1966
"Sintra: uma vila ocupada", escrevia o jornal Diário de Notícias a 10 de Setembro de 1966, ao legendar uma foto que registava o abastecimento de veículos de bombeiros e militares, em frente do Palácio da Vila. O fogo na Serra de Sintra lavrou com intensidade brutal entre os dias 6 e 12 de setembro. As chamas irromperam na Quinta da Penha Longa, alastrando à Quinta de Vale Flor, Lagoa Azul e Capuchos. Em diversos momentos, a situação apresentou-se incontrolável.Morreram 25 militares do Regimento de Artilharia Anti-Aérea Fixa de Queluz (RAAF), quando tentavam combater as chamas.
1985
A 8 de setembro, em Armamar, 14 bombeiros foram apanhados pelas chamas num fogo florestal. Segundo Xavier Viegas, autor do livro Cercados pelo fogo em Armamar, naquele dia aqueles bombeiros "tinham acabado de extinguir uma secção do incêndio e foram chamados pelas pessoas de uma aldeia", onde estava a começar um outro fogo. "Estavam a dirigir-se para a aldeia, a pé, iam a descer um desfiladeiro e, sem que dessem conta, havia uma frente de fogo perto deles que entrou no desfiladeiro e os apanhou", relatou.
1986
Na noite de 14 de junho de 1986, em Águeda, o fogo na zona serrana provocou 16 mortos: 13 bombeiros das corporações de Águeda e de Anadia, e três civis.
2003
No verão de 2003, Portugal passou por uma das maiores vagas de calor. Nos grandes incêndios que deflagraram de norte a sul do país arderam cerca de 300 mil hectares de floresta, morreram 18 pessoas, cerca de 85 foram desalojadas e centenas tiveram de ser evacuadas das suas casas. As zonas mais afetadas foram Vila do Rei, Oleiros e Idanha-a-nova (distrito de Castelo Branco), Mação, Abrantes e Chamusca (Santarém), Nisa (Viseu), pinhal de Leiria e Portimão, Monchique e Aljexur (Algarve).
2006
Na freguesia de Famalicão, no distrito da Guarda, cinco bombeiros chilenos e um português morreram ao combaterem o fogo a 10 de julho de 2006. O incêndio começou cerca das 13:00 e estava a ser combatido por 117 bombeiros, apoiados em 28 viaturas e dois helicópteros.
2012
Centenas de incêndios registados em todo o país provocaram seis mortos, quatro deles bombeiros.
2013
Em agosto de 2013, quando se registaram mais de 7 mil incêndios no território português, morreram nove pessoas - oito bombeiros e um civil - com 120 mil hectares de floresta ardida.
2016
No ano passado, os incêndios na Madeira provocaram três mortos e destruíram 37 habitações, uma situação que levou o Governo a fazer um pedido de ajuda à União Europeia para o combate ao sinistro.