CRUZEIRINHO

Eles fazem o mundo mais divertido e a vida mais fácil

Leila Gapy
[email protected]

Você já deve ter percebido que todos os dias aparece uma coisa nova para se comprar no mercado. Um eletrônico que ajuda a mamãe ou o papai a cuidar da casa (como triturador de legumes ou cortador de grama), um brinquedo inovador (como video-game 3D). A maior parte destes produtos têm por função melhorar a nossa vida, como os computadores, que agora podem ser levados facilmente de um lado para o outro. Antes, os computadores armazenavam dados e era gigantes, mas agora servem de comunicação, seja via internet, rádio ou telefone; além de servirem também como livros portáteis, por exemplo.

Mas toda essa evolução que ronda nossa vida só acontece porque existem pessoas que se dedicam a inventar novidades. São os chamados inventores! No mundo na imaginação, os inventores foram homenageados pelo criador do Professor Pardal e pelo do Franjinha (da Turma da Mônica). Ambos personagens se destacam nas histórias em quadrinhos ou nos desenhos animados por serem curiosos, pensantes, inteligentes e que, apesar de errarem bastante experimentos (e alegrarem com as falhas), ora ou outra surpreendem com uma ideia bem-sucedida. Essa homenagem só existiu porque muitos inventores fizeram história no mundo real.

Um exemplo é a atriz Hedy Lamarr, que nasceu na Áustria em 9 de novembro de 1913 (e que deu origem à Semana do Inventor, de 2 a 9 de novembro; e inspirou, no Brasil, a criação do Dia do Inventor, comemorado no dia 4 de novembro). Hedy ficou famosa devido a beleza e por interpretar papéis importantes no cinema norte-americano nas décadas de 40, 50 e 60. Mas o que fez de Hedy conhecida internacionalmente foi sua invenção. Isso mesmo. No início da Segunda Guerra Mundial, mais precisamente em 1940, a atriz inventou um sistema de comunicações para as Forças Armadas dos Estados Unidos; o que serviu de base, anos depois, para o atual sistema de telefonia celular.

Mas antes de Hedy o mundo já somava muitos e muitos inventores de destaque. Como o escocês Alexander Graham Bell, que ficou famoso em 1876 porque inventou um negócio muito usado nos dias de hoje: o telefone. Porém, desde 2002 sabe-se que ele só conseguiu inventar o telefone porque o italiano Antonio Meucci lhe vendeu, anos antes, um protótipo do que seria a telecomunicação. Já os brasileiros não ficaram para trás. Um dos mais famosos foi Alberto Santos Dumont, que inventou o transporte aéreo. Em 1900 ele criou o Hangar, 1906 o avião e em 1907 o ultraleve.

Há 33 anos o japonês Akio Morita inventou o walkman, que talvez você não conheça, mas seus pais com certeza conhecem. Era um aparelho pequeno, portátil, com fones de ouvido, que servia para ouvir músicas em qualquer lugar. A invenção de Morita possibilitou que os telefones celulares de hoje disponibilizassem o recurso. E como no mundo as invenções não param de crescer, atualmente existem empresas, entidades e pessoas, especializadas em realizar, testar e vender invenções de outras pessoas, comuns.

É o caso da Associação Nacional dos Inventores (ANI), que foi criada para ajudar os novos inventores. A entidade facilita a criação, ajuda o inventor a patentear (registrar a invenção junto do governo brasileiro, para conseguir comercializá-la de forma legal) e também possibilita a venda para interessados. A ANI também mantém um museu de invenções e auxilia curiosos guardando a história das invenções. Uma forma criativa de não deixar que os inventores passem despercebidos por nossa vida! Informações: www.inventores.com.br.

Conhece o Professor Pardal?

Carl Barks foi um ilustrador dos estúdios Disney que criou o personagem do Professor Pardal em 1952. A animação, antes disponível em quadrinhos, resumia (e ainda resume) as principais características do inventor: uma pessoa inteligente, que parece distraída - mas não é. Na verdade é uma pessoa que está sempre pensando em soluções e parece desligada -, mas que erra e acerta, criando soluções para as mais diversas necessidades. O Professor Pardal é um esses cientistas-inventores. E o personagem deu tão certo, que um ano depois, apareceu Lampadinha, o fiel assistente do Professor. O bonequinho eletrônico é a maior invenção do próprio Pardal, pois ele pensa e age como um ser humano, chegando até livrar Pardal das mais perigosas situações.

O Professor Pardal pertence a uma tradicional família de inventores. Seu avô revolucionou a vida de uma pacata cidadezinha do interior chamada Monotonópolis, com seus inventos malucos. Pardal, por sua vez, apresentava interesse no ofício desde menino. Além de se esforçar e tirar boas notas na escola, uma vez ele resolveu presentear uma professora com uma maçã mecânica que apagava a lousa sozinha. A professora levou um susto com a aranha mecânica e proibiu Pardalzinho de inventar. Quando adulto, o personagem teve dificuldade para ser respeitado, até que suas invenções bem-sucedidas lhe permitiram o reconhecimento desejado. Desde então ele erra e acerta nas histórias do Tio Patinhas ou Pato Donald. Saiba mais nowww.gibitecamaiscultura.no.comunidades.net.

No mundo dos quadrinhos

Maurício de Sousa, criador da Turma da Mônica, também reconheceu a importância dos inventores e "inventou" o personagem Franjinha para as histórias em quadrinhos (que depois viraram desenhos animados também). Franjinha foi criado em 1959, quando suas aventuras começaram a ser divulgadas nas tirinhas do jornal Folha de São Paulo. O personagem é um menino inteligente e curioso, sempre envolvido com pesquisas e invenções.

Ele tem mais de dez anos, vai à escola e é um amigão da turma toda. Mas às vezes, com a mania de tentar ajudar o Cebolinha ou o Cascão contra a Mônica, inventa coisas incríveis, mas que nem sempre dão certo. Por isso às vezes ele leva coelhadas. O menino tem um laboratório num galpãozinho no fundo do quintal. Nas histórias em quadrinhos do Maurício, Franjinha foi o primeiro personagem criado comercialmente, ao lado do seu cãozinho Bidu. E foi das tirinhas de Bidu e Franjinha que nasceu, tempos depois, o Cebolinha. Leia mais no portal da turma:www.monica.com.br.