Soltem a parede

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Por vezes, de uma primeira para uma segunda temporada, aquilo que fazia o prazer ou a diferença de um programa pode perder-se sem que se consiga apontar uma razão. Não é, contudo, o caso de Salve-se Quem Puder, que foi, com o TGV, o grande êxito do Verão de 2009 para a SIC e que regressou para uma segunda série este ano com um formato ligeiramente refrescado: o concurso continua a ser a alegre idiotice que sempre foi, mas não perdeu nada do que o tornou num êxito. Para lá do facto de que ali ninguém é humilhado inadvertidamente ou propositadamente (os concorrentes já partem na desportiva de irem fazer uma figura triste, o que é não apenas saudável como invulgar), o segredo é a química existente entre a dupla Marco Horácio/Diana Chaves (algo que a SIC não conseguiu repetir, por exemplo, com Carolina Patrocínio e João Manzarra ou Pedro Miguel Ramos) e a boa disposição com que eles assumem a idiotice do programa. Como quem diz: sim, isto é uma palermice, mas ninguém está aqui a fazer frete e mais vale a gente levar isto na boa e divertirmo-nos um bocado. Parecendo que não, é muito; e antes isto que os Super Miúdos(com todo o respeito pela Sílvia Alberto).

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jorge.mourinha@gmail.com

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