Chega a esta altura do ano, e as ruas do centro histórico de Arraiolos enchem-se com as cores e as texturas dos seus tradicionais tapetes artesanais, mas também exposições, debates, espetáculos culturais e outras iniciativas como mostras gastronómicas e de artesanato. É assim há quase duas décadas na vila alentejana. Em 2020, como consequência dos tempos que vivemos, o festival O Tapete Está na Rua regressa mas com novas dinâmicas e presença online.
Entre terça-feira e domingo desta semana, O Tapete Está Online vai ter conteúdos informativos e didáticos nas redes sociais e páginas de Internet municipais, numa “abordagem diferenciada” para os dias em que estava programada, e que mantém o mesmo objetivo: promover a tapeçaria local, ex-líbris da vila.
Entre as atividades da programação estão dois concertos gravados previamente: um de Henrique Leitão, na Igreja da Misericórdia, emitido na noite de quarta no Facebook e site da Câmara Municipal de Arraiolos.; e outro protagonizado por Carlos Leitão, gravado no Centro Interpretativo do Tapete de Arraiolos, exibido na noite de sábado nos mesmos locais.
Ao longo dos dias, são emitidos também reconstituições históricas do processo artesanal do Tapete de Arraiolos, vídeos retrospetivos de outras edições do festival, apresentações de obras, conferências, workshops e atividades infantojuvenis. Basta estar atento aqui.
A tapeçaria de Arraiolos é “uma das mais genuínas” expressões artísticas portuguesas e tem “um enorme significado para o artesanato português”, explicou à Lusa Sílvia Pinto, presidente da autarquia. Recorde-se que a câmara aguarda há vários anos pela certificação dos tradicionais tapetes e pretende candidatá-los a Património Cultural Imaterial da Humanidade.* com Lusa