre as saudades que tem da sua melhor amiga e como, talvez, nunca a conseguirá perdoar. Desde o inicio sabemos que a melhor amiga de Joana morreu, muito nova, demasiado nova. Ao longo do livro são abordadas várias questões relacionadas com a droga, pois foi assim que ela morreu. Não é apenas o mundo da droga que é abordado no livro, vários problemas que estão presentes no dia-a-dia dos jovens tais como a solidão e o amor não correspondido são também abordados. É uma leitura importante e especial. Li o livro quando estava a entrar na adolescência e continuo a relê-lo de vez em quando com o mesmo entusiasmo da primeira vez!
Uma leitura arrebatadora, ainda que, por vezes, cruel, sobre a trágica realidade de jovens toxicodependentes. Esta fascinante obra afigura-se acessível e atual, sendo, muito provavelmente, um dos melhores livros desta autora.
Um livro juvenil sobre a importância da vida e uma obra para se reler. Aborda os gostos, as preocupações, as amizades e as vivências dos jovens.