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Conhecida popularmente como “a aldeia mais portuguesa de Portugal”, Monsanto é uma aldeia histórica situada na Beira Interior no concelho de Idanha-a-Nova, que pelas suas características e pela sua história, de facto faz jus ao seu epíteto.

História de Monsanto

Todas as evidências apontam para que, no local onde Monsanto se situa, se possam reconhecer características de imensos povos e culturas que fazem parte do percurso histórico que levou eventualmente à formação de Portugal.

A arqueologia estima que o local tenha sido habitado desde o Paleolítico, e tenha tido as suas primeiras fundações habitacionais e fortificadas a partir de um castro lusitano em tempos pré-romanos. Subsequentemente encontram-se evidências de ocupação romana, visigótica e árabe, nas quais se foram cimentando as estruturas que levariam mais tarde à Monsanto que conhecemos hoje.

É no entanto a partir da reconquista cristã e da doação em 1165 do local de “Monte Santo” à Ordem dos Templários que se reconhece a origem da Monsanto medieval que até hoje constitui a essência da aldeia. Aos templários é atribuída a construção (ou reconstrução seguindo uma estrutura templária) do imponente castelo raiano de Monsanto, assim como da povoação, por ordens de Gualdim Pais, o célebre Grão-Mestre templário e braço direito de D. Afonso Henriques.

A aldeia

Composta por casas feitas de granito, algumas aproveitando inclusive os penedos que caracterizam a paisagem natural onde se situa a aldeia, Monsanto está assente numa elevação escarpada que se pode avistar ao longe, e que culmina no castelo e na sua torre de menagem como pontos mais elevados.

Pelas suas ruas estreitas e serpenteantes encontram-se pequenos tesouros arquitectónicos e históricos, como diversas capelas, fornos e cisternas comunitários, chafarizes, a Fonte Ferreiro, solares tradicionais de velhas famílias portuguesas, e locais que demonstram iniciativas modernas que prolongam a vida da aldeia aproveitando a sua arquitectura histórica: bares e tabernas dedicadas aos lusitanos e a Viriato ou novos cafés e lojas de produtos tradicionais da região.

Em Monsanto não se encontra a desertificação da qual infelizmente padecem muitas aldeias de Portugal. Seja de dia, seja de noite, a aldeia tem uma vida activa e alegre, e inclusivamente jovem. Numa direcção oposta ao êxodo rural, encontram-se diversas pessoas que abandonaram a vida citadina e se refugiaram em Monsanto com o intuito (com sucesso!) de se dedicarem a uma nova vida mais saudável e natural por entre a beleza e a magia do burgo, incluindo estrangeiros, que comentam com satisfação “Monsanto is paradise”.

De facto, Monsanto pode-se considerar como um pequeno paraíso da paisagem beirã. Para além do castelo, tem pequenos terraços encavalitados entre as casas de granito, a partir dos quais se visualiza uma paisagem deslumbrante ao mesmo tempo que misteriosa. O passado riquíssimo em presença humana parece ecoar pelas suas ruas.

A religiosidade e o lendário em Monsanto

Nas festividades religiosas como a Romaria em honra de Nossa Senhora da Azenha, por vezes considerada a “Proserpina das Beiras”, vislumbram-se as reminiscências de antigos ritos pagãos de assinalação do fim do Verão e início do Outono, em consonância com as primícias, as primeiras colheitas celebradas com a música do tradicional adufe.

Sobre as suas encostas e penedos, emergem os mitos e lendas beirões, sobre bruxas que se reúnem à noite e sobre o diabo, e pelas suas ruas encontram-se marcados os sinais da presença misteriosa dos Templários.

Local mágico e rico em todos os sentidos, desde História e atmosfera, passando pela hospitalidade dos seus habitantes, até à conservação de cultura tradicional portuguesa, Monsanto é um dos vários corações da identidade da Beira Interior. A comprovar está a sua escolha como palco para a gravação da prequela de “A Guerra dos Tronos”, de nome “House of the Dragon”, durante seis dias, em Outubro de 2021.

A arquitectura popular em Monsanto

Casa com “telha” de penedo

Casario tradicional de Monsanto

Casario em Monsanto

Idanha-a-Nova – o que fazer, onde comer, onde dormir

Em Idanha-a-Nova, terra de adufes, para famílias de cerca de cinco pessoas, a Casa da Avó Leonor é um exemplo de simpatia. Aproveite-se, dormindo por aí, para visitar a Falha do Ponsul e dar passeata em Idanha-a-Velha.

A aldeia de Monsanto e o seu castelo estão lá ao lado, mais as suas abundantes lendas locais acerca de lobisomens, malgas escavadas na rocha, diabinhos que voam, cercos castelhanos, e marafonas que trazem sorte às mulheres que querem engravidar - se a intenção é dormir por lá, sugere-se o aconchego da Taverna Lusitana.

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Mapa

Coordenadas GPS: lat=40.039097 ; lon=-7.115100