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História A Janela Secreta - Amy Rainey


Escrita por: NathalieOver

Capítulo 4 - Amy Rainey


Fanfic / Fanfiction A Janela Secreta - Amy Rainey

- Merda merda merda, burro burro burro, sua besta! – falei sozinho olhando para as paredes que pareciam me incriminar. Eu estava excitado, me segurei e senti a vida dentro da calça, fazia tempos que não me sentia assim, zanzei pela sala de um lado para o outro e tentar expulsar minha ereção. - Essa menina está louca! Ela não pode fazer isso, isso se chama assédio. Sou um adulto, um HOMEM! Ela tem que parar com isso! EU tenho que parar com isso!

Cessei os passos quando pousei o olhar sobre meu Jack Daniel's, peguei um copo para me acalmar, mas não foi apenas um, eles vieram acompanhados, tanto que eu nem percebi que a garrafa restava algumas gotas dentro. - Caramba ! Jack acabou.

- Como sempre Mort, só sabe beber - Amy repreendeu pegando a garrafa vazia e levando para cozinha.

- Adivinhe de quem é a culpa, é sua, sua desgraçada – gritei debochando me voltando para o sofá mas Amy não deixou, me puxou pelo braço e fez-me subir as escadas. Deixei ser levado por ela e pela minha embriagues.

- Durma em nosso quarto, porque você não dorme no quarto?! Tem sempre que se jogar nesse sofá velho com esse seu roupão rasgado e fedorento, esses seus cabelos embrenhados...

- Desgraçada, é tudo culpa sua, sua e do Tedinho, Ted, Tedinho, a culpa é da Amy e do Tedinho. –  satirizei a voz como uma criança mimada querendo o brinquedo da loja. Emburrei a face por não poder dormir no sofá.

- Aquela menina, quem é ? – Cruzou os braços me perguntando, seus malditos sapatos batiam insistentemente no chão. Ela se fazia de durona, mas no fundo tudo aquilo era ciúmes, o ciúmes que eu desejava que ela tivesse por mim.

- Isso é ciúmes surgindo no seu rosto ? - ela franziu a testa enquanto eu deitava na cama rindo da sua expressão, ficou parada com os braços cruzados esperando minha resposta. - Aquela menina vai ser sua substituta, ela sabe o homem que eu sou, diferente de você que me desperdiçou com aquele sem graça do Tedinho.

- Vai matar ela também ?

- EU NÃO MATEI VOCÊ, SUA DESGRAÇADA ! - Gritei e Bufei socando a cama - Tire isso da sua cabeça ! Foi Tiranela.

- FOI VOCÊ MORT RAINEY !

- FOI JOHN SHOOTER !

- FOI VOCÊ ! – um flash back correu diante de meus olhos, me veio a visão de Amy com a cabeça cheia de sangue me olhando estirada no chão enquanto tentava acordar-me de uma paranóia. Não tentei evitar Tiranela encarnado em mim de matá-la. Deixei ele terminar o serviço pela qual eu ansiava fazer, me vingar pelo seu total desprezo com meu sentimentos. Suas ultimas palavras foram “ Você é Mort Rainey”.

Eu não era Mort Rainey, fui possuído por uma de minhas personalidades mais fortes, John Shooter, ou Tiranela como queiram. Naquela recordação eu sentia meus olhos pegando fogo e minha cabeça embaralhada de lembranças ruins que vivi ao lado de Amy. A pior delas foi o dia em que arrombei a porta daquele velho motel de estrada. Os dois abraçados e suados. Nojentos. Pensar nisso não me deixa com pena de sua morte precoce. Me sinto aliviado.  

- Ahn desapareça da minha cabeça sua vadia trepadeira - dei de costa me virando na cama, não ouvi mais Amy me atormentando.

As coisas da minha cabeça tinham que ter um fim, ainda me pergunto se Lex era real, se a visita da senhora Judith foi real. Enfim, não quero pensar nisso, aquela excitação foi bem real. tudo era real, até Amy morta levando a garrafa para a cozinha era real. Amy era a coisa mais real na qual eu tinha contato. E todas as vezes eu desejei não vê-la, não lembrar de seus finos e delicados traços misturados com seu jeito autoritário que no fundo eu gostava.

O álcool invadiu minha corrente sanguínea me trazendo um turbilhão de sensações estranhas. Senti medo, olhei assustado para a janela, achei ter visto alguém passar – Não tem como! – a janela é alta. – Melhor dormir.- o que não iria ser difícil, minha vista girava, mesmo de óculos eu enxergava tudo embaçado.

- E aquela menina? – pensei nela em instantes antes de fechar os olhos – Será que é real ? seria errado pensar nas conseqüências se ela fosse real? – Oras, com quem estou falando? Está na hora de pensar em outro Chico, um cão para me fazer companhia. Alias, está na hora de ser adulto e procurar viver a vida que eu não tive quando decidi me casar cedo com Amy, eu tinha apenas 25 anos de idade, ficamos 10 anos casados e vendo nossa juventude ser substituída por responsabilidades e a merda da fidelidade que somente eu pratiquei.

- Aquela vadia! – nunca vou saber desde quando ela me traia, alias, desde quando eu comecei a suspeitar disso antes de invadir aquele quarto de hotel barato e pegar o nojento em cima da minha mulher?

- O melhor é você esquecer disso Mort, e tentar voltar a sua vida de escritor barato. – disse Ted se ajuntando a mim na cama.

- Seu bisbilhoteiro! Eu sou um ótimo escritor, ou eu fui? – acho que perguntei pra mim mesmo.- Não, ainda sou! E enquanto você trepava com a enferrujada da minha mulher eu formava uma legião de fãs mirins loucas pra meter comigo!

- Que bom pra você Mortizinho! Mas será que você agüenta o tranco de trepar com aquela vadiazinha que veio aqui? Você não passa de um estúpido e largado bêbado. Acredito que consigo trepar com essa garotinha mais rápido que você.

O olhei frio, sinto-me olhando a porta do quarto do motel com a mesma expressão de rancor neste exato momento. - Suma daqui antes que eu enfie outra pá no seu pescoço! – Assim me virei. E não o ouvi novamente, ele deve ter voltado para o buraco que eu o enterrei.  Dei uma olhada em volta e não o vi.



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