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A vila histórica da Sertã

Um povoado recheado de mitos e lendas do pinhal interior.
Alexandre Salgueiro 25 de Abril de 2017 às 20:57
Vista geral sobre o castelo da Sertã, localizado numa encosta da vila
Parque da Carvalha, nas margens do rio que atravessa a localidade
Espaço verde localizado junto aos Paços do Concelho
Fachada da Igreja Matriz e o coreto
Acesso pedonal junto ao rio e à ponte romana
Vista geral sobre o castelo da Sertã, localizado numa encosta da vila
Parque da Carvalha, nas margens do rio que atravessa a localidade
Espaço verde localizado junto aos Paços do Concelho
Fachada da Igreja Matriz e o coreto
Acesso pedonal junto ao rio e à ponte romana
Vista geral sobre o castelo da Sertã, localizado numa encosta da vila
Parque da Carvalha, nas margens do rio que atravessa a localidade
Espaço verde localizado junto aos Paços do Concelho
Fachada da Igreja Matriz e o coreto
Acesso pedonal junto ao rio e à ponte romana
Aninhada entre o Rio Zêzere, a oeste, e a serra de Alvelos, a este, a vila da Sertã é um dos mais antigos povoados do Pinhal Interior. E apesar da sua dimensão discreta, foi deixando marcas indeléveis ao longo da história do território e do País desde a época pré-romana até à atualidade, passando pela Reconquista e pela formação da nacionalidade, já que os seus habitantes tinham assento nas cortes de D. Afonso Henriques.

Por aqui se instalaram lusitanos, romanos e muçulmanos, cavaleiros templários e hospitalários, e todos deixaram a sua marca na localidade, o que atesta a sua importância estratégica. Mas os vestígios arqueológicos encontrados na região, que vão de antas a castros e arte rupestre, indicam que a história da Sertã começou muitos séculos antes.

A fundação da Sertã, enquanto povoado, perdeu-se no tempo e a própria origem do nome é alvo de debate. Há quem diga que deriva de uma palavra islâmica, mas a crença mais comum está ligada à lenda de Celinda, mulher do chefe do castelo que rechaçou um ataque romano com uma sertã com óleo a ferver.

A origem do próprio castelo não é consensual. Acredita-se que tenha sido construído no ano de 74 antes de Cristo por Quinto Sertório, um general romano exilado que acabaria por liderar os lusitanos já depois de Viriato.

Mas dados mais recentes dizem que foi edificado mais tarde, pelos muçulmanos. Em todo o caso foi alvo de várias remodelações já depois da formação da nacionalidade, e ainda subsiste uma torre e parte da muralha que marca o centro histórico da vila, e que se apresenta como um dos pontos turísticos de maior interesse. Mas são vários os locais que pode visitar.

Um bom roteiro deverá incluir obrigatoriamente uma visita à Igreja Matriz de São Pedro, ao Seminário das Missões, à Capela da Misericórdia e à de Nossa Senhora dos Remédios, para além das estações arqueológicas da Fechadura e da Lajeira.

E, mesmo no centro da vila, talvez para depois de um almoço onde se recomendam os tradicionais maranhos e o bucho recheado, vale a pena um passeio pela Alameda da Carvalha onde pode ver a Ponte Filipina e o requalificado Lagar de Vara na margem da Ribeira Grande que proporciona um cenário idílico para umas boas fotografias. E para quem prefere um pouco mais de movimento, há sempre a praia fluvial, ou um dos sete percursos pedestres marcados pelos arredores da vila que aliam o exercício físico à história e às lendas da Sertã.
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