Marta Rebelo: "Ainda há preconceitos na política"

Marta Rebelo voltou a mudar de visual e tem um look alternativo. A ex-deputada socialista assume-se como uma mulher vaidosa.
Marta Rebelo tem 33 anos, já foi deputada e actualmente é docente universitária
importa
Foto: Duarte Roriz
16 mar 2011 • 08:29

Marta Rebelo voltou a mudar de visual e tem um look alternativo. A ex-deputada socialista assume-se como uma mulher vaidosa, embora admita que na classe política há um "preconceito terrível", cultivando-se a ideia de que a mulher de esquerda só cuida do intelecto.

- É uma mulher atenta às tendências da moda?

- Mais ou menos. Sei que as pessoas têm essa ideia, mas não é bem assim. O que posso dizer é que tenho um estilo muito marcado. Gosto bastante dos anos 60, por isso não sou tão atenta à moda quanto isso, mas gosto de espreitar. Sou vaidosa e assumo-o sem qualquer tipo de problemas, mas não sou uma vítima da moda.

- Na classe política, não há muitas mulheres a assumir que são vaidosas...

- Há um preconceito terrível, mais na esquerda do que à direita, de que a mulher de esquerda não cuida do físico, cuida do intelecto.

- A Marta quer provar que é possível cuidar dos dois lados?

- Claro que sim. Acho que as pessoas devem ser exactamente como querem. Devem usar vestidos ou calças, roupa larga ou justa, conforme lhes apetece e lhes fica bem. Eu sinto-me bem assim.

- Consegue ser indiferente a esses preconceitos?

- Tento ser o mais possível. No dia em que os preconceitos descabidos do mundo onde nos movimentamos nos atingem, deixamos de ser nós próprios e isso não faz sentido nenhum.

- Mudou de visual por algum motivo específico?

- Não há nenhuma razão em especial. O corte que eu tinha era muito marcado dos anos 60 e era bastante cansativo. Como o cabelo estava curto, não tinha muitas opções. Fiquei com um look mais alternativo e muito prático, que me poupa entre 20 a 30 minutos de manhã. Estou maravilhada.

- Como foi a sensação ao ver-se ao espelho com o cabelo tão curto?

- Foi estranho. Há pessoas que não me reconhecem. 

 

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