“O universo do pão é muito mais vasto do que à partida possa parecer”, avisa logo Dina Cruz, diretora pedagógica e técnica museológica do Museu do Pão, que mostra as diversas faces do pão português num percurso expositivo composto por quatro salas. Uma delas – geralmente, a última – é o espaço temático, que, tendo sido pensado para os mais novos, atrai gente de todas as idades. Aí, o ciclo do pão é apresentado como uma história de encantar, protagonizada por marionetas em movimento.
São os duendes da tribo dos Hérmios, descritos como “protetores dos primeiros habitantes dos montes Hermínios”, ali representados a cavar a terra, a lançar as sementes, a malhar o centeio na eira, a desfolhar o milho, entre outros passos, até ao momento de levar o pão ao forno. Desde que se atravessa a seara gigante à entrada, recua-se 2000 anos e aprende-se quase sem querer, brincando. Pelo meio, há mesmo um jogo: localizar os nove animais escondidos na floresta.
Por fim, os visitantes são convidados a fazer a sua própria peça em massa de pão, como lembrança, havendo ainda a possibilidade de realizar oficinas. Paredes-meias fica o ateliê de panificação do museu, que tem uma massa mãe patenteada – o resultado pode ser saboreado na mercearia, que vende pães cozidos em forno a lenha, de diferentes sabores. Inerentes à visita estão, ainda, umas voltas de carrossel.
Um projeto com 20 anos
O Museu do Pão, que apresenta as várias faces do pão português com recurso a quatro salas temáticas, um bar-biblioteca, um restaurante e uma mercearia, comemora 20 anos em setembro. É um projeto do grupo O Valor do Tempo, criado em Seia, em 1994, e que hoje detém 40 espaços ligados ao turismo e ao lazer, no país. Entre as suas marcas, contam-se a Casa Portuguesa do Pastel de Bacalhau, a Comur, o Hästens Sleep Spa – CBR Boutique Hotel ou A Brasileira do Chiado.
Longitude : -8.2245