Sílvio Ramos tatuou na mão a tesoura com que corta cada pedaço de leitão que chega a cada mesa de quem se senta no restaurante O Pote do Leitão, em Pombal, que fundou há 14 anos.“É uma segunda pele”, explica, ele que é um apaixonado pela arte de bem receber quem lhe entra pela porta e que fez dos clientes amigos, muitos do mundo do espetáculo. De resto, as fotografias que forram as paredes mostram-no bem.
Mas não é só a simpatia deste negócio de família que faz tanta gente percorrer por vezes centenas de quilómetros até ao centro do país. Sílvio criou a feijoada de leitão, que serve como entrada, juntou-lhe os pastéis, as empadas, as chamuças, e os chouriços de leitão – que transformou em marca, recentemente. “Só os camarões é que não são de leitão”, costuma brincar, quando vai à mesa falar com os clientes. Com ele trabalham as duas filhas, Bruna e Ana, e a ex-mulher, Isabel.
Ali serve-se um leitão bísaro, à moda da Boavista, (Leiria), assado pelo amigo Hélio, todos os dias. Acompanha sempre com batata agria, cortada às rodelas, com salada e ananás assado. Tudo regado com um frisante engarrafado propositadamente para a casa.
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