No início do Vale Glaciário do Zêzere, onde nasce o Rio Zêzere, encontramos o Covão da Ametade.
A 1420 metros de altitude, no coração da Serra da Estrela, este local, antiga lagoa de origem glaciar faz as delícias de quem o visita.
Inacessível apenas quando a neve o impede, proporciona especialmente aos desportistas que se inicie aqui a maioria dos desportos que praticam, seja Verão seja Inverno, a sua beleza é inquestionável.
Não é mais do que uma depressão mal drenada situada num covão glaciar a jusante do covão cimeiro.
Rodeado de imensa vegetação nomeadamente por bétulas, o Covão da Ametade é por isso um ecossistema com grande biodiversidade.
É uma beleza inexplicável, ficamos como que num círculo e em volta a beleza toma conta do recado.
Cercados por vegetação e pelas águas límpidas sempre a correr, fica a saber que é permitido acampar.
Respeitando como é evidente a característica do local deixando ali só o que a natureza permite, as nossas pisadas.
O granito rico e imenso pode ser bem contemplado, é o Cântaro Magro assim denominado.
Mas para que o leitor se situe devidamente, o Covão da Ametade é constituído por três cântaros:
São eles o Cântaro Raso, mais a Sul, o Cântaro Magro (que já falámos), central e emblemático de toda a serra e por fim o Cântaro Gordo, situado a Norte.
Daqui bem podia ter nascido uma peça teatral, bucólica e poética, porque é mesmo assim que este local se apresenta.
A cerca de 1993 metros de altitude nasce o Rio Zêzere, junto à torre.
Passa pelos três cântaros mencionados mas é no Covão da Ametade que este rio começa a ganhar forma.
Saltita e rodopia durante 248 quilómetros até que desagua no Rio Tejo, mais propriamente em Constância.
O Covão da Ametade é mais que lindo, alguém ainda tem dúvidas?
Conheça o vale, através deste álbum de fotografias:
Já conhece este Covão?
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