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Operação Marquês: Advogado de Armando Vara garante "total tranquilidade"

O advogado de Armando Vara no processo Operação Marquês, Tiago Rodrigues Bastos, assegurou hoje que o seu cliente está tranquilo perante a expectativa da decisão instrutória do juiz Ivo Rosa, que é anunciada esta tarde.

Operação Marquês: Advogado de Armando Vara garante "total tranquilidade"
Notícias ao Minuto

15:32 - 09/04/21 por Lusa

País Tiago Rodrigues Bastos

"O estado de espírito do meu cliente é absolutamente tranquilo e de expectativa relativamente à decisão que seja aqui proferida. Está calmo, não tem sobre isso nenhuma ansiedade particular. Tem uma enorme expectativa, naturalmente, é o futuro dele que está aqui hoje em causa, mas com total tranquilidade", afirmou.

À entrada do Campus da Justiça, em Lisboa, onde decorre a leitura da decisão instrutória e que determina quais os arguidos do processo que vão a julgamento e por que crimes vão ser pronunciados, o representante legal do antigo ministro e administrador da Caixa Geral de Depósitos reiterou as suas críticas à acusação do Ministério Público (MP).

"No que respeita ao crime de corrupção e àquilo que se relaciona com Vale do Lobo, a minha ideia mantém-se a mesma: é uma acusação que não tem ponta por onde se pegue. Agora, naturalmente, tenho esperança de que o juiz de instrução concorde com a minha visão", disse.

Por outro lado, Tiago Rodrigues Bastos salientou a necessidade de esta decisão instrutória ser entendida por todos, depois de a fase instrutória ter arrancado há mais de dois anos, em 28 de janeiro de 2019, na sequência do pedido de 19 dos 28 arguidos.

"Temos a consciência que é uma decisão que foi ponderada, desejando que seja uma decisão que todos possamos compreender o seu alcance e os seus fundamentos", observou, continuando: "É diferente ser uma decisão compreendida por todos ou uma decisão com que todos concordemos. O que é muito importante é que a justiça saiba fazer-se entender e que hoje esta decisão, seja em qualquer sentido, seja uma decisão que, concordemos ou discordemos, possamos entender porque é que ela tem este ou aquele sentido".

Armando Vara está acusado de cinco crimes: dois de branqueamento de capitais, dois de fraude fiscal qualificada e um de corrupção passiva de titular de cargo político.

Seis anos após ter sido detido no aeroporto de Lisboa, o ex-primeiro-ministro José Sócrates e os outros 27 arguidos da Operação Marquês sabem hoje se vão a julgamento e por que crimes serão pronunciados.

Além de Sócrates, no processo estão também outras figuras públicas, como o ex-presidente do BES Ricardo Salgado, o antigo ministro socialista e ex-administrador da Caixa Geral de Depósitos Armando Vara, os ex-líderes da PT Zeinal Bava e Henrique Granadeiro, o empresário Helder Bataglia e Carlos Santos Silva, alegado testa-de-ferro do ex-primeiro-ministro e seu amigo de longa data.

No processo estão em causa 189 crimes económico-financeiros.

A fase de instrução começou em 28 de janeiro de 2019, sob a direção do juiz Ivo Rosa, do Tribunal Central de Instrução Criminal, que hoje está a ler a sua decisão, no Campus da Justiça, em Lisboa, sendo esta passível de recurso, caso os arguidos não sejam pronunciados nos exatos termos da acusação.

Leia Também: Ivo Rosa: "Esta decisão também não é a favor nem contra ninguém"

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