A partir do livro A Lua de Joana, escreveu Maria Teresa Maia Gonzalez esta peça de teatro onde vamos encontrar as suas personagens no momento do luto pela perda irreparável que sofrera. Confrontam-se entre si, transmitindo uma advertência contra o uso de drogas que é cada vez mais importante nos tempos que correm. Se gostaste de A Lua de Joana, não vais querer deixar de ler este livro. "A Lua de Joana" é um dos maiores sucessos de sempre na literatura juvenil portuguesa, tendo vendido mais de 300 000 exemplares até ao momento. A sua leitura por centenas de milhares de jovens, pais e professores do país impôs a escrita pela autora desta peça, possibilitando assim que muitos deles a encenem e possam, como no livro, debater e prevenir o uso das drogas.
retirado de: http://www.wook.pt/ficha/os-herdeiros...
Maria Teresa Maia Gonzalez nasceu em Coimbra, em 1958. É licenciada em Línguas e Literaturas Modernas – Variante de Estudos Franceses e Ingleses – pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Vive em Lisboa e tem como passatempo a pintura. Foi professora de Português, Inglês e Francês, no ensino particular e público, entre 1982 e 1997, em Alverca do Ribatejo, Manique e Lisboa. Muito cedo sentiu despertar o gosto pelas histórias ouvidas e lidas em família. Por volta dos nove anos, começou a sentir o gosto pela escrita, escrevendo poemas e histórias com regularidade. Iniciou a sua carreira na escrita em 1989, quando ainda era professora. Recebeu o Prémio Verbo-Semanário, juntamente com Maria do Rosário Pedreira, pelo livro O Clube das Chaves Entra em Ação, em 1989. Da sua obra constam sobretudo romances juvenis, sendo também da sua autoria histórias infantis, fábulas, poesia, contos, crónicas, ficção para adultos e uma coleção juvenil de peças de teatro. São temáticas recorrentes nos seus livros os direitos das crianças e dos adolescentes, a espiritualidade e os problemas da adolescência, nomeadamente, a solidão, as perdas, a depressão, os conflitos familiares, as dependências químicas, a violência em meio escolar, a violência doméstica, a sexualidade e a afetividade. Vê o livro destinado aos mais novos como veículo promotor dos valores humanos, sobretudo o respeito pelo indivíduo e pela natureza, a paz, a saúde, a harmoniosa convivência entre gerações e culturas diversas, e a espiritualidade.
Não sendo essencial, este livro acaba por ser um complemento à história da "Lua de Joana", que mostra o luto e a maneira de lidar com a perda, dos que cá ficaram.
A continuação da história da Joana, uma das minhas preferidas de sempre, foca sobretudo o luto e a perda. Não sendo um livro perfeito, nem com uma linguagem actual, transmite a saudade da Joana e das suas cartas, escritas na lua. Preferia que fosse uma narrativa, que fosse mais longo e que a mãe da Joana não mostrasse tanta frieza relativamente ao baloiço da filha, a coisa mais importante para ela e o único objecto (além das cartas) para o qual poderiam olhar e lembrar-se dela com amor, carinho e saudade. A Joana vive naquele baloiço. Percebo, contudo, o intuito da autora de adaptar esta história ao público escolar. Deve ser lido por todos aqueles que, como eu, cresceram com A Lua de Joana e adoraram o livro, sem expectativas de maior, apenas para relembrar e reflectir.
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“e, para contar uma história verdadeira, é preciso dizer toda a verdade... por isso, a primeira coisa que devo confessar-vos é que comecei a conhecer a minha filha no dia em que ela morreu...”
e foi assim que eu comecei a chorar em frente à sala de bioestatística, no departamento 11 :(
Bem... Não posso dizer que tenha gostado muito... Se calhar as minhas expectativas eram demasiado elevadas, uma vez que adorei A Lua de Joana No entanto, compreendo que este livro tenha sido escrito essencialmente para adolescentes e para ser representado num contexto escolar, daí que talvez faça sentido a abordagem que a autora decidiu fazer nesta pequena peça de teatro.
É possível que a minha impressão do livro esteja afectada pela comparação com o trabalho anterior. O facto de estar escrito na forma de teatro não me ajudou a apreciar tanto como gostaria. A história pega nas mesmas personagens pouco depois dos acontecimentos da Lua de Joana, mas parecem estar diluídos, não causando o mesmo impacto. Para além de uma notória superficialidade, custa a ligarmo-nos ao que está a acontecer. Deu-me a sensação de ser um anti-climax da história original.
Recomendo para quem gostar de peças de teatro e não esteja influenciado em demasia pela Lua de Joana.