Como é passado o dia de descanso do camisola amarela da Volta a Portugal

09 agosto, 2022 às 18:13
Pedro Correia / Global Imagens

A noite foi mais tranquila, sem a pressão de ter de enfrentar a corrida no dia seguinte, mas nem por isso o trabalho pára no dia de descanso. O JN acompanhou a manhã de Maurício Moreira, o camisola amarela da Volta a Portugal.

Descanso, só mesmo no nome do dia que interrompe a Volta a Portugal. Apesar de não haver etapa - e a pressão natural que advém da mesma -, a pausa na competição faz-se a preparar a semana seguinte, através do treino e da alimentação, e a recuperar a força anímica.

O pequeno-almoço é mais tardio do que o habitual, uma vez que neste dia a rigidez horária é dissipada, e depois de um primeiro momento de descontração, os corredores saem para treinar, cerca de 2.30 horas, antes do almoço. Foi assim com Maurício Moreira, corredor da Glassdrive-Q8-Anicolor que enverga a camisola amarela da 83.ª Volta a Portugal.

"A noite de ontem foi diferente, por saber que no dia seguinte não tinha que correr. Mas pronto, temos que treinar na mesma, fazer tudo como se fosse mais um dia de corrida, talvez com um bocado menos de intensidade ou responsabilidade, mas sabemos que o resto da Volta depende muito deste dia", afirmou o corredor uruguaio.

Com a família do outro lado do Atlântico e com a diferença horária decorrente disso, "Mauri" - como foi carinhosamente apelidado pela equipa e pelos adeptos - aproveita ainda para pôr a conversa em dia com os pais, orgulhosos da prestação do filho na competição.

Em relação à segunda metade da Volta a Portugal, o ciclista da Glassdrive-Q8-Anicolor não tem dúvidas de que é a parte mais dura da corrida, elegendo a subida ao Observatório de Vila Nova, em Miranda do Corvo, e o dia da Senhora da Graça como os principais desafios. "O que menos me preocupa é o contrarrelógio final, uma vez que é onde me sinto tranquilo quando tenho que o fazer", apontou.

Apesar de ter arrancado para a Volta a Portugal com a autoconfiança beliscada pela temporada instável que teve até ao momento, a vitória na Torre da Serra da Estrela e a consequente subida ao primeiro lugar da geral, deu a Maurício Moreira o rasgo que faltava. Ao JN, o ciclista mostrou-se confiante com a vitória final, no dia 15 de agosto, em Vila Nova de Gaia.