Reportagem

5 de Outubro: Cerimónias comemorativas da Implantação da República

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Assinala-se, esta quinta-feira, o dia da Implantação da República com cerimónias comemorativas a decorrer em Lisboa. Como tradicionalmente, a sessão solene na Praça do Município foi marcada pelos discursos do presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e do presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas. As cerimónias oficiais contaram com a presença de António Costa e Augusto Santos Silva.

Tiago Petinga - Lusa

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Discursos do 5 de outubro. A análise de António José Teixeira

O diretor de informação analisa o discurso do presidente da República e as reações dos diferentes partidos políticos.

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5 de Outubro. Marcelo deixa avisos para as mudanças necessárias

Foto: Tiago Petinga - Lusa

O presidente da República avisou que Portugal e o mundo não podem repetir os mesmo erros que conduziram ao fim da Primeira República e que, ou as instituições mudam a bem, ou poderão ter de mudar a mal. Marcelo Rebelo de Sousa diz que é preciso acompanhar as mudanças e fazer reformas para proteger a liberdade e a democracia. O presidente afirma que é preciso olhar para o clima, as minorias, os jovens e as mulheres.

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Discursos 5 de Outubro. Partidos concordam com alertas do presidente

Os partidos concordam com os alertas deixados pelo presidente para que sejam feitas reformas.

O PSD lê nas palavras de Marcelo uma exigência a António Costa para que governe de outra forma. O PS garante estar atento às preocupações das famílias e adianta que o próximo Orçamento do Estado vai estar focado nos rendimentos.
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IL destaca no discurso de Marcelo a necessidade de reformas e de o país não adormecer

Rui Rocha considera que as duas mensagens principais de Marcelo Rebelo de Sousa foram no sentido de que políticos e o país não podem adormecer e de que haja reformas no país. O líder da Iniciativa Liberal diz que estes 8 anos de governo socialista têm sido de inação e considera Costa um "residente não habitual" que não sabe bem o que se passa no país.

Rui Rocha elogiou ainda a opção da Câmara Municipal de celebrar o 25 de novembro quando a comissão dos 50 anos do 25 de abril decidiu deixar essa data de fora das comemorações.
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Livre considera que discurso de PR "é lição de história" a que "devemos estar atentos"

Rui Tavares considerou que o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa teve uma "excelente contextualização histórica" sobre as "debilidades de uma democracia.

"É uma lição da história (...) e à qual devemos estar muito atentos", frisou o líder do Livre.

Apesar de admitir que a "história não se repete, os paralelismo estão lá".

"A única coisa que pode fazer a diferença é a nossa capacidade de, em conjunto, (...) lutar pela nossa democracia, reforçá-la do ponto de vista social".
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Bloco de Esquerda critica ausência do tema da habitação no discurso do PR

Luís Filipe Soares criticou o facto de Marcelo Rebelo de Sousa não falar da crise da habitação no seu discurso no 5 de outubro, ainda mais depois de uma "crise" entre Presidência e Governo sobre este tema. "Não havia divergência de fundo", avalia o bloquista, criticando a ausência de um tema que levou centenas de pessoas a manifestações de rua.

O Bloco diz que o Presidente alertou para não se repetirem os erros do passado, mas, diz o BE, isso está a acontecer quanto aos jovens e também no caso da habitação que está a levar jovens para fora do país.

Anunciou que vai levar o tema da habitação ao parlamento para ser discutido antes do Orçamento do Estado, com proposta de medidas como a de impedir a venda de casas a não residentes.
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PCP acredita que mudanças exigem "opções políticas concretas"

A deputada do PCP, Paula Santos, registou uma "consideração genérica relativamente aos problemas mais gerais" no discurso do presidente da República, mas frisa que são necessária "opções políticas concretas" para haver mudança.

"Registamos no discurso do senhor presidente da República uma consideração genérica relativamente aos problemas mais gerais (...) mas a questão da mudança (...) exige opções políticas concretas", disse a deputada comunista, apontando que "isso esteve ausente no discurso" de Marcelo Rebelo de Sousa.
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PS diz que Presidente fez discurso virado para o futuro

Eurico Brilhante Dias, do PS, diz que o discurso de Marcelo Rebelo de Sousa foi muito orientado para o futuro e para a resposta a desafios como alterações climáticas. Brilhante Dias diz que não houve recados para o Governo no que toca às inércias de que o Presidente falou, e argumentando que o PS é o partido da Justiça Social e que o próximo Orçamento do Estado "vai seguramente" se centrado no rendimento das famílias.

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Ventura considera discurso de presidente da República "mobilizador"

André Ventura considera que Marcelo Rebelo de Sousa "quis deixar um discurso mobilizador com o qual" o Chega se revê.

Segundo o líder do Chega, o presidente da República conseguiu deixar a mensagem de que "ou mudamos a bem e mudamos agora nas grandes questões", ou essas "mudanças acontecerão contra nós" e "a mal".

"Acho que foi uma mensagem mobilizadora", afirmou.
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PSD realça discurso de Marcelo colado ao "país real" e de apelo às reformas

Hugo Soares, do PSD, realçou que o discurso do Presidente da República esteve muito perto do país "real" e não do país "oficial". Destaca ainda o apelo repetido para que haja reformas e para que se governo em Portugal, porque as mudanças necessárias não vão acontecer por si só.-

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António Costa destaca alerta "particularmente oportuno" do Presidente

O primeiro-ministro destacou aos jornalistas a parte do discurso de Marcelo Rebelo de Sousa no 5 de outubro em que este alerta que se devem antecipar as questões para tomar as decisões dizendo que isso é "particularmente oportuno" no momento em que está de partida para o Conselho Europeu em Granada, Espanha, onde se vai discutir o futuro da Europa e o alargamento da UE que se pretende que seja de sucesso.

António Costa não quis comentar nada mais do discurso do Presidente da República ou do autarca de Lisboa, Carlos Moedas.
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Presidente apela à mudança e democracias mais fortes

Na intervenção, o presidente da República apelou ainda às mudanças. "Só depende de nós", afirmou. "Sabemos mais do que os outros no passado sabiam. (...) Vivemos em liberdade e não podemos deixar morrer essa liberdade". Nas palavras de Marcelo, "podemos fazer democracias mais fortes, se não nos contentarmos em esperar para ver". "Podemos fazer Europas mais fortes, se não formos egoístas ou retardatários", acrescentou.
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Marcelo frisa que "estamos numa guerra global" e que a "balança de poderes no mundo está a mudar"

Na tradicional intervenção das cerimónias do 5 de Outubro, Marcelo Rebelo de Sousa começou por comparar o “mundo, a Europa e Portugal” de há 100 anos, 13 anos depois da proclamação da República, com o contexto atual.

 “O tempo parecia lento, sobretudo nos mundos rurais”, afirmou, e continuou a relembrar que os “nossos avós” poucos conhecimentos e acessos tinham. 

“Na Europa e nalgum outro mundo ainda mandavam os mesmos impérios do passado”, referindo-se ao Reino Unido, à França, aos Países Baixos ou à Bélgica.

Recordando Portugal e o mundo de outros tempos, o presidente da República sublinhou que se vivia, na época, “as antevésperas do começo” do fim desses impérios, com duas Guerras Mundiais e muitas transformações ao longo do século XX.

Dirigindo-se aos portugueses, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que "ao olharmos para o que era o mundo, a Europa e Portugal há precisamente 100 anos, há realidades que vistas a mais distância nos impressionam".
"Estamos em 2023, numa meio de uma guerra global feita de muitas outras guerras. Mas mais evidente nas suas causas e consequências", disse o chefe de Estado, referindo-se à guerra na Ucrânia.

Marcelo advertiu que as instituições "persistem em não ver que a balança de poderes do mundo está em mudança", como há 100 anos, mas terão de mudar "a bem ou a mal".

"Tudo isso poderá suceder com o clima, se nos atrasarmos; em energia como tantos outros se atrasaram", continuou.

Tudo isso poderá suceder, disse ainda o presidente, "com a incapacida ou lentidão no superar da pobreza ou das desigualdades sociais, ou no reconhecimento do papel da mulher ou no reconhecimento das minorias migrantes, em particular dos jovens (...) que nem sempre se vêem suficientemente representados no país".

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Moedas alerta que a República já se autodestruiu por "minorias barulhentas e radicalismos"

O autarca de Lisboa alertou que a República de 1910 auto-destruiu-se por minorias barulhentas e radicalismos que agora também surgem e alerta que quando estamos perto da comemoração dos 50 anos do 25 de abril que não se pode voltar a deixar que a haja uma dissolução do regime. “Quem fomenta radicalismos, arrisca a dissolução do regime”, alerta. “Precisamos moderação, bom senso e pragmatismo”, aconselha Carlos Moedas.

Carlos Moedas alertou para o divórcio entre cidadãos e política e defendeu que se podem baixar os impostos, dizendo que a própria autarquia vai baixar alguns custos para os munícipes. “Os portugueses vivem sobrecarregados de impostos”, diz o autarca de Lisboa.
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Carlos Moedas anuncia que autarquia vai comemorar o 25 de novembro

Depois de se saber que o 25 de novembro ficará fora das comemorações dos 50 anos do 25 de abril, o autarca de Lisboa veio dizer que a partir deste ano, será também uma "grande iniciativa" para celebrar o 25 de novembro "porque todas as datas são importantes", alerta o autarca de Lisboa.

No seu discurso, perante diversas entidades, entre as quais o primeiro-ministro, António Costa, e antes do discurso do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente da Câmara de Lisboa destacou que há "datas que se tornam símbolos", que podem ser reduzidos "a meros ritos cerimoniais, repetitivos e rotineiros" ou "datas lembradas no papel, mas sentidas com apatia pelas pessoas".
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11h32 - Presidente da República recebe honras de Estado
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Presidente da República recebe honras de Estado

No início das cerimónias oficiais, Marcelo Rebelo de Sousa foi recebido com honras de Estado, uma parada militar, ao som do Hino Nacional, na chegada à Praça do Município.
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Dia da Implantação da República
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Dia da Implantação da República

O Dia da Implantação da República será comemorado na tradicional sessão solene na Praça do Município, em Lisboa, com o chefe de Estado a intervir depois do presidente da Câmara Municipal, Carlos Moedas, na presença do primeiro-ministro, António Costa, e do presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva.

Antes, será hasteada a bandeira portuguesa na varanda do Salão Nobre dos Paços do Concelho, ao som do hino nacional, o que dará início à sessão solene comemorativa do 113.º aniversário da Implantação da República, marcada para as 11h40. 

As comemorações oficiais do Dia da República acontecem, uma vez mais, em tempo de guerra na Ucrânia, que dura há mais de ano e meio, provocada pela invasão russa de 24 de fevereiro de 2022, com efeitos económicos globais, numa conjuntura marcada pela inflação.
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