12 julho 2018 às 12h23

Notas de Português e Matemática desceram e houve mais chumbos

Já são conhecidas as notas da primeira fase dos exames nacionais. Física e Química foi uma das disciplinas que registou maiores subidas e História tem as piores médias

Joana Capucho

As médias dos exames nacionais de Português e Matemática desceram na primeira fase dos exames nacionais do ensino secundário. De acordo com os dados do Ministério da Educação, a média de Português registou uma descida muito ligeira, de 11,1 no ano passado para 11,0 este ano (numa escala de 0 a 20), mas na disciplina de Matemática A a descida foi mais acentuada: de 11,5 para 10,9. Neste caso, a mudança significou um aumento dos chumbos.

A percentagem de reprovações dos alunos internos a Matemática subiu um ponto percentual de 13% para 14%. Recorde-se que o exame nacional de Matemática foi bastante criticado pela Sociedade Portuguesa de Matemática (SPM), que considerou que colocava em causa a igualdade de acesso ao ensino superior. Para os especialistas, deveriam ter sido realizadas duas provas: uma para os alunos do atual programa e outra para os repetentes com base no anterior.

Quanto a Física e Química, a média do exame nacional aumentou de 9,9 para 10,6, uma subida significativa, que fez com que a taxa de reprovação passasse de 14% para 10%. Ainda assim, o valor não chegou aos 11,1 de 2016.

Biologia e Geologia, do 11º ano, é a terceira prova mais realizada pelos alunos do secundário e registou uma subida de 10,3 no ano letivo passado para 10,9 este ano.

As melhores notas observam-se nas disciplinas de Alemão (média de 14,1 valores) e Espanhol (14,0).

Já História da Cultura e das Artes e História A são as disciplinas que apresentam pior média: a primeira é de 9,6 valores e a segunda é de 9,5.

Na nota enviada às redações com os dados das provas, o Júri Nacional de Exames (JNE) destaca que "é de registar o facto de as médias das classificações dos vários exames relativos aos alunos internos serem todas iguais ou superiores a 95 pontos".

À exceção de Inglês e Alemão, "verifica-se, à semelhança dos anos anteriores, que os alunos internos obtêm classificações mais elevadas do que as alcançadas pelos alunos autopropostos".

No total, foram registadas 352 678 inscrições na 1.ª fase dos exames finais nacionais, tendo sido realizadas 324 600 provas, o equivalente a 92% das inscrições. Relativamente ao ano anterior, realizaram-se menos 7761 provas.

Subida em 2017

No ano passado, registou-se uma subida nas médias dos exames nacionais de Português e Matemática. Na língua materna, a média passou de 10,8 valores em 2016 para 11,1 em 2017, enquanto na Matemática subiu de 11,2 para 11,5.

Uma subida que se refletiu também nos chumbos. A Português a percentagem desceu de 7% para 6%, enquanto a Matemática passou de 15% para 13%.

De uma maneira geral, a tendência no ano passado foi de subida, com a exceção de Física e Química, na qual a média desceu de 11,1 para 9,9. Consequentemente, os chumbos passaram de 11 para 14%.

Quanto à prova de Biologia e Geologia, a quarta mais realizada, a média também subiu ligeiramente (de 10,1 para 10,3) em 2017, mantendo-se inalterada a percentagem de chumbos. No ano passado, Economia foi a disciplina que registou a maior subida, tendo passado de 11 valores para 12,1.