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João César das Neves: “Se a dívida fosse repudiada a perda cairia em sua casa”

João César das Neves critica quem apela ao perdão da dívida pública e esquece as suas consequências.

Negócios 23 de Setembro de 2013 às 11:19

No artigo regular que publica no Diário de Notícias, o professor de Economia da Universidade Católica critica quem apela ao perdão da dívida pública portuguesa, esquecendo-se que parte é detida por bancos portugueses que, em consequência, poderão falir ou ter de se capitalizar, em ambos os casos com consequências sobre os seus depositantes e valores acima dos 100 mil euros garantidos.

 

“Dado quase toda a dívida pública estar hoje nos bancos nacionais, quem tiver depósitos bancários é alvo dos seus próprios impropérios. Se a dívida fosse repudiada, como aconselham, a perda cairia em sua casa”.

 

João César das Neves afirma ainda que “espanta que tantos ignorem olimpicamente a situação, apenas protestando, sem sugerir alternativas razoáveis de cura”. “É verdade que na confusão se cometem muitos erros. Apesar disso, as autoridades tentam resolver o problema nacional; os vociferadores nada contribuem de construtivo e ignoram o sofrimento muito superior que adviria da ausência de medidas duras".

 

"Compreendem-se lamentos por perda de direitos, mas sabemos que esses direitos – antes desconhecidos, hoje inalienáveis – nos trouxeram ao buraco”. "Em tempos de aperto protestar é saudável e justo. Mas a civilização exige respeito e diálogo, o que também reduziria os disparates", refere, antes de concluir que "este é um momento histórico", considerando que "muitas pessoas honestas terão de confessar aos netos que a fúria os fez parte do problema, não da solução”.

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