Imobiliário
09 janeiro, 2021 às 07:01

Imobiliária Coldwell Banker reforça presença no país com duplicação de agências

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A imobiliária, a operar em Portugal desde 2018, ultrapassou o objetivo dos 100 consultores e prepara a expansão para o Porto e o Algarve.

A imobiliária Coldwell Banker Portugal não passou incólume à crise pandémica, mas duplicou no atípico ano de 2020 o número de agências no país, ultrapassou o objetivo dos 100 consultores imobiliários, garantiu a expansão para as regiões Norte, Algarve e ilhas, e intermediou a venda de um imóvel em Cascais por 4,2 milhões de euros, o negócio mais emblemático do exercício.

Segundo Frederico Abecassis, CEO da empresa, a crise sanitária obrigou a ajustar o plano de negócios da imobiliária de origem norte-americana, que entrou no país há pouco mais de dois anos, com o objetivo de chegar a 2022 com 40 agências e um volume de vendas de 600 milhões de euros.

"Todos os planos de negócios sofreram alterações com a pandemia e a Coldwell Banker Portugal não foi exceção", diz o responsável. Mas contrapõe: "Temos crescido em número de franqueados, tivemos um crescimento de 20% a nível de consultores [para 120 agentes] de acordo com o objetivo estipulado, registámos um aumento na taxa de faturação de 65% e continuamos focados na prossecução de um volume de imóveis transacionados de 600 milhões." Neste momento, a imobiliária está instalada em Lisboa, com quatro agências, e explora uma em Cascais, Almada e Coimbra, sendo que existe a perspetiva de abrir novas franquias no Porto, Algarve e regiões autónomas.

Com uma carteira de imóveis residenciais superior a 395 milhões de euros, a Coldwell Banker procurou fintar os constrangimentos e concretizou "várias vendas à distância" ao longo do ano passado. Segundo Frederico Abecassis, foram transacionadas habitações por valores desde os 600 mil euros até aos 4,2 milhões. Este último imóvel, um apartamento de 480 metros quadrados no Monte Estoril, a zona mais nobre de Cascais, com jardim e vista frontal para o mar, foi comprado por um europeu.

Como sublinha o gestor, a Coldwell Banker "tem um dos programas mais avançados do mundo" para trabalhar o segmento de luxo - o Coldwell Banker Global Luxury -, que disponibiliza ferramentas de marketing e permite formar consultores neste tipo de imóveis. A imobiliária apostou, em 2019, neste mercado e conta atualmente com quatro agências especializadas neste nicho, com um portefólio de 28 empreendimentos e 218 casas de luxo.

Ainda assim, o negócio da Coldwell Banker está muito centrado no mercado doméstico. "Os nossos clientes são sobretudo portugueses, cerca de 70%, enquanto 30% são estrangeiros. Os mercados emissores mais dinâmicos são o americano e o francês, mas também há muita procura da parte de britânicos", revela.

No último ano, a empresa registou "uma descentralização da procura" - apesar de continuar muita ativa nas grandes cidades, "as zonas mais periféricas têm também estado na mira de investidores e particulares, sobretudo algumas zonas no litoral, devido a oferecerem imóveis com maior proximidade com a natureza, zonas exteriores e custos mais baixos", nota.

O responsável está otimista para o ano que agora se iniciou. Como sublinha, "apesar de tudo o que estamos a viver com a atual crise pandémica e os efeitos que se têm sentido no mercado imobiliário, sobretudo no número de transações, as nossas perspetivas são boas. O aparecimento das novas vacinas é uma luz ao fundo do túnel e estamos em crer que, em ​​​​​​​meados do próximo ano, o setor voltará a normalizar".