Japão suspende alerta de tsunami depois de sismo que causou quase 50 mortos

Maior parte das vítimas foi registada na cidade de Wajima, que se encontra entre as mais afectadas devido à proximidade do epicentro. Mais de 155 sismos abalaram o centro do Japão desde segunda-feira.

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Habitantes conversam em frente a uma casa destruída em Ishikawa, Japão Reuters/KIM KYUNG-HOON
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Os 155 sismos que abalaram o centro do Japão desde segunda-feira causaram "numerosas vítimas" e danos materiais significativos EPA/FRANCK ROBICHON
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Kanazawa, Ishikawa EPA/FRANCK ROBICHON
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Destruição na cidade de Wajima Reuters/KYODO
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Cidade de Wajima, uma localidade de cerca de 23 mil habitantes em Ishikawa, que se encontra entre as mais afectadas devido à proximidade do epicentro Reuters/KYODO
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Edifício colapsado em Wajima Reuters/KYODO
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Alerta de tsunami esteve em vigor durante 18 horas EPA/FRANCK ROBICHON
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Polícia procura pessoas desaparecidas em Wajima Reuters/KYODO
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Vista aérea da destruição em Wajima EPA/JIJI PRESS

As autoridades japonesas suspenderam o alerta de tsunami na sequência do sismo que atingiu a costa oeste da região central do Japão na segunda-feira, e elevaram o número de mortos para 48.

O sismo, de magnitude de 7,6 na escala de Richter e com epicentro na península de Noto, levou as autoridades a activar o alerta de tsunami, em vigor durante 18 horas, ao longo da costa ocidental das ilhas de Honshu e Hokkaido e do Norte da ilha de Kyushu.

As autoridades indicaram também que 48 pessoas morreram, muitas delas na cidade de Wajima, uma localidade com cerca de 23 mil habitantes na zona de Ishikawa, que se encontra entre as mais afectadas devido à proximidade do epicentro. Foram registados ainda 14 feridos graves e "muitos feridos ligeiros".

"Nunca experienciei um terramoto tão poderoso", disse Shoichi Kobayashi, de 71 anos, habitante de Wajima, que estava em casa a celebrar o jantar de Ano Novo com a esposa e o filho quando o terramoto aconteceu.

Os 155 sismos que abalaram o centro do Japão desde segunda-feira causaram "numerosas vítimas" e danos materiais significativos, incluindo o desmoronamento de edifícios e incêndios, afirmou o primeiro-ministro japonês.

"Salvar vidas é a nossa prioridade e estamos a travar uma batalha contra o tempo", disse Fumio Kishida, acrescentando ser "fundamental que as pessoas presas nas casas sejam resgatadas imediatamente".

Mais de três mil militares, bombeiros e polícias de todo o país foram enviados para o epicentro do terramoto. “A busca e o resgate das pessoas afectadas pelo terramoto é uma batalha contra o tempo”, disse o primeiro-ministro durante uma reunião de emergência na terça-feira.

Kishida disse que as equipas de resgate estão a ter muita dificuldade em chegar ao extremo norte da península de Noto, onde as imagens aéreas captadas por helicóptero mostraram muitos incêndios e danos generalizados em edifícios e infra-estruturas. Há cerca de 120 pessoas a aguardar resgate, disse mais tarde o porta-voz do Governo.

Muitos serviços ferroviários e voos foram suspensos. O aeroporto de Noto foi encerrado devido a danos na pista, no terminal e nas vias de acesso, e há cerca de 500 pessoas retidas dentro de veículos nos estacionamentos, informou a emissora pública NHK.

Em Suzu, cidade costeira com pouco mais de cinco mil famílias perto do epicentro do terramoto, cerca de mil casas terão ficado destruídas.

O Governo japonês ordenou que cerca de cem mil pessoas abandonassem as suas casas na noite de segunda-feira, enviando-as para pavilhões desportivos de escolas, muito utilizados como centros de evacuação em emergências. Quase metade das pessoas regressaram às suas casas na terça-feira, depois de as autoridades suspenderem os alertas de tsunami.

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