Clave de Sol: Escalada só em sexo seguro

Um quilo de sabores, formatos a afins...
importa
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02 jun 2012 • 10:32

Um quilo de sabores, formatos a afins, essas ferramentas que evitam um bebé ao colo, morava na mesa-de-cabeceira. Tamanha era a artilharia contraceptiva, que a gaveta só a custo fechava. O comandante deve pensar que nasci ontem. Bastou uma viagem à Invicta para que ele, por sua depravada auto-recriação, resolvesse despejar tudo ao lixo. Não sobrou nada, nem sequer o spray morango sem chantilly que, para além de precaver descendência, conseguia fazer uma das melhores sobremesas. Os espertos arriscam-se, quase sempre, a chuchar no polegar.

O póquer, ao comandante, saiu-lhe pela culatra; nem lhe dei um par de mãos. Não basta ter a tensão arterial sexual elevada; a do juízo idem, idem, aspas, aspas, precisa. Antes, muito antes, do foguetão erguer e da nascença ensopar, a cabeça de cima deve superar a de baixo. Em caso de naufrágio erótico, paciência, noutra ocasião voltará a içar. Pode parecer conversa teórica. Não é. A prática relembra em voz alta: se não houver muitíssimo cuidado não há nada para ninguém. E não houve. Doeu.

Dois dias sozinha no Porto não equivalem a um ano no Saara, mas quando o corpo habitua-se ao xarope é muito difícil virarmos a boca ao frasco. Eu virei, apesar de ele já estar aberto. Mais valem cinco dedos roídos do que nove meses indesejados. Não é fácil mandar para trás o que tão bem escorre de feição, sobretudo quando o apara-lápis do cônjuge está continuamente afiado. Não há como fugir; uma mulher escolhe se dá de comer, se come ou se é comida desprotegida.

Um homem entenderá que a segurança ganha a uma sex-shop com a porta escancarada vinte e quatro horas. As regras cá em casa não mudam em dias de aflição. O comandante já sabia que sem nada, nem pensar, embora também soubesse que a minha predisposição natural é similar à de uma auto-estrada: ir sempre em frente e parar, apenas, nas portagens. Naquela tarde, o caminho foi alterado. Em frente, sim, mas para o duche frio. Um de cada vez.

POSIÇÕES DO AMOR: ENTREABERTA DO SEXO DA PORTA

O casal fica de pé, o homem deve procurar apoio numa parede, ou num móvel, para não fazer a triste figura de cair, agarra a amante pelos quadris, segura um dos seus pés e puxá-lo-á, com delicadeza, para trás. O braço da mulher encontrará equilíbrio no pescoço do parceiro.

OBJECTOS SEXUAIS: TATUAGENS TEMPORÁRIAS

Nas mãos certas transformam-se em memórias permanentes, íntimas e originais. Se procura algo diferente para ofertar a alguém especial, pode estar certo que encontrou o picante ideal. As mensagens escritas, embora não sejam ordens amorosas, são provocações suficientemente fortes para que o desejo seja levado a cabo como mandam as regras do sexo.

MERCADO DO SEXO: "PALMADAS DE CHORAR POR MAIS"

Nanda, 28 anos, atende ambos os sexos

- Pode ser sem luz?

- Até pode ser debaixo de água...

- E pode ser vestida?

- Mau! Vestida? Assim não dá jeito. Nos preliminares, ainda vai que não vai...

- Fico eu vestida e a senhora nua. Pronto.

- Pior a emenda que o soneto. Então, como é que eu faço o meu trabalho? Se vier de vestido, ainda posso fazer qualquer coisita...

- Levarei saia e uma camisa. Serve?

- A senhora parece que vai para a escola. Olhe que as lições, aqui, são outras. Quando alguém foge à regra, leva umas palmadas.

- Desde que não façam doer, tudo bem.

- Eu não paguei o anúncio para dar tareia a ninguém. Onde dou palmadas é de chorar por mais.

A partir de uma conversa telefónica com uma profissional do sexo

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